Apesar de não haver um consenso sobre o tratamento da deficiência da vitamina B12 em indivíduos "assintomáticos" e que fazem uso de metformina, estudos mostram que alguns sintomas da deficiência desta vitamina são difíceis de diagnosticar e podem ser irreversíveis. Assim, deve-se levar em consideração que a suplementação de vitamina B12 é relativamente fácil, segura e eficaz, o que favorece o uso de suplementos para o tratamento precoce da deficiência desta vitamina.
A metformina é considerada um marco no tratamento do diabetes, sendo o medicamento mais prescrito para os indivíduos com diabetes tipo 2. Entretanto, o tratamento em longo prazo com este medicamento aumenta o risco de deficiência de vitamina B12, resultando na elevação nas concentrações séricas de homocisteína, um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, especialmente entre os indivíduos com diabetes tipo 2.
A deficiência de vitamina B12 é evitável, sendo assim, recomenda-se a realização de dosagens regulares da concentração sérica de vitamina B12 durante o tratamento prolongado com metformina.
Essas conclusões são de um estudo clínico randomizado, multicêntrico, placebo controlado, que avaliou a incidência de deficiência de vitamina B12 (<150 pmol/L), baixas concentrações de vitamina B12 (150-220 pmol/L) e concentrações de folato e homocisteína em 390 pacientes com diabetes tipo 2 e que faziam uso de metformina.
É importante levar em consideração que a baixa concentração sérica de vitamina B12 também pode resultar em outras complicações clínicas como a anemia macrocítica e neuropatia.
Assim, a avaliação rotineira dos níveis de vitamina B12 durante o tratamento em longo prazo com metformina se faz necessária, para que sejam definidas as estratégias de prevenção e tratamento de deficiência desta vitamina.
Bibliografia (s)
de Jager J, Kooy A, Lehert P, Wulffelé MG, van der Kolk J, Bets D, et al. Long term treatment with metformin in patients with type 2 diabetes and risk of vitamin B-12 deficiency: randomised placebo controlled trial. BMJ. 2010;340:c2181.
Ting RZ, Szeto CC, Chan MH, Ma KK, Chow KM. Risk factors of vitamin B(12) deficiency in patients receiving metformin. Arch Intern Med. 2006;166(18):1975-9.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Flavonoides do cacau possuem atividade prebiótica
Pesquisadores da Universidade de Reading, Reino Unido, investigaram o papel de flavonoides do cacau na ação prebiótica. O estudo foi publicado na revista científica The American Journal of Clinical Nutrition e concluiu, pela primeira vez, que um flavonoide pode possuir atividade prebiótica, afetando significativamente o crescimento da microbiota intestinal benéfica.
As procianidinas são os flavonoides predominantemente encontrados no cacau e seus subprodutos. Estudos anteriores mostraram que os flavonoides do cacau possuem efeitos benéficos na diminuição do LDL-colesterol (lipoproteína de baixa densidade) e da agregação plaquetária, além de melhorar a sensibilidade à insulina e a função endotelial. No entanto, a maioria das procianidinas do cacau não são absorvidas no intestino delgado e assim, passam para o intestino grosso onde podem influenciar a composição da microbiota residente.
Deste modo, o objetivo do estudo foi validar o potencial prebiótico de flavonoides do cacau em indivíduos saudáveis através de um estudo randomizado, duplo-cego, controlado e cruzado.
O estudo consistiu de 22 voluntários que foram divididos em dois grupos: alta concentração de flavonoides do cacau (grupo HCF), com 494 mg/d ou com baixa concentração de flavonoides do cacau (grupo LCF), com 29 mg/d durante 4 semanas. Os participantes foram instruídos a misturar o conteúdo de um sachê contendo os flavonoides em 150 mL de água, uma vez por dia, após a refeição da noite. Após o período de suplementação de quatro semanas, os participantes trocaram de grupo, ou seja, quem estava no grupo de alta dose passou para o grupo de baixa dose e vice-versa, caracterizando o cruzamento do estudo.
Para avaliar a composição da microbiota intestinal foram analisadas amostras de fezes dos participantes, antes e após cada intervenção. Além disso, foram coletadas amostras de sangue para dosagens de lipídios plasmáticos e proteina C-reativa (PCR).
No grupo HCF houve elevação significativa das bactérias benéficas, como Bifidobacterium (p<0,01) e Lactobacillus (p<0,001) e diminuição na contagem de bactérias patogênicas, como Clostridium (p<0,001) em comparação com o grupo LCF. Essas mudanças na microbiota intestinal também foram acompanhadas por reduções significativas nas concentrações de triacilglicerídeos (p<0,05) e proteína C-reativa (p<0,05).
A microbiota intestinal pode ser modulada pela utilização de pré e probióticos. Os prebióticos eficazes possuem baixa digestibilidade e biodisponibilidade, além de serem seletivos para o crescimento e metabolismo de bactérias benéficas.
Atualmente, os prebióticos mais usados são frutooligossacarídeos e galactooligossacarídeos, que melhoram o crescimento de Bifidobacterium e influenciam positivamente a absorção de minerais, metabolismo lipídico e sistema imunológico.
“Até o momento haviam informações limitadas quanto à capacidade dos flavonoides em influenciar o crescimento de bactérias intestinais”, comentam os pesquisadores.
“As alterações observadas ressaltam a capacidade desses flavonoides em induzir efeitos específicos no intestino, tornando-se um efeito adicional de fitonutrientes para a saúde. Embora mais estudos sejam necessários para confirmar esses achados, os resultados deste estudo sugerem que os componentes do cacau podem contribuir na saúde dos indivívuos”, concluem.
Referência(s)
Tzounis X, Rodriguez-Mateos A, Vulevic J, Gibson GR, Kwik-Uribe C, Spencer JP. Prebiotic evaluation of cocoa-derived flavanols in healthy humans by using a randomized, controlled, double-blind, crossover intervention study. Am J Clin Nutr. 2010 Nov 10. [Epub ahead of print]
As procianidinas são os flavonoides predominantemente encontrados no cacau e seus subprodutos. Estudos anteriores mostraram que os flavonoides do cacau possuem efeitos benéficos na diminuição do LDL-colesterol (lipoproteína de baixa densidade) e da agregação plaquetária, além de melhorar a sensibilidade à insulina e a função endotelial. No entanto, a maioria das procianidinas do cacau não são absorvidas no intestino delgado e assim, passam para o intestino grosso onde podem influenciar a composição da microbiota residente.
Deste modo, o objetivo do estudo foi validar o potencial prebiótico de flavonoides do cacau em indivíduos saudáveis através de um estudo randomizado, duplo-cego, controlado e cruzado.
O estudo consistiu de 22 voluntários que foram divididos em dois grupos: alta concentração de flavonoides do cacau (grupo HCF), com 494 mg/d ou com baixa concentração de flavonoides do cacau (grupo LCF), com 29 mg/d durante 4 semanas. Os participantes foram instruídos a misturar o conteúdo de um sachê contendo os flavonoides em 150 mL de água, uma vez por dia, após a refeição da noite. Após o período de suplementação de quatro semanas, os participantes trocaram de grupo, ou seja, quem estava no grupo de alta dose passou para o grupo de baixa dose e vice-versa, caracterizando o cruzamento do estudo.
Para avaliar a composição da microbiota intestinal foram analisadas amostras de fezes dos participantes, antes e após cada intervenção. Além disso, foram coletadas amostras de sangue para dosagens de lipídios plasmáticos e proteina C-reativa (PCR).
No grupo HCF houve elevação significativa das bactérias benéficas, como Bifidobacterium (p<0,01) e Lactobacillus (p<0,001) e diminuição na contagem de bactérias patogênicas, como Clostridium (p<0,001) em comparação com o grupo LCF. Essas mudanças na microbiota intestinal também foram acompanhadas por reduções significativas nas concentrações de triacilglicerídeos (p<0,05) e proteína C-reativa (p<0,05).
A microbiota intestinal pode ser modulada pela utilização de pré e probióticos. Os prebióticos eficazes possuem baixa digestibilidade e biodisponibilidade, além de serem seletivos para o crescimento e metabolismo de bactérias benéficas.
Atualmente, os prebióticos mais usados são frutooligossacarídeos e galactooligossacarídeos, que melhoram o crescimento de Bifidobacterium e influenciam positivamente a absorção de minerais, metabolismo lipídico e sistema imunológico.
“Até o momento haviam informações limitadas quanto à capacidade dos flavonoides em influenciar o crescimento de bactérias intestinais”, comentam os pesquisadores.
“As alterações observadas ressaltam a capacidade desses flavonoides em induzir efeitos específicos no intestino, tornando-se um efeito adicional de fitonutrientes para a saúde. Embora mais estudos sejam necessários para confirmar esses achados, os resultados deste estudo sugerem que os componentes do cacau podem contribuir na saúde dos indivívuos”, concluem.
Referência(s)
Tzounis X, Rodriguez-Mateos A, Vulevic J, Gibson GR, Kwik-Uribe C, Spencer JP. Prebiotic evaluation of cocoa-derived flavanols in healthy humans by using a randomized, controlled, double-blind, crossover intervention study. Am J Clin Nutr. 2010 Nov 10. [Epub ahead of print]
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Quais são os alimentos com alegações de propriedade funcional aprovadas?
De acordo com a portaria no 398 de 30/04/99, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no Brasil, alimento funcional é: "todo aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos á saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica".
A regulamentação atual no Brasil fornece as alegações sobre os componentes alimentares com propriedade funcional. Essas alegações são analisadas e aprovadas com base em diversos estudos científicos, por isso cada caso é avaliado independentemente. O uso destas alegações em qualquer alimento só será permitido após aprovação da Anvisa. Não são aprovadas alegações para ingredientes ou componentes dos alimentos, mas para o produto final que contenha esses ingredientes ou componentes.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a padronização das alegações favorece o entendimento dos consumidores quanto às informações e propriedades veiculadas nos rótulos dos alimentos.
Estão listados abaixo alguns exemplos de compostos alimentares com suas respectivas alegações de propriedades funcionais:
Referência (s)
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Alegações de propriedade funcional Aprovadas. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br. Acessado em: 26/11/2010.
A regulamentação atual no Brasil fornece as alegações sobre os componentes alimentares com propriedade funcional. Essas alegações são analisadas e aprovadas com base em diversos estudos científicos, por isso cada caso é avaliado independentemente. O uso destas alegações em qualquer alimento só será permitido após aprovação da Anvisa. Não são aprovadas alegações para ingredientes ou componentes dos alimentos, mas para o produto final que contenha esses ingredientes ou componentes.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a padronização das alegações favorece o entendimento dos consumidores quanto às informações e propriedades veiculadas nos rótulos dos alimentos.
Estão listados abaixo alguns exemplos de compostos alimentares com suas respectivas alegações de propriedades funcionais:
Referência (s)
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Alegações de propriedade funcional Aprovadas. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br. Acessado em: 26/11/2010.
Bebidas adoçadas com frutose aumentam o risco de gota entre mulheres
Pesquisadores norte-americanos publicaram na revista científica JAMA (The Journal Of the American Medical Association) um estudo que verificou que o consumo de bebidas adoçadas com frutose aumentou o risco para o desenvolvimento de gota em mulheres.
A gota é uma artrite inflamatória caracterizada pela hiperuricemia (elevação dos níveis de ácido úrico no sangue). Evidências sugerem que a gota está fortemente associada à síndrome metabólica, podendo levar ao infarto do miocárdio. Historicamente, vem sendo considerada uma doença do sexo masculino, mas evidências mostram o crescimento da incidência em mulheres idosas.
Embora bebidas açucaradas contenham baixos níveis de purinas (que é o precursor do ácido úrico), elas contêm grandes quantidades de frutose, que é o único carboidrato conhecido por aumentar os níveis de ácido úrico. A ingestão excessiva de frutose resulta em rápido aumento do ácido úrico sérico, através de acentuada degradação dos nucleotídeos purínicos e, consequentemente, aumento da síntese de purinas. Esse efeito pode ser encontrado especialmente em indivíduos com hiperuricemia ou histórico de gota.
Neste estudo, os autores avaliaram prospectivamente a relação entre a ingestão de bebidas ricas em frutose e a incidência de gota em uma coorte de 78.906 mulheres sem histórico de gota.
Para avaliar a ingestão dietética, incluindo o consumo de bebidas, foi utilizado um questionário de frequência alimentar validado, no período de 1984 e 2006.
Durante 22 anos de seguimento, foram documentados 778 casos confirmados de gota. As mulheres que consumiram uma porção por dia, de bebidas adoçadas com frutose (como os refrigerantes que não são dietéticos), tiveram um aumento de 74% do risco de gota (risco relativo de 1,74 e intervalo de confiança de 95% [IC]: 1,19-2,55) em comparação com o consumo de menos de uma porção por mês. Já as mulheres que consumiram duas ou mais porções por dia tiveram um risco 2,4 vezes maior (risco relativo de 2,39 e 95% IC: 1,34-4,26) (p<0,001), também comparadas com o consumo de menos de uma porção por mês.
O consumo excessivo de suco de laranja adoçado com frutose também foi associado com o risco de gota. As mulheres que consumiram uma porção por dia desta bebida apresentaram risco 41% maior de desenvolver gota (risco relativo de 1,41 (95% IC: 1,03-1,93), e também houve risco 2,4 vezes maior quando o consumo foi de duas ou mais porções por dia (p=0,02), em comparação com as mulheres que consumiram menos de um copo de suco de laranja por mês,. Entretanto, o consumo de refrigerantes dietéticos não foi associado com o risco de gota.
“Nossos resultados fornecem evidências prospectivas que o consumo de refrigerantes e sucos de laranja adoçados com frutose está associado com risco aumentado da incidência de gota em mulheres”, explicam. “Por isso, nossas descobertas têm implicações práticas para a prevenção de gota em mulheres. Este fato serve de alerta para os profissionais da saúde, que devem estar cientes dos efeitos destas bebidas sobre o risco de gota”, concluem.
Referência(s)
Choi HK, Willett W, Curhan G. Fructose-rich beverages and risk of gout in women. JAMA. 2010;304(20):2270-8
A gota é uma artrite inflamatória caracterizada pela hiperuricemia (elevação dos níveis de ácido úrico no sangue). Evidências sugerem que a gota está fortemente associada à síndrome metabólica, podendo levar ao infarto do miocárdio. Historicamente, vem sendo considerada uma doença do sexo masculino, mas evidências mostram o crescimento da incidência em mulheres idosas.
Embora bebidas açucaradas contenham baixos níveis de purinas (que é o precursor do ácido úrico), elas contêm grandes quantidades de frutose, que é o único carboidrato conhecido por aumentar os níveis de ácido úrico. A ingestão excessiva de frutose resulta em rápido aumento do ácido úrico sérico, através de acentuada degradação dos nucleotídeos purínicos e, consequentemente, aumento da síntese de purinas. Esse efeito pode ser encontrado especialmente em indivíduos com hiperuricemia ou histórico de gota.
Neste estudo, os autores avaliaram prospectivamente a relação entre a ingestão de bebidas ricas em frutose e a incidência de gota em uma coorte de 78.906 mulheres sem histórico de gota.
Para avaliar a ingestão dietética, incluindo o consumo de bebidas, foi utilizado um questionário de frequência alimentar validado, no período de 1984 e 2006.
Durante 22 anos de seguimento, foram documentados 778 casos confirmados de gota. As mulheres que consumiram uma porção por dia, de bebidas adoçadas com frutose (como os refrigerantes que não são dietéticos), tiveram um aumento de 74% do risco de gota (risco relativo de 1,74 e intervalo de confiança de 95% [IC]: 1,19-2,55) em comparação com o consumo de menos de uma porção por mês. Já as mulheres que consumiram duas ou mais porções por dia tiveram um risco 2,4 vezes maior (risco relativo de 2,39 e 95% IC: 1,34-4,26) (p<0,001), também comparadas com o consumo de menos de uma porção por mês.
O consumo excessivo de suco de laranja adoçado com frutose também foi associado com o risco de gota. As mulheres que consumiram uma porção por dia desta bebida apresentaram risco 41% maior de desenvolver gota (risco relativo de 1,41 (95% IC: 1,03-1,93), e também houve risco 2,4 vezes maior quando o consumo foi de duas ou mais porções por dia (p=0,02), em comparação com as mulheres que consumiram menos de um copo de suco de laranja por mês,. Entretanto, o consumo de refrigerantes dietéticos não foi associado com o risco de gota.
“Nossos resultados fornecem evidências prospectivas que o consumo de refrigerantes e sucos de laranja adoçados com frutose está associado com risco aumentado da incidência de gota em mulheres”, explicam. “Por isso, nossas descobertas têm implicações práticas para a prevenção de gota em mulheres. Este fato serve de alerta para os profissionais da saúde, que devem estar cientes dos efeitos destas bebidas sobre o risco de gota”, concluem.
Referência(s)
Choi HK, Willett W, Curhan G. Fructose-rich beverages and risk of gout in women. JAMA. 2010;304(20):2270-8
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
LABORATÓRIO – ALERGIA
ARTIGO DE REVISÃO 2007
O objetivo deste artigo é revisar os exames laboratoriais disponíveis utilizados no diagnóstico da alergia alimentar mediada ou não pela IgE. Neste artigo, trabalho-se na abordagem diagnóstica das reações alérgicas aos alimentos, a história clínica, estudos laboratoriais, dietas de eliminação e desencadeamento cego com o alimento.
A história clínica tem papel fundamental na avaliação diagnóstica das reações adversas dos alimentos. Os mecanismos imunológicos ou reações de hipersensibilidade, envolvidos na gênese de manifestações clínicas são: tipo I ou mediada por IgE; tipo II ou de citotoxicidade; tipo III ou imunocomplexos e tipo IV ou celular.
A alergia alimentar mediada por IgE é produzida pela interação de vários tipos celulares após a exposição á antígenos, via inalatória, cutânea ou parenteral. A determinação da IgE específica auxilia na identificação das alergias alimentares mediadas por IgE de tipo I ou anafilática.
Em relação á determinação da IgE especifíca, os dois maiores problemas de testes cutâneos no diagnóstico da alergia alimentar são a quantidade reduzida de extratos padronizados disponíveis para uso clínico e a instabilidade de alérgenos alimentares. A realização de testes cutâneos sofrem restrições, dentre estes: podem desencadear reações sistêmicas, uso prévio de antihistaminicos ou antidepressivo, recomendando=se a sua suspensão por pelo menos 5 dias antes da realização do teste; pacientes com dermografismo evidente pode gerar falso positivo e pacientes com lesões cutâneas extensas, distúrbios de coagulação ou em uso de beta-bloqueadores.
A IgE em humanos são imunoglobulinas e circulam no sangue periférico como monômeros. O padrão ouro para o teste de diagnóstico de alergias alimentares é o teste de provocação oral, duplo cego e controlado por placebo. A liberação de histamina pelos mastócitos cutâneos ativados levam á formação de pápula e eritema locais, indicando IgE especifica. O teste é rápido, fácil e seguro.
De acordo com o conhecimento do paciente ou da família e do médico, em relação á natureza da substância ingerida, os testes são classificados em aberto ( paciente e médico), simples cego ou duplo cego e controlado por placebo, sendo realizado preferencialmente em ambiente hospitalar com os recursos de emergência disponíveis.
São situações em que a necessidade dos testes de provocação oral se impõem: casos de alimentos considerados suspeitos; reação anafilática, cujo alimento não apresenta positividade no teste de IgE especifíca; necessidade de estabelecer reação causa x efeito entre o alimento e sintomas e alergias potencialmente ou não mediadas por IgE.
A restrição do alimento suspeito deve ser de pelo menos 2 semanas, sendo suspenso o uso de antihistaminicos conforme a meia vida e a medicações usadas para asma. O numero crescente de aquisições tem melhorado o valor preditivo de alguns testes laboratoriais empregados no diagnóstico de alergias alimentares. O padrão ouro no diagnóstico definitivo da alergia alimentar especifica é o duplo cego controlado por placebo. Os níveis séricos de IgE específicos á alimentos que excedem aos valores diagnósticos indicam que o paciente tem chance maior do que 95% de apresentar uma reação alérgica ao se ingerir o alimento em questão.
São exemplos de manifestações alérgicas por IgE: urticária, angioderma, edema, prurido labial e lingual ou palatal, vômitos, diarréia, prurido ocular e lacrimejante, congestão nasal e broncoespasmo, entre outros.
Alguns autores preconizam o teste labial no início do procedimento, aplicando o alimento no lábio inferior do paciente e prosseguindo com o teste caso não haja reação local ou sistêmica após alguns minutos.
ARTIGO DE REVISÃO 2007
O objetivo deste artigo é revisar os exames laboratoriais disponíveis utilizados no diagnóstico da alergia alimentar mediada ou não pela IgE. Neste artigo, trabalho-se na abordagem diagnóstica das reações alérgicas aos alimentos, a história clínica, estudos laboratoriais, dietas de eliminação e desencadeamento cego com o alimento.
A história clínica tem papel fundamental na avaliação diagnóstica das reações adversas dos alimentos. Os mecanismos imunológicos ou reações de hipersensibilidade, envolvidos na gênese de manifestações clínicas são: tipo I ou mediada por IgE; tipo II ou de citotoxicidade; tipo III ou imunocomplexos e tipo IV ou celular.
A alergia alimentar mediada por IgE é produzida pela interação de vários tipos celulares após a exposição á antígenos, via inalatória, cutânea ou parenteral. A determinação da IgE específica auxilia na identificação das alergias alimentares mediadas por IgE de tipo I ou anafilática.
Em relação á determinação da IgE especifíca, os dois maiores problemas de testes cutâneos no diagnóstico da alergia alimentar são a quantidade reduzida de extratos padronizados disponíveis para uso clínico e a instabilidade de alérgenos alimentares. A realização de testes cutâneos sofrem restrições, dentre estes: podem desencadear reações sistêmicas, uso prévio de antihistaminicos ou antidepressivo, recomendando=se a sua suspensão por pelo menos 5 dias antes da realização do teste; pacientes com dermografismo evidente pode gerar falso positivo e pacientes com lesões cutâneas extensas, distúrbios de coagulação ou em uso de beta-bloqueadores.
A IgE em humanos são imunoglobulinas e circulam no sangue periférico como monômeros. O padrão ouro para o teste de diagnóstico de alergias alimentares é o teste de provocação oral, duplo cego e controlado por placebo. A liberação de histamina pelos mastócitos cutâneos ativados levam á formação de pápula e eritema locais, indicando IgE especifica. O teste é rápido, fácil e seguro.
De acordo com o conhecimento do paciente ou da família e do médico, em relação á natureza da substância ingerida, os testes são classificados em aberto ( paciente e médico), simples cego ou duplo cego e controlado por placebo, sendo realizado preferencialmente em ambiente hospitalar com os recursos de emergência disponíveis.
