A prevenção da osteoporose deve se iniciar na infância, ou seja, a primeira fase da vida, pois a perda de massa óssea é o maior determinante de uma complicação na vida adulta. A influência genética interfere em 70 a 80% dos casos, sendo que os fatores ambientais representam 20%, tais como a nutrição e a atividade física. O estilo de vida do indivíduo durante o período de crescimento é extremamente importante no que diz respeito ao risco de fraturas na fase adulta porque a redução de 10% de massa óssea em adultos está associada com, no mínimo o dobro do risco de fraturas.
Os resultados dos exames observacionais envolvendo a associação entre cálcio ingerido e a massa óssea durante o crescimento são contraditórios. Estudos tem mostrado aumento da massa óssea durante a infância e adolescência. O efeito da suplementação de cálcio aumenta a massa óssea, mas depende do consumo habitual de cálcio ingerido na dieta, então, a suplementação afeta principalmente os indivíduos com baixas concentrações de cálcio. Nenhum estudo avaliou a relação entre entrada de cálcio dietético e suplementação no aumento do osso.
O estudo foi feito com 1231 garotas com 12 anos com desvio padrão de 6 meses para cima e para baixo na Dinamarca através do QFCA ( questionário de freqüência de consumo alimentar) e um recordatório alimentar de ingesta de cálcio e foi medido o peso, altura e a idade. Houve desistência de 608 garotas. Dois grupos foram divididos: o grupo A estava entre os percentil 40 e 60 e o grupo B estava no percentil 20. O peso estava entre 36 e 56kg, com média de 45kg e a altura estava entre 146 e 165cm, com média de 158cm.
As garotas foram suplementadas com 500mg de cálcio nos grupos A e B, o grupo C recebeu carbonato de cálcio e o grupo P recebeu placebo contendo celulose durante 1 ano. No segundo ano, os participantes receberam 500mg de cálcio ao dia, assim como receberam placebo com 250 mg de cálcio, consumida junto com as refeições á noite a partir do terceiro mês. Após 1 ano, as meninas foram avaliadas no peso, altura e desenvolvimento puberal. Os registros ocorreram entre novembro e junho.
Os resultados foram inconsistentes. Muitos estudos tem demonstrado uma associação positiva entre o cálcio ingerido e a densidade mineral óssea e densidade mineral corpórea. Os estudos mostraram efeito na massa óssea durante a intervenção, no qual foram usados diferentes sais de cálcio á base de carbonato, citrato e outras combinações. Os estudos no qual foram usados o cálcio fosfato extraído do leite mostrou efeito na massa óssea referente á densidade óssea.
A resposta limitada ao cálcio suplementado indica que o nível de entrada de cálcio não é uma causa determinante para o osso ser saudável e não indica uma necessidade para a mudança de recomendação de cálcio para 900 mg durante a puberdade. Entretanto, o cálcio suplementado na infância resulta em massa óssea mais consistente que somente pode ser mostrado em estudos longitudinais durante muitos anos.
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