SUCOS PREMIUM MONA VIE

Armazem Gaia

terça-feira, 12 de outubro de 2010

SAIBA MAIS SOBRE A WHEY PROTEIN

A whey protein é um composto de proteínas isoladas do soro do leite, extraídas da porção aquosa do leite, geradas durante o processo de fabricação de queijos e coalhadas. Atualmente, o soro do leite é considerado um alimento funcional e de apreciáveis aplicações nutricionais.
Existem diferentes tipos de produtos á base da whey protein disponíveis no mercado que se diferenciam quanto ao processo de extração, digestibilidade e velocidade de absorção, teores de proteínas, carboidratos, lipídeos, lactose e presença de substâncias bioativas.
Existem 3 tipos de whey protein disponíveis no mercado: as isoladas, as concentradas e as hidrolisadas. A whey protein isolada alcança altos teores de proteínas, podendo chegar á 95% da composição do produto, com pequenas quantidades ou ausência de lactose e gorduras. A whey protein concentrada possui menor valor protéico, variando entre 25 a 90%, com considerável quantidade de lactose, gordura, sais minerais, entre outros componentes. A whey protein hidrolisada evidencia a sua alta digestibilidade e sua rápida absorção.
Dentre os benefícios do uso do whey protein, este é fonte protéica de alto valor biológico, rápido esvaziamento gástrico e rápida absorção, melhora a biodisponibilidade de alguns minerais, é de boa praticidade no pós treino, melhora a saúde óssea, é antioxidante, aumenta a massa muscular, fortalece o sistema imunológico e cardiovascular, é antimicrobiano, antiviral, promove a saciedade, entre outros inúmeros benefícios.
A whey protein é eficiente na hipertrofia muscular devido a presença de aminoácidos que promovem a síntese protéica. Após a prática do exercício, uma elevada concentração de aminoácidos circulantes no sangue é importante para manter a integridade da massa muscular, hipertrofia, recuperação e ressíntese no pós treino, além de sustentabilidade do sistema imune.
Um estudo envolvendo homens e mulheres durante 6 semanas, suplementadas com 1,2g/kg/dia de whey protein e soja ou maltodextrina evidenciou aumento da massa muscular e também da força muscular. A whey protein pode desencadear reações alérgicas em alguns indivíduos devido a presença de casína, beta-lactoglobulina e alfa-lactoglobulina. A recomendação ideal de whey protein é de 0,8g/kg/dia. No entanto, esta média de consumo pode subestimar as necessidades protéicas dos indivíduos que se exercitam podendo prejudicar a recuperação do exercício físico.
É importante frisar que a whey protein não deve ser a única fonte protéica da alimentação, sendo necessária o consumo de outras fontes, tais quais os feijões, a soja, o leite e derivados e as carnes magras.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O que é sarcopenia?

A sarcopenia é uma síndrome caracterizada pela perda progressiva e generalizada da força e massa muscular, que ocorre em consequência do envelhecimento. Os mecanismos envolvidos no aparecimento e progressão da sarcopenia são multifatoriais, incluindo alteração na síntese de proteínas, proteólise, perda da integridade neuromuscular, aumento da inflamação, níveis hormonais alterados, desnutrição e alteração no sistema renina-angiotensina. A perda muscular é quantitativa e qualitativa, com implicações na composição da fibra muscular, inervação, contratilidade, características de fadiga, densidade capilar e metabolismo da glicose.

Embora a sarcopenia seja observada principalmente em idosos, também pode se desenvolver em adultos jovens, em casos de demência e osteoporose. Os principais fatores de risco para a sarcopenia incluem sexo feminino, sedentarismo, tabagismo, atrofia por desuso, saúde fragilizada e fatores genéticos.