São situações em que a necessidade dos testes de provocação oral se impõem: casos de alimentos considerados suspeitos; reação anafilática, cujo alimento não apresenta positividade no teste de IgE especifíca; necessidade de estabelecer reação causa x efeito entre o alimento e sintomas e alergias potencialmente ou não mediadas por IgE.
A restrição do alimento suspeito deve ser de pelo menos 2 semanas, sendo suspenso o uso de antihistaminicos conforme a meia vida e a medicações usadas para asma. O numero crescente de aquisições tem melhorado o valor preditivo de alguns testes laboratoriais empregados no diagnóstico de alergias alimentares. O padrão ouro no diagnóstico definitivo da alergia alimentar especifica é o duplo cego controlado por placebo. Os níveis séricos de IgE específicos á alimentos que excedem aos valores diagnósticos indicam que o paciente tem chance maior do que 95% de apresentar uma reação alérgica ao se ingerir o alimento em questão.
São exemplos de manifestações alérgicas por IgE: urticária, angioderma, edema, prurido labial e lingual ou palatal, vômitos, diarréia, prurido ocular e lacrimejante, congestão nasal e broncoespasmo, entre outros.
Alguns autores preconizam o teste labial no início do procedimento, aplicando o alimento no lábio inferior do paciente e prosseguindo com o teste caso não haja reação local ou sistêmica após alguns minutos.
domingo, 28 de novembro de 2010
Quais as características da dieta cetogênica?
A dieta cetogênica inclui 80% de gordura, 15% de proteína e apenas 5% de carboidrato. Essa dieta é utilizada em crianças que sofrem de epilepsia, em casos que não tiveram sucesso com o tratamento medicamentoso. A dieta cetogênica pode ser aplicada em pacientes com convulsões associadas a distúrbios metabólicos, tais como deficiência de proteína transportadora de glicose (doença de DeVivo), deficiência de piruvato-desidrogenase e defeitos da glicólise cerebral.
No entanto, se faz necessário uma triagem metabólica antes de iniciar a terapia nutricional, pois determinados distúrbios metabólicos podem ser agravados pela dieta, como a deficiência de piruvato-carboxilase, porfiria, deficiência de carnitina, distúrbios mitocondriais e defeitos da oxidação dos ácidos graxos.
A maior parte da gordura comumente utilizada na dieta cetogênica é fornecida por triglicerídeos de cadeia longa. Entretanto, os triglicerídeos de cadeia média assumiram papel importante na composição da dieta, pois foi introduzido na tentativa de melhorar a palatabilidade, além de possuir maior caráter cetogênico.
A dieta cetogênica é iniciada após um período de 24-48 horas de jejum, com o paciente hospitalizado. Durante o jejum, o paciente pode beber água, bebidas sem açúcar ou gelatina também sem açúcar. Pesquisadores demonstraram que o início gradual resulta em menos efeitos adversos, melhora a tolerabilidade e mantém a eficácia da dieta. Recomenda-se que a introdução da dieta se inicie com um terço das calorias por refeição, aumentando para dois terços das calorias por refeição e, em seguida, a quantidade total de calorias por refeição a cada 24 horas. Os pacientes devem receber alta quando a quantidade total de calorias por refeição é atingida e bem tolerada, que normalmente ocorre em 2-3 dias após o início da dieta.
O plano alimentar deve ser adaptado para cada paciente e podem incluir creme de leite, bacon, ovos, atum, camarão, legumes, maionese e outros produtos ricos em gordura e pobre em carboidratos. Os pacientes são proibidos de consumir frutas ou vegetais ricos em amido, pães, massas, grãos, ou fontes de açúcares simples. Por ser uma dieta nutricionalmente desequilibrada, os pacientes também devem receber as doses diárias recomendadas de vitaminas e minerais (em formulações sem açúcar), bem como a suplementação de cálcio. As quantidades exatas dos alimentos para o plano alimentar devem ser calculadas com base em dados individuais do paciente (idade, peso e outras medidas antropométricas), idealmente com a utilização de softwares específicos para o cálculo da dieta cetogênica.
O acompanhamento por um profissional nutricionista especializado deve ser frequente, principalmente por se tratar de um tratamento dietoterápico fora dos padrões normais.
Bibliografia (s)
Kossoff EH. The ketogenic diet: an appropriate first-line therapy? Expert Rev Neurother. 2010;10(6):843-5.
Rogovik AL, Goldman RD. Ketogenic diet for treatment of epilepsy. Can Fam Physician. 2010;56(6):540-2.
Marques CG. O que é e para que serve a dieta cetogênica? Disponível em: http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=322&categoria=9 Acessado em: 12/11/10.
Vasconcelos MM, Azevedo PMC, Esteves L, Brito AR, Olivaes MCD, Herdy GVH. Dieta cetogênica para epilepsia intratável em crianças e adolescentes: relato de seis casos. Rev. Assoc. Med. Bras. 2004; 50(4): 380-385. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000400026&lng=en Acessado em: 12/11/10.
A dieta cetogênica inclui 80% de gordura, 15% de proteína e apenas 5% de carboidrato. Essa dieta é utilizada em crianças que sofrem de epilepsia, em casos que não tiveram sucesso com o tratamento medicamentoso. A dieta cetogênica pode ser aplicada em pacientes com convulsões associadas a distúrbios metabólicos, tais como deficiência de proteína transportadora de glicose (doença de DeVivo), deficiência de piruvato-desidrogenase e defeitos da glicólise cerebral.
No entanto, se faz necessário uma triagem metabólica antes de iniciar a terapia nutricional, pois determinados distúrbios metabólicos podem ser agravados pela dieta, como a deficiência de piruvato-carboxilase, porfiria, deficiência de carnitina, distúrbios mitocondriais e defeitos da oxidação dos ácidos graxos.
A maior parte da gordura comumente utilizada na dieta cetogênica é fornecida por triglicerídeos de cadeia longa. Entretanto, os triglicerídeos de cadeia média assumiram papel importante na composição da dieta, pois foi introduzido na tentativa de melhorar a palatabilidade, além de possuir maior caráter cetogênico.
A dieta cetogênica é iniciada após um período de 24-48 horas de jejum, com o paciente hospitalizado. Durante o jejum, o paciente pode beber água, bebidas sem açúcar ou gelatina também sem açúcar. Pesquisadores demonstraram que o início gradual resulta em menos efeitos adversos, melhora a tolerabilidade e mantém a eficácia da dieta. Recomenda-se que a introdução da dieta se inicie com um terço das calorias por refeição, aumentando para dois terços das calorias por refeição e, em seguida, a quantidade total de calorias por refeição a cada 24 horas. Os pacientes devem receber alta quando a quantidade total de calorias por refeição é atingida e bem tolerada, que normalmente ocorre em 2-3 dias após o início da dieta.
O plano alimentar deve ser adaptado para cada paciente e podem incluir creme de leite, bacon, ovos, atum, camarão, legumes, maionese e outros produtos ricos em gordura e pobre em carboidratos. Os pacientes são proibidos de consumir frutas ou vegetais ricos em amido, pães, massas, grãos, ou fontes de açúcares simples. Por ser uma dieta nutricionalmente desequilibrada, os pacientes também devem receber as doses diárias recomendadas de vitaminas e minerais (em formulações sem açúcar), bem como a suplementação de cálcio. As quantidades exatas dos alimentos para o plano alimentar devem ser calculadas com base em dados individuais do paciente (idade, peso e outras medidas antropométricas), idealmente com a utilização de softwares específicos para o cálculo da dieta cetogênica.
O acompanhamento por um profissional nutricionista especializado deve ser frequente, principalmente por se tratar de um tratamento dietoterápico fora dos padrões normais.
Bibliografia (s)
Kossoff EH. The ketogenic diet: an appropriate first-line therapy? Expert Rev Neurother. 2010;10(6):843-5.
Rogovik AL, Goldman RD. Ketogenic diet for treatment of epilepsy. Can Fam Physician. 2010;56(6):540-2.
Marques CG. O que é e para que serve a dieta cetogênica? Disponível em: http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=322&categoria=9 Acessado em: 12/11/10.
Vasconcelos MM, Azevedo PMC, Esteves L, Brito AR, Olivaes MCD, Herdy GVH. Dieta cetogênica para epilepsia intratável em crianças e adolescentes: relato de seis casos. Rev. Assoc. Med. Bras. 2004; 50(4): 380-385. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000400026&lng=en Acessado em: 12/11/10.
Fórmula infantil suplementada com prebióticos previne dermatite atópica
Estudo publicado por pesquisadores europeus na revista científica Journal of Allergy and Clinical Immunology mostrou que a suplementação de oligossacarídeos específicos foi eficaz na prevenção da dermatite atópica em lactentes com baixo risco de atopia.
A dermatite atópica (DA) é a doença crônica da pele mais comum em crianças, ocorrendo especialmente no primeiro ano de vida, com crescente prevalência em países industrializados. Embora a maioria dos casos seja transitória, a coceira causada pela inflamação leva danos à pele e estresse emocional.
Fatores genéticos desempenham papel importante no desenvolvimento da DA e história familiar positiva para doenças atópicas é o mais forte preditor para o seu desenvolvimento. Isso facilita a triagem da população de risco e permite medidas de prevenção primária.
Estudos anteriores com bebês que apresentavam risco elevado para o desenvolvimento de atopia demonstraram que a combinação específica de prebióticos, como oligossacarídeos sintéticos, reduze a incidência da DA em 51%, até 2 anos de idade. Oligossacarídeos contribuem com cerca de 10% dos componentes sólidos do leite materno e exercem funções prebióticas importantes na microbiota intestinal infantil.
Com isso, os pesquisadores avaliaram se a suplementação de prebióticos imunoativos, presentes em fórmula infantil, reduz a ocorrência de DA no primeiro ano de vida. A fórmula continha uma mistura específica de scGOS (oligossacarídeos de cadeia curta), lcFOS (frutooligossacarídeos de cadeia longa) e PAO (oligossacarídeos derivados de pectina), que foram desenvolvidos para simular oligossacarídeos do leite materno.
O estudo foi duplo-cego, controlado por placebo, prospectivo e randomizado. Os pesquisadores avaliaram se a alimentação com fórmula suplementada da mistura específica de oligossacarídeos reduz a incidência de episódios de febre em bebês nascidos a termo saudáveis durante o primeiro ano de vida.
Foram incluídos bebês saudáveis, com peso normal, idade até oito semanas e sem história positiva de doença alérgica. No início do estudo, as mães relataram se tinham a intenção em oferecer aleitamento materno exclusivo até pelo menos 4 meses de idade ou se iriam oferecer apenas fórmulas infantis. Os bebês de mães que indicaram que iriam fornecer aleitamento materno exclusivo foram incluídos no grupo de aleitamento materno (AM). Este grupo serviu como grupo de referência não randomizado. As crianças randomizadas para o grupo prebióticos (GP) receberam fórmula não hidrolisada à base de leite de vaca, contendo 8g/L de oligossacarídeos (scGOS, lcFOS e PAO). Os bebês randomizados para o grupo controle (GC) receberam fórmula não hidrolisada à base de leite de vaca sem adição de prebióticos oligossacarídeos.
Foram incluídos 414 bebês no grupo prebióticos, 416 no grupo controle e 300 no grupo aleitamento materno. Até o primeiro ano de vida, a dermatite atópica ocorreu em número significativamente menor no grupo prebiótico (5,7%) do que do grupo controle (9,7%, p=0,04). A incidência de dermatite atópica no grupo prebiótico foi semelhante ao grupo aleitamento materno (7,3%). A taxa total de dermatite atópica foi significativamente menor em 44% no grupo de prebiótico em relação ao grupo controle (p=0,04).
“No que diz respeito à prevenção da dermatite atópica precoce, os dados de nosso estudo suportam a recomendação geral de leite materno exclusivo como primeira escolha para a nutrição infantil. Nos casos em que o aleitamento materno não é possível, a fórmula infantil suplementada com a mistura específica de scGOS/lcFOS/PAO pode ser uma alternativa promissora para prevenção da dermatite atópica”, ressaltam os autores.
“Nós especulamos que este efeito pode persistir mesmo após o primeiro ano de vida e podem resultar em redução da incidência de alergias respiratórias posteriores. Por essa razão, o estudo continuará em seguimento para avaliar os efeitos em longo prazo”, concluem.
Referência(s)
Grüber C, van Stuijvenberg M, Mosca F, Moro G, Chirico G, Braegger CP, et al. Reduced occurrence of early atopic dermatitis because of immunoactive prebiotics among low-atopy-risk infants. J Allergy Clin Immunol. 2010;126(4):791-7.
A dermatite atópica (DA) é a doença crônica da pele mais comum em crianças, ocorrendo especialmente no primeiro ano de vida, com crescente prevalência em países industrializados. Embora a maioria dos casos seja transitória, a coceira causada pela inflamação leva danos à pele e estresse emocional.
Fatores genéticos desempenham papel importante no desenvolvimento da DA e história familiar positiva para doenças atópicas é o mais forte preditor para o seu desenvolvimento. Isso facilita a triagem da população de risco e permite medidas de prevenção primária.
Estudos anteriores com bebês que apresentavam risco elevado para o desenvolvimento de atopia demonstraram que a combinação específica de prebióticos, como oligossacarídeos sintéticos, reduze a incidência da DA em 51%, até 2 anos de idade. Oligossacarídeos contribuem com cerca de 10% dos componentes sólidos do leite materno e exercem funções prebióticas importantes na microbiota intestinal infantil.
Com isso, os pesquisadores avaliaram se a suplementação de prebióticos imunoativos, presentes em fórmula infantil, reduz a ocorrência de DA no primeiro ano de vida. A fórmula continha uma mistura específica de scGOS (oligossacarídeos de cadeia curta), lcFOS (frutooligossacarídeos de cadeia longa) e PAO (oligossacarídeos derivados de pectina), que foram desenvolvidos para simular oligossacarídeos do leite materno.
O estudo foi duplo-cego, controlado por placebo, prospectivo e randomizado. Os pesquisadores avaliaram se a alimentação com fórmula suplementada da mistura específica de oligossacarídeos reduz a incidência de episódios de febre em bebês nascidos a termo saudáveis durante o primeiro ano de vida.
Foram incluídos bebês saudáveis, com peso normal, idade até oito semanas e sem história positiva de doença alérgica. No início do estudo, as mães relataram se tinham a intenção em oferecer aleitamento materno exclusivo até pelo menos 4 meses de idade ou se iriam oferecer apenas fórmulas infantis. Os bebês de mães que indicaram que iriam fornecer aleitamento materno exclusivo foram incluídos no grupo de aleitamento materno (AM). Este grupo serviu como grupo de referência não randomizado. As crianças randomizadas para o grupo prebióticos (GP) receberam fórmula não hidrolisada à base de leite de vaca, contendo 8g/L de oligossacarídeos (scGOS, lcFOS e PAO). Os bebês randomizados para o grupo controle (GC) receberam fórmula não hidrolisada à base de leite de vaca sem adição de prebióticos oligossacarídeos.
Foram incluídos 414 bebês no grupo prebióticos, 416 no grupo controle e 300 no grupo aleitamento materno. Até o primeiro ano de vida, a dermatite atópica ocorreu em número significativamente menor no grupo prebiótico (5,7%) do que do grupo controle (9,7%, p=0,04). A incidência de dermatite atópica no grupo prebiótico foi semelhante ao grupo aleitamento materno (7,3%). A taxa total de dermatite atópica foi significativamente menor em 44% no grupo de prebiótico em relação ao grupo controle (p=0,04).
“No que diz respeito à prevenção da dermatite atópica precoce, os dados de nosso estudo suportam a recomendação geral de leite materno exclusivo como primeira escolha para a nutrição infantil. Nos casos em que o aleitamento materno não é possível, a fórmula infantil suplementada com a mistura específica de scGOS/lcFOS/PAO pode ser uma alternativa promissora para prevenção da dermatite atópica”, ressaltam os autores.
“Nós especulamos que este efeito pode persistir mesmo após o primeiro ano de vida e podem resultar em redução da incidência de alergias respiratórias posteriores. Por essa razão, o estudo continuará em seguimento para avaliar os efeitos em longo prazo”, concluem.
Referência(s)
Grüber C, van Stuijvenberg M, Mosca F, Moro G, Chirico G, Braegger CP, et al. Reduced occurrence of early atopic dermatitis because of immunoactive prebiotics among low-atopy-risk infants. J Allergy Clin Immunol. 2010;126(4):791-7.
Autor(a): Rita de Cássia Borges de Castro
Data: 26/11/2010 16:25:39
Qual a relação entre homocisteína, ácido fólico e vitamina B12?
Níveis elevados de homocisteína no plasma têm sido associados com maior risco de doença cardiovascular. Embora ainda não estejam totalmente compreendidos os mecanismos envolvidos da hiper-homocisteinemia na indução de coronariopatias, existem evidências em relação ao dano oxidativo endotelial, proliferação de músculo liso endotelial e oxidação de lipoproteínas de baixa densidade.
A homocisteína é um aminoácido sulfurado sintetizado pelo organismo, sendo um intermediário da via metabólica da metionina. A metionina é convertida a S-adenosil-metionina, em seguida forma o S-adenosil-homocisteína, para então formar a homocisteína, que pode ser metabolizada (reciclada) pelo ciclo da remetilação ou ir para a via da trans-sulfuração.
No ciclo da remetilação, a homocisteína é reciclada novamente à metionina. Este processo depende da presença de ácido fólico e da enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), enquanto que a vitamina B12 é um cofator essencial para essas reações de remetilação.
Quando ocorre a saturação da via da remetilação ou quando a cisteína é necessária, a homocisteína entra na via da trans-sulfuração, onde será convertida em cisteína. Em seguida, a cisteína é metabolizada para sulfato e excretada na urina. Para este processo, a vitamina B6 é um cofator essencial para a reação.
Assim, o metabolismo da homocisteína depende da influência das concentrações de ácido fólico, vitamina B12 e vitamina B6. Em que, a conversão de homocisteína à metionina é controlada pela vitamina B12 e pelo ácido fólico, enquanto a excreção da homocisteína, pela vitamina B6.
Dentre alguns fatores que podem levar à hiper-homocisteinemia são:
· Deficiência de metionina sintetase por depleção de metilcobalamina (B12);
· Diminuição na atividade da MTHFR (metilenotetrahidrofolato redutase) por concentrações baixas de folatos, tetrahidrofolato ou etilismo;
· Diminuição na metionina sintetase por concentrações baixas de vitamina B12.
Estudos demonstraram que apesar de a hiper-homocisteinemia ser um fator de risco cardiovascular e que pode ser reduzido pela ingestão de ácido fólico e vitaminas B12, ainda não está comprovado que a suplementação dessas vitaminas esteja relacionada com a diminuição de eventos cardiovasculares negativos.
Referência (s)
Garcia G, Trejos J, Restrepo B, Landázuri P. Homocisteína, folato e vitamina B12 em pacientes colombianos portadores de coronariopatia. Arq. Bras. Cardiol. 2007; 89(2): 79-85.
Armitage JM, Bowman L, Clarke RJ, Wallendszus K, Bulbulia R, Rahimi K, et al. Effects of homocysteine-lowering with folic acid plus vitamin B12 vs placebo on mortality and major morbidity in myocardial infarction survivors: a randomized trial. JAMA. 2010;303(24):2486-94.
BRASILEIRO, RS: Homocisteína, ácido fólico, vitamina B 12 em adolescentes obesos de escola pública da cidade de São Paulo: estudo de caso-controle. Tese (mestrado) – Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2004, 112 p.
Data: 26/11/2010 16:25:39
Qual a relação entre homocisteína, ácido fólico e vitamina B12?
Níveis elevados de homocisteína no plasma têm sido associados com maior risco de doença cardiovascular. Embora ainda não estejam totalmente compreendidos os mecanismos envolvidos da hiper-homocisteinemia na indução de coronariopatias, existem evidências em relação ao dano oxidativo endotelial, proliferação de músculo liso endotelial e oxidação de lipoproteínas de baixa densidade.
A homocisteína é um aminoácido sulfurado sintetizado pelo organismo, sendo um intermediário da via metabólica da metionina. A metionina é convertida a S-adenosil-metionina, em seguida forma o S-adenosil-homocisteína, para então formar a homocisteína, que pode ser metabolizada (reciclada) pelo ciclo da remetilação ou ir para a via da trans-sulfuração.
No ciclo da remetilação, a homocisteína é reciclada novamente à metionina. Este processo depende da presença de ácido fólico e da enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), enquanto que a vitamina B12 é um cofator essencial para essas reações de remetilação.
Quando ocorre a saturação da via da remetilação ou quando a cisteína é necessária, a homocisteína entra na via da trans-sulfuração, onde será convertida em cisteína. Em seguida, a cisteína é metabolizada para sulfato e excretada na urina. Para este processo, a vitamina B6 é um cofator essencial para a reação.
Assim, o metabolismo da homocisteína depende da influência das concentrações de ácido fólico, vitamina B12 e vitamina B6. Em que, a conversão de homocisteína à metionina é controlada pela vitamina B12 e pelo ácido fólico, enquanto a excreção da homocisteína, pela vitamina B6.
Dentre alguns fatores que podem levar à hiper-homocisteinemia são:
· Deficiência de metionina sintetase por depleção de metilcobalamina (B12);
· Diminuição na atividade da MTHFR (metilenotetrahidrofolato redutase) por concentrações baixas de folatos, tetrahidrofolato ou etilismo;
· Diminuição na metionina sintetase por concentrações baixas de vitamina B12.
Estudos demonstraram que apesar de a hiper-homocisteinemia ser um fator de risco cardiovascular e que pode ser reduzido pela ingestão de ácido fólico e vitaminas B12, ainda não está comprovado que a suplementação dessas vitaminas esteja relacionada com a diminuição de eventos cardiovasculares negativos.
Referência (s)
Garcia G, Trejos J, Restrepo B, Landázuri P. Homocisteína, folato e vitamina B12 em pacientes colombianos portadores de coronariopatia. Arq. Bras. Cardiol. 2007; 89(2): 79-85.
Armitage JM, Bowman L, Clarke RJ, Wallendszus K, Bulbulia R, Rahimi K, et al. Effects of homocysteine-lowering with folic acid plus vitamin B12 vs placebo on mortality and major morbidity in myocardial infarction survivors: a randomized trial. JAMA. 2010;303(24):2486-94.
BRASILEIRO, RS: Homocisteína, ácido fólico, vitamina B 12 em adolescentes obesos de escola pública da cidade de São Paulo: estudo de caso-controle. Tese (mestrado) – Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2004, 112 p.
ANTICONCEPCIONAL NA ADOLESCÊNCIA
A iniciação sexual precoce tem contribuído para o aumento da incidência de gestações não planejadas, aborto induzidos e DST. Dentre os métodos anticoncepcionais, o mais utilizado é a pílula hormonal combinada. Dentre as desvantagens referentes ao uso da pílula anticoncepcional hormonal, inclui-se a depleção de nutrientes. Na escolha do método anticoncepcional, deve-se levar em consideração a maturidade biológica e psicológica do indivíduo.
