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Armazem Gaia

sábado, 14 de agosto de 2010

A IMPORTÂNCIA DE UMA MICROBIOTA INTESTINAL SAUDÁVEL PARA O LACTENTE

A flora intestinal ou microbiota intestinal é um conjunto de bactérias que habita o intestino, sendo aproximadamente constituída de 300 a 500 espécies diferentes. Proporcionalmente, o número de bactérias intestinais é 10x maior que o número de células no nosso organismo. Alguns dos efeitos das bactérias intestinais são desencadeadores de efeitos fermentativos ou putrefativos.
Alguns órgãos do sistema digestório, tais como o duodeno, jejuno e estômago apresentam flora intestinal pobre, até mesmo, em virtude da ecologia local deste órgãos ( ph e ação enzimática). O íleo representa o local de transição e o cólon é o sítio de proliferação bacteriana. Sendo assim, observa-se uma atuação simbiótica ( alimentos com ação probiótica e prebiótica) dinâmica que garante o suporte nutricional às bactérias e uma série de benefícios ao organismo humano ( lembrando que probióticos são micro organismos vivos que conferem benefícios á saúde do hospedeiro, quando administrada em quantidades adequadas e prebióticos são ingredientes alimentares não digeríveis, que afetam de maneira benéfica o organismo por estimular o crescimento ou atividade de um ou de um número limitado de bactérias do cólon.
Os benefícios da microbiota intestinal no organismo humano são metabólicos ( fermentação de resíduos alimentares não digeríveis e a de muco produzido pelo epitélio intestinal, além de sintetizar vitaminas e promover a absorção de cálcio, magnésio e ferro); tróficos ( atuando na proliferação e na diferenciação do cólon, prevenindo colites ulcerativas e neoplasias colônicas) e benefícios protetores relacionados À flora intestinal, melhora do sistema imune, prevenção de alergias alimentares e proteção contra a invasão da mucosa intestinal por bactérias patogênicas.
Fatores genéticos, ambientais, idade, saúde do hospedeiro, tempo de trânsito intestinal interferem na ecologia intestinal e por sua vez, influencia o desenvolvimento da microbiota, desconsiderando-se alterações fisiológicas, tais como situações patológicas, uso de antibióticos, diarréias. O feto não apresenta colonização bacteriana em seu trato digestório e o primeiro contato com o meio ambiente é no momento do parto. Bebês nascidos de parto natural tendem a ser colonizados pelas floras vaginais e fecais da mãe, enquanto que os bebês nascidos por cesariana não apresentam esta colonização. Observa-se também que o aleitamento materno contribui positivamente para um equilíbrio da flora intestinal devido aos componentes do leite materno.
Ainda em relação ao leite materno, este alimento é rico em probióticos e estimula o efeito bifidogênico ( desenvolvimento da flora intestinal) promovendo consistência das fezes, viscosidade fecal, evacuações freqüentes e regulares, proteção contra doenças ( principalmente as mais freqüentes no bebê: as doenças respiratórias e a gastrintestinais), além da biodisponibilidade de cálcio e magnésio, reduzindo o PH e facilitando a absorção. O leite materno apresenta baixo teor protéico, em relação ao leite de vaca e mantém a Flora intestinal saudável.
O leite materno é a melhor alternativa alimentar para o bebê e deve ser exclusiva nos primeiros seis meses de vida, para oferecer melhor nutrição, saúde e proteção ao bebê. A mãe também deve seguir uma alimentação adequada, rica em frutas e verduras, alimentação de 3 em 3 horas, evitando bebidas alcoólicas, cigarros, comidas gordurosas, alimentos industrializados e artificiais. O uso de mamadeiras, bicos e chupetas devem ser desencorajados, pois podem trazer efeitos negativos á criança.
Procure um nutricionista capacitado para melhor orientá-la, em caso de dúvida.

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