A sarcopenia pode ser dividida em duas categorias: primária e secundária. Ela pode ser considerada "primária" (ou relacionada com a idade) quando nenhuma outra causa é evidente além do próprio envelhecimento. Já a sarcopenia "secundária" ocorre quando uma ou mais causas são evidentes.

domingo, 3 de outubro de 2010

CERVEJA E SAÚDE: COMPONENTES E EFEITOS PREVENTIVOS DO SEU CONSUMO RELACIONADOS COM O ESTILO DE VIDA

A cerveja é uma bebida alcoólica, produzida através da fermentação do malte e do lúpulo, além de ser produzida também a partir do trigo, frutas data da primeira civilização do mundo, a mesopotâmia e inicialmente era extraída por meio da fermentação do pão, sendo muito rica em aminoácidos, vitaminas ( principalmente do complexo B), compostos fenólicos e minerais. Este estudo tem por objetivo estudar os efeitos do consumo da cerveja ( com moderação) e suas implicações na saúde humana, no que tange a ação preventiva contra o câncer, o diabetes mellitus tipo 2, a hiperlipidemia, a hipertensão e a osteoporose, dentre outros.
O processo de desenvolvimento de um câncer ocorre através do crescimento anormal das células de um órgão, comprometendo o seu funcionamento e conseqüentemente a saúde geral e é resultado da exposição ao consumo de alimentos contaminados com xenobióticos ( metais tóxicos que alteram o DNA), estilo de vida desregrado, exposição á ambiente radioativo, entre outros. Os fitoquimicos, substancias encontradas nas frutas, verduras, condimentos naturais ( cúrcuma, por exemplo), por serem ricas em antioxidantes, atuam prevenindo estes efeitos deletérios em nível celular protegendo o indivíduo contra o câncer. A cerveja é rica nestes nutrientes que seriam os polifenois e os ácidos ferulicos, sendo a cerveja uma bebida quimiopreventiva e contribui para a redução do risco de cânceres diversos.
Em relação á aterosclerose, o consumo do álcool aumenta o HDL colesterol ( bom colesterol) e diminui a agregação plaquetária ( diminui o risco de trombose e infartos do miocárdio) reduzindo o risco de mortalidade cardiovascular devido ao fato de a cerveja ser fonte de vitamina B6 e ácido fólico.
Em relação á osteoporose, o consumo moderado da cerveja e do vinho tinto aumenta a densidade mineral óssea, principalmente nas mulheres pós menopausa. Além deste fato, o lúpulo auxilia na regulação hormonal. Os estudos mostram também que o consumo moderado da cerveja e do vinho tinto auxiliam na redução do risco do diabetes e da demência, além de ser também um bom estimulante do apetite.
A cerveja apresenta um paladar amargo devido a presença de três substancias chamadas isohumolona, isocohumolona e isoadhumolona com funções antilipidemicas, antihipertensiva e com bons resultados na prevenção do diabetes tipo 2, pois melhoram a resistência insulínica.
É importante frisar e reforçar que o consumo das bebidas alcoólicas citadas trazem benefícios á saúde, mas moderadamente, pois o consumo desenfreado e desregrado pode levar o indivíduo á desenvolver doenças hepáticas, cânceres ( sobretudo do trato gastrointestinal). Em relação ás isohumolonas, mais estudos estão sendo realizados para confirmação dos seus resultados.

PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DO ALHO E DA CEBOLA

O Alho e a cebola, além de apresentar propriedades culinárias, tais como reforçar o paladar dos alimentos, possuem propriedades nutricionais que conferem poder anticarcinogenico, hipocolsterolemico, hipolipidemico, anti-hipertensivo, antitrombótico, antihomocisteína, cardioprotetor, antioxidante, antimutagenico, imunomodulador e prebiótico, sendo também utilizado contra dores de cabeça, desordens intestinais e tumores.Nas olimpíadas da Grécia, os atletas consumiam estes alimentos como estimulantes, na India como antiséptico e antiulceras, na China era usado contra dores de cabeça, disenteria e cólera e nas grandes guerras, era usado como antiséptico e contra gangrena. As evidencias de diversos estudos realizados sugerem que as propriedades nutricionais e terapêuticas do alho e da cebola ocorrem devido a presença dos compostos organosulfuricos, aliina, l-cisteina, etc. Os flavonóides são abundantes na cebola e praticamente ausente no alho. O óleo essencial de alho, o alho macerado e o pó do alho são fontes de aliina que conferes propriedades hipocolesterolêmica. O alho e a cebola também são antimicrobióticos, combatendofungos, bactérias, parasitas e infecções virais devido a presença de algumas proteínas, saponinas, compstos sulfúricos e fenólicos.