Os anticoncepcionais orais mais usados são os tipo combinado, estrogênio e progestina, monofásico e de baixa dosagem. O principal estrogênio utilizado é o etinilestradiol, sintetizado a partir do radical metila á molécula de estradiol. Os progestágenos pertencem ás duas classes: os derivados da 19 nortestosterona e os derivados de pregnana. Os 19 nor são sintetizados a partir da molécula de testosterona, tendo atividade androgênica com efeitos tais como hirsutismo, retenção hídrica, alterações do perfil lipídico e intolerância á glicose, sendo os principais derivados da 19 nor a norestisterona, levonosgestrel e linosterol. Recentemente, tem-se usado o gestodeno, desogestrel e norgestimato, pois este ultimo promove aumento da globulina carreadora d ehormonios sexuais e diminuição da testosterona. Derivada da pregnana, a ciproterona apresenta efeito antiandrogenico.
Estudos relatam que estes compostos podem melhora o prefil lipídico com aumento do HDL e pouco alteram a tolerância á glicose. As principais indicações são para anticoncepção, ovários policísticos, endometriose, TPM, dismenorreía, acne e hirsutismo, além de hipermenorréia, miomas uterinos e hipogonadismo feminino.
Por outro lado, as contra indicações são hipersensibilidade aos princípios ativos dos anticoncepcionais, gravidez ou suspeita, desordens tromboembólicas, doenças arteriais, AVC, câncer de mama ou tumor estrogênico, sangramentos uterinos não diagnosticados, insuficiência hepática e insuficiência renal.
As reações adversas aos anticoncepcionais incluem edema periférico, aumento do seio, cefaléia, náuseas e vômitos, diarréia, aumento de peso, amenorréia, sangramentos, hipomenorréia, ansiedade, depressão, cloasma, melasma, colestase biliar, aumento da suscetibilidade a câncer de colo uterino, entre outros.
Estes anticoncepcionais devem ser prescritos com precaução em pacientes com asma, ansiedade, diabetes, hipertensão e dislipidemias. Em relação ás deficiências nutricionais, os anticoncepcionais depletam nutrientes, inibem a absorção, a síntese, transporte, armazenamento, metabolismo e excreção.
Em relação á deficiências nutricionais decorrente do uso dos anticoncepcionais, a deficiência de vit. B6 interfere no metabolismo do triptofano, causando cefaléia, vômitos, depressão, vertigens, instabilidade emocional, baixa concentração. Em relação á vitamina B3, a deficiência acarreta altos níveis de ácido xanturenico na urina, inibindo a conversão endrógena de triptofano em niacina; a deficiência de ácido fólico compromete o crescimento e a síntese de DNA e RNA, principalmente na infância, adolescência e gravidez, além de causar anemia, inapetência, depressão, irritabilidade, perda de memória, glossite, gengivite, diarréia, displasia cervical, aumento do risco de câncer de útero ou cólon retal, abortos, falha no tubo neural, fenda palatina, espinha bífida e danos cerebrais. A falta de vitamina C aumenta o risco de infecções; a falta de zinco compromete o crescimento e desenvolvimento, a imunidade e a função reprodutora, além de queda de cabelo, alterações na pele, aumento de infecções e baixo crescimento. A deficiência de cobre eleva o risco de doenças cardiovasculares.
Os anticoncepcionais orais mais usados são os tipo combinado, estrogênio e progestina, monofásico e de baixa dosagem. O principal estrogênio utilizado é o etinilestradiol, sintetizado a partir do radical metila á molécula de estradiol. Os progestágenos pertencem ás duas classes: os derivados da 19 nortestosterona e os derivados de pregnana. Os 19 nor são sintetizados a partir da molécula de testosterona, tendo atividade androgênica com efeitos tais como hirsutismo, retenção hídrica, alterações do perfil lipídico e intolerância á glicose, sendo os principais derivados da 19 nor a norestisterona, levonosgestrel e linosterol. Recentemente, tem-se usado o gestodeno, desogestrel e norgestimato, pois este ultimo promove aumento da globulina carreadora d ehormonios sexuais e diminuição da testosterona. Derivada da pregnana, a ciproterona apresenta efeito antiandrogenico.
Estudos relatam que estes compostos podem melhora o prefil lipídico com aumento do HDL e pouco alteram a tolerância á glicose. As principais indicações são para anticoncepção, ovários policísticos, endometriose, TPM, dismenorreía, acne e hirsutismo, além de hipermenorréia, miomas uterinos e hipogonadismo feminino.
Por outro lado, as contra indicações são hipersensibilidade aos princípios ativos dos anticoncepcionais, gravidez ou suspeita, desordens tromboembólicas, doenças arteriais, AVC, câncer de mama ou tumor estrogênico, sangramentos uterinos não diagnosticados, insuficiência hepática e insuficiência renal.
As reações adversas aos anticoncepcionais incluem edema periférico, aumento do seio, cefaléia, náuseas e vômitos, diarréia, aumento de peso, amenorréia, sangramentos, hipomenorréia, ansiedade, depressão, cloasma, melasma, colestase biliar, aumento da suscetibilidade a câncer de colo uterino, entre outros.
Estes anticoncepcionais devem ser prescritos com precaução em pacientes com asma, ansiedade, diabetes, hipertensão e dislipidemias. Em relação ás deficiências nutricionais, os anticoncepcionais depletam nutrientes, inibem a absorção, a síntese, transporte, armazenamento, metabolismo e excreção.
Em relação á deficiências nutricionais decorrente do uso dos anticoncepcionais, a deficiência de vit. B6 interfere no metabolismo do triptofano, causando cefaléia, vômitos, depressão, vertigens, instabilidade emocional, baixa concentração. Em relação á vitamina B3, a deficiência acarreta altos níveis de ácido xanturenico na urina, inibindo a conversão endrógena de triptofano em niacina; a deficiência de ácido fólico compromete o crescimento e a síntese de DNA e RNA, principalmente na infância, adolescência e gravidez, além de causar anemia, inapetência, depressão, irritabilidade, perda de memória, glossite, gengivite, diarréia, displasia cervical, aumento do risco de câncer de útero ou cólon retal, abortos, falha no tubo neural, fenda palatina, espinha bífida e danos cerebrais. A falta de vitamina C aumenta o risco de infecções; a falta de zinco compromete o crescimento e desenvolvimento, a imunidade e a função reprodutora, além de queda de cabelo, alterações na pele, aumento de infecções e baixo crescimento. A deficiência de cobre eleva o risco de doenças cardiovasculares.
PRÉ BIÓTICOS E PREVENÇÃO DE DOENÇAS GASTROINTESTINAIS
As infecções gastrointestinais são problemas de saúde pública, apesar dos avanços da medicina. Nos países desenvolvidos, acomete mais de 10% da população, sendo as principais causadoras, as bactérias enteropatogênicas, cujos estes microorganismos causam gastroenterites e desidratação, sendo tratadas com HOF e medicações.
As principais populações com maiores riscos são os idosos, crianças, indivíduos com Doenças Inflamatória Intestinal e imunossuprimidos, no qual o quadro pode se agravar para uma septicemia. A antibioticoterapia tem sido uma poderosa arma de combate, mas o seu uso abusivo pode levar o indivíduo ao aumento da resistência bacteriana.
Em relação ao binômio microflora intestinal x saúde, é sabido que o nascimento ( o parto) influencia diretamente na composição da microflora. Os recém nascidos submetidos á cesárea tem menor concentração de lactobacillus e bifidobactérias e maior concentração de coliformes e estreptococcus do que os nascidos via vaginal ( parto natural).
Outro fator determinante para o desenvolvimento da microflora é a alimentação do neonato. Os bebês que são alimentados com leite materno tem maiores concentrações de lactobacillus e bifidobactérias, enquanto que os bebês alimentados com fórmulas industrializadas tem maior concentração de coliformes, enterococcus e bactérias patogênicas.
A principal vantagem dos prebióticos é estimulam o crescimento dos lactobacillus e da bifidobactérias, além de serem moduladoras das células da flora intestinal. Estudos mostram que os oligossacarídeos de leite humano estimulam o crescimento das bifidobactérias, além de modular a adesão de leucócitos, monócitos, linfócitos e neutrófilos, ação antinflamatória. Os oligossacarídeos com potencial prebiótico podem substituir os oligossacarídeos do leite humano, entre eles, a FOS, inulina e a GOS. Mias estudos mostram que a inulina, a FOS e a GOS apresentam efeito prebiótico no intestino, diminuindo a presença de microorganismos patogênicos. O uso de oligossacarídeos prebióticos de origem vegetal ou industrial previnem e tratam diarréia e diminui a concentração de salmonella enteredittis, cândida albicans, listeria monocitogenes, etc, e consequentememnte diminui drasticamente os níveis de mortalidade.
A conclusão deste estudo é que os prebióticos reduzem a mortalidade e morbidade mundial quando se trata das doenças gastrointestinais. A estratégia consiste em modular a microflora através do uso dos prebióticos. Entretanto, há controvérsias quando se trata de crianças, idosos e pacientes suprimidos ou com doença inflamatória intestinal cujos resultados foram inconclusivos.
As principais populações com maiores riscos são os idosos, crianças, indivíduos com Doenças Inflamatória Intestinal e imunossuprimidos, no qual o quadro pode se agravar para uma septicemia. A antibioticoterapia tem sido uma poderosa arma de combate, mas o seu uso abusivo pode levar o indivíduo ao aumento da resistência bacteriana.
Em relação ao binômio microflora intestinal x saúde, é sabido que o nascimento ( o parto) influencia diretamente na composição da microflora. Os recém nascidos submetidos á cesárea tem menor concentração de lactobacillus e bifidobactérias e maior concentração de coliformes e estreptococcus do que os nascidos via vaginal ( parto natural).
Outro fator determinante para o desenvolvimento da microflora é a alimentação do neonato. Os bebês que são alimentados com leite materno tem maiores concentrações de lactobacillus e bifidobactérias, enquanto que os bebês alimentados com fórmulas industrializadas tem maior concentração de coliformes, enterococcus e bactérias patogênicas.
A principal vantagem dos prebióticos é estimulam o crescimento dos lactobacillus e da bifidobactérias, além de serem moduladoras das células da flora intestinal. Estudos mostram que os oligossacarídeos de leite humano estimulam o crescimento das bifidobactérias, além de modular a adesão de leucócitos, monócitos, linfócitos e neutrófilos, ação antinflamatória. Os oligossacarídeos com potencial prebiótico podem substituir os oligossacarídeos do leite humano, entre eles, a FOS, inulina e a GOS. Mias estudos mostram que a inulina, a FOS e a GOS apresentam efeito prebiótico no intestino, diminuindo a presença de microorganismos patogênicos. O uso de oligossacarídeos prebióticos de origem vegetal ou industrial previnem e tratam diarréia e diminui a concentração de salmonella enteredittis, cândida albicans, listeria monocitogenes, etc, e consequentememnte diminui drasticamente os níveis de mortalidade.
A conclusão deste estudo é que os prebióticos reduzem a mortalidade e morbidade mundial quando se trata das doenças gastrointestinais. A estratégia consiste em modular a microflora através do uso dos prebióticos. Entretanto, há controvérsias quando se trata de crianças, idosos e pacientes suprimidos ou com doença inflamatória intestinal cujos resultados foram inconclusivos.
sábado, 13 de novembro de 2010
Qual a diferença entre suco concentrado e integral?
A designação de suco integral é privativa ao suco sem adição de açúcares e na sua concentração natural, por exemplo, sucos de laranja derivado da fruta espremida.
O suco concentrado é aquele parcialmente desidratado que, quando reconstituído, conservam os teores originais do suco integral, ou apresenta o teor mínimo estabelecido nos respectivos padrões de identidade e qualidade para cada tipo de suco. Por exemplo, sucos em garrafas de vidro que devem ser misturados a água antes do consumo.
Não se deve confundir o suco concentrado com o néctar de fruta. Este último é a bebida não fermentada, obtida da diluição em água potável da parte comestível do vegetal ou de seu extrato, adicionado de açúcares, destinada ao consumo direto.
A legislação que regulamenta a padronização, classificação, registro, inspeção, produção e fiscalização de bebidas foi estabelecida em 14 de julho de 1994, de acordo com o Lei no 8918.
Bibliografia (s)
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Menos saudáveis do que parecem. Disponível em: http://www.idec.org.br/rev_idec_texto2.asp?pagina=1&ordem=1&id=1151 Acessado em: 01/11/2010.
Brasil. DECRETO Nº 6.871, DE 4 DE JUNHO DE 2009. Lei no 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6871.htm Acessado em: 01/11/2010.
O suco concentrado é aquele parcialmente desidratado que, quando reconstituído, conservam os teores originais do suco integral, ou apresenta o teor mínimo estabelecido nos respectivos padrões de identidade e qualidade para cada tipo de suco. Por exemplo, sucos em garrafas de vidro que devem ser misturados a água antes do consumo.
Não se deve confundir o suco concentrado com o néctar de fruta. Este último é a bebida não fermentada, obtida da diluição em água potável da parte comestível do vegetal ou de seu extrato, adicionado de açúcares, destinada ao consumo direto.
A legislação que regulamenta a padronização, classificação, registro, inspeção, produção e fiscalização de bebidas foi estabelecida em 14 de julho de 1994, de acordo com o Lei no 8918.
Bibliografia (s)
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Menos saudáveis do que parecem. Disponível em: http://www.idec.org.br/rev_idec_texto2.asp?pagina=1&ordem=1&id=1151 Acessado em: 01/11/2010.
Brasil. DECRETO Nº 6.871, DE 4 DE JUNHO DE 2009. Lei no 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6871.htm Acessado em: 01/11/2010.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
SAIBA MAIS SOBRE A WHEY PROTEIN
A whey protein é um composto de proteínas isoladas do soro do leite, extraídas da porção aquosa do leite, geradas durante o processo de fabricação de queijos e coalhadas. Atualmente, o soro do leite é considerado um alimento funcional e de apreciáveis aplicações nutricionais.
Existem diferentes tipos de produtos á base da whey protein disponíveis no mercado que se diferenciam quanto ao processo de extração, digestibilidade e velocidade de absorção, teores de proteínas, carboidratos, lipídeos, lactose e presença de substâncias bioativas.
Existem 3 tipos de whey protein disponíveis no mercado: as isoladas, as concentradas e as hidrolisadas. A whey protein isolada alcança altos teores de proteínas, podendo chegar á 95% da composição do produto, com pequenas quantidades ou ausência de lactose e gorduras. A whey protein concentrada possui menor valor protéico, variando entre 25 a 90%, com considerável quantidade de lactose, gordura, sais minerais, entre outros componentes. A whey protein hidrolisada evidencia a sua alta digestibilidade e sua rápida absorção.
Dentre os benefícios do uso do whey protein, este é fonte protéica de alto valor biológico, rápido esvaziamento gástrico e rápida absorção, melhora a biodisponibilidade de alguns minerais, é de boa praticidade no pós treino, melhora a saúde óssea, é antioxidante, aumenta a massa muscular, fortalece o sistema imunológico e cardiovascular, é antimicrobiano, antiviral, promove a saciedade, entre outros inúmeros benefícios.
A whey protein é eficiente na hipertrofia muscular devido a presença de aminoácidos que promovem a síntese protéica. Após a prática do exercício, uma elevada concentração de aminoácidos circulantes no sangue é importante para manter a integridade da massa muscular, hipertrofia, recuperação e ressíntese no pós treino, além de sustentabilidade do sistema imune.
Um estudo envolvendo homens e mulheres durante 6 semanas, suplementadas com 1,2g/kg/dia de whey protein e soja ou maltodextrina evidenciou aumento da massa muscular e também da força muscular. A whey protein pode desencadear reações alérgicas em alguns indivíduos devido a presença de casína, beta-lactoglobulina e alfa-lactoglobulina. A recomendação ideal de whey protein é de 0,8g/kg/dia. No entanto, esta média de consumo pode subestimar as necessidades protéicas dos indivíduos que se exercitam podendo prejudicar a recuperação do exercício físico.
É importante frisar que a whey protein não deve ser a única fonte protéica da alimentação, sendo necessária o consumo de outras fontes, tais quais os feijões, a soja, o leite e derivados e as carnes magras.
Existem diferentes tipos de produtos á base da whey protein disponíveis no mercado que se diferenciam quanto ao processo de extração, digestibilidade e velocidade de absorção, teores de proteínas, carboidratos, lipídeos, lactose e presença de substâncias bioativas.
Existem 3 tipos de whey protein disponíveis no mercado: as isoladas, as concentradas e as hidrolisadas. A whey protein isolada alcança altos teores de proteínas, podendo chegar á 95% da composição do produto, com pequenas quantidades ou ausência de lactose e gorduras. A whey protein concentrada possui menor valor protéico, variando entre 25 a 90%, com considerável quantidade de lactose, gordura, sais minerais, entre outros componentes. A whey protein hidrolisada evidencia a sua alta digestibilidade e sua rápida absorção.
Dentre os benefícios do uso do whey protein, este é fonte protéica de alto valor biológico, rápido esvaziamento gástrico e rápida absorção, melhora a biodisponibilidade de alguns minerais, é de boa praticidade no pós treino, melhora a saúde óssea, é antioxidante, aumenta a massa muscular, fortalece o sistema imunológico e cardiovascular, é antimicrobiano, antiviral, promove a saciedade, entre outros inúmeros benefícios.
A whey protein é eficiente na hipertrofia muscular devido a presença de aminoácidos que promovem a síntese protéica. Após a prática do exercício, uma elevada concentração de aminoácidos circulantes no sangue é importante para manter a integridade da massa muscular, hipertrofia, recuperação e ressíntese no pós treino, além de sustentabilidade do sistema imune.
Um estudo envolvendo homens e mulheres durante 6 semanas, suplementadas com 1,2g/kg/dia de whey protein e soja ou maltodextrina evidenciou aumento da massa muscular e também da força muscular. A whey protein pode desencadear reações alérgicas em alguns indivíduos devido a presença de casína, beta-lactoglobulina e alfa-lactoglobulina. A recomendação ideal de whey protein é de 0,8g/kg/dia. No entanto, esta média de consumo pode subestimar as necessidades protéicas dos indivíduos que se exercitam podendo prejudicar a recuperação do exercício físico.
É importante frisar que a whey protein não deve ser a única fonte protéica da alimentação, sendo necessária o consumo de outras fontes, tais quais os feijões, a soja, o leite e derivados e as carnes magras.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
O que é sarcopenia?
A sarcopenia é uma síndrome caracterizada pela perda progressiva e generalizada da força e massa muscular, que ocorre em consequência do envelhecimento. Os mecanismos envolvidos no aparecimento e progressão da sarcopenia são multifatoriais, incluindo alteração na síntese de proteínas, proteólise, perda da integridade neuromuscular, aumento da inflamação, níveis hormonais alterados, desnutrição e alteração no sistema renina-angiotensina. A perda muscular é quantitativa e qualitativa, com implicações na composição da fibra muscular, inervação, contratilidade, características de fadiga, densidade capilar e metabolismo da glicose.
Embora a sarcopenia seja observada principalmente em idosos, também pode se desenvolver em adultos jovens, em casos de demência e osteoporose. Os principais fatores de risco para a sarcopenia incluem sexo feminino, sedentarismo, tabagismo, atrofia por desuso, saúde fragilizada e fatores genéticos.
A sarcopenia pode ser dividida em duas categorias: primária e secundária. Ela pode ser considerada "primária" (ou relacionada com a idade) quando nenhuma outra causa é evidente além do próprio envelhecimento. Já a sarcopenia "secundária" ocorre quando uma ou mais causas são evidentes.
Embora a sarcopenia seja observada principalmente em idosos, também pode se desenvolver em adultos jovens, em casos de demência e osteoporose. Os principais fatores de risco para a sarcopenia incluem sexo feminino, sedentarismo, tabagismo, atrofia por desuso, saúde fragilizada e fatores genéticos.
A sarcopenia pode ser dividida em duas categorias: primária e secundária. Ela pode ser considerada "primária" (ou relacionada com a idade) quando nenhuma outra causa é evidente além do próprio envelhecimento. Já a sarcopenia "secundária" ocorre quando uma ou mais causas são evidentes.
domingo, 3 de outubro de 2010
CERVEJA E SAÚDE: COMPONENTES E EFEITOS PREVENTIVOS DO SEU CONSUMO RELACIONADOS COM O ESTILO DE VIDA
A cerveja é uma bebida alcoólica, produzida através da fermentação do malte e do lúpulo, além de ser produzida também a partir do trigo, frutas data da primeira civilização do mundo, a mesopotâmia e inicialmente era extraída por meio da fermentação do pão, sendo muito rica em aminoácidos, vitaminas ( principalmente do complexo B), compostos fenólicos e minerais. Este estudo tem por objetivo estudar os efeitos do consumo da cerveja ( com moderação) e suas implicações na saúde humana, no que tange a ação preventiva contra o câncer, o diabetes mellitus tipo 2, a hiperlipidemia, a hipertensão e a osteoporose, dentre outros.
O processo de desenvolvimento de um câncer ocorre através do crescimento anormal das células de um órgão, comprometendo o seu funcionamento e conseqüentemente a saúde geral e é resultado da exposição ao consumo de alimentos contaminados com xenobióticos ( metais tóxicos que alteram o DNA), estilo de vida desregrado, exposição á ambiente radioativo, entre outros. Os fitoquimicos, substancias encontradas nas frutas, verduras, condimentos naturais ( cúrcuma, por exemplo), por serem ricas em antioxidantes, atuam prevenindo estes efeitos deletérios em nível celular protegendo o indivíduo contra o câncer. A cerveja é rica nestes nutrientes que seriam os polifenois e os ácidos ferulicos, sendo a cerveja uma bebida quimiopreventiva e contribui para a redução do risco de cânceres diversos.
Em relação á aterosclerose, o consumo do álcool aumenta o HDL colesterol ( bom colesterol) e diminui a agregação plaquetária ( diminui o risco de trombose e infartos do miocárdio) reduzindo o risco de mortalidade cardiovascular devido ao fato de a cerveja ser fonte de vitamina B6 e ácido fólico.
Em relação á osteoporose, o consumo moderado da cerveja e do vinho tinto aumenta a densidade mineral óssea, principalmente nas mulheres pós menopausa. Além deste fato, o lúpulo auxilia na regulação hormonal. Os estudos mostram também que o consumo moderado da cerveja e do vinho tinto auxiliam na redução do risco do diabetes e da demência, além de ser também um bom estimulante do apetite.
A cerveja apresenta um paladar amargo devido a presença de três substancias chamadas isohumolona, isocohumolona e isoadhumolona com funções antilipidemicas, antihipertensiva e com bons resultados na prevenção do diabetes tipo 2, pois melhoram a resistência insulínica.
É importante frisar e reforçar que o consumo das bebidas alcoólicas citadas trazem benefícios á saúde, mas moderadamente, pois o consumo desenfreado e desregrado pode levar o indivíduo á desenvolver doenças hepáticas, cânceres ( sobretudo do trato gastrointestinal). Em relação ás isohumolonas, mais estudos estão sendo realizados para confirmação dos seus resultados.
