Alterações comportamentais estão diretamente relacionadas aos niveis de colesterol. Diversos trabalhos tem mostrado que o metabolismo da serotonina e do GABA estão diretamente relacionados com o colesterol. Alguns artigos mostram que flutuações séricas de colesterol induzem modificações na concentração dos receptores de serotonina, possibilitando o surgimento de comportamentos prejudiciais impulsivos, como tentativa de suicidio. Há trabalhos em macacos submetidos a dietas restritivas que apresentaram níveis de colesterol reduzidos, menor concentração de metabólitos de serotonina no líquido cérebroespinhal e maior incidência de comportamentos impulsivos e agressivos, quando comparados a animais que receberam dieta rica em colesterol. Além disso, o colesterol é precursor de pregnelonona, e quando o transporte mitocondrial desta substância no cérebro é aumentado, ocorre maior formação de neuroesteroides, que são moduladores alostéricos positivos de receptores gabaergicos, ou seja, estimulam o GABA, levando a menor numero de decisões preciptadas ou impulsivas. Estas considerações são importantes pois a prescrição de medicamentos hipolipemiantes (estatinas) é abusiva, além da propaganda infundada (e as vezes defendida por nutricionistas mal infomados) de que colesterol é sempre ruim, colesterol mata, colesterol é vilão, etc. O que mata são as coisas fora do equilíbrio, em qualquer nível da vida. Por exemplo, pensando pelo outro lado, o excesso de colesterol pode levar ao excesso de GABA e por consequencia, inibição do SNC, com indução de depressão e perda de raciocinio lógico e perda de memória.
Materia escrita pelo Professor Henrique Freire Soares
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