Em relação às funções antioxidantes, o alho e a cebola tem a propriedade de oxidar o DNA, os lipídeos e as proteínas. As cebolas e os alhos tem função de prevenir o envelhecimento precoce, cardioprotetora, antinflamatória, anti doenças neurodegenerativa, anti Alzheimer e promove o envelhecimento saudável devido a presença dos fitoquimicos glutationa, vit. C e E, compostos fenólicos, flavonóides, aglicona, dentre outros. A ação antioxidante inibe a peroxidação lipídica e a oxidação do LDL, a ação antiinflamatória ocorre devido a ativação da NFKB. A quercetina e o kaemferol são antineoplásicos e inibem a bioativação enzimática. A quercetina ainda promove uma melhor absorção intestinal. Em relação ao sistema respiratório, a presença de determinados compostos, tais como cepaenes e tiosulfonatos inibem ciclooxidase e a lipooxidades, tendo atividade antiasmática e antiinflamatória e mantenedor da homeostase imune, estimulando a produção de anticorpos e a ação linfótica.

Os estudos apresentam resultados contraditórios devido as variedades e dosagens apresentadas. O estudo conclui que a cebola e o alho devem ser consumidos como parte da dieta, não somente pelas propriedades organolépticas, mas também pelas propriedades nutricionais destas, sendo que o alho envelhecido não libera odor desagradável.

A AÇÃO DOS ANTIOXIDANTES NA NUTRIÇÃO DE ATLETAS

Atletas de resistência apresentam elevado consumo de oxigênio com o aumento da produção de ROS, acarretando o stress oxidativo. O stress oxidativo está associado com doenças cardiovasculares, neurovegetativas e câncer. Há muitas evidencias que associam o exercício físico extenuante com a indução ao stress oxidativo e aparecimento de doenças. O consumo de antioxidantes diminuem o stress oxidativo. Durante os processo metabólicos normais, o O2 é utilizado dentro da mitocôndria para a produção de ATP e de substrato metabólico. A maioria do O2 é reduzido á forma água, sendo que uma pequena porcentagem não é reduzida, resultando na ROS, que por sua vez, formam os radicais livres. Existem 2 tipos de antioxidantes: o endógeno ( enzimas e tiolatos) e os exógenos ( vitaminas e minerais), no qual associam-se com a prevenção de câncer, Alzheimer, Parkinson, diabetes, aterosclerose, distrofia muscular.
É sabido que o elevado consumo de O2 na atividade física produz a ROS e conseqüente aumento de radicais livres. Os fatores que são considerados como agravante desta produção são: escapamento das mitocôndrias , ativação de fagócitos, metabolismo da hipoxantina, autoxidação das hidroquinonas, catecolaminas e tiolatos e mieloperoxidase. O excesso de ROS diminuem a eficácia dos antioxidantes e resultam em danos oxidativos no DNA, PTN, CHO e LIP com perda da função das organelas citoplasmáticas, sendo que o estresse oxidativo e as doenças são as causas da atrofia muscular e da fadiga.
O artigo questiona se o estresse oxidativo induzido pelo exercício associa-se com o maior risco de doenças. Um estudo descreveu a relação entre o gasto energético e mortalidade, 16936 individuos foram avaliados e divididos em 8 grupos classificados por nível de atividade física e concluiu-se que o nível da atividade física, quanto mais alto, maior é o estresse oxidativo.
Em relação á suplementação de antioxidantes contra o estresse oxidativo induzido pelo exercício físico, um estudo foi desenvolvido visando investigar a suplementação de antioxidantes, tais como vit E, C e  caroteno, além de se observar também a ação do selênio e da coenzima Q10. Diferenças nas dosagens, o potencial biológico dentre as diferentes formas e os produtos de fabricantes diferentes devem ser coniderados ao se interpretar os resultados. A maioria dos estudos usaram tocoferol. Os estudos mostram que o consumo dos antioxidantes diminuiu o estresse oxidativo induzido pelo exercício. A forma alfa-tocoferol natural e sintética tem sido estudada e influencia diretamente na eficiência da suplementação. Em um estudo, 9 individuos usaram suplementação sintética, sendo que destes, 4 tiveram diminuição do estresse oxidativo induzido pelo exercício e 5 não tiveram nenhum efeito; e 7 usaram a suplementação natural, sendo que destes, 4 tiveram diminuição do estresse oxidativo induzido pelo exercício. Além desta observação, considerou-se também que os antioxidantes diminuíram o estresse oxidativo durante 8 semanas, sendo que os que não fizeram uso, houve diminuição para 4 semanas, apenas. Também se estudou a vit.C e mostrou que a Vit. C sozinha não é eficaz na diminuição do estresse oxidativo. A N-acetil-cisteína, associada com a vit.E diminuiu a peroxidação lipídica.
Através deste estudo, conclui-se que a atividade física diminuía a ROS e eleva o estresse oxidativo, associando-se com a manifestação de doenças. Embora o consumo de antioxidantes diminua o estresse oxidativo, a minoria foi eficiente neste quesito de diminuição do estresse oxidativo, enquanto que o consumo de frutas e verduras é mais eficaz neste quesito.

