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sábado, 4 de setembro de 2010

Ômega-3 mostrou ter atividade antineoplásica
Autor(a): Iara Waitzberg Lewinski




Este estudo demonstrou que a administração de 2g de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (w-3 PUFA) por dia, durante seis meses, apresentou atividade antineoplásica em pacientes com polipose adenomatosa familiar (PAF).

A PAF é ocasionada por mutações no gene adenomatous polyposis coli e é uma predisposição para o câncer colorretal. A remoção do cólon é recomendada para estes pacientes, para a prevenção do câncer.

Foram recrutados indivíduos com PAF, anteriormente submetidos à colectomia com anastomose íleo-retal. Os critérios de exclusão do estudo consistiam em colectomia realizada nos 12 meses antecedentes ao estudo, alergia a peixe, presença de desordem hemorrágica, tratamento com anticoagulantes orais, tratamento com estatinas ou presença de hiperlipidemia que exigisse tratamento medicamentoso, consumo de óleo de peixe ou suplementos de w-3 PUFA anteriores ao estudo e anormalidades significativas nos parâmetros hematológicos e bioquímicos.

Os pacientes recrutados apresentavam três ou mais pólipos medindo ≥ 2mm de diâmetro, vistos através de retossigmoidoscopia flexível prévia. O uso de drogas antiinflamatórias não esteroidais foi proibido durante o período do estudo e somente o uso de baixas doses de aspirina foi permitido.

Os 55 participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos: 28 no grupo estudo e 27 no grupo controle. O primeiro foi orientado a consumir 4 cápsulas de 500mg de ácido eicosapentaenóico (EPA) por dia, duas vezes ao dia (junto às principais refeições), durante 6 meses. O grupo controle recebeu as mesmas orientações e cápsulas idênticas às de EPA, mas sem nenhum princípio ativo.

Os participantes foram submetidos a uma série de exames e amostras da mucosa retal foram retiradas para biópsia antes e após o período do estudo, para comparação dos dados.

Os dois grupos apresentaram características de saúde e comprimento retal restante semelhante (20,6 ± 4,0 cm no grupo controle e 20,4 ± 5,7 cm no grupo estudo). A maioria dos indivíduos era caucasiano, dois eram negros (um de cada grupo) e dois eram asiáticos (ambos do grupo controle). Apenas dois participantes, ambos do grupo controle, consumiram baixas doses (75mg/dia) de aspirina.

O tempo de colectomia variou consideravelmente entre os participantes (média de 15,4 ± 9,3 anos no grupo controle e 15,9 ± 9,6 anos no grupo estudo), assim como a idade dos participantes (idade média de 42,5 ± 13,8 anos no grupo controle e 39,5 ± 11,4 anos no grupo de estudo).

Todos os indivíduos apresentaram um número semelhante de pólipos intestinais antes do início do estudo, entretanto, após os 6 meses de intervenção com w-3 PUFA, os pólipos diminuíram 12,4% no grupo de estudo (média inicial de 4,13 ± 2,47 para 3,61 ± 2,31) e aumentaram 9,7% no grupo controle (média inicial de 4,5 ± 2,63 para 5,05 ± 3,30). A diferença do número de pólipos entre os grupos foi significativa (p < 0,005), permanecendo assim mesmo após a inclusão de outras variáveis, como idade e gênero.

O tratamento com w-3 PUFA também foi associado com diminuição no tamanho dos pólipos, tanto que a soma do diâmetro dos pólipos diminuiu 12,6% no grupo de estudo e aumentou 17,2% no grupo tratado com placebo (p=0,027).

Não houve episódios de sangramento em nenhum indivíduo nem mudanças notáveis nos parâmetros bioquímicos e hematológicos. Os efeitos adversos mais relatados pelos pacientes dos dois grupos foram as desordens gastrointestinais (diarreia, dores abdominais, distensão abdominal, náuseas, entre outros).

