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Armazem Gaia

sábado, 14 de agosto de 2010

ALERGIA ALIMENTAR: DIAGNÓSTICO E IMPLICAÇÕES NA QUALIDADE DE VIDA

As doenças alérgicas acometem milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que até 40% da população mundial possa apresentar algum sintoma de alergia. As reações adversas a alimentos, sintomas clínicos indesejáveis que se manifestam após a ingestão, podem ser classificadas em não imunológicas e imunológicas. As alergias alimentares se enquadram na primeira classificação, e nelas as imunoglobulinas E e os linfócitos T ocupam um papel de destaque. O tratamento da alergia alimentar tem por objetivos detectar o agente deflagrador da alergia e impedir a progressão dos sintomas, bem como impedi-los; tratar as crises, impedindo o agravamento dos episódios e realizar a profilaxia através das orientações medicamentosas, alimentação adequada e medidas que promovam melhoria na qualidade de vida do indivíduo.
Superestimar uma alergia alimentar pode resultar em prejuízo desnecessário à dieta do paciente, entretanto o não diagnóstico ou subestimar a alergia alimentar pode acarretar prejuízos desnecessários e potencialmente fatais ao indivíduo. Os estudos mostram que um grupo de oito alimentos são responsáveis por 90% das alergias alimentares manifestadas, dentre eles, citam-se o leite de vaca, o ovo, a soja, o trigo, o amendoim, as castanhas, os peixes e os frutos do mar, lembrando este grupo refere-se não só aos alimentos citados como também aos seus derivados ou produtos que apresentam estes produtos e deve-se frisar que dentre o leite, exclui-se a manteiga e o creme de leite que são extraídos da gordura deste.
Na infância, o leite de vaca é considerado o principal responsável pelas alergias alimentares, pois o sistema imune neste período da vida é relativamente imaturo e suscetível a sensibilizações a antígenos externos.
Para que se realize uma investigação do agente alergênico , observa-se os alimentos consumidos pelo indivíduo, a quantidade ingerida, o tempo em que os sintomas se manifestaram inicialmente, a duração dos sintomas, associação à outros fatores ( exercícios físicos, uso de medicamentos e ingestão de álcool. As reações alérgicas podem ter um tempo de resposta rápida ou demorada, variando de segundos após a ingestão até 4 horas aproximadamente. Os alimentos consumidos regularmente pelo paciente são menos prováveis de induzir reações do que aqueles consumidos raramente.
A idade também deve ser levada em conta. Em geral, as crianças apresentam maior probabilidade de apresentar alergia ao leite de vaca, ovo, soja e trigo, enquanto que as reações alérgicas à amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar são mais comuns em adultos. Também é importante enfatizar que durante a infância, é comum a manifestação da dermatite atópica, relacionada a alimentos e alguns casos de enterocolite. O exame físico também pode revelar a presença de outras doenças alérgicas relacionadas, tais com a asma, rinite e dermatite.
A urticária aguda, a angiodema e a anafilaxia são manifestações clínicas mais relacionadas com a IgE. Em geral, apresentam início rápido e maior chance de fatalidades em comparação com as reações tardias. Os sintomas respiratórios ( asma, rinite) como manifestações isoladas de alergia alimentar são extremamente raras, apresentando associadas com sintomas cutâneos o gastrintestinais. As reações mediadas exclusivamente por células são representadas por enteropatias e enterocolites induzidas pela proteína do leite e podem evoluir com a presença de muco e ou sangue nas fezes e vômitos, diarréia, má absorção dos nutrientes e perda de peso.
Um método eficaz para se avaliar o agente causador da alergia é a dieta de restrição. Esta dieta consiste na suspensão temporária do alimento suspeite de ser alergênico por um período de 4 a 6 semanas, após o qual, se faz a reintrodução deste alimento. Se não houver melhora dos sintomas durante o período de restrição absoluta, descarta-se a hipótese de este alimento ser alergênico, e se, ao contrário, observar-se melhora dos sintomas, o alimento suspeito passa a ser um potencial possível alergênico.

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