quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
CHIA
O que é
Originária do México, a chia é uma semente que foi muito consumida por civilizações antigas, principalmente por quem precisava de força e resistência física.
Composição
Entre os principais componentes está o ômega 3 - em teor mais elevado do que o encontrado na linhaça. também tem fibras, cálcio, magnésio, potássio e proteína.
Ajuda a perder peso porque...
· Causa saciedade: "suas sementes são mucilaginosas, ou seja, ricas em fibras. ao entrarem em contato com a água, formam um gel no estômago. diante dessa reação, a digestão torna-se mais lenta. Assim, o indivíduo fica satisfeito mais rapidamente e, então, passa a consumir porções menores".
· Combate inflamação: "a gordura é resultado de um processo inflamatório do organismo, que deixa de enviar mensagens de saciedade ao cérebro. Com isso, perde-se o controle sobre a fome a ponto de comer e nunca se sentir satisfeita. O ômega 3 presente no grão combate essa inflamação, ajudando o corpo a recuperar o controle sobre o apetite".
· Desintoxica: "a fibra regula o trânsito intestinal e limpa o organismo por meio das fezes".
Outros benefícios
Além de ajudar o corpo a entrar em forma, a chia colabora na redução do colesterol, controla a glicemia, ajuda na formação óssea, previne o envelhecimento precoce e melhora a imunidade do organismo.
Contraindicações
Qualquer pessoa pode ingerir a semente. Porém, devido ao alto teor calórico, o excesso pode levar ao ganho de peso. Logo, para emagrecer, coma apenas 1 a 2 colheres de sopa, ao longo do dia, acompanhado de sucos ou no almoço e jantar.
Como consumir?
Pode ser encontrada de três formas - in natura (grãos), óleo e farinha. Mas independentemente do jeito que você prefere consumi-la, a chia deve ser ingerida 30 minutos antes de duas das suas principais refeições diárias (café da manhã, almoço ou jantar).
Alimentação fracionada
Comer de 3 em 3 horas! Essa frase parece clichê de nutricionista, mas não é! Quando a pessoa fica muito tempo em jejum o organismo começa a liberar cortisol – um hormônio que detona massa magra e segura gordura, portanto ficar sem comer engorda! É importante lembrar que emagrecer é perder gordura e não peso de balança.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Miojo
O macarrão instantâneo costuma ser a primeira opção para uma refeição mais rápida.
Mas, segundo teste realizado com dez marcas do produto, pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, essa combinação possui quantidades de sódio e gordura acima das recomendadas pela Organização Mundial de Saúde.
Os altos índices são conseqüências da fritura a que o macarrão é submetido para que possa ser cozido rapidamente depois.
A pesquisa mostrou que o tempero pode conter ate 4g de sódio, ou seja, o dobro da quantidade diária recomendada para um adulto.
A ingestão em excesso de sódio pode fazer com que a pressão arterial aumente, além de reter líquidos podendo causar inchaço, aumento de peso e celulite.
Troca esperta:
Trocar o macarrão instantâneo por macarrão convencional sem ovos (zero gordura) e com molho de tomate vermelho (sem gordura e com menor quantidade de sódio).
Oxigenio
Faca de Dois Gumes. O oxigênio é essencial a vida, participa de reações de oxidação no nosso organismo, associadas a detoxificação, modificações de moléculas e é fundamental para produção de ATP, afinal a mitocôndria usa o oxigenio para produzir energia de forma eficaz para nosso corpo. Somos seres aeróbios, porém pagamos o imposto por consumir oxigênio (palavras do Luiz Cavalcante), que é produzir radicais livres. Quando em desequilíbrio, o organismo pende para a produção excessiva de espécies reativas de oxigênio que lesam biomoléculas. Equilibrar o estado oxidativo e o nivel de antioxidantes é fundamental para prevenção de doenças.
5HTP
Triptofano pode formar 5-hidroxitriptofano que pode formar serotonina e depois melatonina. O caminho normal pode ser este? Acho que o caminho normal é via indoleamina dioxigenase para formar niacinamida. Forma também ácido quinolínico, que estimula receptores de glutamato, mas forma quinurenina que pode ser considerado neuroprotetor e imunoestimulante.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Berinjela
A berinjela tem propriedades diuréticas e refrescantes, além de ser um legume muito fácil de digerir. Tem vitaminas A, B1, B2 e C, em pequenas quantidades, e sais minerais, como potássio, fósforo, cálcio, sódio, magnésio, enxofre e ferro. Se não for frita em óleo, a berinjela é recomendada para regimes de emagrecimento.
Mostarda
A mostarda é uma verdura folhosa rica em proteínas, vitaminas A, e C e contém boa quantidade de cálcio e ferro. Por não ter muitas calorias, é recomendada
para pessoas que desejam manter ou reduzir o peso. Para melhor aproveitar os seus nutrientes, a mostarda deve ser consumida crua.
Almeirao
O almeirão é um vegetal folhoso considerado uma das verduras mais ricas em vitamina A. Além disso, também é rico em sais minerais, principalmente em cálcio, fósforo e ferro.
Como tem poucas calorias, pode fazer parte de dietas para emagrecer.
sábado, 10 de dezembro de 2011
Vanadio
O vanádio ainda não é considerado elemento essencial. Os estudos in vitro mostram que o vanádio tem atividade insulinomimética, ou seja, mostra a atividade da insulina sem a necessidade da presença da insulina. O vanádio vanadatiza a face interna do receptor de insulina, ativando os processos desencadeados pelo efeito da insulina, como abrir o GLUT4. Estudos sugerem que no futuro o vanádio será um produto utilizado em diabetes tipo 1 e 2, porém hoje não temos vanádio com perfil farmacocinético para obtenção do efeito farmacológico. O vanádio na dose que apresenta efeitos insulinomiméticos tem alto nivel de toxicidade.
Escrito pelo prof. Henry Okigami
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Lactato
O lactato é produzido durante o metabolismo da glicólise a partir do piruvato. No ciclo glicolítico anaeróbio, a célula usa a glicose para produzir ATP e termina no piruvato, que pode entrar na mitocondria e fechar o ciclo do ácido tricarboxilico ou ser metabolizado pela desidrogenase lática e formar lactato, que será transportado da célula muscular para o meio extra-celular. O cérebro possui uma lactato desidrogenase que faz o caminho reverso, formando piruvato a partir do lactato, ainda gerando um NADPH. Pode ser um caminho para aumentar a capacidade antioxidante do cérebro e ao mesmo tempo fornecer uma fonte de energia. No futuro aparecerão estudos de lactato e neuroproteção.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Betacaroteno
Faca de dois Gumes. O betacaroteno é uma molécula antioxidante, precursora de vitamina A, é considerado a fonte de vitamina A de origem vegetal. Uma molécula de betacaroteno forma duas de vitamina A se apropriadamente quebrada. O betacaroteno é também protetor contra oxidação de lipídeos e seu uso é associado a benefícios a pele, protegendo contra o efeito dos radicais livres gerados pela radiação solar. Entretanto, quando em excesso, o betacaroteno sofre metabolização alterada, gerando moléculas tóxicas, inibindo por exemplo a atividade mitocondrial. Novamente o equilíbrio é o ponto.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Manganes
Faca de Dois Gumes. O manganês é considerado um oligoelemento essencial, é parte importante de várias enzimas no organismo, todas associadas a reações de oxidação ou oxi-redução. A principal enzima é a superóxido dismutase mitocondrial, enzima dependente de manganês e fundamental para o controle da tensão oxidativa gerada na respiração mitocondrial. Também participa da síntese de colágeno na pele e cartilagem. O manganês em doses elevadas catalisa a oxidação de dopamina a 6-hidroxidopamina, uma neurotoxina. Excesso de manganês é altamente prejudical em doença de Parkinson.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Suplementacao esportiva
"Suplemento tem hora para tomar. Whey antes e depois da atividade física para ganho de massa, aproveitando a janela de oportunidade. Somar um BCAA ou uma leucina pode ajudar muito, bem como somar uma glutamina. Glutamina diminuir metabolismo intermediário, aumentando BCAA no sangue, portanto melhora estimulo anabolizante. Pode-se melhorar o efeito idealizando o uso de arginina para liberar GH, mas quando o GH liberado pela atividade física diminuir. Antes da atividade física, o whey pode diminuir inflamação e dor, o BCAA também faz isso. Saber o momento certo de usar produtos é tudo.
Escrito pelo professor Henry Okigami
sábado, 3 de dezembro de 2011
Menino desafia opinião médica e sobrevive a câncer com terapia fotodinâmica
Um menino de 10 anos de idade diagnosticado com uma rara forma de câncer em 2006 vem surpreendendo especialistas na Grã-Bretanha pela melhora em seu estado de saúde depois de se submeter a um tratamento alternativo à quimioterapia.
Connah Broom, da cidade de Flintshire no País de Gales tinha 11 tumores e a quimioterapia apresentava poucos resultados.Mas após se submeter ao tratamento, conhecido como terapia fotodinâmica e que custou mais de 200 mil libras (equivalentes a cerca de R$ 560 mil), resta ainda apenas um dos tumores.Seu médico descreve seu estado físico como impressionante e sua família diz que ele está bem. A avó, Debbie Broom, explicou que após a quimioterapia e outros tratamentos tradicionais terem sido descartados, a família começou a procurar outras formas de combate ao câncer raro, conhecido como neuroblastoma, uma doença que afeta cerca de 80 crianças na Grã-Bretanha anualmente.
Em 2007, eles ouviram falar de uma clínica privada no México que oferecia o tratamento de terapia fotodinâmica
O tratamento usa laser, e outras fontes de luz, combinado com um medicamento que reage à luz (chamado de agente fotossensível) para destruir células cancerígenas.
Em alguns países, como na Grã-Bretanha, a técnica é usada para o tratamento de algumas formas de câncer, como o de pele.
O garoto se submeteu a um tratamento intensivo de duas semanas no México, segundo a avó.
Ele prosseguiu então com a terapia em casa, onde mora com os avós e o pai.
Resultados
Agora, após quatro anos, Debbie diz que os 10 tumores secundários do neto se foram.
"Estamos lutando e Connah também. Ele está se saindo muito bem", diz ela.
Ele ainda tem o tumor primário em seu abdômen e se submete a sessões de duas horas de tratamento, quatro dias por semana.
O garoto também frequenta uma escola em período integral, toca teclado, canta, dança e gosta de jogar futebol e fazer ginástica.
A avó está convencida de que o tratamento, aliado a uma dieta orgânica, é o segredo do sucesso do neto.
No entanto, o médico de Connah, Eamonn Jessup, não sabe se o tratamento surtiu efeito ou foi seu corpo que combateu o câncer.
"Seu estado é impressionante”, diz ele. "É realmente inexplicável que a maioria dos tumores tenha desaparecido."
"Não sei se é por causa do regime seguido ou do tratamento", finaliza.
A avó diz que a família continuará com o tratamento até que o último tumor desapareça.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Maca
Rica em vitaminas, sais minerais e fibras, reduz o colesterol e ajuda a prevenir até o mal de Alzheimer. Possui nutrientes que estimulam as funções orgânicas e ajudam a prevenir várias doenças. Sua fibras, encontradas em abundância na casca, facilitam a digestão, regulam a atividade intestinal e moderam o apetite, alem de proteger as cordas vocais.
Linhaça
A linhaça é a semente do linho, uma planta fibrosa de onde se extrai material para a indústria de confecções, daí a origem do tecido linho, mas seus benefícios foram além das roupas e a linhaça acabou virando a queridinhas das prateleiras das lojas de produtos naturais pelos benefícios que proporciona, e os benefícios não são poucos, veja: Linhaça – Propriedades A linhaça possui alta concentração de proteínas, minerais e vitaminas entre elas a vitamina E, o ômega-3 e o ômega-6, a isoflavona e o fitoesteróide, mas é importante saber que apenas a linhaça dourada possui grandes doses desses nutrientes, tornando-se a mais indicada ao consumo Linhaça Dourada x Linhaça Marrom A linhaça dourada, proveniente de climas frios, é muito mais rica em ômega-3, ômega-6, ômega-9 e gorduras polinsaturadas além de serem cultivadas sem agrotóxicos, já a linhaça marrom, mais fácil de encontrar e mais barata, possui pouco ômega-3 e é produzida sem muito rigor, o que a torna menos indicada. Linhaça emagrece? Se você quer saber se a linhaça emagrece, a resposta é sim, linhaça emagrece. Por ser rica em fibras, a linhaça sacia a fome e estimula o intestino, ajudando a emagrecer e de quebra atua na regularização do intestino. 7 Benefícios da Linhaça Dourada -1 A vitamina E presente na casca da linhaça dourada combate o envelhecimento precoce e as doenças degenerativas; -2 O ômega-3, ômega- 6, ômega-9 e as gorduras polinsaturadas presentes na linhaça dourada são poderosos aliados no combate a problemas cardiovasculares, obstrução de artérias e redução do mau colesterol (LDL); -3 A semente de linhaça possui grande quantidade de isoflavona, fitoesteróide e lignana que exerce o mesmo papel do estrogênio (hormônio feminino) amenizando a TPM e a menopausa; -4 A linhaça por ser rica em fibras, sacia a fome e estimula o intestino, servindo como forte aliada no emagrecimento e na regularização do intestino; -5 A semente de linhaça possui componentes anticancerígenos e antioxidantes; -6 Por ser rica em fibras, a semente de linha é um poderoso desintoxicante; -7 A linhaça dourada auxilia no combate a diabetes e a hipertensão; Semente de linhaça x farinha de linhaça x óleo de linhaça A linhaça pode ser encontrada e consumida de várias maneiras, mas as mais comuns são a semente de linhaça triturada, a farinha de linhaça e o óleo de linhaça. Os três possuem os mesmos benefícios e a única diferença é a maneira de consumi-los A linhaça triturada é muito utilizada no preparo de bolos e biscoitos, pois seus pequenos pedaços deixam esses alimentos mais crocantes. A linhaça triturada também é ótimo acompanhamento aos cereais matinais. A farinha de linhaça, muito utilizada por quem faz dieta tanto para emagrecer quanto para engordar, é a semente da linhaça moída até virar farinha e pode ser consumida misturada a bebidas como sucos e vitaminas. O óleo de linhaça encontrado em cápsulas é uma alternativa aqueles que preferem uma solução rápida, prática e sem gosto, basta ingerir a cápsula de óleo de linhaça diariamente para obter os mesmos benefícios.