ANTIOXIDANTES DIETÉTICOS

O oxigênio molecular (O2) obtido da atmosfera é vital para organismos aeróbios; contudo, espécies reativas
formadas intracelularmente a partir do oxigênio ameaçam a integridade celular por meio da oxidação de biomoléculas, e podem comprometer processos biológicos importantes. O dano oxidativo de biomoléculas pode levar à inativação enzimática, mutação, ruptura de membrana, ao aumento na aterogenicidade de lipoproteínas plasmáticas de baixa densidade e à morte celular. Estes efeitos tóxicos do oxigênio têm sido associados
ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças crônicas, inflamatórias e degenerativas. Embora as defesas antioxidantes endógenas sejam efetivas, não são infalíveis, e constantemente há formação de espécies reativas
de oxigênio e de nitrogênio (ROS/RNS) que interagem em diferentes níveis com o ambiente celular antes de serem eliminadas, o que, à primeira vista, pode parecer uma falha evolutiva. Os mecanismos de ação antioxidante de ácido ascórbico e tocoferol in vitro são conhecidos. Além destes, os carotenóides e polifenóis estão sendo estudados, procurando-se estabelecer suas eficiências de absorção no trato gastrointestinal, biodisponibilidades,
mecanismos de ação e recomendações para consumo humano. Há perspectivas de que antioxidantes dietéticos possam ser usados futuramente no tratamento de doenças cuja gênese envolva processos oxidativos.

Pró-oxidantes são substâncias endógenas ou exógenas que possuem a capacidade de oxidar moléculas-alvo. Radicais livres são espécies cuja reatividade resulta da presença de um ou mais elétrons desemparelhados na estrutura atômica.
Espécies reativas de oxigênio (ROS) e espécies reativas de nitrogênio (RNS) são todas as formas reativas do oxigênio e nitrogênio. O excesso de ROS e RNS propicia o aparecimento de doenças, com alteração no DNA, na ribose e na peroxidação de PUFAs.

Os antioxidantes (ANTIOX) endógenos incluem enzimas: superóxido dismutase(SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GSHPX), peroxirredoxinas (PRX) e tiorredoxinas (Trx); compostos de baixo peso molecular: ácido úrico (AU); ácido lipóico (AL); coenzima Q (CoQ) e glutationa (GSH); tiol proteínas, como albumina, peroxirredoxinas e tiorredoxinas, e proteínas armazenadoras/ transportadoras de íons de metais de transição. As defesas antioxidantes exógenas referem-se aos antioxidantes obtidos por meio da alimentação, sendo os mais estudados o ácido ascórbico (Asc), α-tocoferol (α-TH), carotenóides (CAR) e polifenóis.

Se as defesas antioxidantes tornam-se insuficientes frente à excessiva produção de ROS e RNS, ocorre o chamado estresse oxidativo, relacionados com um grande número de doenças degenerativas, como
aterosclerose, diabetes, injúria isquêmica, doenças inflamatórias (artrite reumatóide, colite ulcerativa e pancreatite), câncer, doenças neurológicas (doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, síndrome de Down, doença de Alzheimer), hipertensão, doenças oculares (degeneração macular relacionada ao envelhecimento e catarata), doenças pulmonares (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica). Os efeitos crônicos de ROS/RNS são considerados agentes importantes no processo de envelhecimento. Um autor definiu antioxidante como alguma substância presente em concentrações baixas e que previne significativamente ou atrasa a oxidação de substratos susceptíveis. Os principais mecanismos de ação de compostos antioxidantes incluem captadores de radicais e supressores de estados excitados; sistemas catalíticos que neutralizam ou eliminam ROS/RNS e a ligação de íons metálicos a proteínas, o que os torna indisponíveis para a produção de espécies oxidantes.