O processo de desenvolvimento de um câncer ocorre através do crescimento anormal das células de um órgão, comprometendo o seu funcionamento e conseqüentemente a saúde geral e é resultado da exposição ao consumo de alimentos contaminados com xenobióticos ( metais tóxicos que alteram o DNA), estilo de vida desregrado, exposição á ambiente radioativo, entre outros. Os fitoquimicos, substancias encontradas nas frutas, verduras, condimentos naturais ( cúrcuma, por exemplo), por serem ricas em antioxidantes, atuam prevenindo estes efeitos deletérios em nível celular protegendo o indivíduo contra o câncer. A cerveja é rica nestes nutrientes que seriam os polifenois e os ácidos ferulicos, sendo a cerveja uma bebida quimiopreventiva e contribui para a redução do risco de cânceres diversos.
Em relação á aterosclerose, o consumo do álcool aumenta o HDL colesterol ( bom colesterol) e diminui a agregação plaquetária ( diminui o risco de trombose e infartos do miocárdio) reduzindo o risco de mortalidade cardiovascular devido ao fato de a cerveja ser fonte de vitamina B6 e ácido fólico.
Em relação á osteoporose, o consumo moderado da cerveja e do vinho tinto aumenta a densidade mineral óssea, principalmente nas mulheres pós menopausa. Além deste fato, o lúpulo auxilia na regulação hormonal. Os estudos mostram também que o consumo moderado da cerveja e do vinho tinto auxiliam na redução do risco do diabetes e da demência, além de ser também um bom estimulante do apetite.
A cerveja apresenta um paladar amargo devido a presença de três substancias chamadas isohumolona, isocohumolona e isoadhumolona com funções antilipidemicas, antihipertensiva e com bons resultados na prevenção do diabetes tipo 2, pois melhoram a resistência insulínica.
É importante frisar e reforçar que o consumo das bebidas alcoólicas citadas trazem benefícios á saúde, mas moderadamente, pois o consumo desenfreado e desregrado pode levar o indivíduo á desenvolver doenças hepáticas, cânceres ( sobretudo do trato gastrointestinal). Em relação ás isohumolonas, mais estudos estão sendo realizados para confirmação dos seus resultados.
PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DO ALHO E DA CEBOLA
O Alho e a cebola, além de apresentar propriedades culinárias, tais como reforçar o paladar dos alimentos, possuem propriedades nutricionais que conferem poder anticarcinogenico, hipocolsterolemico, hipolipidemico, anti-hipertensivo, antitrombótico, antihomocisteína, cardioprotetor, antioxidante, antimutagenico, imunomodulador e prebiótico, sendo também utilizado contra dores de cabeça, desordens intestinais e tumores.Nas olimpíadas da Grécia, os atletas consumiam estes alimentos como estimulantes, na India como antiséptico e antiulceras, na China era usado contra dores de cabeça, disenteria e cólera e nas grandes guerras, era usado como antiséptico e contra gangrena. As evidencias de diversos estudos realizados sugerem que as propriedades nutricionais e terapêuticas do alho e da cebola ocorrem devido a presença dos compostos organosulfuricos, aliina, l-cisteina, etc. Os flavonóides são abundantes na cebola e praticamente ausente no alho. O óleo essencial de alho, o alho macerado e o pó do alho são fontes de aliina que conferes propriedades hipocolesterolêmica. O alho e a cebola também são antimicrobióticos, combatendofungos, bactérias, parasitas e infecções virais devido a presença de algumas proteínas, saponinas, compstos sulfúricos e fenólicos.
Em relação às funções antioxidantes, o alho e a cebola tem a propriedade de oxidar o DNA, os lipídeos e as proteínas. As cebolas e os alhos tem função de prevenir o envelhecimento precoce, cardioprotetora, antinflamatória, anti doenças neurodegenerativa, anti Alzheimer e promove o envelhecimento saudável devido a presença dos fitoquimicos glutationa, vit. C e E, compostos fenólicos, flavonóides, aglicona, dentre outros. A ação antioxidante inibe a peroxidação lipídica e a oxidação do LDL, a ação antiinflamatória ocorre devido a ativação da NFKB. A quercetina e o kaemferol são antineoplásicos e inibem a bioativação enzimática. A quercetina ainda promove uma melhor absorção intestinal. Em relação ao sistema respiratório, a presença de determinados compostos, tais como cepaenes e tiosulfonatos inibem ciclooxidase e a lipooxidades, tendo atividade antiasmática e antiinflamatória e mantenedor da homeostase imune, estimulando a produção de anticorpos e a ação linfótica.
Os estudos apresentam resultados contraditórios devido as variedades e dosagens apresentadas. O estudo conclui que a cebola e o alho devem ser consumidos como parte da dieta, não somente pelas propriedades organolépticas, mas também pelas propriedades nutricionais destas, sendo que o alho envelhecido não libera odor desagradável.
Em relação às funções antioxidantes, o alho e a cebola tem a propriedade de oxidar o DNA, os lipídeos e as proteínas. As cebolas e os alhos tem função de prevenir o envelhecimento precoce, cardioprotetora, antinflamatória, anti doenças neurodegenerativa, anti Alzheimer e promove o envelhecimento saudável devido a presença dos fitoquimicos glutationa, vit. C e E, compostos fenólicos, flavonóides, aglicona, dentre outros. A ação antioxidante inibe a peroxidação lipídica e a oxidação do LDL, a ação antiinflamatória ocorre devido a ativação da NFKB. A quercetina e o kaemferol são antineoplásicos e inibem a bioativação enzimática. A quercetina ainda promove uma melhor absorção intestinal. Em relação ao sistema respiratório, a presença de determinados compostos, tais como cepaenes e tiosulfonatos inibem ciclooxidase e a lipooxidades, tendo atividade antiasmática e antiinflamatória e mantenedor da homeostase imune, estimulando a produção de anticorpos e a ação linfótica.
Os estudos apresentam resultados contraditórios devido as variedades e dosagens apresentadas. O estudo conclui que a cebola e o alho devem ser consumidos como parte da dieta, não somente pelas propriedades organolépticas, mas também pelas propriedades nutricionais destas, sendo que o alho envelhecido não libera odor desagradável.
A AÇÃO DOS ANTIOXIDANTES NA NUTRIÇÃO DE ATLETAS
Atletas de resistência apresentam elevado consumo de oxigênio com o aumento da produção de ROS, acarretando o stress oxidativo. O stress oxidativo está associado com doenças cardiovasculares, neurovegetativas e câncer. Há muitas evidencias que associam o exercício físico extenuante com a indução ao stress oxidativo e aparecimento de doenças. O consumo de antioxidantes diminuem o stress oxidativo. Durante os processo metabólicos normais, o O2 é utilizado dentro da mitocôndria para a produção de ATP e de substrato metabólico. A maioria do O2 é reduzido á forma água, sendo que uma pequena porcentagem não é reduzida, resultando na ROS, que por sua vez, formam os radicais livres. Existem 2 tipos de antioxidantes: o endógeno ( enzimas e tiolatos) e os exógenos ( vitaminas e minerais), no qual associam-se com a prevenção de câncer, Alzheimer, Parkinson, diabetes, aterosclerose, distrofia muscular.
É sabido que o elevado consumo de O2 na atividade física produz a ROS e conseqüente aumento de radicais livres. Os fatores que são considerados como agravante desta produção são: escapamento das mitocôndrias , ativação de fagócitos, metabolismo da hipoxantina, autoxidação das hidroquinonas, catecolaminas e tiolatos e mieloperoxidase. O excesso de ROS diminuem a eficácia dos antioxidantes e resultam em danos oxidativos no DNA, PTN, CHO e LIP com perda da função das organelas citoplasmáticas, sendo que o estresse oxidativo e as doenças são as causas da atrofia muscular e da fadiga.
O artigo questiona se o estresse oxidativo induzido pelo exercício associa-se com o maior risco de doenças. Um estudo descreveu a relação entre o gasto energético e mortalidade, 16936 individuos foram avaliados e divididos em 8 grupos classificados por nível de atividade física e concluiu-se que o nível da atividade física, quanto mais alto, maior é o estresse oxidativo.
Em relação á suplementação de antioxidantes contra o estresse oxidativo induzido pelo exercício físico, um estudo foi desenvolvido visando investigar a suplementação de antioxidantes, tais como vit E, C e caroteno, além de se observar também a ação do selênio e da coenzima Q10. Diferenças nas dosagens, o potencial biológico dentre as diferentes formas e os produtos de fabricantes diferentes devem ser coniderados ao se interpretar os resultados. A maioria dos estudos usaram tocoferol. Os estudos mostram que o consumo dos antioxidantes diminuiu o estresse oxidativo induzido pelo exercício. A forma alfa-tocoferol natural e sintética tem sido estudada e influencia diretamente na eficiência da suplementação. Em um estudo, 9 individuos usaram suplementação sintética, sendo que destes, 4 tiveram diminuição do estresse oxidativo induzido pelo exercício e 5 não tiveram nenhum efeito; e 7 usaram a suplementação natural, sendo que destes, 4 tiveram diminuição do estresse oxidativo induzido pelo exercício. Além desta observação, considerou-se também que os antioxidantes diminuíram o estresse oxidativo durante 8 semanas, sendo que os que não fizeram uso, houve diminuição para 4 semanas, apenas. Também se estudou a vit.C e mostrou que a Vit. C sozinha não é eficaz na diminuição do estresse oxidativo. A N-acetil-cisteína, associada com a vit.E diminuiu a peroxidação lipídica.
Através deste estudo, conclui-se que a atividade física diminuía a ROS e eleva o estresse oxidativo, associando-se com a manifestação de doenças. Embora o consumo de antioxidantes diminua o estresse oxidativo, a minoria foi eficiente neste quesito de diminuição do estresse oxidativo, enquanto que o consumo de frutas e verduras é mais eficaz neste quesito.
É sabido que o elevado consumo de O2 na atividade física produz a ROS e conseqüente aumento de radicais livres. Os fatores que são considerados como agravante desta produção são: escapamento das mitocôndrias , ativação de fagócitos, metabolismo da hipoxantina, autoxidação das hidroquinonas, catecolaminas e tiolatos e mieloperoxidase. O excesso de ROS diminuem a eficácia dos antioxidantes e resultam em danos oxidativos no DNA, PTN, CHO e LIP com perda da função das organelas citoplasmáticas, sendo que o estresse oxidativo e as doenças são as causas da atrofia muscular e da fadiga.
O artigo questiona se o estresse oxidativo induzido pelo exercício associa-se com o maior risco de doenças. Um estudo descreveu a relação entre o gasto energético e mortalidade, 16936 individuos foram avaliados e divididos em 8 grupos classificados por nível de atividade física e concluiu-se que o nível da atividade física, quanto mais alto, maior é o estresse oxidativo.
Em relação á suplementação de antioxidantes contra o estresse oxidativo induzido pelo exercício físico, um estudo foi desenvolvido visando investigar a suplementação de antioxidantes, tais como vit E, C e caroteno, além de se observar também a ação do selênio e da coenzima Q10. Diferenças nas dosagens, o potencial biológico dentre as diferentes formas e os produtos de fabricantes diferentes devem ser coniderados ao se interpretar os resultados. A maioria dos estudos usaram tocoferol. Os estudos mostram que o consumo dos antioxidantes diminuiu o estresse oxidativo induzido pelo exercício. A forma alfa-tocoferol natural e sintética tem sido estudada e influencia diretamente na eficiência da suplementação. Em um estudo, 9 individuos usaram suplementação sintética, sendo que destes, 4 tiveram diminuição do estresse oxidativo induzido pelo exercício e 5 não tiveram nenhum efeito; e 7 usaram a suplementação natural, sendo que destes, 4 tiveram diminuição do estresse oxidativo induzido pelo exercício. Além desta observação, considerou-se também que os antioxidantes diminuíram o estresse oxidativo durante 8 semanas, sendo que os que não fizeram uso, houve diminuição para 4 semanas, apenas. Também se estudou a vit.C e mostrou que a Vit. C sozinha não é eficaz na diminuição do estresse oxidativo. A N-acetil-cisteína, associada com a vit.E diminuiu a peroxidação lipídica.
Através deste estudo, conclui-se que a atividade física diminuía a ROS e eleva o estresse oxidativo, associando-se com a manifestação de doenças. Embora o consumo de antioxidantes diminua o estresse oxidativo, a minoria foi eficiente neste quesito de diminuição do estresse oxidativo, enquanto que o consumo de frutas e verduras é mais eficaz neste quesito.
ANTIOXIDANTES DIETÉTICOS
O oxigênio molecular (O2) obtido da atmosfera é vital para organismos aeróbios; contudo, espécies reativas
formadas intracelularmente a partir do oxigênio ameaçam a integridade celular por meio da oxidação de biomoléculas, e podem comprometer processos biológicos importantes. O dano oxidativo de biomoléculas pode levar à inativação enzimática, mutação, ruptura de membrana, ao aumento na aterogenicidade de lipoproteínas plasmáticas de baixa densidade e à morte celular. Estes efeitos tóxicos do oxigênio têm sido associados
ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças crônicas, inflamatórias e degenerativas. Embora as defesas antioxidantes endógenas sejam efetivas, não são infalíveis, e constantemente há formação de espécies reativas
de oxigênio e de nitrogênio (ROS/RNS) que interagem em diferentes níveis com o ambiente celular antes de serem eliminadas, o que, à primeira vista, pode parecer uma falha evolutiva. Os mecanismos de ação antioxidante de ácido ascórbico e tocoferol in vitro são conhecidos. Além destes, os carotenóides e polifenóis estão sendo estudados, procurando-se estabelecer suas eficiências de absorção no trato gastrointestinal, biodisponibilidades,
mecanismos de ação e recomendações para consumo humano. Há perspectivas de que antioxidantes dietéticos possam ser usados futuramente no tratamento de doenças cuja gênese envolva processos oxidativos.
Pró-oxidantes são substâncias endógenas ou exógenas que possuem a capacidade de oxidar moléculas-alvo. Radicais livres são espécies cuja reatividade resulta da presença de um ou mais elétrons desemparelhados na estrutura atômica.
Espécies reativas de oxigênio (ROS) e espécies reativas de nitrogênio (RNS) são todas as formas reativas do oxigênio e nitrogênio. O excesso de ROS e RNS propicia o aparecimento de doenças, com alteração no DNA, na ribose e na peroxidação de PUFAs.
Os antioxidantes (ANTIOX) endógenos incluem enzimas: superóxido dismutase(SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GSHPX), peroxirredoxinas (PRX) e tiorredoxinas (Trx); compostos de baixo peso molecular: ácido úrico (AU); ácido lipóico (AL); coenzima Q (CoQ) e glutationa (GSH); tiol proteínas, como albumina, peroxirredoxinas e tiorredoxinas, e proteínas armazenadoras/ transportadoras de íons de metais de transição. As defesas antioxidantes exógenas referem-se aos antioxidantes obtidos por meio da alimentação, sendo os mais estudados o ácido ascórbico (Asc), α-tocoferol (α-TH), carotenóides (CAR) e polifenóis.
Se as defesas antioxidantes tornam-se insuficientes frente à excessiva produção de ROS e RNS, ocorre o chamado estresse oxidativo, relacionados com um grande número de doenças degenerativas, como
aterosclerose, diabetes, injúria isquêmica, doenças inflamatórias (artrite reumatóide, colite ulcerativa e pancreatite), câncer, doenças neurológicas (doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, síndrome de Down, doença de Alzheimer), hipertensão, doenças oculares (degeneração macular relacionada ao envelhecimento e catarata), doenças pulmonares (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica). Os efeitos crônicos de ROS/RNS são considerados agentes importantes no processo de envelhecimento. Um autor definiu antioxidante como alguma substância presente em concentrações baixas e que previne significativamente ou atrasa a oxidação de substratos susceptíveis. Os principais mecanismos de ação de compostos antioxidantes incluem captadores de radicais e supressores de estados excitados; sistemas catalíticos que neutralizam ou eliminam ROS/RNS e a ligação de íons metálicos a proteínas, o que os torna indisponíveis para a produção de espécies oxidantes.
Dentre os antioxidantes, a vitamina E é um poderoso antioxidante que atua como preventivo contra doenças cardiovasculares, evita a peroxidação lipidica do LDL, responsável pelo transporte de ácidos graxos e colesterol do fígado para os tecidos periféricos. Em relação á peroxidação de PUFAs da membrana celular, esta pode afetar características importantes, como fluidez, permeabilidade, potencial elétrico e transporte controlado de metabólitos. A oxidação de lipídios por ROS/RNS pode ser dividida em três
etapas, iniciação, progressão e terminação. Na progressão da lipoperoxidação, podem ser formados hidrocarbonetos, álcoois, ésteres, peróxidos, epóxidos e aldeídos. Entre estes produtos, alguns exercem efeitos deletérios adicionais, como malondialdeído e 4-hidroxinonenal, que inativam fosfolipídios, proteínas e DNA, promovendo ligações cruzadas entre estas moléculas. O tocoferol é importante no retardo do desenvolvimento de aterosclerose e a deficiência desta vitamina, observada em pacientes com deficiência na absorção intestinal de gordura, está relacionada à neurodegeneração. Alguns estudos apresentaram resultados favoráveis no que diz
respeito à redução da susceptibilidade da LDL à oxidação, outros sugerem que a tocoferol pode apresentar atividade pró-oxidante em algumas situações, por ex. em pessoas fumantes ou que consumam
quantidade elevada de PUFAs. A partir destes resultados contraditórios, estudos in vitro têm demonstrado que em doses elevadas o tocoferol pode agir como pró-oxidante, caso não haja concentrações equivalentes de outros antioxidantes para regeneraro radical -tocoferila a -tocoferol. Há evidências crescentes de que os mecanismos protetores do tocoferol não são apenas correlacionados com a prevenção da oxidação da LDL, mas também com funções não-antioxidantes. A vitamina E atuaem nível celular, inibindo a proliferação de células musculares lisas das
artérias, a agregação plaquetária, a adesão de monócitos à parede do endotélio, a captação de LDL oxidada e a produção de citocinas. Estes mecanismos parecem estar relacionados com efeitos específicos do
tocoferol na transdução de sinais e expressão gênica.
A vitamina C é um nutriente hidrossolúvel envolvido em múltiplas funções biológicas. É cofator de várias enzimas envolvidas na hidroxilação pós-tradução do colágeno, na biossíntese de carnitina, na conversão do neurotransmissor dopamina a norepinefrina, na amidação peptídica e no metabolismo da tirosina. Adicionalmente,
é importante na absorção do ferro dietético, devido a sua capacidade de reduzir a forma férrica (Fe3+) a ferrosa (Fe2+), propiciando absorção do ferro não-heme no trato gastrointestinal. A privação prolongada de vitamina C dietética acarreta defeito na modificação pós-tradução do colágeno, levando ao escorbuto e, ocasionalmente, à morte. O escorbuto pode ser prevenido pelo consumo diário de 10 mg de vitamina C. Acredita-se, todavia, que doses mais
elevadas são necessárias para manutenção de uma saúde desejável. Além da importante função anti-escorbútica, a vitamina C é um potente agente redutor, capaz de reduzir a maioria das ROS/RNS fisiologicamente relevantes. Em meio fisiológico. Apesar da grande eficiência antioxidante, a vitamina C também age paradoxalmente como pró-oxidante. Soluções de vitamina C e ferro são usadas há décadas para induzir modificações oxidativas em lipídios, proteínas e DNA. Muitos estudos de intervenção em humanos relacionam suplementação com vitamina C e lesões oxidativas em DNA, incluindo lesão nas bases nitrogenadas e quebra de fita do DNA. Os resultados apresentados são contraditórios. A vitamina C também é muito estudada no tratamento do câncer. Acredita-se que estimule o sistema imune, iniba a formação de nitrosaminas e bloqueie a ativação metabólica de carcinógenos. Contudo, células tumorais parecem necessitar de ácido ascórbico e competem com células saudáveis por este nutriente, presumivelmente para se defenderem da ameaça oxidativa, uma vez que tumores tratados com vitamina C se tornam mais resistentes à injúria oxidativa. Apesar dos dados contraditórios, a importância da vitamina C
como antioxidante é bem estabelecida, considerando-se as doses recomendadas, geralmente alcançadas por meio da alimentação.
Em relação aos carotenóides, evidências epidemiológicas associam altos níveis plasmáticos de -caroteno e outros carotenóides com risco diminuído de câncer e doenças cardiovasculares. As propriedades antioxidantes dos carotenóides fundamentam-se na estrutura destes compostos, principalmente no sistema de duplas ligações conjugadas, tornando possível a captação de radicais livres. Além da captação de radicais livres, os carotenóides captam energia do oxigênio singlete. Experimentos recentes mostraram que em concentrações elevadas, a capacidade antioxidante de carotenóides foi diminuída e licopeno, luteína e caroteno apresentaram efeitos pró-oxidantes, sendo que, em altas quantidades, podem alterar as propriedades das membranas biológicas,influenciando a permeabilidade à toxinas, ao oxigênio e á metabólitos. Embora estudos com animais mostrem que carotenos suplementados apresentem protegem contra o câncer em algumas situações, estudos populacionais mostraram efeitos nulos ou negativos. Não há consenso entre os pesquisadores sobre o efeito pró oxidante dos carotenóides, mas os estudos permitem concluir que em sistemas biológicos existem muitos fatores que podem reduzir o fator antioxidante.
Os polifenóis são os antioxidantes mais abundantes na dieta e o consumo diário pode atingir 1g. Dentre os polifenóis, os mais estudados são os flavonóides cujas as propriedades atribuídas são anticarcinogenicas e antiaterogenicas. Pouco se conhece ainda em relação á biodisponibilidade dos polifenóis. Alguns efeitos tóxicos do alcoolismo cronico tem sido associados á produção de ROS-RNS, todavia, foi demonstrado que indivíduos que apresentavam riscos elevados de HDL implicava em menor risco de DCV, além disso, o consumo de vinhos tintos tem sido associado à proteção contra doenças de idade avançada ( paradoxo Frances), devido a alta concentração de fitosteróis ( resveratrol e quercetina). As catequinas presente no chá verde e cacau são potentes antioxidantes, assim como o azeite que é cardioprotetor e protege contra o cancer. O consumo de polifenóis protege a saúde reduzindo os indicadores de danos oxidativos, além de efeitos diretos no TGI através da ligação de inibidores de telomerase, regulação de transdução de sinal, inibição de ciclooxidase e lipooxigenase, redução da xantina oxidase, metaloproteinase da matriz, enzima conversora de angiotensina, alteração de plaquetas e da glicose para transporte transmembrana.