DHA
Faca de Dois Gumes. O ácido docosaexaenóico (DHA)( é um ácido graxo do grupo omega-3. Tem sido muito estudado em função de dados originarios da riqueza deste ácido em particular no sistema nervoso central. Consumo de DHA tem demonstrado benefícios a saúde humana como diminuição de morte cardíaca súbida. Grávidas que consomem DHA ou como suplemento ou na forma de peixe de origem marinha (fria e profunda) tem tempo de gravidez maior (normal) e o desenvolvimento neuromotor, cognitivo e visual da criança é melhor. Estudos indicam que o DHA tem atividade antioxidante, porém doses muito elevadas tem sido associadas a estresse oxidativo. A ingestão maior de ácidos graxos poliinsaturados exigem maior demanda de antioxidantes lipossoluveis, como a vitamina E. Em estudos em animais, consumo em excesso de ácidos graxos omega-3 apresentam redução na prole. Ainda o equilíbrio é tudo.
Escrito pelo professor Henry Okigami
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Piruvato
Faca de Dois Gumes. O piruvato é produzido no nosso corpo a partir do metabolismo da glicose, na glicólise anaeróbia especificamente, o produto final é o piruvato que pela ação do complexo piruvato desidrogenase, origina a acetil-coenzima A que entra no ciclo do ácido tricarboxílico para produzir ATP, se for no ciclo todo fechado, o resultado é CO2 exalado na respiração. O excesso de piruvato, seja por produção excessiva ou por falta de internalização na mitocondria, por exemplo por deficiencia de tiamina, lipoico ou por excesso de atividade da piruvato desidrogenase quinase, leva a acúmulo de piruvato no citoplasma da célula que será por sua vez convertido via desidrogenase lática para lactato gerando acidose. Tudo em perfeita harmonia para não dar problemas. Entender o que ocorre é o mais importante.
Escrito pelo professor Henry Okigami
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
BCAA
Faca de Dois Gumes. O BCAA é o termo que usamos para designar os aminoácidos de cadeia ramificada (valina, isoleucina e leucina). Estes aminoácidos tem efeito estimulante de TOR (leucina), estimulando o metabolismo anabolizante. Tem sido aplicado em doenças hepáticas e renais com grandes resultados clínicos e laboratoriais e também tem imensa aplicação na atividade física, aumentando a massa magra, diminuindo a massa adiposa e retardando fadiga central. Estudos recentes indicam que o BCAA também diminui dor muscular pós atividade física. O BCAA compete com aminoácidos neutros para entrada no SNC pela barreira hemato-encefálica, como tirosina, fenilalanina e triptofano. Estudos mais recentes mostram que o BCAA pode alterar o curso de desordens psiquiátricas, ou melhorar, depende se queremos fazer mais ou menos serotonina, dopamina, epinefrina e norepinefrina. Equilíbrio, vamos todos buscá-lo, a única forma é o conhecimento.
O BCAA pode melhorar mania, quando é por dopamina alta. Pode aumentar agressividade em quem faz muito glutamato e tem baixa conversão para GABA, pode retardar melhorade depressão em usuários de antidepressivos que atuam em serotonina. ESte ano saiu um trabalho legal de BCAA interferindo na biodisponibilidade cerebral de tirosina e triptofano.
Escrito pelo professor Henry Okigami
domingo, 13 de novembro de 2011
Castanha do para
Rica em minerais, é um alimento pouco presente no dia-a-dia do brasileiro, mas seu potencial preventivo faz verdadeiros milagres: retarda o envelhecimento, protege o coração e previne o câncer.
Especialistas indicam o consumo de uma unidade por dia, suficiente para suprir a necessidade de selênio que o corpo humano precisa. Mas o excesso pode causar intoxicação e provocar problemas digestivos.
Lesões na médula espinhal associadas com aumento de doença cardiovascular
Uma nova pesquisa pode ajudar a explicar porque as pessoas com lesões na medula espinhal (LME) têm maior risco de desenvolver doenças cardíacas.
As lesões no sistema nervoso autônomo são fatores de predisposição ao risco cardiovascular, disse a pesquisadora Rianne Ravensbergen ao Congresso Canadense Cardiovascular de 2011, co-hospedado Fundação do Coração e Infarto e da Sociedade Cardiovascular Canadense.
Doença cardíaca após LME é a principal causa de morbidade e mortalidade nesta população. É bem conhecido que a prática regular de exercícios é benéfica para a saúde cardiovascular. Entretanto, para pessoas com LCE, exercício é apenas parte da história, diz Ravensbergen. “Neste grupo específico deveríamos também olhar se eles têm disfunção autonômica, visto que isso causa um maior risco de doença cardíaca.”
O sistema autonômo controla funções do corpo que são automáticas ou involuntárias – como atividades da bexiga, intestino, trato gastrointestinal, fígado, coração e vasos sanguíneos. Após a LME os nervos autonômicos localizados no cordão espinhal podem ser danificados, levando a anormalidades generalizadas na função autonômica, e, de relevância particular para o trabalho de Ravensbergen, controle anormal do coração e vasos sanguíneos.
A doença cardiovascular contabiliza 30% de todas as mortes no Canadá. Para aqueles com LME – quase 85.000 canadenses – a doença cardiovascular tende a desenvolver-se mais cedo, até mesmo naqueles com estilo de vida saudável.
No estudo de Ravensbergen, ela avaliou 20 pessoas com LME e 14 pessoas normais para determinar o risco delas de doença cardiovascular, incluindo medidas de tolerância à glicose, IMC, gordura corporal e abdominal. Aqueles com LME tiveram decréscimos na tolerância à glicose e aumento na gordura corporal total e abdominal.
Ravensbergen então dividiu o grupo LME em 2 subgrupos: pessoas com disfunção autonômica e pessoas sem disfunção autonômica. Enquanto os dois grupos tiveram colesterol alto, ela ficou surpresa ao encontrar problemas com a glicose sanguínea no grupo com disfunção autonômica. “Esse grupo está em estado de pré-diabetes, o que eleva o risco de doença cardiovascular”, disse ela.
Este estudo indica que após o período de recuperação, é válido verificar o sistema autonômico para avaliar o sistema cardiovascular desses pacientes. Se o risco aumentado de doença cardiovascular é realmente devido a LME ou relacionado às características do paciente após a lesão continuará a ser algo a ser observado.
“Esta pesquisa feita no Canadá ajudará as pessoas com LME nesse país como no mundo”, diz a porta-voz da Fundação do Coração e Infarto, Dr. Beth Abramson. “Será emocionante perseguir este novo caminho, que espero que ajude os clínicos a racionalizar esforços para prevenir a doença cardiovascular neste grupo de pacientes.”
Pessoas com LME geralmente são testadas para verificar lesão motora e sensorial, mas não para lesão na função autonômica, que passa ao longo do cordão espinhal, diz Ravensbergen. “LME nos humanos nunca é nítido. Nós nunca sabemos exatamente quase caminhos são afetados. Nós não levamos realmente em consideração como o controle do sistema cardiovascular é afetado”, explica.
Mais estudos serão necessários para investigar o desempenho do nervo autonômico, como medir melhor e melhorar a função autonômica e, por último, as melhores formas de prevenir a doença cardiovascular. Ravensbergen diz que esta pesquisa pode ajudar a informar futuramente outras desordens das disfunções autonômicas e suas relações com a saúde do coração.
Bisfenol A
Segundo estudos, o bisfenol A tem atividade disruptora endocrina. Na verdade o bisfenol A, utilizado na produção de resinas epoxi e policarbonados, plásticos utilizados de forma variada (mamadeiras e copos), têm atividade ligante a receptor de estradiol e inibidor desta atividade. Estudos indicam que o bisfenol se liga ao receptor de estradiol e desenvolve uma intensidade de efeito 1000 a 100.000 vezes menor. Estudos tem demonstrado que o bisfenol A tem atividade antiandrogenica, interferindo com vários processos metabolicos no corpo: desenvolvimento cerebral, diferenciação sexual cerebral, canceres de mama e prostata, diabetes, doença cardiovascular.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Teanina
A teanina é um derivado da glutamina ou glutamato, é a glutamiletilamida, a estrutura química semelhante fornece a teanina uma atividade farmacológica muito interessante, ela inibe o transportador de glutamina para o neuronio, o que por sua vez inibe a atividade da glutaminase que transforma a glutamina para glutamato, diminuindo o nível de glutamato nos neurônios, este efeito culmina numa atividade inibidora da neurotransmissão excitatória. Porém os dados mostram também que a semelhança molecular dá a teanina um efeito bloqueador do glutamato nos receptores AMPA e Kainato. Há muito ainda por se desvendar sobre a teanina. Estudos mostram que o chá preto é a melhor fonte de teanina que o chá verde.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Triptofano
Faca de Dois Gumes. O triptofano é um aminoácido essencial, é utilizado pelo nosso organismo para produçãod e serotonina, aí precisa de dois cofatores importantes, dependentes de piridoxina e ácido fólico. Porém o triptofano também é fonte de ácido nicotínico no nosso corpo, menos que 2% do triptofano ingerido é direcionado ao cérebro para formar serotonina. O restante forma serotonina na periferia (intestino e plaquetas por exemplo), mas também faz parte de estrutura proteica. O maior uso do triptofano é para produção de ácido nicotínico. A conversão de triptofano para ácido nicotínico é maior em processos inflamatórios, portanto em processos inflamatórios a demanda de triptofano aumenta. Durante o processo de produção de ácido nicotínico a partir do triptofano, podemos produzir ácido quinolínico, uma neurotoxina, estimulante de receptores de glutamato. Excesso de triptofano pode ser problemático em pacientes com processos inflamatórios e neurodegenerativos. Ainda o segredo é o equilíbrio, saber como, quando e quanto oferecer.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Vitamina E
Faca de Dois Gumes. A vitamina E não é uma molécula, é um grupo de moléculas que tem como base o fenol que é responsável pelo efeito antioxidante, a variação na posição das hidroxilas e do metil classifica o mesmo como alfa, gama, delta. A saturação da cauda classifica o mesmo como tocoferol e tocotrienol. Ambos tem atividade antioxidante e se iserem na membrana celular, o tocotrienol por ter cadeia insaturada, tem uma atividade antioxidante maior, mas segundo a literatura, é mais rapidamente recuperado pela vitamina C, o tocotrienol também apresenta outras atividades sinalizadoras, como aumento de GST, inibição de NF-kB. Em doses elevadas, a vitamina E pode apresentar atividade pró-oxidante, sem um antioxidante hidrossolúvel, a vitamina E pode se transformar em um radical livre, o tocoferoxil, que é um radical livre como outro qualquer, reativo e agressivo. Associar o tocoferol ou tocotrienol com outras vitaminas, principalmente hidrossolúveis é a melhor opção antioxidante. Não associar é risco a saúde. Estudos tem demonstrado aumento na prevalencia de alguns canceres com doses elevadas de vitamina E. Equilíbrio é tudo.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Glicose
Faca de Dois Gumes. A glicose é um nutriente importante ao organismo, captado pelos canais GLUT, dependentes da insulina (menos GLUT1), é utilizada para vários processos metabólicos, como por exemplo para produção de glicosídeos importantes no nosso corpo e pentoses. Mas é considerada importante para produção de ATP, entrando a glicólise anaeróbia na célula, completando o metabolismo oxidativo na mitocondria, gerando ATP e moléculas redutoras. Seu excesso é associado a uma alteração metabólica biossintética, tanto indiretamente via estímulo da insulina, como diretamente na célula, gerando síntese de triglicerídeos e colesterol e ao mesmo tempo hipertrofia do tecido. A glicose deve ser mantida sob estrito controle, não devemos ingerir nem um grama a mais do que o necessário para nosso metabolismo basal.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Riscos de estatina e tendências para o futuro
O uso das estatinas para baixar o colesterol se baseia na inibição da enzima HMGCoa redutase, enzima essa que participa logo do inicio da via de biosíntese do colesterol no fígado. Entretanto, o uso crônico destes medicamentos leva à redução da formação de farnesil, um composto intermediário para a formação do colesterol mas também essencial para formação de vários compostos necessários para o metabolismo celular. E ai, existem propostas que começam a ser pesquisadas no sentido de desenvolver medicamentos (e claro, conhecer compostos nutricionais bioativos) que sejam capazes de inibir enzimas que consigam reduzir a formação de colesterol, mas em etapas posteriores ao farnesil, evitando a perda dos compostos necessários para o metabolismo celular. Estes medicamentos teriam que agir em outras 3 importantes enzimas, que são a esqualeno sintase, oxidoesqualeno ciclase:lanosterol sintase (OSC) e a esqualene epoxidase (SQLE).
Já há trabalhos falando sobre isso: redutores de colesterol não estatínicos.
Trapani L, et al. Potential role of nonstatin cholesterol lowering agents. IUBMB Life. 2011 Oct 12. doi: 10.1002/iub.522.
Já há trabalhos falando sobre isso: redutores de colesterol não estatínicos.
Trapani L, et al. Potential role of nonstatin cholesterol lowering agents. IUBMB Life. 2011 Oct 12. doi: 10.1002/iub.522.
Receita bioquímica de peixe assado com cara, banana nanica e especiarias
Cará tem amido com fibras, baixo indice glicêmico, energia com saciedade por mais tempo, pouca insulina, não engordo.
Peixe tem omega, vai reduzir a inflamação, tem zinco e b6, mais a b6 do cará e da banana, e o magnésio da banana e da cebola, formam serotonina, sentirei prazer ao comer, fico feliz, produzo também dopamina, mais feliz, menos agressivo, mais focado e concentrado,
Banana tem pectina, reduz os metais pesados, tipo mercurio, provenientes possivelmente do peixe. A pectina por ser solúvel gera um ritmo intestinal mais lento, saciedade maior. Tem amido resistente, fermentação por bactérias probioticas, melhoro saude intestinal, volto a produzir hormonios da saciedade, do prazer, anticorpos no intestino (não fico gripado), reduzo a inflamação e possíveis quadros alérgicos. Poucas bactérias patogênicas, reduzi meu risco de câncer. Associe isso ao fato de que orégano é antifúngico.
O açafrão reduz inflamação do tecido adiposo, logo não engordo, reduzo resistência insulina, ganho músculo e reduzo chance de diabetes, e menos citocinas no cérebro, menos Alzheimer e Parkinson.
A bela regada de azeite extra virgem em baixo e por cima do prato, garantiram a redução do colesterol, aumento do HDL, compostos bioativos reduzem meu estresse oxidativo, meu ORAC aumentou, cérebro funcionante por mais tempo.
Peixe tem omega, vai reduzir a inflamação, tem zinco e b6, mais a b6 do cará e da banana, e o magnésio da banana e da cebola, formam serotonina, sentirei prazer ao comer, fico feliz, produzo também dopamina, mais feliz, menos agressivo, mais focado e concentrado,
Banana tem pectina, reduz os metais pesados, tipo mercurio, provenientes possivelmente do peixe. A pectina por ser solúvel gera um ritmo intestinal mais lento, saciedade maior. Tem amido resistente, fermentação por bactérias probioticas, melhoro saude intestinal, volto a produzir hormonios da saciedade, do prazer, anticorpos no intestino (não fico gripado), reduzo a inflamação e possíveis quadros alérgicos. Poucas bactérias patogênicas, reduzi meu risco de câncer. Associe isso ao fato de que orégano é antifúngico.