Dentre os antioxidantes, a vitamina E é um poderoso antioxidante que atua como preventivo contra doenças cardiovasculares, evita a peroxidação lipidica do LDL, responsável pelo transporte de ácidos graxos e colesterol do fígado para os tecidos periféricos. Em relação á peroxidação de PUFAs da membrana celular, esta pode afetar características importantes, como fluidez, permeabilidade, potencial elétrico e transporte controlado de metabólitos. A oxidação de lipídios por ROS/RNS pode ser dividida em três
etapas, iniciação, progressão e terminação. Na progressão da lipoperoxidação, podem ser formados hidrocarbonetos, álcoois, ésteres, peróxidos, epóxidos e aldeídos. Entre estes produtos, alguns exercem efeitos deletérios adicionais, como malondialdeído e 4-hidroxinonenal, que inativam fosfolipídios, proteínas e DNA, promovendo ligações cruzadas entre estas moléculas. O tocoferol é importante no retardo do desenvolvimento de aterosclerose e a deficiência desta vitamina, observada em pacientes com deficiência na absorção intestinal de gordura, está relacionada à neurodegeneração. Alguns estudos apresentaram resultados favoráveis no que diz
respeito à redução da susceptibilidade da LDL à oxidação, outros sugerem que a tocoferol pode apresentar atividade pró-oxidante em algumas situações, por ex. em pessoas fumantes ou que consumam
quantidade elevada de PUFAs. A partir destes resultados contraditórios, estudos in vitro têm demonstrado que em doses elevadas o tocoferol pode agir como pró-oxidante, caso não haja concentrações equivalentes de outros antioxidantes para regeneraro radical -tocoferila a -tocoferol. Há evidências crescentes de que os mecanismos protetores do tocoferol não são apenas correlacionados com a prevenção da oxidação da LDL, mas também com funções não-antioxidantes. A vitamina E atuaem nível celular, inibindo a proliferação de células musculares lisas das
artérias, a agregação plaquetária, a adesão de monócitos à parede do endotélio, a captação de LDL oxidada e a produção de citocinas. Estes mecanismos parecem estar relacionados com efeitos específicos do 
tocoferol na transdução de sinais e expressão gênica.