A biodisponibilidade de vit.C ingerido através das frutas e verduras é de 100%., mas se observa saturação dos tecidos humanos com consumo acima de 200mg ao dia e relativamente, menos ácido ascórbico é absorvido aumentando o seu consumo. A vit.C é bem absorvida no TGI. A vit.E é absorvida nos enterócitos e liberadas dentro dos quilomicrons. Em relação aos carotenóides, os de corantes são melhor absorvidos. A absorção de frutas e verduras só é possível se o carotenóide for liberado das fibras alimentares e são absorvidos junto com as micelas. Já os polifenóis apresentam até 50% da sua absorção e os efeitos dos polifenóis são antioxidantes, quelantes de Fe, Ca, aa e ptns no TGI. A biodisponibilidade dos polifenóis e carotenóides variam conforme transporte, biotransformação e excreção.
A ação preventiva dos antioxidantes pode ser eficaz precocemente, mas não tem esta resposta a partir do momento que a doença se manifestou, ou seja, é preventiva, mas não é curativa.Excesso de antioxidantes redutores,pode acarretar proliferação celular por prevenir estado transitório de oxidação e diminuir a adaptação ao estresse oxidativo. Suplementos vitamínicos em pacientes com câncer podem acarretar efeitos adversos, devido a competição entre eles. Suplementos com Fe e vit.C podem representar perigo para o balanço redox em quantidades elevadas.
Estudos recentes sugerem que os antioxidantes são eficazes na prevenção de doenças crônicas associadas ao estresse oxidativo. Não existem evidencias de que o consumo de alimentos ricos em antioxidantes ao longo da vida acarrete efeitos prejudiciais, pelo contrário, há indícios epidemiológicos que associam á um envelhecimento saudável e longevidade funcional. A dieta mediterrânea está associada com menor mortalidade por doenças crônico degenerativas não transmissíveis. O consumo diário de 5 a 9 porçoes de frutas e hortaliças oferecem benefícios á saúde, pois os nutrientes são coenzimas de enzimas envolvidas em reparo e síntese de DNA e apoptose. Em síntese, o conjunto de nutrientes presentes nos alimentos parecem propiciar a saúde e não um nutriente isolado.
Os idosos constituem um grupo vulnerável á desnutrição devido á perda funcional do pâncreas e intestino delgado, comprometendo a digestão e absorção dos nutrientes, o que os torna biodisponiveis. Em indivíduos que fazem uso de medicamentos inibidores de lípase e co lípases no TGI leva a redução da absorção de gorduras, contribuindo para a menor concentração de vit.E e carotenóides que são compostos lipossolúveis. Os atletas compõem uma classe em que o estresse oxidativo podem aumentar em conseqüência da aceleração da atividade física, rompendo o balanço redox, pois exercícios prolongados e intensos depletam antioxidantes, sendo recomendável a suplementação.
Mais estudos devem ser realizados para se estabelecer o papel e a ação de nutrientes específicos na prevenção de doenças.
formadas intracelularmente a partir do oxigênio ameaçam a integridade celular por meio da oxidação de biomoléculas, e podem comprometer processos biológicos importantes. O dano oxidativo de biomoléculas pode levar à inativação enzimática, mutação, ruptura de membrana, ao aumento na aterogenicidade de lipoproteínas plasmáticas de baixa densidade e à morte celular. Estes efeitos tóxicos do oxigênio têm sido associados
ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças crônicas, inflamatórias e degenerativas. Embora as defesas antioxidantes endógenas sejam efetivas, não são infalíveis, e constantemente há formação de espécies reativas
de oxigênio e de nitrogênio (ROS/RNS) que interagem em diferentes níveis com o ambiente celular antes de serem eliminadas, o que, à primeira vista, pode parecer uma falha evolutiva. Os mecanismos de ação antioxidante de ácido ascórbico e tocoferol in vitro são conhecidos. Além destes, os carotenóides e polifenóis estão sendo estudados, procurando-se estabelecer suas eficiências de absorção no trato gastrointestinal, biodisponibilidades,
mecanismos de ação e recomendações para consumo humano. Há perspectivas de que antioxidantes dietéticos possam ser usados futuramente no tratamento de doenças cuja gênese envolva processos oxidativos.
Pró-oxidantes são substâncias endógenas ou exógenas que possuem a capacidade de oxidar moléculas-alvo. Radicais livres são espécies cuja reatividade resulta da presença de um ou mais elétrons desemparelhados na estrutura atômica.
Espécies reativas de oxigênio (ROS) e espécies reativas de nitrogênio (RNS) são todas as formas reativas do oxigênio e nitrogênio. O excesso de ROS e RNS propicia o aparecimento de doenças, com alteração no DNA, na ribose e na peroxidação de PUFAs.
Os antioxidantes (ANTIOX) endógenos incluem enzimas: superóxido dismutase(SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GSHPX), peroxirredoxinas (PRX) e tiorredoxinas (Trx); compostos de baixo peso molecular: ácido úrico (AU); ácido lipóico (AL); coenzima Q (CoQ) e glutationa (GSH); tiol proteínas, como albumina, peroxirredoxinas e tiorredoxinas, e proteínas armazenadoras/ transportadoras de íons de metais de transição. As defesas antioxidantes exógenas referem-se aos antioxidantes obtidos por meio da alimentação, sendo os mais estudados o ácido ascórbico (Asc), α-tocoferol (α-TH), carotenóides (CAR) e polifenóis.
Se as defesas antioxidantes tornam-se insuficientes frente à excessiva produção de ROS e RNS, ocorre o chamado estresse oxidativo, relacionados com um grande número de doenças degenerativas, como
aterosclerose, diabetes, injúria isquêmica, doenças inflamatórias (artrite reumatóide, colite ulcerativa e pancreatite), câncer, doenças neurológicas (doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, síndrome de Down, doença de Alzheimer), hipertensão, doenças oculares (degeneração macular relacionada ao envelhecimento e catarata), doenças pulmonares (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica). Os efeitos crônicos de ROS/RNS são considerados agentes importantes no processo de envelhecimento. Um autor definiu antioxidante como alguma substância presente em concentrações baixas e que previne significativamente ou atrasa a oxidação de substratos susceptíveis. Os principais mecanismos de ação de compostos antioxidantes incluem captadores de radicais e supressores de estados excitados; sistemas catalíticos que neutralizam ou eliminam ROS/RNS e a ligação de íons metálicos a proteínas, o que os torna indisponíveis para a produção de espécies oxidantes.
Dentre os antioxidantes, a vitamina E é um poderoso antioxidante que atua como preventivo contra doenças cardiovasculares, evita a peroxidação lipidica do LDL, responsável pelo transporte de ácidos graxos e colesterol do fígado para os tecidos periféricos. Em relação á peroxidação de PUFAs da membrana celular, esta pode afetar características importantes, como fluidez, permeabilidade, potencial elétrico e transporte controlado de metabólitos. A oxidação de lipídios por ROS/RNS pode ser dividida em três
etapas, iniciação, progressão e terminação. Na progressão da lipoperoxidação, podem ser formados hidrocarbonetos, álcoois, ésteres, peróxidos, epóxidos e aldeídos. Entre estes produtos, alguns exercem efeitos deletérios adicionais, como malondialdeído e 4-hidroxinonenal, que inativam fosfolipídios, proteínas e DNA, promovendo ligações cruzadas entre estas moléculas. O tocoferol é importante no retardo do desenvolvimento de aterosclerose e a deficiência desta vitamina, observada em pacientes com deficiência na absorção intestinal de gordura, está relacionada à neurodegeneração. Alguns estudos apresentaram resultados favoráveis no que diz
respeito à redução da susceptibilidade da LDL à oxidação, outros sugerem que a tocoferol pode apresentar atividade pró-oxidante em algumas situações, por ex. em pessoas fumantes ou que consumam
quantidade elevada de PUFAs. A partir destes resultados contraditórios, estudos in vitro têm demonstrado que em doses elevadas o tocoferol pode agir como pró-oxidante, caso não haja concentrações equivalentes de outros antioxidantes para regeneraro radical -tocoferila a -tocoferol. Há evidências crescentes de que os mecanismos protetores do tocoferol não são apenas correlacionados com a prevenção da oxidação da LDL, mas também com funções não-antioxidantes. A vitamina E atuaem nível celular, inibindo a proliferação de células musculares lisas das
artérias, a agregação plaquetária, a adesão de monócitos à parede do endotélio, a captação de LDL oxidada e a produção de citocinas. Estes mecanismos parecem estar relacionados com efeitos específicos do
tocoferol na transdução de sinais e expressão gênica.
A vitamina C é um nutriente hidrossolúvel envolvido em múltiplas funções biológicas. É cofator de várias enzimas envolvidas na hidroxilação pós-tradução do colágeno, na biossíntese de carnitina, na conversão do neurotransmissor dopamina a norepinefrina, na amidação peptídica e no metabolismo da tirosina. Adicionalmente,
é importante na absorção do ferro dietético, devido a sua capacidade de reduzir a forma férrica (Fe3+) a ferrosa (Fe2+), propiciando absorção do ferro não-heme no trato gastrointestinal. A privação prolongada de vitamina C dietética acarreta defeito na modificação pós-tradução do colágeno, levando ao escorbuto e, ocasionalmente, à morte. O escorbuto pode ser prevenido pelo consumo diário de 10 mg de vitamina C. Acredita-se, todavia, que doses mais
elevadas são necessárias para manutenção de uma saúde desejável. Além da importante função anti-escorbútica, a vitamina C é um potente agente redutor, capaz de reduzir a maioria das ROS/RNS fisiologicamente relevantes. Em meio fisiológico. Apesar da grande eficiência antioxidante, a vitamina C também age paradoxalmente como pró-oxidante. Soluções de vitamina C e ferro são usadas há décadas para induzir modificações oxidativas em lipídios, proteínas e DNA. Muitos estudos de intervenção em humanos relacionam suplementação com vitamina C e lesões oxidativas em DNA, incluindo lesão nas bases nitrogenadas e quebra de fita do DNA. Os resultados apresentados são contraditórios. A vitamina C também é muito estudada no tratamento do câncer. Acredita-se que estimule o sistema imune, iniba a formação de nitrosaminas e bloqueie a ativação metabólica de carcinógenos. Contudo, células tumorais parecem necessitar de ácido ascórbico e competem com células saudáveis por este nutriente, presumivelmente para se defenderem da ameaça oxidativa, uma vez que tumores tratados com vitamina C se tornam mais resistentes à injúria oxidativa. Apesar dos dados contraditórios, a importância da vitamina C
como antioxidante é bem estabelecida, considerando-se as doses recomendadas, geralmente alcançadas por meio da alimentação.
Em relação aos carotenóides, evidências epidemiológicas associam altos níveis plasmáticos de -caroteno e outros carotenóides com risco diminuído de câncer e doenças cardiovasculares. As propriedades antioxidantes dos carotenóides fundamentam-se na estrutura destes compostos, principalmente no sistema de duplas ligações conjugadas, tornando possível a captação de radicais livres. Além da captação de radicais livres, os carotenóides captam energia do oxigênio singlete. Experimentos recentes mostraram que em concentrações elevadas, a capacidade antioxidante de carotenóides foi diminuída e licopeno, luteína e caroteno apresentaram efeitos pró-oxidantes, sendo que, em altas quantidades, podem alterar as propriedades das membranas biológicas,influenciando a permeabilidade à toxinas, ao oxigênio e á metabólitos. Embora estudos com animais mostrem que carotenos suplementados apresentem protegem contra o câncer em algumas situações, estudos populacionais mostraram efeitos nulos ou negativos. Não há consenso entre os pesquisadores sobre o efeito pró oxidante dos carotenóides, mas os estudos permitem concluir que em sistemas biológicos existem muitos fatores que podem reduzir o fator antioxidante.
Os polifenóis são os antioxidantes mais abundantes na dieta e o consumo diário pode atingir 1g. Dentre os polifenóis, os mais estudados são os flavonóides cujas as propriedades atribuídas são anticarcinogenicas e antiaterogenicas. Pouco se conhece ainda em relação á biodisponibilidade dos polifenóis. Alguns efeitos tóxicos do alcoolismo cronico tem sido associados á produção de ROS-RNS, todavia, foi demonstrado que indivíduos que apresentavam riscos elevados de HDL implicava em menor risco de DCV, além disso, o consumo de vinhos tintos tem sido associado à proteção contra doenças de idade avançada ( paradoxo Frances), devido a alta concentração de fitosteróis ( resveratrol e quercetina). As catequinas presente no chá verde e cacau são potentes antioxidantes, assim como o azeite que é cardioprotetor e protege contra o cancer. O consumo de polifenóis protege a saúde reduzindo os indicadores de danos oxidativos, além de efeitos diretos no TGI através da ligação de inibidores de telomerase, regulação de transdução de sinal, inibição de ciclooxidase e lipooxigenase, redução da xantina oxidase, metaloproteinase da matriz, enzima conversora de angiotensina, alteração de plaquetas e da glicose para transporte transmembrana.
A biodisponibilidade de vit.C ingerido através das frutas e verduras é de 100%., mas se observa saturação dos tecidos humanos com consumo acima de 200mg ao dia e relativamente, menos ácido ascórbico é absorvido aumentando o seu consumo. A vit.C é bem absorvida no TGI. A vit.E é absorvida nos enterócitos e liberadas dentro dos quilomicrons. Em relação aos carotenóides, os de corantes são melhor absorvidos. A absorção de frutas e verduras só é possível se o carotenóide for liberado das fibras alimentares e são absorvidos junto com as micelas. Já os polifenóis apresentam até 50% da sua absorção e os efeitos dos polifenóis são antioxidantes, quelantes de Fe, Ca, aa e ptns no TGI. A biodisponibilidade dos polifenóis e carotenóides variam conforme transporte, biotransformação e excreção.
A ação preventiva dos antioxidantes pode ser eficaz precocemente, mas não tem esta resposta a partir do momento que a doença se manifestou, ou seja, é preventiva, mas não é curativa.Excesso de antioxidantes redutores,pode acarretar proliferação celular por prevenir estado transitório de oxidação e diminuir a adaptação ao estresse oxidativo. Suplementos vitamínicos em pacientes com câncer podem acarretar efeitos adversos, devido a competição entre eles. Suplementos com Fe e vit.C podem representar perigo para o balanço redox em quantidades elevadas.
Estudos recentes sugerem que os antioxidantes são eficazes na prevenção de doenças crônicas associadas ao estresse oxidativo. Não existem evidencias de que o consumo de alimentos ricos em antioxidantes ao longo da vida acarrete efeitos prejudiciais, pelo contrário, há indícios epidemiológicos que associam á um envelhecimento saudável e longevidade funcional. A dieta mediterrânea está associada com menor mortalidade por doenças crônico degenerativas não transmissíveis. O consumo diário de 5 a 9 porçoes de frutas e hortaliças oferecem benefícios á saúde, pois os nutrientes são coenzimas de enzimas envolvidas em reparo e síntese de DNA e apoptose. Em síntese, o conjunto de nutrientes presentes nos alimentos parecem propiciar a saúde e não um nutriente isolado.
Os idosos constituem um grupo vulnerável á desnutrição devido á perda funcional do pâncreas e intestino delgado, comprometendo a digestão e absorção dos nutrientes, o que os torna biodisponiveis. Em indivíduos que fazem uso de medicamentos inibidores de lípase e co lípases no TGI leva a redução da absorção de gorduras, contribuindo para a menor concentração de vit.E e carotenóides que são compostos lipossolúveis. Os atletas compõem uma classe em que o estresse oxidativo podem aumentar em conseqüência da aceleração da atividade física, rompendo o balanço redox, pois exercícios prolongados e intensos depletam antioxidantes, sendo recomendável a suplementação.
Mais estudos devem ser realizados para se estabelecer o papel e a ação de nutrientes específicos na prevenção de doenças.
O CAFÉ É ALIMENTO FUNCIONAL?
Diversos componentes encontrados no chá, considerados como componentes funcionais, são encontrados no café, tais como catequinas, antocianinas que são flavonóides, e os caffeic acid e ferrulic acid, tanino, acido nicotínico, trigonelina, acido quinolinico e acido pirogalico. A quantidade de niacina pode variar de 2 a 80mg por 100g de café de acordo com a origem, o processamento e a preparação. O café é uma bebida prazerosa e psicoestimulante e dependendo da quantidade consumida, pode comprometer a absorção de magnésio, manganês, potássio, mas por outro lado, pode ser também uma boa fonte de magnésio em doses adequadas, sendo que a dose excretada de magnésio foi correlacionada com a entrada de magnésio decorrente do consumo do café. Em algumas circunstancias, o café pode auxiliar na remoção de metais tóxicos, tal como o chumbo. O café é rico em antioxidante e fibra dietética solúvel. A cafeína possui propriedades farmacológicas que aumento a atenção mental, atenção rápida, redução da fadiga, memória e atenção cardiovascular e redução da sonolência, sendo de importante ação na prevenção de doenças e promoção da saúde.
Em relação á cafeína, o índice varia de 58 a 259 mg por dose, e a média por um copo ingerido ( copo de 16oz) é de 188 mg. Os fortes efeitos da cafeína em alguns indivíduos estimulou o desenvolvimento do café descafeinado que possui menos teor de magnésio. Em um estudo desenvolvido, observou-se que o café descafeinado apresentou efeitos desejáveis em alguns indivíduos e efeitos colaterais em outros. O café não é uma bebida a se oferecer á crianças, mas não há contraindicações ao seu uso. Um outro estudo foi desenvolvido através da ingestão de café no período de amamentação e observou-se que a cafeína transferida do leite materno para a criança amamentada na interferiu negativamente no batimento cardíaco e no sono. Este estudo concluiu que o consumo de café não muda a composição do leite materno e estimula a produção do leite.
As catequinas, flavonoides presentes no café, no chá e no chocolate previnem o desenvolvimento de cânceres gástricos, além de possuirem propriedades antibacterianas. O consumo regular de café diminui o LDL colesterol. O café apresenta efeitos quimiopreventivos na atividade da S-transferase da glutationa. A cafeína, por meio da xantina e theobromina, catabólitos da cafeína possuem propriedades antioxidantes. O consumo de café estimula a liberação de gastrina e outros hormônios gastrintestinais. Há uma associação inversa entre o consumo de café e o desenvolvimento de cirrose, assim como também o consumo de café e o desenvolvimento de câncer pulmonar em fumantes e também diminui a manifestação da pancreatite alcoólica. Uma alteração na função microssomal hepática na infecção hepática altera o metabolismo da cafeína. Um outro estudo mostrou que o consumo de café modificou a secreção gastrintestinal dos hormônios gastrintestinais, além de diminuir a relação glicose pós prandial e insulina. Em outro estudo, foi mostrado que o consumo de 2 a 3 copos de café diminui o risco de calculo biliar. Também existem estudos que mostram que o consumo de café diminui a asma, impede manifestações clinicas de asma crônica e auxilia no tratamento de obstrução crônica e aguda do fluxo de ar em fumantes. Existem estudos que mostram que o consumo de café auxiliar na manutenção da glicemia em níveis normais. Um estudo na Suécia mostrou que o consumo de 2 copos diários melhorou a sensibilidade insulínica em idosos, além do risco reduzido de DMII. Outro estudo desenvolvido mostrou que o café induz a oxidação da termogenese e de lipídeos.
Em nível psicoativo e neurológico, observou-se que o consumo do café apresenta uma associação inversa com o risco de suicídio. Também observou-se que o consumo do café melhora a função cognitiva mas, não neutralizou o efeito cognitivo relacionado a idade. A ingestão de café na terapia anticonvulsiva auxiliou no sono. O consumo de café também relaciona-se com a menor incidência de Mal de Parkinson em americanos, asiáticos e na população da China. Esta incidência também relaciona inversamente o consumo do café com a manifestação do Alzheimer. O café Cappuccino foi usado no o tratamento da xerostomia nos pacientes que tomam antidepressivos tricyclic.
Individuos que consomem café e fazem abstinência ou consomem o café descafeinado podem apresentar dores de cabeça. Em relação a HAS, não houve associação entre a administração da cafeína e a eleveção da pressao arterial. Por outro lado, o consumo elevado do café aumenta o risco de infarto do miocárdio em homens finlandeses.
Através deste artigo estudado, conclui-se que o consumo regular de café proporciona respostas positivas nas desordens neurológicas, metabólicas e psicoativas.
Em relação á cafeína, o índice varia de 58 a 259 mg por dose, e a média por um copo ingerido ( copo de 16oz) é de 188 mg. Os fortes efeitos da cafeína em alguns indivíduos estimulou o desenvolvimento do café descafeinado que possui menos teor de magnésio. Em um estudo desenvolvido, observou-se que o café descafeinado apresentou efeitos desejáveis em alguns indivíduos e efeitos colaterais em outros. O café não é uma bebida a se oferecer á crianças, mas não há contraindicações ao seu uso. Um outro estudo foi desenvolvido através da ingestão de café no período de amamentação e observou-se que a cafeína transferida do leite materno para a criança amamentada na interferiu negativamente no batimento cardíaco e no sono. Este estudo concluiu que o consumo de café não muda a composição do leite materno e estimula a produção do leite.
As catequinas, flavonoides presentes no café, no chá e no chocolate previnem o desenvolvimento de cânceres gástricos, além de possuirem propriedades antibacterianas. O consumo regular de café diminui o LDL colesterol. O café apresenta efeitos quimiopreventivos na atividade da S-transferase da glutationa. A cafeína, por meio da xantina e theobromina, catabólitos da cafeína possuem propriedades antioxidantes. O consumo de café estimula a liberação de gastrina e outros hormônios gastrintestinais. Há uma associação inversa entre o consumo de café e o desenvolvimento de cirrose, assim como também o consumo de café e o desenvolvimento de câncer pulmonar em fumantes e também diminui a manifestação da pancreatite alcoólica. Uma alteração na função microssomal hepática na infecção hepática altera o metabolismo da cafeína. Um outro estudo mostrou que o consumo de café modificou a secreção gastrintestinal dos hormônios gastrintestinais, além de diminuir a relação glicose pós prandial e insulina. Em outro estudo, foi mostrado que o consumo de 2 a 3 copos de café diminui o risco de calculo biliar. Também existem estudos que mostram que o consumo de café diminui a asma, impede manifestações clinicas de asma crônica e auxilia no tratamento de obstrução crônica e aguda do fluxo de ar em fumantes. Existem estudos que mostram que o consumo de café auxiliar na manutenção da glicemia em níveis normais. Um estudo na Suécia mostrou que o consumo de 2 copos diários melhorou a sensibilidade insulínica em idosos, além do risco reduzido de DMII. Outro estudo desenvolvido mostrou que o café induz a oxidação da termogenese e de lipídeos.
Em nível psicoativo e neurológico, observou-se que o consumo do café apresenta uma associação inversa com o risco de suicídio. Também observou-se que o consumo do café melhora a função cognitiva mas, não neutralizou o efeito cognitivo relacionado a idade. A ingestão de café na terapia anticonvulsiva auxiliou no sono. O consumo de café também relaciona-se com a menor incidência de Mal de Parkinson em americanos, asiáticos e na população da China. Esta incidência também relaciona inversamente o consumo do café com a manifestação do Alzheimer. O café Cappuccino foi usado no o tratamento da xerostomia nos pacientes que tomam antidepressivos tricyclic.