O açafrão reduz inflamação do tecido adiposo, logo não engordo, reduzo resistência insulina, ganho músculo e reduzo chance de diabetes, e menos citocinas no cérebro, menos Alzheimer e Parkinson.
A bela regada de azeite extra virgem em baixo e por cima do prato, garantiram a redução do colesterol, aumento do HDL, compostos bioativos reduzem meu estresse oxidativo, meu ORAC aumentou, cérebro funcionante por mais tempo.
Marcador de inflamacao
Algumas proteínas produzidas no fígado aumentam quando ocorre processo inflamatório agudo e crônico e são bastante utilizadas na prática clínica, como a PCR, o VHS, o fibrinogênio e a ferritina. Entretanto, as proteínas albumina, transferrina e transtiretina são proteínas negativas de fase aguda, que tendem a diminuir suas concentrações séricas diante de um processo inflamatório. Isto ocorre devido à inibição da sua síntese pelas citocinas pró-inflamatórias e ao aumento da permeabilidade vascular, com conseqüente saída para os espaços extravasculares. Existe uma proposta que usa os valores de PCR e albumina para verificar inflamação.
Homovisteina e intoxicação celular
As postagens abaixo mostram o relato de uma pessoa que era obesa e que perdeu grande quantidade do excesso de gordura corporal. Quando isso acontece, quando há lipólise, as toxinas presentes no tecido adiposo e lá armazenadas também vão para o sangue e podem ir para musculos, cerebro e especialmente fígado, local em que elas devem ser detoxificadas e eliminadas. Para fazer isto é preciso ter cisteína para poder produzir glutationa. Para ter cisteína e preciso transformar homocisteína em cisteína. Para isso utilizamos as vitaminas do complexo B. Logo, a homocisteína no sangue passa a ser um marcador do quanto o tratamento dietético está conseguindo ser detoxificante. E veja como o corpo é perfeito porque parte da cisteína vira taurina, que é também é utilizada para detoxificar via formação de sais biliares.
Escrito pelo professor Henrique Freire Soares
Escrito pelo professor Henrique Freire Soares
Mais PCR
A proteína C reativa é produzida a partir do estimulo de interleucinas no fígado, adipócito e endotélio, portando pode ser usado como marcador especificamente nestes tecidos. Cruzando com dados de outros exames, podemos identificar a inflamação (ALT e AST no fígado), Gordura visceral no abodmen, ligando a resistencia periférica a insulina, porém também podemos ligar a DHT e T, dependerá de dados clínicos. Pós atividade física também pode ser um marcador de sarcopenia se cruzarmos com outros dados, como hemossedimentação e lactato e desidrogenase lática.
Adenosina
A adenosina é produzida no metabolismo de bases de DNA e também no metabolismo de ATP. A adenosina forma o ácido úrico, neste caminho eu formo dois radicais livres superóxido e, se o ferro estiver passeando ali perto, livre, formo radical livre hidroxila, muito reativo que não tem controle natural. Bem, o fato não é esse, o fato é que o aumento de Adenosina pode ser refletido no aumento de ácido úrico, este paciente talvez seja caracterizado por ser irritável e intolerante a cafeína. Mais um uso para ácido úrico.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Escrito pelo professor Henry Okigami
A adenosina é produzida no metabolismo de bases de DNA e também no metabolismo de ATP. A adenosina forma o ácido úrico, neste caminho, forma-se dois radicais livres superóxido e, se o ferro estiver passeando ali perto, livre, formo radical livre hidroxila, muito reativo que não tem controle natural. Bem, o fato não é esse, o fato é que o aumento de Adenosina pode ser refletido no aumento de ácido úrico, este paciente talvez seja caracterizado por ser irritável e intolerante a cafeína. Mais um uso para ácido úrico.
Hormonios
Os hormônios tem caminhos metabólicos variados em nosso organismo. Imaginem que você produz testosterona. A testosterona pode transformar de DHT e estradiol, dependendo da 5-alfa-redutase e aromatase. Bem, este caminho não finaliza aí, a expressão das enzimas é regulada por interação do fenotipo com o genotipo, por exemplo, resistencia a insulina aumenta a expressão de ambas. A aromatase é altamente expressa no tecido conjuntivo anexo ao tecido adiposo. Bem, o estradiol gerado pode ser hidroxilado a vários caminhos, esta hidroxilação pode levar a estrógenos hiperestrogenicos ou hipoestrogenicos, ou mesmo a 2-metoxiestradiol, que é um estrógeno anti-inflamatório e anti-proliferativo, isso é influenciado pela dieta, por exemplo por indol-3-carbinol e di-indoilmetano (DIM). Como voces podem ver, o caminho metabólico pode ser grande interferencia do meio exógeno. Temos também a interferencia de disruptores endócrinos, como os ftalatos e bisfenol.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Escrito pelo professor Henry Okigami
Hormonios
Os hormônios tem caminhos metabólicos variados em nosso organismo. Imaginem que você produz testosterona. A testosterona pode transformar de DHT e estradiol, dependendo da 5-alfa-redutase e aromatase. Bem, este caminho não finaliza aí, a expressão das enzimas é regulada por interação do fenotipo com o genotipo, por exemplo, resistencia a insulina aumenta a expressão de ambas. A aromatase é altamente expressa no tecido conjuntivo anexo ao tecido adiposo. Bem, o estradiol gerado pode ser hidroxilado a vários caminhos, esta hidroxilação pode levar a estrógenos hiperestrogenicos ou hipoestrogenicos, ou mesmo a 2-metoxiestradiol, que é um estrógeno anti-inflamatório e anti-proliferativo, isso é influenciado pela dieta, por exemplo por indol-3-carbinol e di-indoilmetano (DIM). Como voces podem ver, o caminho metabólico pode ser grande interferencia do meio exógeno. Temos também a interferencia de disruptores endócrinos, como os ftalatos e bisfenol.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Escrito pelo professor Henry Okigami
Arginina
Faca de dois gumes. A arginina é um aminoácido não essencial, produzida a partir do metabolismo de nitrogenio, a ornitina absorve é transaminada captando radicais amino do metabolismo de aminoácidos e gera a arginina, que por sua vez gera a citrulina. A citrulina novamente capta um radical amino e se transforma na arginina, que pode retornar para citrulina liberando um óxido nitrico, estimulado pela NOS. Porém pode também ir de volta para ornitina, liberando a uréia. Excesso de arginina promove liberação de insulina no pancreas, que libera substancias vasoativas e aumenta produção de óxido nítrico, o que seria ruim em quadros inflamatórios graves, mas a arginina também diminui absorção de lisina e o uso de arginina em doses altas é associada a piora de resposta imune dependente de anticorpos. Por outro lado, uso de arginina antes do exercício inibe a liberação de hormônio de crescimento induzido pela atividade física. Novamente, sabe quanto, como e principalmente quando aumentar arginina na dieta é importante. Equilíbrio é tudo.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Escrito pelo professor Henry Okigami
PCR
A proteína C reativa de alta sensibilidade é uma proteína produzida em resposta a estímulo de citocinas, particularmente a IL6. É uma proteína de fase aguda da inflamação e, ao ser estimulada pela IL6 pode aumentar até 1000 vezes em poucas horas. É usada como marcador inflamatório, sendo produzida principalmente no fígado, musculo liso e tecido adiposo, se presta bem como um marcador da inflamação nestes tecidos, mas estudos indicam que não se limita a este tecido. Está aumentada em algumas inflamações como pneumonia, doença inflamatoria intestinal, obesidade visceral, ansiedade, doença cardíaca, hepatites, osteoartrite, resistencia a insulina e cancer.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Escrito pelo professor Henry Okigami
sábado, 29 de outubro de 2011
Vitamina C
Faca de dois Gumes. A vitamina C é um antioxidante hidrossolúvel, utilizado no nosso organismo como coenzima em reações de hidroxilação, mas também é capaz de reduzir a vitamina E oxidada na membrana. Participa da síntese de colágeno, particularmente na hidroxilação da prolina para estrutura da rede de proteina. Entra na célula na forma oxidada, utilizando o canal de glicose, automaticamente em tecidos dependentes de insulina, a vitamina C depende de insulina para entrar na célula. A vitamina C em doses altas tem efeito pró-oxidante, gerando peróxido de hidrogenio na célula, porém ainda tem outro agravante, a vitamina C reduz o ferro da ferritina, liberando ferro livre no corpo, que poderá catalizar reação de Fenton. A saída ainda continua sendo o equilíbrio, nem vitamina C demais nem de menos. Demais se voce quiser induzir ao estresse oxidativo para adaptação hormética.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Escrito pelo professor Henry Okigami
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
tiamina
A tiamina é uma vitamina do complexo B, especificamente a B1. Participa de várias passagens metabólicas no nosso corpo, atuando como coenzima em reações de transcarboxilação e transcetolação, transferindo radicais carbonilas de um canto ao outro. Sua participação mais importante talvez seja no ciclo de formação de energia, no metabolismo de piruvato como cofator do complexo piruvato desidrogenase, por este motivo a deficiencia de tiamina é associada acidose lática. A pergunta básica seria... pacientes que fazem atividade física aeróbia intensa demandam mais tiamina?
A tiamina tem demonstrado atividade farmacológica importante no diabetes melitus, os estudos em microalbuminúria são bastante promissores.
A tiamina tem demonstrado atividade farmacológica importante no diabetes melitus, os estudos em microalbuminúria são bastante promissores.
Vitaminas
O complexo B é importante fonte de coenzimas para o metabolismo secundário. Vários processos bioquimicos importantes dependem de vitaminas do complexo B, a saber:
01 - síntese de serotonina - depende de ácido folico, vitamina b12, vitamina B6.
02 - síntese de dopamina - depende de ácido fólico, vitamina B12, vitamina B6.
03 - produção de cisteína - depende de ácido fólico, vitamina B12, vitamina B6 e de vitamina B3 e B2.
04 - síntese de gaba - depende da vitamina B6.
Falando apenas de neurotransmissores, ácido fólico, vitamin B12, vitamina B6 são cofatores para a síntese dos neurotransmissores mais importantes no nosso sistema nervoso central, a acetil colina dependerá de tiamina, lipoico e pantotenato pelo lado do acetil, pelo lado da collina, dependerá do ciclo de um carbono, então depende de ácido fólico, b12, b2. Como podemos ver, o nivel adequado de vitaminas do complexo B é essencial a saúde neurológica. Dados indicam que usuários de álcool tem depleção destas enzimas e, por serem hidrossolúveis, há a necessidade de ingestão de pelo menos duas vezes ao dia, nas dietas ou como suplementos.
Escrito pelo prof Henry Okigami
01 - síntese de serotonina - depende de ácido folico, vitamina b12, vitamina B6.
02 - síntese de dopamina - depende de ácido fólico, vitamina B12, vitamina B6.
03 - produção de cisteína - depende de ácido fólico, vitamina B12, vitamina B6 e de vitamina B3 e B2.
04 - síntese de gaba - depende da vitamina B6.
Falando apenas de neurotransmissores, ácido fólico, vitamin B12, vitamina B6 são cofatores para a síntese dos neurotransmissores mais importantes no nosso sistema nervoso central, a acetil colina dependerá de tiamina, lipoico e pantotenato pelo lado do acetil, pelo lado da collina, dependerá do ciclo de um carbono, então depende de ácido fólico, b12, b2. Como podemos ver, o nivel adequado de vitaminas do complexo B é essencial a saúde neurológica. Dados indicam que usuários de álcool tem depleção destas enzimas e, por serem hidrossolúveis, há a necessidade de ingestão de pelo menos duas vezes ao dia, nas dietas ou como suplementos.
Escrito pelo prof Henry Okigami
domingo, 23 de outubro de 2011
Micronutrintes
Nós temos mecanismos para equilibrar alguns elementos, por exemplo zinco, cobre, complexo B, outros não, por exemplo o ferro. Destoxificar ferro é dificil, cádmio não temos, hg temos mas é lento e ele liga a proteínas no radical sulfidrila (geralmente enzimas), um problema que você está desconsiderando é o que eu chamo de consumo excessivo constante, como se fosse intoxicação crônica com elementos essenciais. Dieta mal equilibrada dá nisso se for mantida por longo tempo. O mesmo exemplo de tóxicidade ocorre com o aluminio, nós o eliminamos via renal, mas se ingerirmos todo dia apresentaremos um quadro que eu chamo de intoxicação crônica como resultado de ingestão diária de quantidades sub-tóxicas.
Texto escrito pelo professor Henry Okigami
Texto escrito pelo professor Henry Okigami
Cobre
Faca de dois Gumes II. O cobre é um elemento essencial em enzimas denominadas ferroxidases, participa de enzimas de oxidação como a ceruloplasmina que transporta o ferro da ferritina para a transferrina, mas também é importante para a atividade da lisil oxidase, que oxida lisina propiciando pontes cruzadas com colágeno. A tirosinase também é uma enzima dependente de cobre. A deficiência de cobre pode causar um quadro clínico que pode ser caracterizado como uma anemia microcítica hipocromica. O excesso de cobre é associado ao desenvolvimento de fibroses e a um aumento de estresse oxidativo. Cobre em excesso é ligado a doenças neurodegenerativas. Ainda a resposta é o equilíbrio.
Escrito pelo professor Henry Okigami
Zinco
Facas de dois gumes. Zinco é um oligoelemento essencial, participa de mais de 350 reações enzimáticas no nosso corpo e sua demanda é maior em tecidos de elevado turnover. Sistema imune, pele, intestino são mais dependentes de zinco. Zinco é antioxidante e induz a produção de metalotioneinas, o que é benéfico ao organismo. Porém zinco em doses elevadas é imunomodulador, no SNC o zinco é co-efetor da neurotransmissão excitatória e é associado a doença de Alheimer. Zinco é outro elemento que deve ser mantido em equilíbrio perfeito.
Escrito pelo professor Henry Okigami
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Riscos das estatinas e tendência para o futuro!!
O uso das estatinas para baixar o colesterol se baseia na inibição da enzima HMGCoa redutase, enzima essa que participa logo do inicio da via de biosíntese do colesterol no fígado. Entretanto, o uso crônico destes medicamentos leva à redução da formação de farnesil, um composto intermediário para a formação do colesterol mas também essencial para formação de vários compostos necessários para o metabolismo celular. E ai, existem propostas que começam a ser pesquisadas no sentido de desenvolver medicamentos (e claro, conhecer compostos nutricionais bioativos) que sejam capazes de inibir enzimas que consigam reduzir a formação de colesterol, mas em etapas posteriores ao farnesil, evitando a perda dos compostos necessários para o metabolismo celular. Estes medicamentos teriam que agir em outras 3 importantes enzimas, que são a esqualeno sintase, oxidoesqualeno ciclase:lanosterol sintase (OSC) e a esqualene epoxidase (SQLE).
Já há trabalhos falando sobre isso: redutores de colesterol não estatínicos.
