SUCOS PREMIUM MONA VIE

Armazem Gaia

sexta-feira, 25 de março de 2011

FDA e EPA recomendam redução de peixe para gestantes

O Food and Drug Administration (FDA) e o Environmental Protection Agency (EPA) norte-americanos acabam de lançar um alerta para que o consumo de pescado e marisco seja moderado entre mulheres que desejam ficar grávidas, que estão grávidas ou aquelas que estão amamentando. A restrição é para as espécies de peixe que contêm altos níveis de mercúrio, como o peixe-espada, o tubarão, o arenque e o cação. Estas e outras espécies vivem nas partes mais profundas dos mares e, por isso, têm maior tempo de exposição ao metil-mercúrio, um tipo de mercúrio nocivo para a saúde do feto e bebês. O mercúrio está presente no ar e, no contato com o mar, transforma-se em metil-mercúrio. Ao alimentar-se, o peixe absorve essa substância.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a intoxicação por mercúrio pode levar a falência renal, como glomerulonefrite e pielonefrite. A nefrotoxicidade é um fator presente em 20% dos casos de insuficiência renal aguda e 3 a 5% dos de insuficência renal crônica. No entanto, o mecanismo de ação ainda é desconhecido.

Apesar de o consumo de pescados e mariscos trazer benefícios para a saúde, pois são ricos em ácidos graxos ômega-3 e pobres em gordura saturada, todos apresentam uma quantidade de mercúrio, mesmo que pequena. Por isso, FDA e EPA alertam para que se dê preferência para o consumo de pescados com baixos níveis de mercúrio, como o atum enlatado, o camarão, o salmão e o bagre e, que se consumidos, não se ultrapasse a quantidade de 340 g/semana.

O mercúrio está presente no sangue normalmente na concentração de 0,01 µg/dl. A preocupação com a intoxicação por mercúrio é grande na literatura internacional, pois já foram relatados diversos acidentes, envolvendo, principalmente, a ingestão de pescados contaminados. Entre a população ribeirinha amazônica, onde o consumo de peixe é muito grande, não houve ocorrência de danos à saúde, apesar de verificada a exposição ao mercúrio. Não há recomendação estabelecida para a ingestão do mineral. O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ainda não se pronunciaram a respeito.




Bibliografia(s)

Backgrounder for the 2004 FDA/EPA Consumer Advisory: What You Need to Know About Mercury in Fish and Shellfish. Disponível em: http://www.fda.gov/oc/opacom/hottopics/mercury/backgrounder.html Acessado em 26-03-04.

Poisoning by pesticides. IPCS News. 1993;3:1-2. Disponível em: http://www.who.int/pcs/newsletter/ipcs-03.pdf. Acessado em 26-03-04.

Borges VC, Ferrini MT, Waitzberg DL. Minerais. In: Waitzberg DL. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. São Paulo: Atheneu; 2000. p.117-48.

Dorea JG. Cassava cyanogens and fish mercury are high but safely consumed in the diet of native Amazonians. Ecotoxicol Environ Saf. 2004;57(3):248-56.

2 comentários:

  1. Olá Aurelio!
    Gosto muito do teu blog, que cuidas com carinho e dedicação. O meu está mais para pesquisa, por hora, devido ao pouco tempo que tenho. Acabo pensando que vale mais pesquisar do que dispor conteudo. Enfim, comecei a seguir teu blog por causa de um texto que falava sobre homocisteinemia, coisa da qual tornei-me íntima. Quero parabeniza-lo por tuas temáticas, sempre atuais e importantes.
    Até gostaria de poder tirar umas duvidas contigo, caso possas.
    Um grande abraço,
    Patrícia Oliva

    ResponderExcluir
  2. Patricia,

    fique á vontade para esclarecer quaisquer duvidas.

    att.

    Aurelio

    ResponderExcluir