Individuos que consomem café e fazem abstinência ou consomem o café descafeinado podem apresentar dores de cabeça. Em relação a HAS, não houve associação entre a administração da cafeína e a eleveção da pressao arterial. Por outro lado, o consumo elevado do café aumenta o risco de infarto do miocárdio em homens finlandeses.
Através deste artigo estudado, conclui-se que o consumo regular de café proporciona respostas positivas nas desordens neurológicas, metabólicas e psicoativas.
ESTRATÉGIAS PARA ANALISES DA INTERAÇÃO GENE NUTRIENTES NO DMII
A DMII ( Diabetes mellitus tipo 2) é uma doença que se manifesta comumente em adultos com a média de idade de 52 anos nos anos 1976-1980, para 46 anos em 1999-2000, ou seja, a DMII está se manifestando precocemente, em relação ao período anterior. A obesidade está crescendo em todos os grupos, sendo que a DMII acomete menos de 1% das crianças. A população estudada incluía jovens e crianças de todos os 6 continentes abaixo de 18 anos de idade. A pesquisa registrou que 12,4% das crianças entre 2 e 5 anos de idade e 17% das crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos estavam no percentil acima de 95.
A obesidade aumenta a chance do DMII, além da resistência insulínica, sendo um fator de risco e de prognóstico em um futuro próximo. Foram analisados estudos em que os níveis de lipídeos séricos mudam em resposta a uma elevação de gordura ingerida pela dieta e uma dieta controle, no qual foram determinados diferenças na ingesta de nutrientes dentre os dois grupos.
A genética ou genótipo fornece a probabilidade de se desenvolver ou não as doenças crônicas. O estado de saúde é determinado pela resposta individual aos nutrientes e ao ambiente. A obesidade está relacionada com o consumo calórico, além de outros nutrientes. As pesquisas estão observando se a deficiência vitamínica contribui com o agravamento ou a manifestação da obesidade.
As pesquisas mostram que uma boa nutrição durante a gravidez e a infância interfere na suscetibilidade á doenças crônicas. O foco dos estudos são o folato e as vitaminas do complexo B através da interferência no metabolismo e na metilação do DNA. Além destes micronutrientes, existem outras que relacionam-se com a manifestação, alem dos macronutrientes. A deficiência de vitamina D, POR EXEMPLO, É RELACIONADA COM O AUMENTO DO CANCER, DOENÇAS AUTO IMUNES, HIPERTENSÃO E DOENÇAS INFECCIOSAS. A deficiência de vitamina D danifica a função cognitiva, DCV, Alzheimer e alguns tipos de câncer, além de diminuir a insulina. A desnutrição é mais comum em países em desenvolvimento, mas as dietas desequilibradas ( calorias vazias) também elevam á desnutrição.
A suscetibilidade do individuo ás doenças são influenciadas também pela genética, pois alguns indivíduos apresentam menos efeitos deletérios de uma deficiência nutricional, comparado ao outro. Para testar esstas hipóteses, propõe-se o aumento da vitamina em um individuo e correlaciona-lo com a resposta gênica, envolvendo o metabolismo desta vitamina através da analise da sequencia dos genes e os micronutrientes envolvidos com a obesidade e o DM.
As crianças que participaram deste trabalho eram da zona rural e estavam com deficiência de vit. E, A,C e B6, além de cálcio, acido linoléico, folato e calorias e baixo peso. Foram analisadas o estilo de vida, as concentrações metabólitas antes, durante e depois da intervenção, a atividade física e o estudo tinha como objetivo, fazer uma interface gene-nutrientes.
A obesidade aumenta a chance do DMII, além da resistência insulínica, sendo um fator de risco e de prognóstico em um futuro próximo. Foram analisados estudos em que os níveis de lipídeos séricos mudam em resposta a uma elevação de gordura ingerida pela dieta e uma dieta controle, no qual foram determinados diferenças na ingesta de nutrientes dentre os dois grupos.
A genética ou genótipo fornece a probabilidade de se desenvolver ou não as doenças crônicas. O estado de saúde é determinado pela resposta individual aos nutrientes e ao ambiente. A obesidade está relacionada com o consumo calórico, além de outros nutrientes. As pesquisas estão observando se a deficiência vitamínica contribui com o agravamento ou a manifestação da obesidade.
As pesquisas mostram que uma boa nutrição durante a gravidez e a infância interfere na suscetibilidade á doenças crônicas. O foco dos estudos são o folato e as vitaminas do complexo B através da interferência no metabolismo e na metilação do DNA. Além destes micronutrientes, existem outras que relacionam-se com a manifestação, alem dos macronutrientes. A deficiência de vitamina D, POR EXEMPLO, É RELACIONADA COM O AUMENTO DO CANCER, DOENÇAS AUTO IMUNES, HIPERTENSÃO E DOENÇAS INFECCIOSAS. A deficiência de vitamina D danifica a função cognitiva, DCV, Alzheimer e alguns tipos de câncer, além de diminuir a insulina. A desnutrição é mais comum em países em desenvolvimento, mas as dietas desequilibradas ( calorias vazias) também elevam á desnutrição.
A suscetibilidade do individuo ás doenças são influenciadas também pela genética, pois alguns indivíduos apresentam menos efeitos deletérios de uma deficiência nutricional, comparado ao outro. Para testar esstas hipóteses, propõe-se o aumento da vitamina em um individuo e correlaciona-lo com a resposta gênica, envolvendo o metabolismo desta vitamina através da analise da sequencia dos genes e os micronutrientes envolvidos com a obesidade e o DM.
As crianças que participaram deste trabalho eram da zona rural e estavam com deficiência de vit. E, A,C e B6, além de cálcio, acido linoléico, folato e calorias e baixo peso. Foram analisadas o estilo de vida, as concentrações metabólitas antes, durante e depois da intervenção, a atividade física e o estudo tinha como objetivo, fazer uma interface gene-nutrientes.
SELENIO E ( NAC) N-ACETIL CISTEÍNA E INFERTILIDADE NOS HOMENS
Geralmente, 10 a 15% dos casais tem dificuldade com a concepção, sendo relacionado este fato á vários fatores, tais como, oligospermia ou astenospermia, causa de mais da metade dos caso de infertilidade. A infertilidade é um importante problema social, sendo atualmente desenvolvido vários avanços tecnológicos e técnicas na área reprodutiva no tratamento da infertilidade masculina nas mais diversas causas. Estudos em humanos inférteis desenvolvidos nos últimos 10 anos descobriram que a oxidação do DNA do esperma leva à pouca produção de sêmen.
O selênio é um elemento essencial no desenvolvimento testicular, na espermatogênese, na mobilidade e função do espermatozóide. Existem aproximadamente, 25 selenioproteínas em humanos e em animais. As selenioproteínas participam da estrutura do espermatozóide através da GSH-peroxidade. O aumento do oxigênio reativo ( ROS) diminui a fertilidade porque a ROS ataca a membrana do espermatozóide diminuindo a velocidade. O aumento de selênio aumenta a atividade da GSH peroxidase, diminuindo a ROS e aumentando a fertilidade masculina. Entretanto, os efeitos do selênio na fertilidade masculina e na melhora da qualidade do esperma ainda são controversos. Os estudos mostram resultados benéficos através da combinação selênio e vitamina E.
Em estudo desenvolvido, observou-se que 297 microgramas de selênio ao dia durante 3 meses. . A diferença nos resultados se deram por: 1) estudo da fertilidade nos homens nos grupos controle e placebo; 2) análises de sêmen; 3) história andrológica, genital, infecturinária ou varicocele; 4) tabagismo, uso de medicamentos ou exposição ambiental. O estudo foi duplo cego, controle placebo e randomizado, sendo realizado entre fevereiro de 2004 e dezembro de 2006 em homens com´media de idade de 31 anos ( entre 25 e 48 anos) apresentando algum sintoma de infertilidade masculina nos últimos 2 anos. Os pacientes com histórico de câncer foram excluídos. A avaliação incluía exames físicos e avaliação sérica dos hormônios E2, FSH, LH, inhibin B e PRL. Cada fase do estudo durou 4 semanas.
Os resultados apresentados mostraram que a suplementação de 200 microgramas de selênio por 26 semanas melhorou os paramentros do sêmen. A suplementação NAC e Selenio não apresentou efeitos adversos, sugerindo que o selênio e a NAC atendem as necessidades quando ingeridas. A suplementação de doses com selênio, NAC e selênio plus foram modestas. O aumento na produção de espermatozóide, a motilidade e a morfologia foram em 30%, 19% e 26%, respectivamente.
A concentração e atividade da glutationa peroxidase aumenta com o aumento do selênio ingerido. O mecanismo exato no qual o selênio exerce o seu efeito ainda não é esclarecido, mas há várias hipóteses. O selênio forma a glutationa peroxidase e hidroxiperóxido orgânico, diminuindo a formação de radicais livres e de agentes cititóxicos. O aumento sérico de androgenes e a diminuição de LH indicam que os efeitos dietéticos do se ou NAC na qualidade do sêmen dependem dos testes hormonais. Outra hipótese seria a ausência de sódio selenito que quando presente é maléfico. Outro estudo observou uma relação inversa entre a concentração de cádmio e o volume do sêmen que é associado ao estilo de vida.
A NAC é um poderoso varredor e reabastecedor do estoque de glutationa que quando depleltado, atua como antioxidante. O uso convencional do farmacoterápico melhora e mantém o sêmen em níveis normais.
O Se e o NAC é um eficaz, seguro e barato método de combate á infertilidade masculina.
O selênio é um elemento essencial no desenvolvimento testicular, na espermatogênese, na mobilidade e função do espermatozóide. Existem aproximadamente, 25 selenioproteínas em humanos e em animais. As selenioproteínas participam da estrutura do espermatozóide através da GSH-peroxidade. O aumento do oxigênio reativo ( ROS) diminui a fertilidade porque a ROS ataca a membrana do espermatozóide diminuindo a velocidade. O aumento de selênio aumenta a atividade da GSH peroxidase, diminuindo a ROS e aumentando a fertilidade masculina. Entretanto, os efeitos do selênio na fertilidade masculina e na melhora da qualidade do esperma ainda são controversos. Os estudos mostram resultados benéficos através da combinação selênio e vitamina E.
Em estudo desenvolvido, observou-se que 297 microgramas de selênio ao dia durante 3 meses. . A diferença nos resultados se deram por: 1) estudo da fertilidade nos homens nos grupos controle e placebo; 2) análises de sêmen; 3) história andrológica, genital, infecturinária ou varicocele; 4) tabagismo, uso de medicamentos ou exposição ambiental. O estudo foi duplo cego, controle placebo e randomizado, sendo realizado entre fevereiro de 2004 e dezembro de 2006 em homens com´media de idade de 31 anos ( entre 25 e 48 anos) apresentando algum sintoma de infertilidade masculina nos últimos 2 anos. Os pacientes com histórico de câncer foram excluídos. A avaliação incluía exames físicos e avaliação sérica dos hormônios E2, FSH, LH, inhibin B e PRL. Cada fase do estudo durou 4 semanas.
Os resultados apresentados mostraram que a suplementação de 200 microgramas de selênio por 26 semanas melhorou os paramentros do sêmen. A suplementação NAC e Selenio não apresentou efeitos adversos, sugerindo que o selênio e a NAC atendem as necessidades quando ingeridas. A suplementação de doses com selênio, NAC e selênio plus foram modestas. O aumento na produção de espermatozóide, a motilidade e a morfologia foram em 30%, 19% e 26%, respectivamente.
A concentração e atividade da glutationa peroxidase aumenta com o aumento do selênio ingerido. O mecanismo exato no qual o selênio exerce o seu efeito ainda não é esclarecido, mas há várias hipóteses. O selênio forma a glutationa peroxidase e hidroxiperóxido orgânico, diminuindo a formação de radicais livres e de agentes cititóxicos. O aumento sérico de androgenes e a diminuição de LH indicam que os efeitos dietéticos do se ou NAC na qualidade do sêmen dependem dos testes hormonais. Outra hipótese seria a ausência de sódio selenito que quando presente é maléfico. Outro estudo observou uma relação inversa entre a concentração de cádmio e o volume do sêmen que é associado ao estilo de vida.
A NAC é um poderoso varredor e reabastecedor do estoque de glutationa que quando depleltado, atua como antioxidante. O uso convencional do farmacoterápico melhora e mantém o sêmen em níveis normais.
O Se e o NAC é um eficaz, seguro e barato método de combate á infertilidade masculina.
NUTRIGENÔMICA: NUTRIÇÃO MOLECULAR NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS
Até o presente momento, as pesquisas em nutrição concentram-se em deficiências e prejuízos á saúde. A nutrigenômica aumenta a nossa compreensão de como os nutrientes modulam a expressão gênica, influenciando no metabolismo celular e o equilíbrio orgânico. As expectativas em torno da nutrigenômica são imensos, mas o progresso é lento. Uma única experiencia com a nutrigenômica pode nos fornecer uma enorme quantidade de dados, e deve-se aperfeiçoar o conhecimento para extrair ao máximo a informação biológica dos dados.
Para otimizar os resultados da nutrigenômica, recomenda-se interagir as diversas áreas biomédicas para melhorias das pesquisas e a personalização das dietas, ou seja, dieta individualizada conforme a necessidade de cada indivíduo, identificando o principio ativo do alimento, garantindo eficácia do resultado.
Um alvo importante da nutrigenômica é estudar as influências do genoma na nutrição focando o tratamento contra o stress metabólico, a sindrome metabólica, a inflamação, a resistência insulínica e o stress visando prevenir a manifestação da doença e promover saúde, além de poder complementar a terapia farmacológica. As diversas tecnologias são complementares no tipo de informação que geram, dentre estes, a metaboloma, a proteoma, a transcriptomica e o sistema biológico.
A proteômica estuda a estrutura, o nível de expressão, a localização celular e a bioquímica protéica. A metabolômica estuda os processos metabólicos em nível endógeno e exógeno, bem como auxiliar a reduzir e\ou impedir o início e o impacto do DMII, DCV e alguns tipos de CA, além de promover a saúde e o bem estar através dos alimentos em um futuro próximo.
Deve-se , portanto, evoluir o conhecimento e as pesquisas para compreender a interação do nutriente com o genoma humano em nível molecular e a conexão entre a dieta e a manifestação externa dos genes, ou seja, o fenótipo.
Para otimizar os resultados da nutrigenômica, recomenda-se interagir as diversas áreas biomédicas para melhorias das pesquisas e a personalização das dietas, ou seja, dieta individualizada conforme a necessidade de cada indivíduo, identificando o principio ativo do alimento, garantindo eficácia do resultado.
Um alvo importante da nutrigenômica é estudar as influências do genoma na nutrição focando o tratamento contra o stress metabólico, a sindrome metabólica, a inflamação, a resistência insulínica e o stress visando prevenir a manifestação da doença e promover saúde, além de poder complementar a terapia farmacológica. As diversas tecnologias são complementares no tipo de informação que geram, dentre estes, a metaboloma, a proteoma, a transcriptomica e o sistema biológico.
A proteômica estuda a estrutura, o nível de expressão, a localização celular e a bioquímica protéica. A metabolômica estuda os processos metabólicos em nível endógeno e exógeno, bem como auxiliar a reduzir e\ou impedir o início e o impacto do DMII, DCV e alguns tipos de CA, além de promover a saúde e o bem estar através dos alimentos em um futuro próximo.
Deve-se , portanto, evoluir o conhecimento e as pesquisas para compreender a interação do nutriente com o genoma humano em nível molecular e a conexão entre a dieta e a manifestação externa dos genes, ou seja, o fenótipo.
CALCIO DIETÉTICO E SUPLEMENTAÇÃO
A prevenção da osteoporose deve se iniciar na infância, ou seja, a primeira fase da vida, pois a perda de massa óssea é o maior determinante de uma complicação na vida adulta. A influência genética interfere em 70 a 80% dos casos, sendo que os fatores ambientais representam 20%, tais como a nutrição e a atividade física. O estilo de vida do indivíduo durante o período de crescimento é extremamente importante no que diz respeito ao risco de fraturas na fase adulta porque a redução de 10% de massa óssea em adultos está associada com, no mínimo o dobro do risco de fraturas.
Os resultados dos exames observacionais envolvendo a associação entre cálcio ingerido e a massa óssea durante o crescimento são contraditórios. Estudos tem mostrado aumento da massa óssea durante a infância e adolescência. O efeito da suplementação de cálcio aumenta a massa óssea, mas depende do consumo habitual de cálcio ingerido na dieta, então, a suplementação afeta principalmente os indivíduos com baixas concentrações de cálcio. Nenhum estudo avaliou a relação entre entrada de cálcio dietético e suplementação no aumento do osso.
O estudo foi feito com 1231 garotas com 12 anos com desvio padrão de 6 meses para cima e para baixo na Dinamarca através do QFCA ( questionário de freqüência de consumo alimentar) e um recordatório alimentar de ingesta de cálcio e foi medido o peso, altura e a idade. Houve desistência de 608 garotas. Dois grupos foram divididos: o grupo A estava entre os percentil 40 e 60 e o grupo B estava no percentil 20. O peso estava entre 36 e 56kg, com média de 45kg e a altura estava entre 146 e 165cm, com média de 158cm.
As garotas foram suplementadas com 500mg de cálcio nos grupos A e B, o grupo C recebeu carbonato de cálcio e o grupo P recebeu placebo contendo celulose durante 1 ano. No segundo ano, os participantes receberam 500mg de cálcio ao dia, assim como receberam placebo com 250 mg de cálcio, consumida junto com as refeições á noite a partir do terceiro mês. Após 1 ano, as meninas foram avaliadas no peso, altura e desenvolvimento puberal. Os registros ocorreram entre novembro e junho.
Os resultados foram inconsistentes. Muitos estudos tem demonstrado uma associação positiva entre o cálcio ingerido e a densidade mineral óssea e densidade mineral corpórea. Os estudos mostraram efeito na massa óssea durante a intervenção, no qual foram usados diferentes sais de cálcio á base de carbonato, citrato e outras combinações. Os estudos no qual foram usados o cálcio fosfato extraído do leite mostrou efeito na massa óssea referente á densidade óssea.
A resposta limitada ao cálcio suplementado indica que o nível de entrada de cálcio não é uma causa determinante para o osso ser saudável e não indica uma necessidade para a mudança de recomendação de cálcio para 900 mg durante a puberdade. Entretanto, o cálcio suplementado na infância resulta em massa óssea mais consistente que somente pode ser mostrado em estudos longitudinais durante muitos anos.
Os resultados dos exames observacionais envolvendo a associação entre cálcio ingerido e a massa óssea durante o crescimento são contraditórios. Estudos tem mostrado aumento da massa óssea durante a infância e adolescência. O efeito da suplementação de cálcio aumenta a massa óssea, mas depende do consumo habitual de cálcio ingerido na dieta, então, a suplementação afeta principalmente os indivíduos com baixas concentrações de cálcio. Nenhum estudo avaliou a relação entre entrada de cálcio dietético e suplementação no aumento do osso.
O estudo foi feito com 1231 garotas com 12 anos com desvio padrão de 6 meses para cima e para baixo na Dinamarca através do QFCA ( questionário de freqüência de consumo alimentar) e um recordatório alimentar de ingesta de cálcio e foi medido o peso, altura e a idade. Houve desistência de 608 garotas. Dois grupos foram divididos: o grupo A estava entre os percentil 40 e 60 e o grupo B estava no percentil 20. O peso estava entre 36 e 56kg, com média de 45kg e a altura estava entre 146 e 165cm, com média de 158cm.
As garotas foram suplementadas com 500mg de cálcio nos grupos A e B, o grupo C recebeu carbonato de cálcio e o grupo P recebeu placebo contendo celulose durante 1 ano. No segundo ano, os participantes receberam 500mg de cálcio ao dia, assim como receberam placebo com 250 mg de cálcio, consumida junto com as refeições á noite a partir do terceiro mês. Após 1 ano, as meninas foram avaliadas no peso, altura e desenvolvimento puberal. Os registros ocorreram entre novembro e junho.
Os resultados foram inconsistentes. Muitos estudos tem demonstrado uma associação positiva entre o cálcio ingerido e a densidade mineral óssea e densidade mineral corpórea. Os estudos mostraram efeito na massa óssea durante a intervenção, no qual foram usados diferentes sais de cálcio á base de carbonato, citrato e outras combinações. Os estudos no qual foram usados o cálcio fosfato extraído do leite mostrou efeito na massa óssea referente á densidade óssea.
A resposta limitada ao cálcio suplementado indica que o nível de entrada de cálcio não é uma causa determinante para o osso ser saudável e não indica uma necessidade para a mudança de recomendação de cálcio para 900 mg durante a puberdade. Entretanto, o cálcio suplementado na infância resulta em massa óssea mais consistente que somente pode ser mostrado em estudos longitudinais durante muitos anos.
sábado, 4 de setembro de 2010
Ômega-3 mostrou ter atividade antineoplásica
Autor(a): Iara Waitzberg Lewinski
Este estudo demonstrou que a administração de 2g de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (w-3 PUFA) por dia, durante seis meses, apresentou atividade antineoplásica em pacientes com polipose adenomatosa familiar (PAF).
A PAF é ocasionada por mutações no gene adenomatous polyposis coli e é uma predisposição para o câncer colorretal. A remoção do cólon é recomendada para estes pacientes, para a prevenção do câncer.
Foram recrutados indivíduos com PAF, anteriormente submetidos à colectomia com anastomose íleo-retal. Os critérios de exclusão do estudo consistiam em colectomia realizada nos 12 meses antecedentes ao estudo, alergia a peixe, presença de desordem hemorrágica, tratamento com anticoagulantes orais, tratamento com estatinas ou presença de hiperlipidemia que exigisse tratamento medicamentoso, consumo de óleo de peixe ou suplementos de w-3 PUFA anteriores ao estudo e anormalidades significativas nos parâmetros hematológicos e bioquímicos.
Os pacientes recrutados apresentavam três ou mais pólipos medindo ≥ 2mm de diâmetro, vistos através de retossigmoidoscopia flexível prévia. O uso de drogas antiinflamatórias não esteroidais foi proibido durante o período do estudo e somente o uso de baixas doses de aspirina foi permitido.
Os 55 participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos: 28 no grupo estudo e 27 no grupo controle. O primeiro foi orientado a consumir 4 cápsulas de 500mg de ácido eicosapentaenóico (EPA) por dia, duas vezes ao dia (junto às principais refeições), durante 6 meses. O grupo controle recebeu as mesmas orientações e cápsulas idênticas às de EPA, mas sem nenhum princípio ativo.
Os participantes foram submetidos a uma série de exames e amostras da mucosa retal foram retiradas para biópsia antes e após o período do estudo, para comparação dos dados.