Trapani L, et al. Potential role of nonstatin cholesterol lowering agents. IUBMB Life. 2011 Oct 12. doi: 10.1002/iub.522.
Texto escrito pelo Professor Henrique Freire Soares
Selenio
O selênio é uma faca de dois gumes. O selênio e com certeza os outros minerais e oligoelementos devem estar perfeitamente equilibrados no nosso corpo. Estudos indicam que a deficiência de selênio é associado a maior prevalência de hipotiroidismo.. Estudos indicam que selênio previne alguns tipos de cancer, mas aumentam outros. Estudos mostram que selênio pode diminuir risco de doença cardíaca mas aumenta risco de acidentes vasculares... E as fontes de selênio dependem essencialmente do solo... Então eu como ou não castanha do Brasil?
Como o selenio substitui o enxofre na posição do aminoácido, substitui na posição da proteína, o cabelo e a unha uma boa forma de avaliar o selenio, como o mercúrio se liga ao selenio e ao enxofre, cabelo também é boa forma de avaliar mercúrio (segundo a OMS).
Texto escrito pelo Professor Henry Okigami
Na minha visão, como profissional nutricionista, recomendo o consumo moderado de castanhas e oleaginosas em geral, ou seja, 3 a 5 unidades, ao longo do dia, associado com uma refeição rica em frutas, verduras, cereais integrais, água de boa procedência e atividade física regular.Não há necessidade de se ingerir as castanhas todos os dias religiosamente, ou seja, assim como todo alimento, faca rodízios entre estes alimentos. Será importante para você não ficar enjoado de comer a mesma coisa todos os dias e ao mesmo tempo, evitara esta sobrecarga de selenio no seu organismo.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Vitamina B
Vitaminas do complexo B participam como coenzimas em vários passos metabólicos, por exemplo a produção de energia. Falta de vitaminas do complexo B pode levar ao que podemos chamar de crise de energia. O exemplo legal é a tiamina, com baixa tiamina ou deficiencia de tiamina, a célula não completa o metabolismo oxidativo da glicose e acumula piruvato e pode acumular lactato.
Escrito pelo professor Henry Okigami
domingo, 16 de outubro de 2011
GABA
Alterações comportamentais estão diretamente relacionadas aos niveis de colesterol. Diversos trabalhos tem mostrado que o metabolismo da serotonina e do GABA estão diretamente relacionados com o colesterol. Alguns artigos mostram que flutuações séricas de colesterol induzem modificações na concentração dos receptores de serotonina, possibilitando o surgimento de comportamentos prejudiciais impulsivos, como tentativa de suicidio. Há trabalhos em macacos submetidos a dietas restritivas que apresentaram níveis de colesterol reduzidos, menor concentração de metabólitos de serotonina no líquido cérebroespinhal e maior incidência de comportamentos impulsivos e agressivos, quando comparados a animais que receberam dieta rica em colesterol. Além disso, o colesterol é precursor de pregnelonona, e quando o transporte mitocondrial desta substância no cérebro é aumentado, ocorre maior formação de neuroesteroides, que são moduladores alostéricos positivos de receptores gabaergicos, ou seja, estimulam o GABA, levando a menor numero de decisões preciptadas ou impulsivas. Estas considerações são importantes pois a prescrição de medicamentos hipolipemiantes (estatinas) é abusiva, além da propaganda infundada (e as vezes defendida por nutricionistas mal infomados) de que colesterol é sempre ruim, colesterol mata, colesterol é vilão, etc. O que mata são as coisas fora do equilíbrio, em qualquer nível da vida. Por exemplo, pensando pelo outro lado, o excesso de colesterol pode levar ao excesso de GABA e por consequencia, inibição do SNC, com indução de depressão e perda de raciocinio lógico e perda de memória.
Materia escrita pelo Professor Henrique Freire Soares
Materia escrita pelo Professor Henrique Freire Soares
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Varizes
Os estudos são interessantes sobre este tema. A inflamação é o fator principal associado a alteração na função das válvulas que impedem o retorno venoso. Há complicantes, como a hipertensão arterial, a gravidade, excesso de inflamação que pode ser associada ao próprio estradiol, que leva a produção de óxido nítrico. Bem, o fato é que a inflamação leva a lesão das válvulas, a lesão das válvulas leva a uma retrocirculação que aumenta a tensão oxidativa que piora o quadro. Estudos mostram que alguns flavonóides tem atividade boa no controle das varizes, mas outra área interessante pode ser recompor a estrutura da válvula usando o silício organico. Flavonóides e silicio organico poderiam ser uma ótima opção. A outra é claro é física, é a compressão para inibir a estase.
Estudo desenvolvido pelo professor Henry Okigami
Bisfenol
O bisfenol A é um composto quimico utilizado na fabricação de plásticos e sua estrutura química permite ao mesmo ocupar os receptores de estrógeno, porém levando a uma resposta insuficiente, ou seja, uma resposta hipoestrogenica. Seu efeito principal é associado a evolução no desenvolvimento do feto e da criança, porém há efeitos comportamentais e também influencia na atividade da tiroide. A limitação do uso de bisfenol na fabricação de plásticos chega tarde a nossa sociedade. Estudos indicam que o bisfenol é um contaminante ambiental, principalmente de alimentos, porém tem sido encontrado em fontes superficiais de água.
Omega 3 na gestação
A grande maioria dos estudos hoje não mostra relação direta entre dar DHA para a gestante e aumentar capacidade cognitiva e visual das crianças. Entretanto, mostra que a dieta das gestantes dos paises ocidentais tem menos EPA e DHA do que precisa, logo se não conseguir fazer a gestante ingerir na dieta o mínino que precisa, tem que
suplementar para conseguir este mínimo.
Outro ponto é que o uso de suplemento de EPA e DHA reduzem o risco da gestante ter eclampsia e diabetes gestacional. O DHA especificamente reduz a depressão pós parto também. Outro ponto é que suplementação do DHA com EPA podem reduzir quadros alérgicos mediados por IgE nas crianças. Outro ponto é que o DHA reduz inflamação pulmonar e infiltração de macrófagos em crianças nascidas pre-termo. A imaturidade
pulmonar é o principal fator de morte das crianças nascidas pre-termo. Há
trabalho mostrando aumento da taxa de crescimento das crianças (durante os 2
primeiros anos de vida) com suplementação de DHA durante a gestação,
principalmente nas populaçãoes cujo consumo dietético é deficiente. E beneficios de suplementação de EPA e DHA em gestação gemelar são muuuito evidentes na literatura, e necessária.
Hidroponico e saudável?
Essa confusão é constante. A idéia de que hortaliças cultivadas em água são mais saudáveis que as convencionais e seriam tão boas quanto as orgânicas é errada. Na grande maioria das vezes, os cultivos hidropônicos usam muito mais compostos químicos indesejáveis do que os os convencionais, imaginem quando comparados aos orgânicos. O que os hidropônicos apresentam de benefício é a menor quantidade de coliformes fecais, mas mesmo assim também apresentam. Por isso é fundamental a higienização com hipoclorito (e não apenas lavagem)das frutas e hortaliças.
É DOS CARECAS QUE ELAS GOSTAM MAIS!!
Será que a frase é 100% verdadeira? A favor dos calvos e carecas, acaba de ser publicado trabalho que avaliou a finasterida, droga mais usada contra a calvície, e que mostrou que este medicamento pode reduzir a libido e causar impotência mesmo após a suspensão do uso. Veja o trabalho aqui. A pesquisa avaliou 71 homens entre 21 e 46 anos que se queixavam das reações. Segundo os autores do trabalho, os efeitos colaterais persistiam por 40 meses após a interrupção do tratamento, em média. Foram observados impotência e perda da libido até seis anos após o uso, em um quinto dos pesquisados. Principal mecanismo de ação da finasterida é o bloqueio da enzima 5 alfa redutase, que converte a testosterona em 5 dihidrotestosterona, bloqueando a alopécia (aliás pode reduzir também chance de câncer de mama e acne), porém trazendo estes efeitos colaterais. O próprio trabalho sugere uso de terapias alternativas, e a dieta é uma delas, trazendo resultados muito bons tanto para a alopécia como para o apetite sexual. Cabeludo e fraco ou calvo e potente? (risos).
O risco do excesso de vitamina C
Em março deste ano, 2011, foi publicado o seguinte artigo: In vivo and in vitro evaluation of the residual allergenicity of partially hydrolysed infant formulas.Toxicol Lett. 2011 Mar 25;201(3):264-9. Este trabalho mostrava que o consumo de fórmulas infantis com a proteína de leite parcialmente hidrolizada não gerava alergia, seja in vitro ou in vivo. Há marcas bem conhecidas no Brasil de leites infantis em que a proteína do leite é parcialmente ou extensamente hidrolizada, porém o uso não ultrapassa os 2 anos de vida, sendo recomendado até 1 ano de vida, pela baixa concentração tanto proteica, quanto de outros macronutrientes e micronutrientes. E se aumentar a quantidade para aumentar os microntrientes para uma criança de 5 anos, por exemplo, fica inviável pelo preço.
A partir disto, e pelo fato de muitos pais solicitarem na clínica a necessidade de fazer vitaminas, ou mesmo quando na elaboração da dieta querer oferecer uma proteína de alto valor biológico, que estimule sistema imune das crianças, estimule a detoxificação desta imensa quantidade de medicamentos que crianças tomam, estimule o crecimento, entre outras funções, pensei em testar o Whey Protein 100% isolado e hidrolizado. Prescrevi o consumo diário de 8g de proteína de soro de leite em 4 crianças, entre 3 e 5 anos de idade, que não tinham alergia a leite diagnosticada, porém apresentavam todos os sintomas de hipersensibilidade, de repetição, de todas as vezes em que leite era consumido (detalhe: sintomas diferentes da intolerância à lactose). Consumo feito 2x ao dia, por 15 dias. Os resultados foram maravilhosos, sem urticária, sem otite, sem aumento de muco, sem coriza, sem alteração nas fezes (pedi inclusive que os pais observassem possível excreção de sangue), sem tosse, sem dermatites, sem respiração pela boca, sem espessamento da pele.
Importante, não posso garantir que isso vá acontecer com todas as whey do mercado. Utilizei a whey Pró2 da Probiótica, que não contém corantes, aspecto importante a ser analisado. O gosto puro foi relatado pelos pais que é realmente diferente do leite comum, mais amargo, o que indica a hidrólise das proteínas. O uso associado a banana foi a forma de melhor aceitação.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Detergente e brochante?
DETERGENTE É BROCHANTE!!
Você conhece o nonifenol? Uma substância muito utilizada em roupas de couro, em tintas e nos detergentes, ou seja, do nosso dia a dia. Pois é, ele é um grande xenobiótico, um grande disruptor endócrino. Em especial, altera o metabolismo da testosterona. O uso desta substância é citotóxica para as células de Sertoli, produtoras e nutridora dos espermatozóides. Além disso as celulas de sertoli protegem os espermatozóides do ataque de células imune. O nonifenol pode contribuir para que haja uma produção reduzida ou espermatozóides lentos, desgovernados e mal formados. Imagine se a pessoa for estressada (ativação imune constante e crônica).
Resumo da obra: só deixe criança brincar com tintas atóxicas e dê preferencia para sabão em barra, de côco, e sempre enxaguando abundantemente.
Whey protein
Em março deste ano, 2011, foi publicado o seguinte artigo: In vivo and in vitro evaluation of the residual allergenicity of partially hydrolysed infant formulas.Toxicol Lett. 2011 Mar 25;201(3):264-9. Este trabalho mostrava que o consumo de fórmulas infantis com a proteína de leite parcialmente hidrolizada não gerava alergia, seja in vitro ou in vivo. Há marcas bem conhecidas no Brasil de leites infantis em que a proteína do leite é parcialmente ou extensamente hidrolizada, porém o uso não ultrapassa os 2 anos de vida, sendo recomendado até 1 ano de vida, pela baixa concentração tanto proteica, quanto de outros macronutrientes e micronutrientes. E se aumentar a quantidade para aumentar os microntrientes para uma criança de 5 anos, por exemplo, fica inviável pelo preço.
A partir disto, e pelo fato de muitos pais solicitarem na clínica a necessidade de fazer vitaminas, ou mesmo quando na elaboração da dieta querer oferecer uma proteína de alto valor biológico, que estimule sistema imune das crianças, estimule a detoxificação desta imensa quantidade de medicamentos que crianças tomam, estimule o crecimento, entre outras funções, pensei em testar o Whey Protein 100% isolado e hidrolizado. Prescrevi o consumo diário de 8g de proteína de soro de leite em 4 crianças, entre 3 e 5 anos de idade, que não tinham alergia a leite diagnosticada, porém apresentavam todos os sintomas de hipersensibilidade, de repetição, de todas as vezes em que leite era consumido (detalhe: sintomas diferentes da intolerância à lactose). Consumo feito 2x ao dia, por 15 dias. Os resultados foram maravilhosos, sem urticária, sem otite, sem aumento de muco, sem coriza, sem alteração nas fezes (pedi inclusive que os pais observassem possível excreção de sangue), sem tosse, sem dermatites, sem respiração pela boca, sem espessamento da pele.
Importante, não posso garantir que isso vá acontecer com todas as whey do mercado. Utilizei a whey Pró2 da Probiótica, que não contém corantes, aspecto importante a ser analisado. O gosto puro foi relatado pelos pais que é realmente diferente do leite comum, mais amargo, o que indica a hidrólise das proteínas. O uso associado a banana foi a forma de melhor aceitação.
Texto elaborado pelo Prof. nutricionista Henrique F. Soares
Jovem morre após usar suplemento alimentar Jack3d e pais fazem alerta
“Quero fazer um alerta aos jovens porque há quatro meses perdi o meu filho de 18 anos vítima do suplemento alimentar Jack3d.” O desabafo é da funcionária pública Marcelle Sampaio, 41 anos, mãe de Wilson Sampaio Júnior, que foi encontrado morto dentro do banheiro de casa, na manhã do dia 5 de maio. A família suspeita que o jovem tenha morrido em decorrência do uso do suplemento, que não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser vendido no Brasil, mas está se tornando febre entre pessoas que querem desenvolvimento muscular a curto prazo.
Os pais de Wilsinho afirmam que o produto foi recomendado ao garoto por um professor de educação física e comprado a ele por R$ 180 nas dependências de uma badalada academia de ginástica, na Zona Sul do Recife. Os perigos do uso do Jack3d foram mostrados pelo Diario na edição do último sábado. O produto é usado como estimulante e deve ser ingerido antes dos exercícios físicos. Desmaios, mal-estar, formigamentos, picos de pressão e insônia são alguns sintomas causados em seus usuários. Mesmo assim, a cada dia o produto passa a ser consumido por mais jovens nas academias de alto padrão, o que tem preocupado médicos e especialistas.