A vitamina C é um nutriente hidrossolúvel envolvido em múltiplas funções biológicas. É cofator de várias enzimas envolvidas na hidroxilação pós-tradução do colágeno, na biossíntese de carnitina, na conversão do neurotransmissor dopamina a norepinefrina, na amidação peptídica e no metabolismo da tirosina. Adicionalmente,
é importante na absorção do ferro dietético, devido a sua capacidade de reduzir a forma férrica (Fe3+) a ferrosa (Fe2+), propiciando absorção do ferro não-heme no trato gastrointestinal. A privação prolongada de vitamina C dietética acarreta defeito na modificação pós-tradução do colágeno, levando ao escorbuto e, ocasionalmente, à morte. O escorbuto pode ser prevenido pelo consumo diário de 10 mg de vitamina C. Acredita-se, todavia, que doses mais
elevadas são necessárias para manutenção de uma saúde desejável. Além da importante função anti-escorbútica, a vitamina C é um potente agente redutor, capaz de reduzir a maioria das ROS/RNS fisiologicamente relevantes. Em meio fisiológico. Apesar da grande eficiência antioxidante, a vitamina C também age paradoxalmente como pró-oxidante. Soluções de vitamina C e ferro são usadas há décadas para induzir modificações oxidativas em lipídios, proteínas e DNA. Muitos estudos de intervenção em humanos relacionam suplementação com vitamina C e lesões oxidativas em DNA, incluindo lesão nas bases nitrogenadas e quebra de fita do DNA. Os resultados apresentados são contraditórios. A vitamina C também é muito estudada no tratamento do câncer. Acredita-se que estimule o sistema imune, iniba a formação de nitrosaminas e bloqueie a ativação metabólica de carcinógenos. Contudo, células tumorais parecem necessitar de ácido ascórbico e competem com células saudáveis por este nutriente, presumivelmente para se defenderem da ameaça oxidativa, uma vez que tumores tratados com vitamina C se tornam mais resistentes à injúria oxidativa. Apesar dos dados contraditórios, a importância da vitamina C
como antioxidante é bem estabelecida, considerando-se as doses recomendadas, geralmente alcançadas por meio da alimentação.
Em relação aos carotenóides, evidências epidemiológicas associam altos níveis plasmáticos de -caroteno e outros carotenóides com risco diminuído de câncer e doenças cardiovasculares. As propriedades antioxidantes dos carotenóides fundamentam-se na estrutura destes compostos, principalmente no sistema de duplas ligações conjugadas, tornando possível a captação de radicais livres. Além da captação de radicais livres, os carotenóides captam energia do oxigênio singlete. Experimentos recentes mostraram que em concentrações elevadas, a capacidade antioxidante de carotenóides foi diminuída e licopeno, luteína e  caroteno apresentaram efeitos pró-oxidantes, sendo que, em altas quantidades, podem alterar as propriedades das membranas biológicas,influenciando a permeabilidade à toxinas, ao oxigênio e á metabólitos. Embora estudos com animais mostrem que  carotenos suplementados apresentem protegem contra o câncer em algumas situações, estudos populacionais mostraram efeitos nulos ou negativos. Não há consenso entre os pesquisadores sobre o efeito pró oxidante dos carotenóides, mas os estudos permitem concluir que em sistemas biológicos existem muitos fatores que podem reduzir o fator antioxidante.
Os polifenóis são os antioxidantes mais abundantes na dieta e o consumo diário pode atingir 1g. Dentre os polifenóis, os mais estudados são os flavonóides cujas as propriedades atribuídas são anticarcinogenicas e antiaterogenicas. Pouco se conhece ainda em relação á biodisponibilidade dos polifenóis. Alguns efeitos tóxicos do alcoolismo cronico tem sido associados á produção de ROS-RNS, todavia, foi demonstrado que indivíduos que apresentavam riscos elevados de HDL implicava em menor risco de DCV, além disso, o consumo de vinhos tintos tem sido associado à proteção contra doenças de idade avançada ( paradoxo Frances), devido a alta concentração de fitosteróis ( resveratrol e quercetina). As catequinas presente no chá verde e cacau são potentes antioxidantes, assim como o azeite que é cardioprotetor e protege contra o cancer. O consumo de polifenóis protege a saúde reduzindo os indicadores de danos oxidativos, além de efeitos diretos no TGI através da ligação de inibidores de telomerase, regulação de transdução de sinal, inibição de ciclooxidase e lipooxigenase, redução da xantina oxidase, metaloproteinase da matriz, enzima conversora de angiotensina, alteração de plaquetas e da glicose para transporte transmembrana.
A biodisponibilidade de vit.C ingerido através das frutas e verduras é de 100%., mas se observa saturação dos tecidos humanos com consumo acima de 200mg ao dia e relativamente, menos ácido ascórbico é absorvido aumentando o seu consumo. A vit.C é bem absorvida no TGI. A vit.E é absorvida nos enterócitos e liberadas dentro dos quilomicrons. Em relação aos carotenóides, os de corantes são melhor absorvidos. A absorção de frutas e verduras só é possível se o carotenóide for liberado das fibras alimentares e são absorvidos junto com as micelas. Já os polifenóis apresentam até 50% da sua absorção e os efeitos dos polifenóis são antioxidantes, quelantes de Fe, Ca, aa e ptns no TGI. A biodisponibilidade dos polifenóis e carotenóides variam conforme transporte, biotransformação e excreção.
A ação preventiva dos antioxidantes pode ser eficaz precocemente, mas não tem esta resposta a partir do momento que a doença se manifestou, ou seja, é preventiva, mas não é curativa.Excesso de antioxidantes redutores,pode acarretar proliferação celular por prevenir estado transitório de oxidação e diminuir a adaptação ao estresse oxidativo. Suplementos vitamínicos em pacientes com câncer podem acarretar efeitos adversos, devido a competição entre eles. Suplementos com Fe e vit.C podem representar perigo para o balanço redox em quantidades elevadas.
Estudos recentes sugerem que os antioxidantes são eficazes na prevenção de doenças crônicas associadas ao estresse oxidativo. Não existem evidencias de que o consumo de alimentos ricos em antioxidantes ao longo da vida acarrete efeitos prejudiciais, pelo contrário, há indícios epidemiológicos que associam á um envelhecimento saudável e longevidade funcional. A dieta mediterrânea está associada com menor mortalidade por doenças crônico degenerativas não transmissíveis. O consumo diário de 5 a 9 porçoes de frutas e hortaliças oferecem benefícios á saúde, pois os nutrientes são coenzimas de enzimas envolvidas em reparo e síntese de DNA e apoptose. Em síntese, o conjunto de nutrientes presentes nos alimentos parecem propiciar a saúde e não um nutriente isolado.
Os idosos constituem um grupo vulnerável á desnutrição devido á perda funcional do pâncreas e intestino delgado, comprometendo a digestão e absorção dos nutrientes, o que os torna biodisponiveis. Em indivíduos que fazem uso de medicamentos inibidores de lípase e co lípases no TGI leva a redução da absorção de gorduras, contribuindo para a menor concentração de vit.E e carotenóides que são compostos lipossolúveis. Os atletas compõem uma classe em que o estresse oxidativo podem aumentar em conseqüência da aceleração da atividade física, rompendo o balanço redox, pois exercícios prolongados e intensos depletam antioxidantes, sendo recomendável a suplementação.
Mais estudos devem ser realizados para se estabelecer o papel e a ação de nutrientes específicos na prevenção de doenças.