Os dois grupos apresentaram características de saúde e comprimento retal restante semelhante (20,6 ± 4,0 cm no grupo controle e 20,4 ± 5,7 cm no grupo estudo). A maioria dos indivíduos era caucasiano, dois eram negros (um de cada grupo) e dois eram asiáticos (ambos do grupo controle). Apenas dois participantes, ambos do grupo controle, consumiram baixas doses (75mg/dia) de aspirina.
O tempo de colectomia variou consideravelmente entre os participantes (média de 15,4 ± 9,3 anos no grupo controle e 15,9 ± 9,6 anos no grupo estudo), assim como a idade dos participantes (idade média de 42,5 ± 13,8 anos no grupo controle e 39,5 ± 11,4 anos no grupo de estudo).
Todos os indivíduos apresentaram um número semelhante de pólipos intestinais antes do início do estudo, entretanto, após os 6 meses de intervenção com w-3 PUFA, os pólipos diminuíram 12,4% no grupo de estudo (média inicial de 4,13 ± 2,47 para 3,61 ± 2,31) e aumentaram 9,7% no grupo controle (média inicial de 4,5 ± 2,63 para 5,05 ± 3,30). A diferença do número de pólipos entre os grupos foi significativa (p < 0,005), permanecendo assim mesmo após a inclusão de outras variáveis, como idade e gênero.
O tratamento com w-3 PUFA também foi associado com diminuição no tamanho dos pólipos, tanto que a soma do diâmetro dos pólipos diminuiu 12,6% no grupo de estudo e aumentou 17,2% no grupo tratado com placebo (p=0,027).
Não houve episódios de sangramento em nenhum indivíduo nem mudanças notáveis nos parâmetros bioquímicos e hematológicos. Os efeitos adversos mais relatados pelos pacientes dos dois grupos foram as desordens gastrointestinais (diarreia, dores abdominais, distensão abdominal, náuseas, entre outros).
“Estudos anteriores já demonstraram que algumas drogas (como as drogas antiinflamatórias não esteroidais e inibidores seletivos da ciclooxigenase 2) são efetivas para a quimioproteção em PAF. Entretanto, existe uma preocupação quanto ao seu uso a longo prazo em pacientes com riscos cardiovasculares. Por outro lado, o tratamento com ácido eicosapentaenóico pode combinar a ação quimiopreventiva para o câncer colorretal com benefícios à saúde cardiovascular, o que é atrativo como estratégia terapêutica preventiva para populações de meia idade e idosos”, dizem os autores.
Referência(s)
West NJ, Clark SK, Phillips RKS, Hutchinson JM, Leicester RJ, Belluzzi A, Hull MA. Eicosapentaenoic acid reduces rectal polyp number and size in familial adenomatous polyposis. Gut. 2010;59:918-25.
Autor(a): Iara Waitzberg Lewinski
Este estudo demonstrou que a administração de 2g de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (w-3 PUFA) por dia, durante seis meses, apresentou atividade antineoplásica em pacientes com polipose adenomatosa familiar (PAF).
A PAF é ocasionada por mutações no gene adenomatous polyposis coli e é uma predisposição para o câncer colorretal. A remoção do cólon é recomendada para estes pacientes, para a prevenção do câncer.
Foram recrutados indivíduos com PAF, anteriormente submetidos à colectomia com anastomose íleo-retal. Os critérios de exclusão do estudo consistiam em colectomia realizada nos 12 meses antecedentes ao estudo, alergia a peixe, presença de desordem hemorrágica, tratamento com anticoagulantes orais, tratamento com estatinas ou presença de hiperlipidemia que exigisse tratamento medicamentoso, consumo de óleo de peixe ou suplementos de w-3 PUFA anteriores ao estudo e anormalidades significativas nos parâmetros hematológicos e bioquímicos.
Os pacientes recrutados apresentavam três ou mais pólipos medindo ≥ 2mm de diâmetro, vistos através de retossigmoidoscopia flexível prévia. O uso de drogas antiinflamatórias não esteroidais foi proibido durante o período do estudo e somente o uso de baixas doses de aspirina foi permitido.
Os 55 participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos: 28 no grupo estudo e 27 no grupo controle. O primeiro foi orientado a consumir 4 cápsulas de 500mg de ácido eicosapentaenóico (EPA) por dia, duas vezes ao dia (junto às principais refeições), durante 6 meses. O grupo controle recebeu as mesmas orientações e cápsulas idênticas às de EPA, mas sem nenhum princípio ativo.
Os participantes foram submetidos a uma série de exames e amostras da mucosa retal foram retiradas para biópsia antes e após o período do estudo, para comparação dos dados.
Os dois grupos apresentaram características de saúde e comprimento retal restante semelhante (20,6 ± 4,0 cm no grupo controle e 20,4 ± 5,7 cm no grupo estudo). A maioria dos indivíduos era caucasiano, dois eram negros (um de cada grupo) e dois eram asiáticos (ambos do grupo controle). Apenas dois participantes, ambos do grupo controle, consumiram baixas doses (75mg/dia) de aspirina.
O tempo de colectomia variou consideravelmente entre os participantes (média de 15,4 ± 9,3 anos no grupo controle e 15,9 ± 9,6 anos no grupo estudo), assim como a idade dos participantes (idade média de 42,5 ± 13,8 anos no grupo controle e 39,5 ± 11,4 anos no grupo de estudo).
Todos os indivíduos apresentaram um número semelhante de pólipos intestinais antes do início do estudo, entretanto, após os 6 meses de intervenção com w-3 PUFA, os pólipos diminuíram 12,4% no grupo de estudo (média inicial de 4,13 ± 2,47 para 3,61 ± 2,31) e aumentaram 9,7% no grupo controle (média inicial de 4,5 ± 2,63 para 5,05 ± 3,30). A diferença do número de pólipos entre os grupos foi significativa (p < 0,005), permanecendo assim mesmo após a inclusão de outras variáveis, como idade e gênero.
O tratamento com w-3 PUFA também foi associado com diminuição no tamanho dos pólipos, tanto que a soma do diâmetro dos pólipos diminuiu 12,6% no grupo de estudo e aumentou 17,2% no grupo tratado com placebo (p=0,027).
Não houve episódios de sangramento em nenhum indivíduo nem mudanças notáveis nos parâmetros bioquímicos e hematológicos. Os efeitos adversos mais relatados pelos pacientes dos dois grupos foram as desordens gastrointestinais (diarreia, dores abdominais, distensão abdominal, náuseas, entre outros).
“Estudos anteriores já demonstraram que algumas drogas (como as drogas antiinflamatórias não esteroidais e inibidores seletivos da ciclooxigenase 2) são efetivas para a quimioproteção em PAF. Entretanto, existe uma preocupação quanto ao seu uso a longo prazo em pacientes com riscos cardiovasculares. Por outro lado, o tratamento com ácido eicosapentaenóico pode combinar a ação quimiopreventiva para o câncer colorretal com benefícios à saúde cardiovascular, o que é atrativo como estratégia terapêutica preventiva para populações de meia idade e idosos”, dizem os autores.
Referência(s)
West NJ, Clark SK, Phillips RKS, Hutchinson JM, Leicester RJ, Belluzzi A, Hull MA. Eicosapentaenoic acid reduces rectal polyp number and size in familial adenomatous polyposis. Gut. 2010;59:918-25.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
PROPRIEDADES FUNCIONAIS E FISIOLÓGICAS DO WHEY PROTEIN
O Whey Protein ou o soro do elite apresenta elevada concentração de proteínas e apresenta quase todos os aminoácidos essenciais. As proteínas do Whey Protein são de excelente digestibilidade e rapidamente absorvida pelo organismo, estimulando a síntese das proteínas sanguineas e teciduais, sendo adequadas para situações de estresse metabólico, quando a reposição de proteína no organismo se torna emergencial.
O Whey protein tem a propriedade de ser imunomodulador, além de auxiliar no ganho de peso em indivíduos com baixo peso. Este nutriente também promove ação antimicrobiana e antiviral inibindo a proliferação e crescimento de bactérias, fungos, leveduras e protozoários; tem ação anticâncer, inibindo a proliferação de células tumorais; ação antiulceras, ao contrário do leite e derivados que devido a presença de gorduras são ulcerogênicas, o whey protein protege a mucosa do estômago contra agentes agressores; ação protetora ao sistema cardiovascular através da redução do níveis de triglicérides e colesterol sanguineo e hepático; ação antipertensiva, anticoagulante, inibidora de ação plaquetária e auxilia no controle glicêmico.
Entretanto, deve-se ressaltar que o excesso na ingestão deste nutriente afeta negativamente o metabolismo hepático e renal, comprometendo ambos os sistemas.
Considerando que o exercício físico extenuante causa depressão imunológica, produção de radicais livres e catabolismo protéico, o whey protein auxilia na recuperação, na síntese protéica e na estimulação do sistema imune.
O Whey protein tem a propriedade de ser imunomodulador, além de auxiliar no ganho de peso em indivíduos com baixo peso. Este nutriente também promove ação antimicrobiana e antiviral inibindo a proliferação e crescimento de bactérias, fungos, leveduras e protozoários; tem ação anticâncer, inibindo a proliferação de células tumorais; ação antiulceras, ao contrário do leite e derivados que devido a presença de gorduras são ulcerogênicas, o whey protein protege a mucosa do estômago contra agentes agressores; ação protetora ao sistema cardiovascular através da redução do níveis de triglicérides e colesterol sanguineo e hepático; ação antipertensiva, anticoagulante, inibidora de ação plaquetária e auxilia no controle glicêmico.
Entretanto, deve-se ressaltar que o excesso na ingestão deste nutriente afeta negativamente o metabolismo hepático e renal, comprometendo ambos os sistemas.
Considerando que o exercício físico extenuante causa depressão imunológica, produção de radicais livres e catabolismo protéico, o whey protein auxilia na recuperação, na síntese protéica e na estimulação do sistema imune.
SAIBA MAIS SOBRE A CREATINA
A creatina é uma substância denominada amina nitrogenada de ocorrência natural e é sintetizada ( produzida) no fígado, rins e pâncreas a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina, além de ser obtida através da alimentação de carnes e peixes. O produto da degradação da creatina se chama creatinina e é excretada através da urina. A creatina ingerida através da dieta é biodisponível e é absorvida no trato gastrintestinal e em seguida é transportada para os músculos e tecidos corporais.
A creatina é uma reserva de energia em exercícios de alta intensidade e curta duração ( hipertrofia muscular realizada na musculação). Seu uso proporciona ganho de massa corporal quando a sua suplementação ocorre por um período de 12 semanas.
A creatina monoidratada é a forma mais usualmente encontrada no mercado e também nas pesquisas desenvolvidas, além de ser de um custo mais acessível. Os estudos mostram que a eficácia da creatina se dá através da administração em duas fases. A primeira é a supercompensação, caracterizada por um consumo mais elevado de creatina, e posteriormente, o consumo é reduzido. Muitos pesquisadores sugerem que a cada 3 meses de uso, o indivíduo fique 1 mês sem consumi-la.
Vários fatores influenciam na captação da creatina e dentre estes fatores, citam-se a insulina, as catecolaminas e o fator de crescimento.
Recentemente, a ANVISA legalizou o seu uso, recomendando, como grau de pureza, 99,9%. Os estudos mostram que a creatina é antioxidante e pode ser benéfica nos acometimentos neuromusculares, doenças crônico degenerativas e na tolerância à glicose.
Porém, não se deve fazer o uso indiscriminado do produto, recomendando-se antes de tudo a orientação de um nutricionista capacitado para melhor orienta-lo e otimizar os resultados com segurança, sem comprometimento da saúde.
A creatina é uma reserva de energia em exercícios de alta intensidade e curta duração ( hipertrofia muscular realizada na musculação). Seu uso proporciona ganho de massa corporal quando a sua suplementação ocorre por um período de 12 semanas.
A creatina monoidratada é a forma mais usualmente encontrada no mercado e também nas pesquisas desenvolvidas, além de ser de um custo mais acessível. Os estudos mostram que a eficácia da creatina se dá através da administração em duas fases. A primeira é a supercompensação, caracterizada por um consumo mais elevado de creatina, e posteriormente, o consumo é reduzido. Muitos pesquisadores sugerem que a cada 3 meses de uso, o indivíduo fique 1 mês sem consumi-la.
Vários fatores influenciam na captação da creatina e dentre estes fatores, citam-se a insulina, as catecolaminas e o fator de crescimento.
Recentemente, a ANVISA legalizou o seu uso, recomendando, como grau de pureza, 99,9%. Os estudos mostram que a creatina é antioxidante e pode ser benéfica nos acometimentos neuromusculares, doenças crônico degenerativas e na tolerância à glicose.
Porém, não se deve fazer o uso indiscriminado do produto, recomendando-se antes de tudo a orientação de um nutricionista capacitado para melhor orienta-lo e otimizar os resultados com segurança, sem comprometimento da saúde.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Proteínas do soro do leite ou whey protein: composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana
As proteínas do soro do leite, também conhecidas como whey protein, são extraídas durante o processo de fabricação do queijo. Possuem alto valor nutricional, contendo alto teor de aminoácidos essenciais, especialmente os de cadeia ramificada. Também apresentam alto teor de cálcio e de peptídeos bioativos do soro. Pesquisas recentes demonstram sua grande aplicabilidade no esporte, com possíveis efeitos sobre a síntese protéica muscular esquelética, redução da gordura corporal, assim como na modulação da adiposidade e melhora do desempenho físico. Estudos envolvendo a análise de seus compostos bioativos evidenciam benefícios para a saúde humana. Entre esses possíveis benefícios destacam-se seus efeitos hipotensivo, antioxidante e hipocolesterolêmico. Apesar das evidências apresentadas, novos estudos, assim como o desenvolvimento de novos alimentos enriquecidos com as proteínas do soro, são necessários novos estudos para verificar sua real eficácia. As proteínas do
soro são extraídas da porção aquosa do leite e geradas durante o processo de fabricação do queijo. Durante décadas, essa parte do leite era dispensada pela indústria de alimentos. Somente a partir da década de 70, os cientistas passaram a estudar as propriedades dessas proteínas, no qual, em um estudo, observou-se importantes resultados no tratamento e prevenção de flatulências, prisão de ventre e putrefação intestinal. Atletas, praticantes de atividades físicas, pessoas fisicamente ativas e até mesmo portadores de doenças, vêm procurando benefícios nessa fonte protéica. Evidências recentes sustentam a teoria de que as
proteínas do leite, incluindo as proteínas do soro, além de seu alto valor biológico, possuem peptídeos bioativos, que atuam como agentes antimicrobianos, anti-hipertensivos, reguladores da função imune, assim como fatores de crescimento.
A diminuição da massa muscular esquelética está associada à idade e à inatividade física, sendo comprovado que a manutenção ou o ganho de massa muscular esquelética, principalmente em pessoas idosas, contribui para uma melhor qualidade e prolongamento
da vida. Exercícios físicos, principalmente os com pesos, são de extrema importância
para impedir a atrofia e favorecer o processo de hipertrofia muscular, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos. Pessoas fisicamente ativas e atletas necessitam de maior quantidade protéica que as estabelecidas para indivíduos sedentários. Pessoas envolvidas emtreinos de resistência necessitam de 1,2 a 1,4g de proteína por quilograma de peso ao dia, enquanto que atletas de força, 1,6 a 1,7g por kg de peso/dia, bem superior aos 0,8-1,0g. por kg de peso/dia, estabelecidos para indivíduos sedentários. A ingestão de proteína ou aminoácidos, após exercícios físicos, favorece a recuperação e a síntese protéica muscular Além disso, quanto menor o intervalo entre o término do exercício e a ingestão protéica, melhor será a resposta anabólica ao exercício. Um estudo avaliou o efeito da suplementação protéica (10g de proteínas provenientes do leite e da soja) em um grupo de 13 idosos, submetidos a programa de treinos resistidos com pesos, por 12 semanas. Avaliando o ganho de força (repetições máximas e medidas de força dinâmica e isocinética) e a hipertrofia muscular (biópsia e ressonância magnética), observaram que o grupo que recebeu suplementação, logo após a realização da sessão de exercícios, apresentou um ganho significantemente maior de força e de hipertrofia muscular, quando comparado com o grupo que recebeu a suplementação protéica apenas 2 horas após a realização dos exercícios. Existem diferentes vias pelas quais as proteínas do soro favorecem a hipertrofia muscular e o ganho de força, otimizando, dessa forma, o treinamento e o desempenho físico. A quantidade e o tipo de proteína ou de aminoácido, fornecidos após o exercício, influenciam a síntese protéica.
Estudos têm mostrado que somente os aminoácidos essenciais, especialmente a leucina, são necessários para estimular a síntese protéica e demonstraram que a ingestão de uma solução contendo proteínas do soro e carboidratos aumentou significativamente as concentrações plasmáticas de 7 aminoácidos essenciais, incluindo os BCAA, em comparação à caseína, sugerindo que a leucina participe no processo de iniciação da ativação da síntese protéica, além de atuar na síntese protéica.
Estudos demonstram que as proteínas do soro são absorvidas mais rapidamente que outras, como a caseína, por exemplo. Essa rápida absorção faz com que as concentrações plasmáticas de muitos aminoácidos, inclusive a leucina, atinjam altos valores logo após a sua ingestão. Pode-se, dessa forma, hipotetizar que, se essa ingestão fosse realizada após uma sessão de exercícios, as proteínas do soro seriam mais eficientes no desencadeamento do processo de síntese protéica. Além de aumentar as concentrações plasmáticas de aminoácidos, a ingestão de soluções contendo as proteínas do soro aumenta, significativamente, a concentração de insulina plasmática, o que favorece a captação de aminoácidos para o interior da célula muscular, otimizando a síntese e reduzindo o catabolismo protéico Resumindo, seus benefícios sobre o ganho de massa muscular estão relacionados ao perfil de aminoácidos, principalmente da leucina (um importante desencadeador da síntese protéica), à rápida absorção intestinal de seus aminoácidos e peptídeos e à sua ação sobre a liberação de hormônios anabólicos, como, por exemplo, a insulina.
O excesso de gordura corporal é considerado um problema de saúde pública há muitos anos. Estudos populacionais vêm mostrando que o excesso de peso é um problema,
tanto para países desenvolvidos como para países em desenvolvimento, sendo também fator de risco para o aparecimento de doenças crônicas. Atletas e pessoas fisicamente ativas procuram, a todo custo, manter um percentual baixo de gordura corporal, seja com o objetivo de melhorar o desempenho físico ou apenas para o bem estar físico e mental. Vários trabalhos têm mostrado que as proteínas do soro favorecem o processo de redução da gordura corporal, por meio de mecanismos associados ao cálcio, e por apresentar altas concentrações de BCAA.
As proteínas do soro são ricas em cálcio (aproximadamente 600mg/100g). Diversos estudos epidemiológicos têm verificado uma relação inversa entre a ingestão de cálcio, proveniente do leite e seus derivados, e a gordura corporal. Uma provável explicação seria que o aumento no cálcio dietético reduz as concentrações dos hormônios calcitrópicos, principalmente o 1,25 hidroxicolecalciferol (1,25(OH)2D). Em altas concentrações, esse hormônio estimula a transferência de cálcio para os adipócitos. Nos adipócitos, altas concentrações de cálcio levam à lipogênese (síntese de novo) e à redução da lipólise.
Portanto, a supressão dos hormônios calcitrópicos mediada pelo cálcio dietético, pode ajudar a diminuir a deposição de gordura nos tecidos adiposos. As proteínas do soro poderiam oferecer uma vantagem sobre o leite como fonte de cálcio, em pessoas intolerantes à lactose, uma vez que grande parte dos suplementos à base de proteínas do soro é praticamente isenta de lactose, e pelo fato de essa proteína apresentar percentual de gordura menor que 2%.
Estudos mostram que o alto teor de BCAA das proteínas do soro afeta os processos metabólicos da regulação energética, favorecendo o controle e a redução da gordura corporal. Em um estudo apresentado, foi mostrado que dietas com maior relação proteína/carboidratos são mais eficientes para o controle da glicemia e da insulina pós-prandial, favorecendo, dessa forma, a redução da gordura corporal e a preservação da massa muscular durante a perda de peso. Pesquisas têm reavaliado a contribuição dos BCAA para a homeostase glicêmica, pois esses aminoácidos são degradados nos tecidos musculares em proporção relativa à sua ingestão. Por elevar as concentrações plasmáticas de BCAA, a utilização de proteínas do soro nesses tipos de dietas seria vantajosa por reduzir a liberação de insulina pós-prandial e maximizar a ação do fígado no controle da glicemia, a partir da gliconeogênese hepática.
Além disso, pelo fato de a leucina atuar nos processos de síntese protéica, altas concentrações desse aminoácido favorecem a manutenção da massa muscular durante a perda de peso.
Avaliar a ação de nutrientes e de substâncias ergogênicas sobre o desempenho físico torna-se, muitas vezes, uma tarefa difícil, principalmente quando se quer eleger o parâmetro para considerar qual nutriente, ou substância, teria efeito direto sobre o desempenho. Entretanto, se determinada substância exerce efeito sobre a composição corporal do atleta, por exemplo, possivelmente tal benefício afetaria, igualmente, seu desempenho. Estudos sugerem que o estresse oxidativo, produzido durante a atividade física, contribui para o desenvolvimento da fadiga muscular, diminuindo o desempenho. Sabe-se, ainda, que a glutationa é o principal agente antioxidante, o qual depende da concentração intracelular do aminoácido cisteína para ser sintetizado
A importância das proteínas do soro no controle da hipertensão tem sido foco de inúmeras pesquisas. As proteínas do leite possuem peptídeos que inibem a ação da enzima conversora de angiotensina (ECA), que, por sua vez, está envolvida no sistema renina-angiotensina. A ECA catalisa a formação de um potente vasoconstritor, a angiotensina II e inibe a ação da bradicinina,um vasodilatador.
Nos últimos anos, pesquisadores têm estudado os efeitos da alimentação e dos
nutrientes sobre alterações do humor. O foco dessas pesquisas tem sido avaliar os efeitos da serotonina, um neurotransmissor produzido pelo cérebro que está diretamente relacionado às alterações de humor e ao estresse. Sob condições de estresse crônico, a produção exacerbada de serotonina pode resultar em depleção da mesma,via redução do triptofano, seu precursor, causando diminuição da sua atividade e, como conseqüência, alterações de humor e aparecimento da depressão. A disponibilidade de triptofano na corrente sanguínea pode facilitar sua captação pelo cérebro e, dessa forma, favorecer a produção de serotonina. Diversas estratégias nutricionais têm sido investigadas com esse intuito. Apesar de contraditório às observações de que a administração de precursores da serotonina aumenta as concentrações de cortisol, o aumento na concentração de triptofano
reduziu as concentrações desse hormônio. Nesses indivíduos, a atividade da serotonina pode melhorar a adaptação ao estresse, contribuindo para a redução do cortisol.