Wilsinho sonhava em ser jogador de futebol profissional. Jogou pelo juvenil do Sport Club do Recife e estava prestes a ingressar no time juniores do Santa Cruz quando morreu. Tinha saúde plena, era atleta, alertou a mãe. “Meu filho sempre foi muito disposto e determinado a vencer. Ele já havia tomado outros suplementos alimentares por indicação do empresário dele, mas todos eram saudáveis. Depois que ele entrou na academia, um professor de lá falou que estava vendendo um produto que seria natural e que iria deixá-lo mais veloz. Meu marido foi com ele na academia e compraram o Jack3d”, detalhou Marcelle Sampaio. Na presença dos pais, Wilsinho passou a tomar o suplemento todos os dias antes de ir malhar, no final da tarde. “O rótulo, que é todo em inglês, indica que a pessoa tome uma medida antes dos exercícios, mas meu filho me disse que o professor garantiu que ele poderia colocar três medidas para tomar. Não sabemos se ele passou a tomar doses maiores depois disso”, completou Marcelle Sampaio.
“O Jack3d é composto por algumas substâncias que são usadas para tratar transtornos de ansiedade e depressão. Isso estimula as pessoas e provoca a sensação de euforia. Assim, a pessoa suporta um ritmo e intensidade de treinamento maiores”, alertou o especialista em fisiologia do exercício e consultor de atividades físicas Diego Zanon. A mãe contou que o filho estava bem em casa, no computador, quando ela foi dormir, na noite do dia 4 de maio. No dia seguinte, estranhou o fato de o computador ter ficado ligado e encontrou o filho caído no banheiro do próprio quarto.
“Meu sobrinho era um menino bonito, cheio de vida e de sonhos. É preciso que as pessoas saibam do perigo desse produto e que as academias de musculação não sejam irresponsáveis ao ponto de deixar ele ser vendido dentro das mesmas”, declarou o tio do jovem Robson Sampaio. “Wilsinho tinha um futuro brilhante no futebol. Mas as pessoas diziam que ele precisava ganhar massa muscular. Foi aí que ele deve ter começado a tomar esse suplumento”, lembrou Carlos Augusto Cavalcanti, amigo da família.
Professores poderão ser punidos
O Conselho Regional de Educação Física (Cref) pode submeter à Comissão de Ética os profissionais que estiverem indicando e comercializando produtos proibidos como o Jack3d. Mas, para isso, é preciso que as denúncias sejam feitas ao órgão. “Essa denúncia de morte por uso de suplemento indicado por um professor e vendido dentro de uma academia é muito grave, mas até agora essa família não nos procurou. Sabemos que produtos são vendidos de forma ilegal não ficam expostos em prateleiras. Por isso, precisamos receber denúncias”, alertou a chefe da fiscalização do Cref, Rosângela Albuquerque.
Comprovadas as denúncias, professores poderão perder o registro e até responder criminalmente. A morte de Wilsinho foi comunicada à Agência Pernambuca de Vigilância Sanitária (Apevisa) através do Instituto de Medicina Legal (IML), segundo o gerente do órgão, Jaime Brito. “O IML nos encaminhou um ofício pedindo esclarecimentos sobre o Jack3d quando estavam fazendo as perícias no corpo do garoto e nós mandamos as explicações. Mas não sei dizer qual foi o resultado do laudo. Tanto a Apevisa como as vigilâncias sanitárias municipais têm obrigação de fiscalizar a venda desses produtos ilegais”, disse Brito. As denúncias ao Cref devem ser feitas pelo e-mail fiscalizacao@cref12.org.br
Confira entrevista com o pai, Wilson Sampaio
“Meu filho era um atleta disciplinado”
Assim como sua esposa, o dentista Wilson Sampaio, 48 anos, quer alertar os jovens sobre os perigos do Jack3d. O filho nunca contou aos pais os efeitos que o produto estava provocando em seu corpo, mas a após sua morte, colegas revelaram que ele vinha se queixando de formigamentos e dificuldades para dormir. O atestado de óbito apontou como causa da morte problema nos pulmões. A família não tem dúvida de que o suplemento levou o filho à morte.
Como era Wilson?
Meu menino era um atleta. Ele era muito disciplinado, decicado a tudo que fazia. Não era de farras e não bebia. Desde os 16 anos de idade ele começou a tomar alguns produtos para melhorar a forma física, mas tudo era acompanhado por nutricionistas.
Como ele teve contato com o Jack3d?
Ele chegou em casa pedindo dinheiro para comprar esse produto que o professor da academia disse ser natural e que já estaria sendo vendido até em farmácias. Ele começou a tomar e nunca disse em casa se isso estava provocando alguma reação.
Vocês ainda o levaram para o hospital?
Nós fomos dormir e deixamos ele no computador. O último contato que ele fez na internet foi com um primo por volta de 1h30. Quando acordamos, por volta das 6h, ele já estava caído no banheiro. O levamos para o hospital, mas ele já estava morto.
Por que vocês acreditam que o Jack3d causou a morte?
Quando ele chegou na emergência, o médico perguntou logo se ele tomava alguma coisa. Um menino jovem e sadio não poderia ter morrido dessa forma súbita.
Qual a mensagem para outros jovens?
Eu vou reunir forças para levantar essa bandeira na luta contra venda de produtos proibidos. O jovem acha que nada vai acontecer com ele e não ver os riscos de certas coisas. Professor de educação não pode prescrever suplemento.
Fonte:
Chá verde e pedra nos rins
Pedra nos rins é o termo mais coloquial para dizer litíase renal. Várias são as possibilidades, os motivos, para se formar cálculos urinários, e um deles, é o oxalato. O ácido oxálico tende a se precipitar e endurecer quando se liga a minerais como cálcio e ferro, o que além poder reduzir a sua absorção, via intestinal, também pode induzir aos cálculos. É aqui que entre o chá verde. Estudo analisou diversas amostras diferentes da planta camellia sinensis e observou uma quantidade razoável de oxalato nesta erva, independente do grau de maceração da planta, podendo chegar a quase 140mg/L de chá feito na forma infusão. A conclusão dos autores é que pacientes com risco de formação de cálculos recorrentes devem levar em conta o teor de oxalato do chá .
Ha pesquisas, mais antigas, que referem o contrário, que a epigalocatequina 3 galato do chá verde, teria efeito benéfico. E o chá verde realmente parece proteger os rins, por exemplo, contra o acúmulo dos produtos finais da glicação avançada (AGE), encontrados por exemplo em sucrilhos, bolos, bife a milanesa, batata frita, entre outros.
Por isso digo sempre, não existe alimento funcional, existe nutrição funcional. Alimentos podem ser muito bons para uns, e péssimos para outros. Depende do que se oferece, como, para quem, quando, porque e em que quantidade. E é preciso consultar com profissionais atualizados.
Fonte:
Urol Res. 2010 Oct;38(5):377-81. Oxalate content of green tea of different origin, quality, preparation and time of harvest.´
J Med Food. 2009 Aug;12(4):714-21.
Matcha, a powdered green tea, ameliorates the progression of renal and hepatic damage in type 2 diabetic OLETF rats.
J Endourol. 2006 May;20(5):356-61.
Effects of green tea on urinary stone formation: an in vivo and in vitro study.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Bocejos seriam reguladores da temperatura do cérebro
Para funcionar bem, assim como a maioria das máquinas, nosso cérebro não pode trabalhar em uma temperatura muito acima da normal. Quando estamos em momentos de tensão, a sensação de “cabeça quente” logo é percebida, e temos dificuldade de continuar usando o cérebro como antes.
Isso todo mundo já deve ter notado. Mas o que pesquisadores da Universidade de Princeton (EUA) descobriram é o que ingênuo hábito de bocejar funciona como uma espécie de dispositivo natural de temperatura cerebral, que logo ativa uma resposta do organismo para resfriá-lo nas horas mais desgastantes. A descoberta foi divulgada em detalhes no jornal britânico Daily Mail, na edição do último dia 20.
Durante os estudos, os cientistas pediram a voluntários, que observassem fotos de pessoas bocejando e marcassem com qual eles faziam o mesmo. O teste foi realizado tanto nos dias frios, quanto nos quentes. Os resultados mostraram que as pessoas bocejam quase o dobro no inverno, quando a temperatura corporal é maior do que a do ambiente. Os pesquisadores deduziram, então, que há menos necessidade de bocejar no verão porque o ar respirado seria mais quente que o corpo da pessoa.
Um cérebro superaquecido pode causar sensações de sonolência, o que explica porque nós bocejamos quando estamos com sono. Quando você está prestes a dormir, depois de um dia cansativo (como é o caso de dias muitos quentes), o cérebro logo chega ao limite de trabalho e precisa descansar.
O bocejo mais frequente no inverno explicaria também porque as pessoas se tornam confusas e desorientadas quando submetidas ao calor extremo, já que o cérebro tem meios limitados de se refrescar.
A pesquisa deve ajudar na busca de tratamentos para doenças ligadas ao cérebro.
Cicl da ureia
A uréia é derivada do catabolismo de amônio no nosso corpo, como nós não fomos adaptados para excretar amônio (seria mais fácil até pela solubilidade, alguns animais usam esta opção), temos que pegar este amônio e converter para uréia usando o ciclo da uréia, mas não é só para excretar, neste ciclo, usamos o cetoglutarato no inicio para transitar amônio, depois formamos a ornitina e fazemos citrulina e arginina absorvendo amônio, daí temos também uma fonte de óxido nítrico (arginina), mas a arginina é um anabolizante celular, estimulante de mTOR, o que dá a ela a capacidade adicional.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Pão de coco sem gluten
Ingredientes:
- 1 xícara de Polvilho Azedo;
- 1 xícara de Farinha de Arroz;
- 2 colheres de sopa bem cheias de Farelo de Arroz;
- 2 colheres de sopa bem cheias de Farelo de Soja;
- 2 colheres de sopa de Semente de Linhaça;
- 1 colher de sopa de Gergelim;
- 3 colheres de sopa de Açúcar Mascavo;
- 1 colher de sobremesa de Sal;
- 3 colheres de sopa de Óleo de coco extra virgem;
- 3 Ovos inteiros;
- 1 envelope de Fermento Rápido para pão.
Modo de Preparo:
- Coloque tudo em uma vasilha, acrescente água morna aos poucos, até dar o ponto;
- A massa pode ser batida, mas não deve ser mole demais;
- Coloque a massa na forma e deixa a crescer por 15 a 20 minutos;
- Ligue o forno e deixe-o ficar bem quente;
- Coloque o pão no forno e deixe o durante uns 30 a 40 minutos até ficar assado.
suco verde com banana verde
Ingredientes:
- 1/2 maçã verde
- 1 xícara de Farinha de Arroz;
- 2 folhas de couve manteiga
- 240 ml de água de coco ou chá branco
- Suco de 1/2 banda de limão
- 1 colher de biomassa de banana verde ou 1/3 de uma banana verde congelada
Modo de Preparo:
- Bata tudo no liquidificador e coe. Sirva com gelo, se preferir.
pate de misso com castanha de caju
Ingredientes:
- Castanhas de caju moída
- Missô
- Um pouco de sakê (licoroso ou vinho branco doce).
Modo de Preparo:
- Misturar formando uma pasta.
- Consumir com palitos de cenoura, nabo, pepino, salsão, etc.
Atum ao Molho de Ervas Finas e Pimenta
Ingredientes:
- 4 postas de atum
- 3 dentes de alho amassados
- 4 colheres de sopa de azeite
- 2 colheres de sopa de suco de limão
- 1 colher de chá de coentro
- 1 colher de chá de endro
- 2 tomates picados
- Pimenta cayenna a gosto
- Sal a gosto .
Modo de Preparo:
Lave as postas de atum em água corrente e seque com uma toalha de papel. Tempere com o sal e os dentes de alho. Misture os demais ingredientes para o molho. Coloque o atum no forno pré-aquecido regado com o molho, os tomates picados e a pimenta durante 20 minutos em temperatura média ou até o peixe cozinhar.
Sorvete de Banana e Cacau (sem adição de açúcar e de gordura)
Ingredientes:
- 2 bananas
- 1 colher de cacau em pó sem açúcar
Modo de Preparo:
Congelar as bananas maduras, com a casca lavada e embrulhadas em papel manteiga, deixando 1 noite ou 4 horas; Retirar a casca e picar a banana congelada; Bater no liquidificador (no pulsar) com o cacau. Consumir imediatamente.
Nota:
Não coloque mais que 4 bananas por vez, pois, caso sobre, o mesmo ter á que ser descartado devido a oxidação.
Tigela de mirtilo
Ingredientes:
- 100g de mirtilo congelado;
- 1 banana;
- 1 colher de chá de mel;
- Granola sem glúten.
Modo de Preparo:
Bata no liquidificador o mirtilo, a banana e o mel, até formar um creme homogêneo.
Sirva em uma tigela e polvilhe com granola.
Dica: O mel pode ser substituído por xarope de agave.
Suco de laranja, maça e farinha de maracujá
Ingredientes:
- 300ml de suco de laranja natural;
- 1 maçã sem semente, com casca;
- 1 colher de sopa de farinha de maracujá;
- 1 colher de sopa de mel;
- Folhas de hortelã.
Modo de Preparo:
Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva em seguida.
sábado, 17 de setembro de 2011
MSG e cefaléia.
Foi publicado um artigo na revista "Cephalalgia" onde foi administrada dose de 75mg a 150mg/kg de glutamato monossódico e foram avaliados vários parametros clínicos e laboratoriais e os pesquisadores concluiram que o suplemento aumentava cefaléia e sensibilidade muscular na região do crâniofacial. Bem, imaginam os pesquisadores que este efeito é causado pela transmissão glutamatérgica, receptores NMDA que em animais tem demonstrado induzir este efeito. Segundo pesquisa, o glutamato ativa o receptor de gustação do sabor umami, um quinto sabor que o ser humano sente e descoberto por pesquisador japonês. O nível aumentado de glutamato no SNC pode levar a neurotransmissão excitatória e em algumas doenças degenerativas cronicas, induzir a apoptose de células via caspase nove. Fala-se muito sobre a toxicidade do glutamato e do NMDA, porém fala-se pouco na bioquimica do mesmo. 70% do glutamato no nosso corpo é produzido pela transaminação do alfa-cetoglutarato, ou seja, produção endógena. Produção intermediária que levará a produção de glutamina, prolina, citrulina e arginina, aminoácidos importantes para o metabolismo e anabolismo celular. Então do ponto de vista fisiológico nós somos talhados para ingerir glutamato, porém devemos controlar a quantidade. Difícil não? A fisiologia é sábia, a bioquímica também. Imaginem vocês que o sistema endógeno é perfeito e nós alteramos o seu caminho. A partir do alfa-cetoglutarato eu faço o glutamato utilizando os BCAAs. Daí a partir do glutamato eu faço GABA, glutamina ou eu uso como glutamato como neurotransmissor ou na síntese proteica. Dados indicam que a grande fonte de arginina pro nosso corpo é o glutamato, glutamato que também é usado diretamente como fonte de energia em alguns processos, além disso estes produtos fazem a prolina e poliaminas, mecanismos intrincados e todos muito importantes no nosso dia a dia. Mas quando vocês optaram pelo estudo ligado a ciencias biológicas, ninguém avisou que seria fácil né?