O CAFÉ É ALIMENTO FUNCIONAL?

Diversos componentes encontrados no chá, considerados como componentes funcionais, são encontrados no café, tais como catequinas, antocianinas que são flavonóides, e os caffeic acid e ferrulic acid, tanino, acido nicotínico, trigonelina, acido quinolinico e acido pirogalico. A quantidade de niacina pode variar de 2 a 80mg por 100g de café de acordo com a origem, o processamento e a preparação. O café é uma bebida prazerosa e psicoestimulante e dependendo da quantidade consumida, pode comprometer a absorção de magnésio, manganês, potássio, mas por outro lado, pode ser também uma boa fonte de magnésio em doses adequadas, sendo que a dose excretada de magnésio foi correlacionada com a entrada de magnésio decorrente do consumo do café. Em algumas circunstancias, o café pode auxiliar na remoção de metais tóxicos, tal como o chumbo. O café é rico em antioxidante e fibra dietética solúvel. A cafeína possui propriedades farmacológicas que aumento a atenção mental, atenção rápida, redução da fadiga, memória e atenção cardiovascular e redução da sonolência, sendo de importante ação na prevenção de doenças e promoção da saúde.
Em relação á cafeína, o índice varia de 58 a 259 mg por dose, e a média por um copo ingerido ( copo de 16oz) é de 188 mg. Os fortes efeitos da cafeína em alguns indivíduos estimulou o desenvolvimento do café descafeinado que possui menos teor de magnésio. Em um estudo desenvolvido, observou-se que o café descafeinado apresentou efeitos desejáveis em alguns indivíduos e efeitos colaterais em outros. O café não é uma bebida a se oferecer á crianças, mas não há contraindicações ao seu uso. Um outro estudo foi desenvolvido através da ingestão de café no período de amamentação e observou-se que a cafeína transferida do leite materno para a criança amamentada na interferiu negativamente no batimento cardíaco e no sono. Este estudo concluiu que o consumo de café não muda a composição do leite materno e estimula a produção do leite.
As catequinas, flavonoides presentes no café, no chá e no chocolate previnem o desenvolvimento de cânceres gástricos, além de possuirem propriedades antibacterianas. O consumo regular de café diminui o LDL colesterol. O café apresenta efeitos quimiopreventivos na atividade da S-transferase da glutationa. A cafeína, por meio da xantina e theobromina, catabólitos da cafeína possuem propriedades antioxidantes. O consumo de café estimula a liberação de gastrina e outros hormônios gastrintestinais. Há uma associação inversa entre o consumo de café e o desenvolvimento de cirrose, assim como também o consumo de café e o desenvolvimento de câncer pulmonar em fumantes e também diminui a manifestação da pancreatite alcoólica. Uma alteração na função microssomal hepática na infecção hepática altera o metabolismo da cafeína. Um outro estudo mostrou que o consumo de café modificou a secreção gastrintestinal dos hormônios gastrintestinais, além de diminuir a relação glicose pós prandial e insulina. Em outro estudo, foi mostrado que o consumo de 2 a 3 copos de café diminui o risco de calculo biliar. Também existem estudos que mostram que o consumo de café diminui a asma, impede manifestações clinicas de asma crônica e auxilia no tratamento de obstrução crônica e aguda do fluxo de ar em fumantes. Existem estudos que mostram que o consumo de café auxiliar na manutenção da glicemia em níveis normais. Um estudo na Suécia mostrou que o consumo de 2 copos diários melhorou a sensibilidade insulínica em idosos, além do risco reduzido de DMII. Outro estudo desenvolvido mostrou que o café induz a oxidação da termogenese e de lipídeos.
Em nível psicoativo e neurológico, observou-se que o consumo do café apresenta uma associação inversa com o risco de suicídio. Também observou-se que o consumo do café melhora a função cognitiva mas, não neutralizou o efeito cognitivo relacionado a idade. A ingestão de café na terapia anticonvulsiva auxiliou no sono. O consumo de café também relaciona-se com a menor incidência de Mal de Parkinson em americanos, asiáticos e na população da China. Esta incidência também relaciona inversamente o consumo do café com a manifestação do Alzheimer. O café Cappuccino foi usado no o tratamento da xerostomia nos pacientes que tomam antidepressivos tricyclic.
Individuos que consomem café e fazem abstinência ou consomem o café descafeinado podem apresentar dores de cabeça. Em relação a HAS, não houve associação entre a administração da cafeína e a eleveção da pressao arterial. Por outro lado, o consumo elevado do café aumenta o risco de infarto do miocárdio em homens finlandeses.
Através deste artigo estudado, conclui-se que o consumo regular de café proporciona respostas positivas nas desordens neurológicas, metabólicas e psicoativas.

