Linhaça, gérmen de trigo, aveia, leite de soja, colágeno, açúcar mascavo, castanha do Brasil, amêndoa, gergelim, guaraná em pó, levedo de cerveja e cacau são alguns dos ingredientes mais utilizados no preparo da ração humana.
Recentemente ela vem ganhando destaque, tanto na mídia, como nas prateleiras de lojas de produtos naturais e de supermercados, assim como também, já vem fazendo parte da alimentação de inúmeras pessoas, devido, principalmente, a alegação de seus efeitos sobre a perda de peso, na regulação do intestino, no controle da glicose e do colesterol e na promoção da saúde e prevenção de algumas doenças.
Mas afinal, quais os reais efeitos da ração humana?
Os efeitos propostos pela ração são justificados, entre outros fatores, pela presença de conteúdo significante de fibras dietéticas, responsáveis pela regulação do funcionamento intestinal, controle da glicemia, aumento da saciedade e conseqüente diminuição do peso corporal. Entretanto, algumas pessoas podem ser prejudicadas após consumo constante dos grãos. O glúten que se encontra no trigo e na aveia, frequentemente causa hipersensibilidades causando aumento do número de evacuações e/ ou causando constipação, entre outros sintomas, desfavorecendo a absorção adequada de nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo. Esta hipersensibilidade pode ocorrer também com qualquer outro alimento, principalmente naqueles consumidos diariamente.
Além disso, o consumo da ração humana apresenta outros pontos que devem ser levados em consideração. Em primeiro lugar, ela não respeita a individualidade bioquímica, ou seja, nem todas as pessoas irão se beneficiar ao ingerir a ração. Outras, ainda, poderão apresentar reações alimentares, ou seja, alergias alimentares, já que alguns dos componentes da ração humana, como o trigo e a soja, são altamente alergênicos, encontrando-se inclusive entre os primeiros da lista dos alimentos mais alergênicos que se conhecem. E, mesmo nos casos daqueles que não apresentem tais reações, após o consumo da mistura em longo prazo podem vir a desenvolver tais sinais e sintomas indicativos de alergia, como enxaqueca, má digestão, flatulência, intestino irregular, cansaço, indisposição, depressão, entre outros
Outro ponto importante é o uso de levedura de cerveja, que está diretamente associado ao aumento do crescimento de fungos, o que pode desencadear o aparecimento da síndrome fúngica e outras doenças associadas.
Os fungos podem ser responsáveis por vários sinais e sintomas muito parecidos com os encontrados em outras patologias, o que dificulta o diagnóstico da síndrome fúngica, além de ser um tratamento longo. As infecções fúngicas podem causar irritação, descamação e rubor na pele, além de prurido, inflamação, bolhas e erupções cutâneas. Eles também podem produzir toxinas, que levam a danos neurológicos como dores, distúrbios de movimento, problemas de equilíbrio e coordenação, falta de memória e de concentração, entre outras disfunções semelhantes a que ocorre na exposição de produtos tóxicos. No trato gastrointestinal pode estar relacionados a enterocolites, doença de Crohn e outras doenças inflamatórias. Também, podem favorecer a disbiose e alergias alimentares. Além disso, os fungos sintetizam subprodutos químicos que podem circular pela corrente sanguínea, atingir os tecidos e causar danos nestes.
Outros estudos ainda mostram os efeitos do consumo da soja em excesso sobre o aumento de mamas em adolescentes do sexo masculino, devido, principalmente, ao aumento de estradiol, hormônio responsável pelo desenvolvimento de características sexuais femininas. E também pode diminuir a produção de espermatozóides. Entretanto, estes dados ainda precisam ser mais bem investigados para chegar a uma conclusão, principalmente quanto a quantidade e freqüência necessária para ter este tipo de reação.
Diante do exposto acima, pode concluir que a ingestão de cereais deve ser feita diariamente, devido aos benefícios da ingestão desses alimentos, contudo, deve alternar o consumo destes alimentos, para minimizar os riscos de alergias ou intolerâncias alimentares.
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