By prof. Henry Okigami
Mercúrio é tóxico. Livre-se dele!!
O mercúrio é o 3º metal mais tóxico para o organismo, perdendo apenas para o arsênico e o chumbo. É encontrado no ambiente por ter uma liberação constante pela crosta terrestre; fungicidas (metilmercúrio) e inseticidas apresentam também alta concentração, peixes contaminados (maior fonte de mercúrio da dieta - metil-mercúrio – 85% de absorção); lâmpadas fluorescentes, interruptores, termômetros, tatuagens (vermelho), garimpos (para separar o ouro), vacinas – Timerosal; e nos amálgamas dentários (50% mercúrio elementar - há trabalhos impressionantes mostrando a relação das obturações com contaminação por mercúrio). Seu acúmulo tráz consequências: neurotoxicidade (irritabilidade, hiperatividade, depressão, memória recente curta, dificuldade em se concentrar, insônia, vertigens, fadiga e tremor espontâneo).Nefrotoxicidade (lesão renal), toxicidade gastrointestinal (gosto metálico na boca, gengivite, salivação, estomatite e ulcerações), aumento da susceptibilidade a infecções, dores articulares e danos para algumas gândulas e tecidos, especialmente tireóide, próstata, pele e glândulas sudoríparas. Como evitar: reduzir a exposição ao mercúiro (vc agora conhece as principais formas de ficar exposto) e fazer uma dieta sempre de destoxificação, priorizando na dieta fontes de enxofre que transformam o metilmercúrio em mercúrio inorgânico (coma brócolis, couve-flor, repolho, alcachofa, aipo, rabanete, lentilha, gema de ovo e as leguminosas).
Obs: a eliminação do mercúrio do corpo não leva dias ou semanas mas anos
By prof. Henrique F.Soares
Alho e câncer!
O alho é um tempero muito difundido em nossa culinária brasileira por sua alta capacidade de aromatização. Além de excelente para este aspecto, o alho é um dos, senão o maior preventivo de câncer de mama, a forma neoplásica mais prevalente em mulheres no Brasil, segundo o INCA. E faço a postagem para ajudar a esclarecer que os componentes lipossolúveis do alho são tão ou mais efetivos que os componentes hidrossolúveis, ou seja, cápsula de óleo de alho cru também pode funcionar para quem tiver restrição em comer alho. Redução do estresse oxidativo, estímulo das enzimas detoxificantes de compostos carcinogênicos, indução da apoptose, sinergia no efeito anticancer do ácido graxos omega-3 EPA e redução do efeito pró-câncer do ácido linoleico (omega-6), são os principais mecanismos de ação do alho. Sem contar que o alho reduz os efeitos colaterais dos tratamentos quimioterápicos.
Obs: homens, o alho também protege do câncer de próstata.
Obs2: vários componentes do alho também estão na cebola, cebolinha, alho-poró, um pouco no azeite e no chá verde.
Anticancer Agents Med Chem. 2011 Mar;11(3):249-53.
Anticancer effects of garlic and garlic-derived compounds for breast cancer control.
Curr Urol Rep. 2009 May;10(3):165-71.
Chemoprevention of prostate cancer: what can be recommended to patients?
By prof. Henrique F. Soares
terça-feira, 13 de setembro de 2011
ÓXIDO NÍTRICO. REVISÃO
RESUMO O óxido nítrico é um mediador gasoso responsável por uma variedade de fenômenos
fisiológicos. A l-arginina é a precursora da síntese do óxido nítrico, na presença de óxido nítricosintase.
Este artigo revê as funções das óxido nítrico-sintases e como o óxido nítrico atua na
permeabilidade vascular e na síndrome de isquemia e reperfusão, assim como possíveis métodos
para sua mensuração.
INTRODUÇÃO
Em 1980, FURCHOGOTT E ZAWADZKI
demonstraram que o relaxamento vascular induzido por
acetilcolina foi dependente da presença do endotélio e
evidenciaram que este efeito foi mediado por um fator
humoral lábil, mais tarde conhecido como fator de
relaxamento dependente do endotélio (EDRF).
Em 1987 foi demonstrado que esse fator de
relaxamento derivado do endotélio era um radical livre,
o óxido nítrico (NO). PALMER e col. (1987) sugeriram
que EDRF e óxido nítrico eram indistinguíveis na
atividade biológica, estabilidade química e
susceptibilidade à inibidores ou potencialização e que
ambos tinham sua ação inibida pela hemoglobina e
potencializada por superóxido dismutase. Porém, alguns
autores alegaram que a forma ativa do EDRF não era o
NO, mas um precursor do NO ou um tiol derivado do
NO3. O óxido nítrico foi escolhido como a molécula
do ano de 1992.
O óxido nítrico pode ser um oxidante ou um
redutor dependendo do meio em que ele está e é
rapidamente destruído pelo oxigênio, sendo que sua
oxidação produz nitrito e nitrato. O NO tem o menor
peso molecular de qualquer produto de secreção celular
de mamíferos; sua meia-vida é curta e a especificidade
de suas reações é mínima. O NO é citotóxico e
vasodilatador e modula reações inflamatórias ou
antiinflamatórias, dependendo do tipo celular e do
estímulo.
A molécula do NO tem um elétron não pareado e
reage facilmente com oxigênio, radical superóxido, ou
metais de transição, como ferro, cobalto, manganês
ou cobre. O NO tem alta afinidade com o heme,
encontrado em proteínas intracelulares (óxido nítricosintase,
cicloxigenase e guanilato ciclase) e também
liga-se a grupos -SH, formando tiol; é um gás incolor
e estável, moderadamente solúvel em água e sua meiavida
varia de 3 a 60 segundos, mas pode ser maior
devido ao ambiente do NO, concentração de O2 e O.
Parece que o NO exerce maior efeito na imunidade
inespecífica do que na específica, exibindo atividade
citostática ou citocida contra uma notável amplitude
de microorganismos patogênicos.
PRODUÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO
Várias células utilizam a arginina para sintetizar o
óxido nítrico. Nas células do endotélio vascular, na
presença de oxigênio molecular, o terminal guanidino
nitrogenado da L-arginina produz o radical livre gasoso,
NO, e L-citrulina em um processo catalisado pela enzima
óxido nítrico-sintase.
O NO atravessa o espaço do endotélio para o
músculo liso vascular e estimula diretamente a enzima
guanilato ciclase solúvel e a conseqüente formação de
cGMP (monofosfato cíclico de guanosina) intracelular,
resultando no relaxamento das células da musculatura
lisa vascular.
Quando o cGMP está alto, o cálcio intracelular
aumenta, relaxando a células e a vasodilatação se desenvolve.
A vasodilatação se mantém enquanto a difusão
do NO para a musculatura lisa vascular estiver ocorrendo.
Um aumento no fluxo de NO para a musculatura
lisa vascular provoca maior relaxamento celular e maior
vasodilatação. Se a formação de NO diminui, ocorre
uma vasoconstrição moderada. O efeito vasodilatador
do NO parece ser mantido por estímulos físicos do
fluxo pulsátil e força de cisalhamento nas células
endoteliais vasculares.
O NO também pode ser produzido pelas células
musculares lisas, podendo regular a atividade dessas
células por um mecanismo dependente da GMPc.
A interação do NO com a guanilil ciclase solúvel
provoca muitos efeitos fisiológicos e patofisiológicos.
Entretanto, o NO ou os produtos de sua reação com
oxigênio molecular e radicais superóxido podem modificar
diferentes macromoléculas como proteínas, lipí-
dios e ácidos nucléicos para produzir tanto efeitos
fisiológicos como patofisiológicos . O NO também pode
reagir diretamente com metais de transição.
FUNÇÕES DO ÓXIDO NÍTRICO
O NO medeia vários fenômenos, como vasorrelaxamento
dependente do endotélio, citotoxicidade
mediada por macrófagos, inibição da ativação, adesão
e agregação plaquetária, relaxamento do corpo cavernoso
peniano humano, regulação da pressão sangüínea
basal, depressão sináptica a longo prazo, potencialização
da transmissão sináptica a longo prazo, microcirculação
medular e glomerular e prevenção de piloroespasmo
em estenose pilórica hipertrófica infantil. A atividade
do NO foi relatada em endotélio, cerebelo, nervos não
adrenérgicos não colinérgicos (NANC), macrófagos,
neutrófilos, rins, células epiteliais pulmonares, mucosa
gastrintestinal e miocárdio. O NO também pode
ser responsável pela vasodilatação presente na
angiogênese fisiológica ou patológica, como no caso
de tumores.
No cérebro, o NO participa do aprendizado e da
memória e pode mediar respostas excitatórias a certos
aminoácidos. No trato gastrointestinal, o NO medeia o
relaxamento não adrenérgico não colinérgico da musculatura
longitudinal e circular do esfíncter esofagiano,
estômago, duodeno, intestino delgado e esfíncter anal
interno.
No sistema respiratório, os nervos NANC da musculatura
lisa bronquiolar liberam o NO como mediador
do controle neurogênico da broncodilatação. No sistema
reprodutor, o NO controla o relaxamento da musculatura
lisa do corpo cavernoso peniano e seus vasos sang
üíneos aferentes. Esse relaxamento muscular e vascular
leva à tumescência vascular necessária à ereção.
No sistema circulatório, em particular na coagula-
ção sangüínea, o NO está envolvido com a cascata
fibrinolítica e trombótica associados com dano endotelial,
sendo que as propriedades antitrombóticas do NO
resultam em parte da inibição da adesão e agregação
plaquetária. A deficiência de NO foi associada com
trombose arterial.
Nos vasos sangüíneos, o NO exerce função na
modulação do diâmetro vascular e da resistência vascular
pela sua habilidade em relaxar o músculo liso
vascular. O NO inibe interações de elementos sangüí-
neos circulatórios com a parede do vaso. Uma deficiên-
cia de NO pode promover trombose vascular, restenose,
aterogênese e injúria da reperfusão. A diminuição
da vasodilatação dependente do endotélio pode ser induzida
por hipertensão, diabetes e/ou aterosclerose. O
NO pode ser um inibidor da adesão leucocitária em
microvasos pós-capilares.
Artérias e arteríolas produzem mais NO do que
veias e vênulas, sendo que a vasodilatação provocada
pelo cisalhamento é maior em artérias do que em
arteríolas e vasos resistentes. Nas artérias, porém não
nas veias, há liberação contínua de NO, mantendo o
tônus dilatador.
Em condições fisiológicas, a formação de NO pode
estar acima dos níveis basais quando há aumento do
fluxo sangüíneo e o contato entre sangue e parede está
facilitado. O aumento no fluxo provoca relaxamento
nas células musculares lisas e dilatação do vaso. A
tendência das plaquetas em se aderir à parede vascular,
que poderia ser aumentada pelo cisalhamento, também
é neutralizada pela elevada formação de NO.
Resumidamente, em condições basais, em
indivíduos sadios, há tônus vasodilatador moderado e
constante, causado pelo NO endotelial se difundindo
para as células da musculatura lisa vascular; se a
formação basal de NO cessa, aparecerá vasoconstrição.
A baixa formação de NO (em várias doenças vasculares)
reduz a perfusão tecidual e promove a formação de
trombo, enquanto a alta formação de NO (patológico)
produz vasodilatação pronunciada e choque e com a
redução da atividade plaquetária a homeostase fica
prejudicada.
ÓXIDO NÍTRICO-SINTASE
A óxido nítrico-sintase (NOS) é a enzima respons
ável pela síntese do NO. Três isoformas de NOS são
descritas, sendo uma NOS induzida (iNOS) e duas NOS
constitutivas (cNOS).
As óxido nítrico-sintases estão presentes no citosol,
e são inibidas por análogos da L-arginina e requerem
NADPH, tetrahidrobiopterina (BH4), flavina adenina
dinucleotídeo (FAD), flavina mononucleotídeo (FMN)
e heme como cofatores.
A isoforma I ou óxido nítrico-sintase neuronal
(nNOS) é uma NOS constitutiva, presente em neurô-
nios, células epiteliais, SNC e SNPperiférico, sistema
NANC, mácula densa do rim, medula adrenal, músculo
esquelético, órgão sexual masculino, células b pancre
ática e outros. É cálcio-calmodulina dependente e
regula a transmissão sináptica no SNC; atua na regulação
central da pressão sangüínea, no relaxamento do
músculo liso e na vasodilatação via nervos periféricos.
Também regula o fluxo sangüíneo cerebral local e está
envolvida na formação da memória.
A isoforma II ou óxido nítrico-sintase induzida
(iNOS) é uma NOS induzida por citocinas e
lipopolissacarídeos, no endotélio e musculatura lisa
vascular. Não é regulada por cálcio. Produz grande
quantidade de NO que tem efeito citostático por inibição
de enzimas contendo ferro, também causando
fragmentação de DNA. Atua em parasitas e células
tumorais.
A isoforma III ou óxido nítrico-sintase endotelial
(eNOS) é uma NOS constitutiva e produz NO em
endotélio vascular sob condições basais, mas a força
de cisalhamento produzida pelo fluxo sangüíneo pode
incrementar sua produção. O NO liberado no lúmem
vascular é um potente inibidor de adesão e agregação
plaquetária na parede vascular e também inibe a adesão
de leucócitos ao endotélio vascular, inibe a síntese de
DNA, mitogênese e a proliferação de células da
musculatura lisa vascular e, também é responsável pela
regulação da pressão sangüínea e contratilidade do
músculo cardíaco. Sua expressão é restrita a células
endoteliais vasculares, embora existam relatos da sua
localização no hipocampo, sendo sua expressão em
humanos significantemente suprimida pela hipóxia.
O NO é sintetizado pela ativação da cNOS basal
(em células endoteliais vasculares e neurônios) segundos
a minutos após o aumento na concentração de cálcio
em resposta à ativação de receptores da superfície
celular e mecanismos de transdução de sinal. Sua
síntese não é afetada pela administração de glicocortic
óides. A cNOS apresenta forma monomérica,
é cálcio-calmodulina dependente e tem peso molecular
de 133 kd. É expressa continuamente na ausência de
agentes indutores, com síntese basal de concentração
picomolar.
Ao contrário, a iNOS não depende de cálcio para
ativação, mas a síntese de mRNA da iNOS é necessária
para sua atividade. A NOS induzida não é detectável
em condições basais. LPS ou endotoxinas bacterianas,
junto com citocinas, como TNFa, IL-1b ou IF-g,
induzem a síntese de iNOS, de 2 a 4 horas após a
exposição ao agente. A iNOS requer síntese protéica
para sua expressão e sua atividade persiste por mais de
24 horas. É encontrada sob forma de monômero e
tetrâmero com peso molecular de 130 kd13.