Conclui-se, através deste estudo que as proteínas solúveis do soro do leite
apresentam um excelente perfil de aminoácidos, caracterizando-as como proteínas de alto valor biológico. Possuem peptídeos bioativos do soro, que conferem a essas proteínas diferentes propriedades funcionais. Os aminoácidos essenciais, com destaque para os de cadeia ramificada,favorecem o anabolismo, assim como a redução do catabolismo protéico, favorecendo o ganho de força muscular e reduzindo a perda de massa muscular durante a perda de peso. O alto teor de cálcio favorece a redução da gordura corporal. Melhorando também, o desempenho muscular, por elevarem as concentrações de glutationa, diminuindo, assim, a ação dos agentes oxidantes nos músculos esqueléticos. Exercem papel importante na saúde humana, como, por exemplo, no controle da pressão sanguínea e como agente redutor do risco cardíaco. Além disso, as proteínas do soro têm sido muito utilizadas pela indústria de alimentos, em diferentes áreas. Novos estudos in vivo e epidemiológicos são necessários para avaliar a real eficácia de seus componentes. O enriquecimento de alimentos com as proteínas do soro, como bebidas, por exemplo, facilitaria seu consumo e o estudo em grandes grupos populacionais.
soro são extraídas da porção aquosa do leite e geradas durante o processo de fabricação do queijo. Durante décadas, essa parte do leite era dispensada pela indústria de alimentos. Somente a partir da década de 70, os cientistas passaram a estudar as propriedades dessas proteínas, no qual, em um estudo, observou-se importantes resultados no tratamento e prevenção de flatulências, prisão de ventre e putrefação intestinal. Atletas, praticantes de atividades físicas, pessoas fisicamente ativas e até mesmo portadores de doenças, vêm procurando benefícios nessa fonte protéica. Evidências recentes sustentam a teoria de que as
proteínas do leite, incluindo as proteínas do soro, além de seu alto valor biológico, possuem peptídeos bioativos, que atuam como agentes antimicrobianos, anti-hipertensivos, reguladores da função imune, assim como fatores de crescimento.
A diminuição da massa muscular esquelética está associada à idade e à inatividade física, sendo comprovado que a manutenção ou o ganho de massa muscular esquelética, principalmente em pessoas idosas, contribui para uma melhor qualidade e prolongamento
da vida. Exercícios físicos, principalmente os com pesos, são de extrema importância
para impedir a atrofia e favorecer o processo de hipertrofia muscular, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos. Pessoas fisicamente ativas e atletas necessitam de maior quantidade protéica que as estabelecidas para indivíduos sedentários. Pessoas envolvidas emtreinos de resistência necessitam de 1,2 a 1,4g de proteína por quilograma de peso ao dia, enquanto que atletas de força, 1,6 a 1,7g por kg de peso/dia, bem superior aos 0,8-1,0g. por kg de peso/dia, estabelecidos para indivíduos sedentários. A ingestão de proteína ou aminoácidos, após exercícios físicos, favorece a recuperação e a síntese protéica muscular Além disso, quanto menor o intervalo entre o término do exercício e a ingestão protéica, melhor será a resposta anabólica ao exercício. Um estudo avaliou o efeito da suplementação protéica (10g de proteínas provenientes do leite e da soja) em um grupo de 13 idosos, submetidos a programa de treinos resistidos com pesos, por 12 semanas. Avaliando o ganho de força (repetições máximas e medidas de força dinâmica e isocinética) e a hipertrofia muscular (biópsia e ressonância magnética), observaram que o grupo que recebeu suplementação, logo após a realização da sessão de exercícios, apresentou um ganho significantemente maior de força e de hipertrofia muscular, quando comparado com o grupo que recebeu a suplementação protéica apenas 2 horas após a realização dos exercícios. Existem diferentes vias pelas quais as proteínas do soro favorecem a hipertrofia muscular e o ganho de força, otimizando, dessa forma, o treinamento e o desempenho físico. A quantidade e o tipo de proteína ou de aminoácido, fornecidos após o exercício, influenciam a síntese protéica.
Estudos têm mostrado que somente os aminoácidos essenciais, especialmente a leucina, são necessários para estimular a síntese protéica e demonstraram que a ingestão de uma solução contendo proteínas do soro e carboidratos aumentou significativamente as concentrações plasmáticas de 7 aminoácidos essenciais, incluindo os BCAA, em comparação à caseína, sugerindo que a leucina participe no processo de iniciação da ativação da síntese protéica, além de atuar na síntese protéica.
Estudos demonstram que as proteínas do soro são absorvidas mais rapidamente que outras, como a caseína, por exemplo. Essa rápida absorção faz com que as concentrações plasmáticas de muitos aminoácidos, inclusive a leucina, atinjam altos valores logo após a sua ingestão. Pode-se, dessa forma, hipotetizar que, se essa ingestão fosse realizada após uma sessão de exercícios, as proteínas do soro seriam mais eficientes no desencadeamento do processo de síntese protéica. Além de aumentar as concentrações plasmáticas de aminoácidos, a ingestão de soluções contendo as proteínas do soro aumenta, significativamente, a concentração de insulina plasmática, o que favorece a captação de aminoácidos para o interior da célula muscular, otimizando a síntese e reduzindo o catabolismo protéico Resumindo, seus benefícios sobre o ganho de massa muscular estão relacionados ao perfil de aminoácidos, principalmente da leucina (um importante desencadeador da síntese protéica), à rápida absorção intestinal de seus aminoácidos e peptídeos e à sua ação sobre a liberação de hormônios anabólicos, como, por exemplo, a insulina.
O excesso de gordura corporal é considerado um problema de saúde pública há muitos anos. Estudos populacionais vêm mostrando que o excesso de peso é um problema,
tanto para países desenvolvidos como para países em desenvolvimento, sendo também fator de risco para o aparecimento de doenças crônicas. Atletas e pessoas fisicamente ativas procuram, a todo custo, manter um percentual baixo de gordura corporal, seja com o objetivo de melhorar o desempenho físico ou apenas para o bem estar físico e mental. Vários trabalhos têm mostrado que as proteínas do soro favorecem o processo de redução da gordura corporal, por meio de mecanismos associados ao cálcio, e por apresentar altas concentrações de BCAA.
As proteínas do soro são ricas em cálcio (aproximadamente 600mg/100g). Diversos estudos epidemiológicos têm verificado uma relação inversa entre a ingestão de cálcio, proveniente do leite e seus derivados, e a gordura corporal. Uma provável explicação seria que o aumento no cálcio dietético reduz as concentrações dos hormônios calcitrópicos, principalmente o 1,25 hidroxicolecalciferol (1,25(OH)2D). Em altas concentrações, esse hormônio estimula a transferência de cálcio para os adipócitos. Nos adipócitos, altas concentrações de cálcio levam à lipogênese (síntese de novo) e à redução da lipólise.
Portanto, a supressão dos hormônios calcitrópicos mediada pelo cálcio dietético, pode ajudar a diminuir a deposição de gordura nos tecidos adiposos. As proteínas do soro poderiam oferecer uma vantagem sobre o leite como fonte de cálcio, em pessoas intolerantes à lactose, uma vez que grande parte dos suplementos à base de proteínas do soro é praticamente isenta de lactose, e pelo fato de essa proteína apresentar percentual de gordura menor que 2%.
Estudos mostram que o alto teor de BCAA das proteínas do soro afeta os processos metabólicos da regulação energética, favorecendo o controle e a redução da gordura corporal. Em um estudo apresentado, foi mostrado que dietas com maior relação proteína/carboidratos são mais eficientes para o controle da glicemia e da insulina pós-prandial, favorecendo, dessa forma, a redução da gordura corporal e a preservação da massa muscular durante a perda de peso. Pesquisas têm reavaliado a contribuição dos BCAA para a homeostase glicêmica, pois esses aminoácidos são degradados nos tecidos musculares em proporção relativa à sua ingestão. Por elevar as concentrações plasmáticas de BCAA, a utilização de proteínas do soro nesses tipos de dietas seria vantajosa por reduzir a liberação de insulina pós-prandial e maximizar a ação do fígado no controle da glicemia, a partir da gliconeogênese hepática.
Além disso, pelo fato de a leucina atuar nos processos de síntese protéica, altas concentrações desse aminoácido favorecem a manutenção da massa muscular durante a perda de peso.
Avaliar a ação de nutrientes e de substâncias ergogênicas sobre o desempenho físico torna-se, muitas vezes, uma tarefa difícil, principalmente quando se quer eleger o parâmetro para considerar qual nutriente, ou substância, teria efeito direto sobre o desempenho. Entretanto, se determinada substância exerce efeito sobre a composição corporal do atleta, por exemplo, possivelmente tal benefício afetaria, igualmente, seu desempenho. Estudos sugerem que o estresse oxidativo, produzido durante a atividade física, contribui para o desenvolvimento da fadiga muscular, diminuindo o desempenho. Sabe-se, ainda, que a glutationa é o principal agente antioxidante, o qual depende da concentração intracelular do aminoácido cisteína para ser sintetizado
A importância das proteínas do soro no controle da hipertensão tem sido foco de inúmeras pesquisas. As proteínas do leite possuem peptídeos que inibem a ação da enzima conversora de angiotensina (ECA), que, por sua vez, está envolvida no sistema renina-angiotensina. A ECA catalisa a formação de um potente vasoconstritor, a angiotensina II e inibe a ação da bradicinina,um vasodilatador.
Nos últimos anos, pesquisadores têm estudado os efeitos da alimentação e dos
nutrientes sobre alterações do humor. O foco dessas pesquisas tem sido avaliar os efeitos da serotonina, um neurotransmissor produzido pelo cérebro que está diretamente relacionado às alterações de humor e ao estresse. Sob condições de estresse crônico, a produção exacerbada de serotonina pode resultar em depleção da mesma,via redução do triptofano, seu precursor, causando diminuição da sua atividade e, como conseqüência, alterações de humor e aparecimento da depressão. A disponibilidade de triptofano na corrente sanguínea pode facilitar sua captação pelo cérebro e, dessa forma, favorecer a produção de serotonina. Diversas estratégias nutricionais têm sido investigadas com esse intuito. Apesar de contraditório às observações de que a administração de precursores da serotonina aumenta as concentrações de cortisol, o aumento na concentração de triptofano
reduziu as concentrações desse hormônio. Nesses indivíduos, a atividade da serotonina pode melhorar a adaptação ao estresse, contribuindo para a redução do cortisol.
Conclui-se, através deste estudo que as proteínas solúveis do soro do leite
apresentam um excelente perfil de aminoácidos, caracterizando-as como proteínas de alto valor biológico. Possuem peptídeos bioativos do soro, que conferem a essas proteínas diferentes propriedades funcionais. Os aminoácidos essenciais, com destaque para os de cadeia ramificada,favorecem o anabolismo, assim como a redução do catabolismo protéico, favorecendo o ganho de força muscular e reduzindo a perda de massa muscular durante a perda de peso. O alto teor de cálcio favorece a redução da gordura corporal. Melhorando também, o desempenho muscular, por elevarem as concentrações de glutationa, diminuindo, assim, a ação dos agentes oxidantes nos músculos esqueléticos. Exercem papel importante na saúde humana, como, por exemplo, no controle da pressão sanguínea e como agente redutor do risco cardíaco. Além disso, as proteínas do soro têm sido muito utilizadas pela indústria de alimentos, em diferentes áreas. Novos estudos in vivo e epidemiológicos são necessários para avaliar a real eficácia de seus componentes. O enriquecimento de alimentos com as proteínas do soro, como bebidas, por exemplo, facilitaria seu consumo e o estudo em grandes grupos populacionais.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Proteína, Musculação e Corrida
A necessidade de ingestão de proteína por praticantes de musculação (usaremos este termo genericamente para definir o treinamento de hipertrofia) é popularmente tida como elevada. Se perguntarmos em qualquer academia poucos hesitarão em responder que a necessidade de ingestão de proteína na musculação supera a necessidade do corredor.
Este conceito é baseado na história de Milo, um grande lutador, que viveu de 516 a 450 antes de Cristo na região onde hoje é a cidade de Milão. Este indivíduo tinha sua força atribuída ao consumo de carne, historicamente bastante reduzido pela população da época. Diz a lenda, que Milo teria consumido, em apenas um dia, 8,5 kg de carne, 8,5 kg de pão e 9 litros de vinho.
O mito de Milo vive até hoje, e todos aqueles que almejam grande massa muscular consomem alimentos ricos em proteína, como Milo fazia. Entretanto, a maior necessidade proteica é gerada pelo aumento do gasto de energia em atividades prolongadas e moderadas.
Nessas atividades, a proteína é oxidada (queimada), largamente, na medida em que nossas reservas de carboidrato (glicogênio muscular e hepático) são degradadas. Com isso, parte de nossas proteínas celulares é quebrada, e seus constituintes, aminoácidos, oxidados no lugar da glicose.
A demanda de proteína do praticante de musculação é maior do que a recomendação para um sedentário. Todavia, ela apresenta um ponto ótimo de consumo. Testamos esse ponto em nosso Laboratório na Escola de Educação física e Esporte da USP.
Em estudo realizado com a colaboração dos alunos da Escola de Educação Física da Policia Militar do Estado de São Paulo, avaliamos indivíduos com consumo distinto de proteína: um grupo consumiu 1,6 g/kg/dia e o outro, 4,0 g/kg/dia (duas e cinco vezes o recomendado para os sedentários).
Este consumo proteico foi alcançado com suplementação, utilizando proteína do soro do leite (conhecido no mercado como whey protein). O resultado foi surpreendente. O grupo que ingeriu mais proteína perdeu massa muscular. Em parte, a explicação está nos próprios dados. A concentração de cortisol (hormônio que promove, dentre outras ações, degradação de proteína) aumentou com maior ingestão proteica.
A diferença na necessidade de proteína, maior para o corredor, é decorrente da degradação (quebra) seguida de oxidação (queima) de suas estruturas celulares, dando fim à proteína. A musculação, por sua vez, também degrada (quebra) a proteína, porém não a oxida (queima), deixando-a disponível para o processo de síntese do tecido muscular, durante a recuperação do exercício.
É nesta fase que ocorre o aumento da massa muscular; durante o treino de musculação, lesões são causadas no tecido muscular, liberando aminoácidos (constituintes das proteínas) destes tecidos, que seguem na circulação sangüínea.
No processo de recuperação do esforço físico, o organismo reutiliza os aminoácidos liberados na circulação, para refazer o tecido lesado, entretanto, neste processo, além de recuperar o tecido, o organismo produz pequena quantidade de tecido novo e é, para esta nova massa muscular, que ele necessita de um pouco a mais de aminoácidos.
Deste modo, é possível verificar que a ingestão de proteína deve ser cuidadosamente estudada para cada caso. Não adianta consumir em excesso, o resultado não segue uma ordem aritmética.
Este conceito é baseado na história de Milo, um grande lutador, que viveu de 516 a 450 antes de Cristo na região onde hoje é a cidade de Milão. Este indivíduo tinha sua força atribuída ao consumo de carne, historicamente bastante reduzido pela população da época. Diz a lenda, que Milo teria consumido, em apenas um dia, 8,5 kg de carne, 8,5 kg de pão e 9 litros de vinho.
O mito de Milo vive até hoje, e todos aqueles que almejam grande massa muscular consomem alimentos ricos em proteína, como Milo fazia. Entretanto, a maior necessidade proteica é gerada pelo aumento do gasto de energia em atividades prolongadas e moderadas.
Nessas atividades, a proteína é oxidada (queimada), largamente, na medida em que nossas reservas de carboidrato (glicogênio muscular e hepático) são degradadas. Com isso, parte de nossas proteínas celulares é quebrada, e seus constituintes, aminoácidos, oxidados no lugar da glicose.
A demanda de proteína do praticante de musculação é maior do que a recomendação para um sedentário. Todavia, ela apresenta um ponto ótimo de consumo. Testamos esse ponto em nosso Laboratório na Escola de Educação física e Esporte da USP.
Em estudo realizado com a colaboração dos alunos da Escola de Educação Física da Policia Militar do Estado de São Paulo, avaliamos indivíduos com consumo distinto de proteína: um grupo consumiu 1,6 g/kg/dia e o outro, 4,0 g/kg/dia (duas e cinco vezes o recomendado para os sedentários).
Este consumo proteico foi alcançado com suplementação, utilizando proteína do soro do leite (conhecido no mercado como whey protein). O resultado foi surpreendente. O grupo que ingeriu mais proteína perdeu massa muscular. Em parte, a explicação está nos próprios dados. A concentração de cortisol (hormônio que promove, dentre outras ações, degradação de proteína) aumentou com maior ingestão proteica.
A diferença na necessidade de proteína, maior para o corredor, é decorrente da degradação (quebra) seguida de oxidação (queima) de suas estruturas celulares, dando fim à proteína. A musculação, por sua vez, também degrada (quebra) a proteína, porém não a oxida (queima), deixando-a disponível para o processo de síntese do tecido muscular, durante a recuperação do exercício.
É nesta fase que ocorre o aumento da massa muscular; durante o treino de musculação, lesões são causadas no tecido muscular, liberando aminoácidos (constituintes das proteínas) destes tecidos, que seguem na circulação sangüínea.
No processo de recuperação do esforço físico, o organismo reutiliza os aminoácidos liberados na circulação, para refazer o tecido lesado, entretanto, neste processo, além de recuperar o tecido, o organismo produz pequena quantidade de tecido novo e é, para esta nova massa muscular, que ele necessita de um pouco a mais de aminoácidos.
Deste modo, é possível verificar que a ingestão de proteína deve ser cuidadosamente estudada para cada caso. Não adianta consumir em excesso, o resultado não segue uma ordem aritmética.
Esteróides Anabolizantes e Suplementos Nutricionais
Com as recentes revelações de atletas brasileiros que apresentaram em seus exames de urina resposta positiva para análogos da testosterona, surge a discussão de possíveis efeitos produzidos por suplementos nutricionais em tais indicadores bioquímicos.
Com isso levantamos a questão: seriam os suplementos nutricionais potentes o bastante para induzir alterações hormonais significativas?
Com o aumento do desempenho dos atletas no mundo todo, alguns “detalhes” do passado passaram a ganhar relevância nos dias de hoje. Diversos exemplos podem ser dados, como as roupas específicas para cada modalidade esportiva, favorecendo a sudorese e melhorando a aerodinâmica, bem como os calçados esportivos e os nutrientes.
Dentre os nutrientes, os carboidratos presentes nos pães, massas e cereais foram exaustivamente estudados 30 anos atrás. Recentemente surgiram os aminoácidos, algumas vitaminas e minerais. Entretanto, estes suplementos constantemente são confundidos com esteróides anabólicos, ou agentes potentes no aumento da massa muscular.
O aumento da massa muscular é de interesse estético, para aqueles que cultuam um corpo definido e muito para os atletas que encontram na massa muscular aumento da força necessária para a vitória em suas modalidades.
Neste contexto os suplementos nutricionais podem auxiliar, porém dentro de limites fisiológicos. O que isto quer dizer? Significa que nosso organismo apresenta um limite imposto pelas características genéticas.
Então podemos conseguir aumentar a força e a massa muscular dentro de parâmetros impostos pelo nosso código genético e esta limitação faz com que muitos atletas busquem formas alternativas para superá-lo.
Tais formas fogem do alcance da nutrição, ficando a cargo de fármacos que, em sua maioria, são ilícitos. Recentemente surgiu no mercado um composto denominado deidroepiandrosterona (DHEA).
Este composto foi denominado em 1994 pela agencia americana de controle de drogas e alimentos (FDA) como suplemento nutricional. Interessante é que o DHEA ocorre naturalmente em nosso organismo e sua estrutura é semelhante à testosterona (hormônio sexual masculino).
Estudos recentes têm demonstrado que de acordo com a dose consumida oralmente de DHEA, podemos alterar as concentrações de testosterona e seus análogos em nosso organismo.
Então, este “nutriente” pode desencadear pequenas alterações hormonais sensíveis aos métodos bastante precisos empregados pelos comitês de controle de dopagem.
Fica claro então que não basta o produto ter seu comércio autorizado para representar uma substância permitida. Basta lembrar que diversos medicamentos utilizados inadvertidamente por atletas (antiinflamatórios, por exemplo) são detectados no exame anti-dooping.
Um fato é evidente, suplementos nutricionais não promovem alterações de desempenho acima da capacidade individual. Se promoverem não são suplementos nutricionais e sim fármacos devendo ser tratados como tal.
Com isso levantamos a questão: seriam os suplementos nutricionais potentes o bastante para induzir alterações hormonais significativas?
Com o aumento do desempenho dos atletas no mundo todo, alguns “detalhes” do passado passaram a ganhar relevância nos dias de hoje. Diversos exemplos podem ser dados, como as roupas específicas para cada modalidade esportiva, favorecendo a sudorese e melhorando a aerodinâmica, bem como os calçados esportivos e os nutrientes.
Dentre os nutrientes, os carboidratos presentes nos pães, massas e cereais foram exaustivamente estudados 30 anos atrás. Recentemente surgiram os aminoácidos, algumas vitaminas e minerais. Entretanto, estes suplementos constantemente são confundidos com esteróides anabólicos, ou agentes potentes no aumento da massa muscular.
O aumento da massa muscular é de interesse estético, para aqueles que cultuam um corpo definido e muito para os atletas que encontram na massa muscular aumento da força necessária para a vitória em suas modalidades.
Neste contexto os suplementos nutricionais podem auxiliar, porém dentro de limites fisiológicos. O que isto quer dizer? Significa que nosso organismo apresenta um limite imposto pelas características genéticas.
Então podemos conseguir aumentar a força e a massa muscular dentro de parâmetros impostos pelo nosso código genético e esta limitação faz com que muitos atletas busquem formas alternativas para superá-lo.
Tais formas fogem do alcance da nutrição, ficando a cargo de fármacos que, em sua maioria, são ilícitos. Recentemente surgiu no mercado um composto denominado deidroepiandrosterona (DHEA).
Este composto foi denominado em 1994 pela agencia americana de controle de drogas e alimentos (FDA) como suplemento nutricional. Interessante é que o DHEA ocorre naturalmente em nosso organismo e sua estrutura é semelhante à testosterona (hormônio sexual masculino).
Estudos recentes têm demonstrado que de acordo com a dose consumida oralmente de DHEA, podemos alterar as concentrações de testosterona e seus análogos em nosso organismo.
Então, este “nutriente” pode desencadear pequenas alterações hormonais sensíveis aos métodos bastante precisos empregados pelos comitês de controle de dopagem.
Fica claro então que não basta o produto ter seu comércio autorizado para representar uma substância permitida. Basta lembrar que diversos medicamentos utilizados inadvertidamente por atletas (antiinflamatórios, por exemplo) são detectados no exame anti-dooping.
Um fato é evidente, suplementos nutricionais não promovem alterações de desempenho acima da capacidade individual. Se promoverem não são suplementos nutricionais e sim fármacos devendo ser tratados como tal.
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