O sono é definido como um complexo estado fisiológico no qual ocorrem alterações dos processos fisiológicos e comportamentais. Para um estado de vigília adequado, o ideal em adultos é um tempo de sono variante entre 6 e 8 horas. Em recém nascidos, este tempo varia entre 19 e 20 horas ao dia, 10 horas na infância e 8 horas na adolescência. Deste período, 30% do tempo de sono, o indivíduo passa sonhando, 20 % em sono profundo e 50% em sono leve. Baseado no exposto acima, o sono se divide em duas etapas: a fase I e a fase II.
A fase I ( sono não REM) apresenta 4 estágios e representa a profundidade do sono. A fase II ocorre em intervalos regulares de 90 minutos, aproximadamente, após 1 ciclo completo da fase II. A fase II está envolvida nos processos de aprendizagem, memória e cognição, além de ser a fase dos sonhos. Esta fase também está associada com a sexualidade, o humor e a criatividade.
Dormir em um ambiente com pouca luz, temperatura confortável e local agradável interferem diretamente na qualidade do sono, proporcionando bem estar físico e mental. O tempo de sono insuficiente pode acarretar prejuízo à saúde do indivíduo, estando envolvido no aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, Hipertensão arterial e diabetes mellitus.
A privação total ou parcial do sono resulta em aumento da atividade do Sistema Nervoso Central, aumento do cortisol e diminuição do GH durante a noite, provocando diminuição da tolerância à glicose e aumento do risco do Diabetes, além de desrregulação do apetite, aumento da ingestão alimentar, acarretando a obesidade.
Os estudos mostram também que os indivíduos obesos privados de sono são cronicamente estressados, sugerindo comportamentos não saudáveis como consumos de alimentos pouco ou nada saudáveis, mas saborosos e diminuição da atividade física, além de tabagismo e etilismo, ou seja, vida desrregrada.
Também observou-se que a privação do sono não apenas aumenta o apetite, como também aumenta a preferência por alimentos calóricos e pobres em nutrientes. Por outro lado, um outro estudo demonstrou que pacientes obesos, sem apnéia do sono são mais sonolentos ao dia, comparados com indivíduos não obesos, sendo a obesidade um fator de risco significativo para a sonolência excessiva durante o dia, independente da idade.
Conclui-se que a melhora da qualidade e da duração do sono, bem como a redução do estresse crônico e a adoção de hábitos de vida saudáveis ( alimentação equilibrada, atividade física regular, redução ou suspensão do tabagismo e etilismo) são fundamentais na redução do peso corporal.
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