A indução de iNOS pode ser suprimida por TGBb,
IL-4, IL-10 sozinhos ou sinergicamente com macrófagos,
por IL-8 e por glicocorticóides, que inibem a
indução, mas não a atividade das enzimas já induzidas.
Segundo DAVIES e col. (1995), após a indução,
iNOS é ativa por 20 horas e sintetiza NO em
concentrações nanomolares, 1000 vezes maior que
cNOS. A indução da iNOS é responsável pelas
propriedades citotóxicas do NO.
O NO é formado na parede vascular tanto pela
cNOS como pela iNOS. A quantidade de NO produzida
pode determinar se ele é protetório ou tóxico. Embora
pequenas quantidades sejam necessárias para a
homeostasia, grandes quantidades, como aquelas
produzidas na ativação da iNOS são citotóxicas. Porém,
a produção de grandes quantidades de NO pode ser
importante na defesa contra invasores celulares,
tumores celulares e ainda em lesões vasculares com
perda endotelial.
A expressão da iNOS é o resultado de uma resposta
inflamatória localizada ou difusa resultante de uma
infecção ou dano tecidual. Assim, onde a resposta
inflamatória é parte de uma resposta adaptativa (isto é,
infecção ou sepse), a expressão de iNOS é benéfica;
quando a expressão da iNOS é parte da inflamação
anormal (não adaptativa), a expressão de iNOS pode
ser nociva (isto é, doença autoimune). Do lado benéfico,
a expressão da iNOS resulta em inibição do crescimento
de patógenos microbianos. A expressão de iNOS
também parece proteger tecidos de danos em resposta
inflamatória aguda sistêmica, também chamada de
sepse. A vasodilatação resultante da expressão de iNOS
em vasos sangüíneos maximiza a perfusão tecidual em
sepse, embora, se excessiva, a pressão sangüínea possa
tornar-se perigosamente baixa. A expressão de iNOS
em endotoxemia é citoprotetória, inibindo microtrombose
pela prevenção de adesão plaquetária e danos
mediados por radicais. Os efeitos benéficos da express
ão da iNOS podem ser vistos tanto em infecções
localizadas quanto em conseqüências sistêmicas da
infecção. O oposto tem sido relatado em respostas inflamat
órias crônicas localizadas. A síntese de NO dependente
de iNOS por macrófagos no espaço subendotelial
e o potencial para sua inibição por lipoproteínas de baixa
densidade podem ter um impacto na patogênese dos
vasos sangüíneos ateroscleróticos.
A inibição da atividade da iNOS durante sepse pode
aumentar a pressão arterial, mas a inibição da cNOS
endotelial pode acentuar a agregação plaquetária e
aderência de leucócitos ao endotélio resultando em
trombose e dano a tecido normal.
ÓXIDO NÍTRICO E PERMEABILIDADE
VASCULAR
A inibição do NO endógeno pode provocar
aumento da permeablidade vascular, entretanto, a
administração exógena de óxido nítrico não provocou
alteração na permeabilidade microvascular.
A inibição da produção de NO provocou redução
nos níveis de GMPc celular, interrompendo a defosforila
ção dependente de GMPc da cadeia de miosina.
Este evento causou contração das células endoteliais e
um aumento no tamanho das junções celulares interendoteliais
levando a aumento na permeabilidade microvascular.
Além disso, o NO pode ser um importante varredor
fisiológico e/ou inativador do ânion superóxido, um
agente oxidante que pode ativar mastócitos. A inibição
do NO leva aumento no nível de antioxidantes e ativação
de mastócitos que se degranulam e aumentam a
permeabilidade vascular. A degranulação de mastócitos
pode ser inibida pela adição de doadores de NO.
Porém, segundo SALVEMINI e col. (1996), o
NO é um potente vasodilatador e seu envolvimento na
resposta inflamatória pode ter relação com sua habilidade
em aumentar a permeabilidade vascular e o edema
através de mudanças no fluxo sangüíneo local e do
aumento na produção de prostaglandinas pró-
inflamatórias.
ÓXIDO NÍTRICO E ISQUEMIA E
REPERFUSÃO
A isquemia-reperfusão é associada ao aumento no
número de leucócitos aderidos e emigrados, aumento
no extravasamento de albumina, formação de agregados
de plaquetas e leucócitos dentro de vênulas póscapilares
e degranulação dos mastócitos ao redor dos
microvasos mesentéricos. A redução dos níveis de NO
em tecidos após isquemia-reperfusão pode ser devida
à inativação da NOS e inativação do próprio NO pelo
superóxido que é produzido nesses tecidos. Segundo
ANDREWS e col. (1994), a diminuição do NO durante
reperfusão pode ocorrer ou pela destruição do NO pela
sua reação com radicais superóxido gerados na
reperfusão ou pela destruição das células endoteliais,
que são fonte de NO, por radicais livres derivados do
oxigênio gerados na reperfusão.
A disfunção endotelial caracteriza-se por uma
redução marcada na liberação de NO após a reperfusão,
que é seguida por um aumento da aderência de leucó-
citos ao endotélio reperfundido, tornando-se significante
20 minutos após a reperfusão.
Dois potentes inibidores da aderência e ativação
são PGI2 e NO, que são potentes vasodilatadores, mas
também inibem aderência de leucócitos e agem sinergicamente
para inibir a interação entre plaqueta e vaso. A
atividade dessas substâncias é bastante reduzida durante
a reperfusão, onde a disfunção endotelial é manifestada
pela perda da vasodilatação dependente de NO.
O NO apresenta efeitos vasodilatadores benéficos
no sistema microvascular, mas paradoxalmente pode
estar envolvido na produção de radicais citotóxicos. O
NO pode reagir com superóxido e produzir o ânion
peroxinitrito e dióxido de nitrogênio, que podem iniciar
a peroxidação lipídica e potencializar a lesão inflamatória
em células vasculares.
O aumento no nível de superóxido causa adesão
leucocitária, que pode ser prevenida pela adição de óxido
nítrico. O NO age como barreira fisiológica (varre ou
inativa) para ânions superóxido citotóxicos produzidos
continuamente por todas as células. O NO e o super-
óxido parecem regular a aderência de leucócitos ao endot
élio; parecem regular também a ativação e degranula
ção de mastócitos, eventos que promovem adesão
leucocitária. Doadores de NO bloqueiam a liberação de
PAF e de histamina de mastócitos ativados, enquanto o
superóxido promove degranulação de mastócitos
quando a síntese de NO é abolida.
A isquemia-reperfusão do intestino delgado é
caracterizada por aumento da permeabilidade microvascular
e disfunção da barreira mucosa. Neutrófilos e
superóxido derivado dos neutrófilos são os primeiros
mediadores da disfunção mucosa e microvascular que
ocorre após a isquemia e reperfusão. A liberação de
NO ocorre em várias regiões do intestino, como endoté-
lio vascular, células da musculatura lisa, nervos entéricos
(NANC) e células epiteliais. Talvez o NO contribua
como uma molécula protetória e antiinflamatória em
todas as camadas da parede intestinal. Pode-se
observar redução na produção de NO após reperfusão
em intestino delgado de gatos. A administração de
NO mostrou efeito protetório em lesões decorrentes
de isquemia e reperfusão mesentérica.
Em isquemia cerebral, o NO pode mostrar efeitos
benéficos ou neurotóxicos, quando em concentrações
excessivas.
Em isquemia e reperfusão do miocárdio, o NO
apresentou efeitos cardioprotetórios e atenuou a disfun-
ção endotelial61 e, segundo SIEGFRIED e col. (1992),
doadores de NO reduziram em um terço a área necrótica
após isquemia e reperfusão do miocárdio, em compara-
ção ao grupo controle.
MENSURAÇÃO DO ÓXIDO NÍTRICO
A mensuração do NO é essencial para o entendimento
da função do NO em diversos processos bioló-
gicos. A medida do NO em espécies biológicas é difícil
pela sua pequena quantidade e pela sua labilidade na
presença de oxigênio.
A presença de NO em sistemas biológicos é freq
üentemente determinada com base no efeito fisioló-
gico, como relaxamento dos vasos sangüíneos, ativação
da guanilil ciclase, aumento na concentração de cGMP,
produção de citrulina ou inibição da agregação plaquet
ária. Também pode ser avaliada usando-se
inibidores da síntese de NO, como análogos da Larginina
ou hemoglobina. Todos esses métodos têm
diferentes graus de especificidade e fornecem informa-
ções indiretas sobre a produção de NO. Apenas a cGMP
ou a concentração de citrulina podem ser usadas para
obter informações quantitativas relacionadas com a
quantidade de produção de NO.
A produção de NO também pode ser determinada
pela mensuração de isótopos estáveis no plasma ou
excretados na urina após administração de arginina
marcada.
A mensuração direta do óxido nítrico in vivo foi
realizada por HUK e col. (1997), que mediram a
liberação do NO em microvasos da musculatura
esquelética de coelhos, durante isquemia e reperfusão.
Microsensores foram usados para medir o NO liberado
em vasos sangüíneos de voluntários sadios e a
concentração de NO cerebral após isquemia e
reperfusão em ratos.
Embora o óxido nítrico seja objeto de muitas
pesquisas e de um grande número de publicações, ainda
existem muitas questões controversas e numerosas
dúvidas que precisam ser esclarecidas.
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fisiológicos. A l-arginina é a precursora da síntese do óxido nítrico, na presença de óxido nítricosintase.
Este artigo revê as funções das óxido nítrico-sintases e como o óxido nítrico atua na
permeabilidade vascular e na síndrome de isquemia e reperfusão, assim como possíveis métodos
para sua mensuração.
INTRODUÇÃO
Em 1980, FURCHOGOTT E ZAWADZKI
demonstraram que o relaxamento vascular induzido por
acetilcolina foi dependente da presença do endotélio e
evidenciaram que este efeito foi mediado por um fator
humoral lábil, mais tarde conhecido como fator de
relaxamento dependente do endotélio (EDRF).
Em 1987 foi demonstrado que esse fator de
relaxamento derivado do endotélio era um radical livre,
o óxido nítrico (NO). PALMER e col. (1987) sugeriram
que EDRF e óxido nítrico eram indistinguíveis na
atividade biológica, estabilidade química e
susceptibilidade à inibidores ou potencialização e que
ambos tinham sua ação inibida pela hemoglobina e
potencializada por superóxido dismutase. Porém, alguns
autores alegaram que a forma ativa do EDRF não era o
NO, mas um precursor do NO ou um tiol derivado do
NO3. O óxido nítrico foi escolhido como a molécula
do ano de 1992.
O óxido nítrico pode ser um oxidante ou um
redutor dependendo do meio em que ele está e é
rapidamente destruído pelo oxigênio, sendo que sua
oxidação produz nitrito e nitrato. O NO tem o menor
peso molecular de qualquer produto de secreção celular
de mamíferos; sua meia-vida é curta e a especificidade
de suas reações é mínima. O NO é citotóxico e
vasodilatador e modula reações inflamatórias ou
antiinflamatórias, dependendo do tipo celular e do
estímulo.
A molécula do NO tem um elétron não pareado e
reage facilmente com oxigênio, radical superóxido, ou
metais de transição, como ferro, cobalto, manganês
ou cobre. O NO tem alta afinidade com o heme,
encontrado em proteínas intracelulares (óxido nítricosintase,
cicloxigenase e guanilato ciclase) e também
liga-se a grupos -SH, formando tiol; é um gás incolor
e estável, moderadamente solúvel em água e sua meiavida
varia de 3 a 60 segundos, mas pode ser maior
devido ao ambiente do NO, concentração de O2 e O.
Parece que o NO exerce maior efeito na imunidade
inespecífica do que na específica, exibindo atividade
citostática ou citocida contra uma notável amplitude
de microorganismos patogênicos.
PRODUÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO
Várias células utilizam a arginina para sintetizar o
óxido nítrico. Nas células do endotélio vascular, na
presença de oxigênio molecular, o terminal guanidino
nitrogenado da L-arginina produz o radical livre gasoso,
NO, e L-citrulina em um processo catalisado pela enzima
óxido nítrico-sintase.
O NO atravessa o espaço do endotélio para o
músculo liso vascular e estimula diretamente a enzima
guanilato ciclase solúvel e a conseqüente formação de
cGMP (monofosfato cíclico de guanosina) intracelular,
resultando no relaxamento das células da musculatura
lisa vascular.
Quando o cGMP está alto, o cálcio intracelular
aumenta, relaxando a células e a vasodilatação se desenvolve.
A vasodilatação se mantém enquanto a difusão
do NO para a musculatura lisa vascular estiver ocorrendo.
Um aumento no fluxo de NO para a musculatura
lisa vascular provoca maior relaxamento celular e maior
vasodilatação. Se a formação de NO diminui, ocorre
uma vasoconstrição moderada. O efeito vasodilatador
do NO parece ser mantido por estímulos físicos do
fluxo pulsátil e força de cisalhamento nas células
endoteliais vasculares.
O NO também pode ser produzido pelas células
musculares lisas, podendo regular a atividade dessas
células por um mecanismo dependente da GMPc.
A interação do NO com a guanilil ciclase solúvel
provoca muitos efeitos fisiológicos e patofisiológicos.
Entretanto, o NO ou os produtos de sua reação com
oxigênio molecular e radicais superóxido podem modificar
diferentes macromoléculas como proteínas, lipí-
dios e ácidos nucléicos para produzir tanto efeitos
fisiológicos como patofisiológicos . O NO também pode
reagir diretamente com metais de transição.
FUNÇÕES DO ÓXIDO NÍTRICO
O NO medeia vários fenômenos, como vasorrelaxamento
dependente do endotélio, citotoxicidade
mediada por macrófagos, inibição da ativação, adesão
e agregação plaquetária, relaxamento do corpo cavernoso
peniano humano, regulação da pressão sangüínea
basal, depressão sináptica a longo prazo, potencialização
da transmissão sináptica a longo prazo, microcirculação
medular e glomerular e prevenção de piloroespasmo
em estenose pilórica hipertrófica infantil. A atividade
do NO foi relatada em endotélio, cerebelo, nervos não
adrenérgicos não colinérgicos (NANC), macrófagos,
neutrófilos, rins, células epiteliais pulmonares, mucosa
gastrintestinal e miocárdio. O NO também pode
ser responsável pela vasodilatação presente na
angiogênese fisiológica ou patológica, como no caso
de tumores.
No cérebro, o NO participa do aprendizado e da
memória e pode mediar respostas excitatórias a certos
aminoácidos. No trato gastrointestinal, o NO medeia o
relaxamento não adrenérgico não colinérgico da musculatura
longitudinal e circular do esfíncter esofagiano,
estômago, duodeno, intestino delgado e esfíncter anal
interno.
