quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Bocejos seriam reguladores da temperatura do cérebro
Para funcionar bem, assim como a maioria das máquinas, nosso cérebro não pode trabalhar em uma temperatura muito acima da normal. Quando estamos em momentos de tensão, a sensação de “cabeça quente” logo é percebida, e temos dificuldade de continuar usando o cérebro como antes.
Isso todo mundo já deve ter notado. Mas o que pesquisadores da Universidade de Princeton (EUA) descobriram é o que ingênuo hábito de bocejar funciona como uma espécie de dispositivo natural de temperatura cerebral, que logo ativa uma resposta do organismo para resfriá-lo nas horas mais desgastantes. A descoberta foi divulgada em detalhes no jornal britânico Daily Mail, na edição do último dia 20.
Durante os estudos, os cientistas pediram a voluntários, que observassem fotos de pessoas bocejando e marcassem com qual eles faziam o mesmo. O teste foi realizado tanto nos dias frios, quanto nos quentes. Os resultados mostraram que as pessoas bocejam quase o dobro no inverno, quando a temperatura corporal é maior do que a do ambiente. Os pesquisadores deduziram, então, que há menos necessidade de bocejar no verão porque o ar respirado seria mais quente que o corpo da pessoa.
Um cérebro superaquecido pode causar sensações de sonolência, o que explica porque nós bocejamos quando estamos com sono. Quando você está prestes a dormir, depois de um dia cansativo (como é o caso de dias muitos quentes), o cérebro logo chega ao limite de trabalho e precisa descansar.
O bocejo mais frequente no inverno explicaria também porque as pessoas se tornam confusas e desorientadas quando submetidas ao calor extremo, já que o cérebro tem meios limitados de se refrescar.
A pesquisa deve ajudar na busca de tratamentos para doenças ligadas ao cérebro.
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