“Estudos anteriores já demonstraram que algumas drogas (como as drogas antiinflamatórias não esteroidais e inibidores seletivos da ciclooxigenase 2) são efetivas para a quimioproteção em PAF. Entretanto, existe uma preocupação quanto ao seu uso a longo prazo em pacientes com riscos cardiovasculares. Por outro lado, o tratamento com ácido eicosapentaenóico pode combinar a ação quimiopreventiva para o câncer colorretal com benefícios à saúde cardiovascular, o que é atrativo como estratégia terapêutica preventiva para populações de meia idade e idosos”, dizem os autores.





Referência(s)

West NJ, Clark SK, Phillips RKS, Hutchinson JM, Leicester RJ, Belluzzi A, Hull MA. Eicosapentaenoic acid reduces rectal polyp number and size in familial adenomatous polyposis. Gut. 2010;59:918-25.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PROPRIEDADES FUNCIONAIS E FISIOLÓGICAS DO WHEY PROTEIN

O Whey Protein ou o soro do elite apresenta elevada concentração de proteínas e apresenta quase todos os aminoácidos essenciais. As proteínas do Whey Protein são de excelente digestibilidade e rapidamente absorvida pelo organismo, estimulando a síntese das proteínas sanguineas e teciduais, sendo adequadas para situações de estresse metabólico, quando a reposição de proteína no organismo se torna emergencial.
O Whey protein tem a propriedade de ser imunomodulador, além de auxiliar no ganho de peso em indivíduos com baixo peso. Este nutriente também promove ação antimicrobiana e antiviral inibindo a proliferação e crescimento de bactérias, fungos, leveduras e protozoários; tem ação anticâncer, inibindo a proliferação de células tumorais; ação antiulceras, ao contrário do leite e derivados que devido a presença de gorduras são ulcerogênicas, o whey protein protege a mucosa do estômago contra agentes agressores; ação protetora ao sistema cardiovascular através da redução do níveis de triglicérides e colesterol sanguineo e hepático; ação antipertensiva, anticoagulante, inibidora de ação plaquetária e auxilia no controle glicêmico.
Entretanto, deve-se ressaltar que o excesso na ingestão deste nutriente afeta negativamente o metabolismo hepático e renal, comprometendo ambos os sistemas.
Considerando que o exercício físico extenuante causa depressão imunológica, produção de radicais livres e catabolismo protéico, o whey protein auxilia na recuperação, na síntese protéica e na estimulação do sistema imune.

SAIBA MAIS SOBRE A CREATINA

A creatina é uma substância denominada amina nitrogenada de ocorrência natural e é sintetizada ( produzida) no fígado, rins e pâncreas a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina, além de ser obtida através da alimentação de carnes e peixes. O produto da degradação da creatina se chama creatinina e é excretada através da urina. A creatina ingerida através da dieta é biodisponível e é absorvida no trato gastrintestinal e em seguida é transportada para os músculos e tecidos corporais.
A creatina é uma reserva de energia em exercícios de alta intensidade e curta duração ( hipertrofia muscular realizada na musculação). Seu uso proporciona ganho de massa corporal quando a sua suplementação ocorre por um período de 12 semanas.
A creatina monoidratada é a forma mais usualmente encontrada no mercado e também nas pesquisas desenvolvidas, além de ser de um custo mais acessível. Os estudos mostram que a eficácia da creatina se dá através da administração em duas fases. A primeira é a supercompensação, caracterizada por um consumo mais elevado de creatina, e posteriormente, o consumo é reduzido. Muitos pesquisadores sugerem que a cada 3 meses de uso, o indivíduo fique 1 mês sem consumi-la.
Vários fatores influenciam na captação da creatina e dentre estes fatores, citam-se a insulina, as catecolaminas e o fator de crescimento.
Recentemente, a ANVISA legalizou o seu uso, recomendando, como grau de pureza, 99,9%. Os estudos mostram que a creatina é antioxidante e pode ser benéfica nos acometimentos neuromusculares, doenças crônico degenerativas e na tolerância à glicose.
Porém, não se deve fazer o uso indiscriminado do produto, recomendando-se antes de tudo a orientação de um nutricionista capacitado para melhor orienta-lo e otimizar os resultados com segurança, sem comprometimento da saúde.