No sistema respiratório, os nervos NANC da musculatura
lisa bronquiolar liberam o NO como mediador
do controle neurogênico da broncodilatação. No sistema
reprodutor, o NO controla o relaxamento da musculatura
lisa do corpo cavernoso peniano e seus vasos sang
üíneos aferentes. Esse relaxamento muscular e vascular
leva à tumescência vascular necessária à ereção.
No sistema circulatório, em particular na coagula-
ção sangüínea, o NO está envolvido com a cascata
fibrinolítica e trombótica associados com dano endotelial,
sendo que as propriedades antitrombóticas do NO
resultam em parte da inibição da adesão e agregação
plaquetária. A deficiência de NO foi associada com
trombose arterial.
Nos vasos sangüíneos, o NO exerce função na
modulação do diâmetro vascular e da resistência vascular
pela sua habilidade em relaxar o músculo liso
vascular. O NO inibe interações de elementos sangüí-
neos circulatórios com a parede do vaso. Uma deficiên-
cia de NO pode promover trombose vascular, restenose,
aterogênese e injúria da reperfusão. A diminuição
da vasodilatação dependente do endotélio pode ser induzida
por hipertensão, diabetes e/ou aterosclerose. O
NO pode ser um inibidor da adesão leucocitária em
microvasos pós-capilares.
Artérias e arteríolas produzem mais NO do que
veias e vênulas, sendo que a vasodilatação provocada
pelo cisalhamento é maior em artérias do que em
arteríolas e vasos resistentes. Nas artérias, porém não
nas veias, há liberação contínua de NO, mantendo o
tônus dilatador.
Em condições fisiológicas, a formação de NO pode
estar acima dos níveis basais quando há aumento do
fluxo sangüíneo e o contato entre sangue e parede está
facilitado. O aumento no fluxo provoca relaxamento
nas células musculares lisas e dilatação do vaso. A
tendência das plaquetas em se aderir à parede vascular,
que poderia ser aumentada pelo cisalhamento, também
é neutralizada pela elevada formação de NO.
Resumidamente, em condições basais, em
indivíduos sadios, há tônus vasodilatador moderado e
constante, causado pelo NO endotelial se difundindo
para as células da musculatura lisa vascular; se a
formação basal de NO cessa, aparecerá vasoconstrição.
A baixa formação de NO (em várias doenças vasculares)
reduz a perfusão tecidual e promove a formação de
trombo, enquanto a alta formação de NO (patológico)
produz vasodilatação pronunciada e choque e com a
redução da atividade plaquetária a homeostase fica
prejudicada.
ÓXIDO NÍTRICO-SINTASE
A óxido nítrico-sintase (NOS) é a enzima respons
ável pela síntese do NO. Três isoformas de NOS são
descritas, sendo uma NOS induzida (iNOS) e duas NOS
constitutivas (cNOS).
As óxido nítrico-sintases estão presentes no citosol,
e são inibidas por análogos da L-arginina e requerem
NADPH, tetrahidrobiopterina (BH4), flavina adenina
dinucleotídeo (FAD), flavina mononucleotídeo (FMN)
e heme como cofatores.
A isoforma I ou óxido nítrico-sintase neuronal
(nNOS) é uma NOS constitutiva, presente em neurô-
nios, células epiteliais, SNC e SNPperiférico, sistema
NANC, mácula densa do rim, medula adrenal, músculo
esquelético, órgão sexual masculino, células b pancre
ática e outros. É cálcio-calmodulina dependente e
regula a transmissão sináptica no SNC; atua na regulação
central da pressão sangüínea, no relaxamento do
músculo liso e na vasodilatação via nervos periféricos.
Também regula o fluxo sangüíneo cerebral local e está
envolvida na formação da memória.
A isoforma II ou óxido nítrico-sintase induzida
(iNOS) é uma NOS induzida por citocinas e
lipopolissacarídeos, no endotélio e musculatura lisa
vascular. Não é regulada por cálcio. Produz grande
quantidade de NO que tem efeito citostático por inibição
de enzimas contendo ferro, também causando
fragmentação de DNA. Atua em parasitas e células
tumorais.
A isoforma III ou óxido nítrico-sintase endotelial
(eNOS) é uma NOS constitutiva e produz NO em
endotélio vascular sob condições basais, mas a força
de cisalhamento produzida pelo fluxo sangüíneo pode
incrementar sua produção. O NO liberado no lúmem
vascular é um potente inibidor de adesão e agregação
plaquetária na parede vascular e também inibe a adesão
de leucócitos ao endotélio vascular, inibe a síntese de
DNA, mitogênese e a proliferação de células da
musculatura lisa vascular e, também é responsável pela
regulação da pressão sangüínea e contratilidade do
músculo cardíaco. Sua expressão é restrita a células
endoteliais vasculares, embora existam relatos da sua
localização no hipocampo, sendo sua expressão em
humanos significantemente suprimida pela hipóxia.
O NO é sintetizado pela ativação da cNOS basal
(em células endoteliais vasculares e neurônios) segundos
a minutos após o aumento na concentração de cálcio
em resposta à ativação de receptores da superfície
celular e mecanismos de transdução de sinal. Sua
síntese não é afetada pela administração de glicocortic
óides. A cNOS apresenta forma monomérica,
é cálcio-calmodulina dependente e tem peso molecular
de 133 kd. É expressa continuamente na ausência de
agentes indutores, com síntese basal de concentração
picomolar.
Ao contrário, a iNOS não depende de cálcio para
ativação, mas a síntese de mRNA da iNOS é necessária
para sua atividade. A NOS induzida não é detectável
em condições basais. LPS ou endotoxinas bacterianas,
junto com citocinas, como TNFa, IL-1b ou IF-g,
induzem a síntese de iNOS, de 2 a 4 horas após a
exposição ao agente. A iNOS requer síntese protéica
para sua expressão e sua atividade persiste por mais de
24 horas. É encontrada sob forma de monômero e
tetrâmero com peso molecular de 130 kd13.
A indução de iNOS pode ser suprimida por TGBb,
IL-4, IL-10 sozinhos ou sinergicamente com macrófagos,
por IL-8 e por glicocorticóides, que inibem a
indução, mas não a atividade das enzimas já induzidas.
Segundo DAVIES e col. (1995), após a indução,
iNOS é ativa por 20 horas e sintetiza NO em
concentrações nanomolares, 1000 vezes maior que
cNOS. A indução da iNOS é responsável pelas
propriedades citotóxicas do NO.
O NO é formado na parede vascular tanto pela
cNOS como pela iNOS. A quantidade de NO produzida
pode determinar se ele é protetório ou tóxico. Embora
pequenas quantidades sejam necessárias para a
homeostasia, grandes quantidades, como aquelas
produzidas na ativação da iNOS são citotóxicas. Porém,
a produção de grandes quantidades de NO pode ser
importante na defesa contra invasores celulares,
tumores celulares e ainda em lesões vasculares com
perda endotelial.
A expressão da iNOS é o resultado de uma resposta
inflamatória localizada ou difusa resultante de uma
infecção ou dano tecidual. Assim, onde a resposta
inflamatória é parte de uma resposta adaptativa (isto é,
infecção ou sepse), a expressão de iNOS é benéfica;
quando a expressão da iNOS é parte da inflamação
anormal (não adaptativa), a expressão de iNOS pode
ser nociva (isto é, doença autoimune). Do lado benéfico,
a expressão da iNOS resulta em inibição do crescimento
de patógenos microbianos. A expressão de iNOS
também parece proteger tecidos de danos em resposta
inflamatória aguda sistêmica, também chamada de
sepse. A vasodilatação resultante da expressão de iNOS
em vasos sangüíneos maximiza a perfusão tecidual em
sepse, embora, se excessiva, a pressão sangüínea possa
tornar-se perigosamente baixa. A expressão de iNOS
em endotoxemia é citoprotetória, inibindo microtrombose
pela prevenção de adesão plaquetária e danos
mediados por radicais. Os efeitos benéficos da express
ão da iNOS podem ser vistos tanto em infecções
localizadas quanto em conseqüências sistêmicas da
infecção. O oposto tem sido relatado em respostas inflamat
órias crônicas localizadas. A síntese de NO dependente
de iNOS por macrófagos no espaço subendotelial
e o potencial para sua inibição por lipoproteínas de baixa
densidade podem ter um impacto na patogênese dos
vasos sangüíneos ateroscleróticos.
A inibição da atividade da iNOS durante sepse pode
aumentar a pressão arterial, mas a inibição da cNOS
endotelial pode acentuar a agregação plaquetária e
aderência de leucócitos ao endotélio resultando em
trombose e dano a tecido normal.
ÓXIDO NÍTRICO E PERMEABILIDADE
VASCULAR
A inibição do NO endógeno pode provocar
aumento da permeablidade vascular, entretanto, a
administração exógena de óxido nítrico não provocou
alteração na permeabilidade microvascular.
A inibição da produção de NO provocou redução
nos níveis de GMPc celular, interrompendo a defosforila
ção dependente de GMPc da cadeia de miosina.
Este evento causou contração das células endoteliais e
um aumento no tamanho das junções celulares interendoteliais
levando a aumento na permeabilidade microvascular.
Além disso, o NO pode ser um importante varredor
fisiológico e/ou inativador do ânion superóxido, um
agente oxidante que pode ativar mastócitos. A inibição
do NO leva aumento no nível de antioxidantes e ativação
de mastócitos que se degranulam e aumentam a
permeabilidade vascular. A degranulação de mastócitos
pode ser inibida pela adição de doadores de NO.
Porém, segundo SALVEMINI e col. (1996), o
NO é um potente vasodilatador e seu envolvimento na
resposta inflamatória pode ter relação com sua habilidade
em aumentar a permeabilidade vascular e o edema
através de mudanças no fluxo sangüíneo local e do
aumento na produção de prostaglandinas pró-
inflamatórias.
ÓXIDO NÍTRICO E ISQUEMIA E
REPERFUSÃO
A isquemia-reperfusão é associada ao aumento no
número de leucócitos aderidos e emigrados, aumento
no extravasamento de albumina, formação de agregados
de plaquetas e leucócitos dentro de vênulas póscapilares
e degranulação dos mastócitos ao redor dos
microvasos mesentéricos. A redução dos níveis de NO
em tecidos após isquemia-reperfusão pode ser devida
à inativação da NOS e inativação do próprio NO pelo
superóxido que é produzido nesses tecidos. Segundo
ANDREWS e col. (1994), a diminuição do NO durante
reperfusão pode ocorrer ou pela destruição do NO pela
sua reação com radicais superóxido gerados na
reperfusão ou pela destruição das células endoteliais,
que são fonte de NO, por radicais livres derivados do
oxigênio gerados na reperfusão.
A disfunção endotelial caracteriza-se por uma
redução marcada na liberação de NO após a reperfusão,
que é seguida por um aumento da aderência de leucó-
citos ao endotélio reperfundido, tornando-se significante
20 minutos após a reperfusão.
Dois potentes inibidores da aderência e ativação
são PGI2 e NO, que são potentes vasodilatadores, mas
também inibem aderência de leucócitos e agem sinergicamente
para inibir a interação entre plaqueta e vaso. A
atividade dessas substâncias é bastante reduzida durante
a reperfusão, onde a disfunção endotelial é manifestada
pela perda da vasodilatação dependente de NO.
O NO apresenta efeitos vasodilatadores benéficos
no sistema microvascular, mas paradoxalmente pode
estar envolvido na produção de radicais citotóxicos. O
NO pode reagir com superóxido e produzir o ânion
peroxinitrito e dióxido de nitrogênio, que podem iniciar
a peroxidação lipídica e potencializar a lesão inflamatória
em células vasculares.
O aumento no nível de superóxido causa adesão
leucocitária, que pode ser prevenida pela adição de óxido
nítrico. O NO age como barreira fisiológica (varre ou
inativa) para ânions superóxido citotóxicos produzidos
continuamente por todas as células. O NO e o super-
óxido parecem regular a aderência de leucócitos ao endot
élio; parecem regular também a ativação e degranula
ção de mastócitos, eventos que promovem adesão
leucocitária. Doadores de NO bloqueiam a liberação de
PAF e de histamina de mastócitos ativados, enquanto o
superóxido promove degranulação de mastócitos
quando a síntese de NO é abolida.
A isquemia-reperfusão do intestino delgado é
caracterizada por aumento da permeabilidade microvascular
e disfunção da barreira mucosa. Neutrófilos e
superóxido derivado dos neutrófilos são os primeiros
mediadores da disfunção mucosa e microvascular que
ocorre após a isquemia e reperfusão. A liberação de
NO ocorre em várias regiões do intestino, como endoté-
lio vascular, células da musculatura lisa, nervos entéricos
(NANC) e células epiteliais. Talvez o NO contribua
como uma molécula protetória e antiinflamatória em
todas as camadas da parede intestinal. Pode-se
observar redução na produção de NO após reperfusão
em intestino delgado de gatos. A administração de
NO mostrou efeito protetório em lesões decorrentes
de isquemia e reperfusão mesentérica.
Em isquemia cerebral, o NO pode mostrar efeitos
benéficos ou neurotóxicos, quando em concentrações
excessivas.
Em isquemia e reperfusão do miocárdio, o NO
apresentou efeitos cardioprotetórios e atenuou a disfun-
ção endotelial61 e, segundo SIEGFRIED e col. (1992),
doadores de NO reduziram em um terço a área necrótica
após isquemia e reperfusão do miocárdio, em compara-
ção ao grupo controle.
MENSURAÇÃO DO ÓXIDO NÍTRICO
A mensuração do NO é essencial para o entendimento
da função do NO em diversos processos bioló-
gicos. A medida do NO em espécies biológicas é difícil
pela sua pequena quantidade e pela sua labilidade na
presença de oxigênio.
A presença de NO em sistemas biológicos é freq
üentemente determinada com base no efeito fisioló-
gico, como relaxamento dos vasos sangüíneos, ativação
da guanilil ciclase, aumento na concentração de cGMP,
produção de citrulina ou inibição da agregação plaquet
ária. Também pode ser avaliada usando-se
inibidores da síntese de NO, como análogos da Larginina
ou hemoglobina. Todos esses métodos têm
diferentes graus de especificidade e fornecem informa-
ções indiretas sobre a produção de NO. Apenas a cGMP
ou a concentração de citrulina podem ser usadas para
obter informações quantitativas relacionadas com a
quantidade de produção de NO.
A produção de NO também pode ser determinada
pela mensuração de isótopos estáveis no plasma ou
excretados na urina após administração de arginina
marcada.
A mensuração direta do óxido nítrico in vivo foi
realizada por HUK e col. (1997), que mediram a
liberação do NO em microvasos da musculatura
esquelética de coelhos, durante isquemia e reperfusão.
Microsensores foram usados para medir o NO liberado
em vasos sangüíneos de voluntários sadios e a
concentração de NO cerebral após isquemia e
reperfusão em ratos.
Embora o óxido nítrico seja objeto de muitas
pesquisas e de um grande número de publicações, ainda
existem muitas questões controversas e numerosas
dúvidas que precisam ser esclarecidas.
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