ESTRATÉGIAS PARA ANALISES DA INTERAÇÃO GENE NUTRIENTES NO DMII

A DMII ( Diabetes mellitus tipo 2) é uma doença que se manifesta comumente em adultos com a média de idade de 52 anos nos anos 1976-1980, para 46 anos em 1999-2000, ou seja, a DMII está se manifestando precocemente, em relação ao período anterior. A obesidade está crescendo em todos os grupos, sendo que a DMII acomete menos de 1% das crianças. A população estudada incluía jovens e crianças de todos os 6 continentes abaixo de 18 anos de idade. A pesquisa registrou que 12,4% das crianças entre 2 e 5 anos de idade e 17% das crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos estavam no percentil acima de 95.
A obesidade aumenta a chance do DMII, além da resistência insulínica, sendo um fator de risco e de prognóstico em um futuro próximo. Foram analisados estudos em que os níveis de lipídeos séricos mudam em resposta a uma elevação de gordura ingerida pela dieta e uma dieta controle, no qual foram determinados diferenças na ingesta de nutrientes dentre os dois grupos.
A genética ou genótipo fornece a probabilidade de se desenvolver ou não as doenças crônicas. O estado de saúde é determinado pela resposta individual aos nutrientes e ao ambiente. A obesidade está relacionada com o consumo calórico, além de outros nutrientes. As pesquisas estão observando se a deficiência vitamínica contribui com o agravamento ou a manifestação da obesidade.
As pesquisas mostram que uma boa nutrição durante a gravidez e a infância interfere na suscetibilidade á doenças crônicas. O foco dos estudos são o folato e as vitaminas do complexo B através da interferência no metabolismo e na metilação do DNA. Além destes micronutrientes, existem outras que relacionam-se com a manifestação, alem dos macronutrientes. A deficiência de vitamina D, POR EXEMPLO, É RELACIONADA COM O AUMENTO DO CANCER, DOENÇAS AUTO IMUNES, HIPERTENSÃO E DOENÇAS INFECCIOSAS. A deficiência de vitamina D danifica a função cognitiva, DCV, Alzheimer e alguns tipos de câncer, além de diminuir a insulina. A desnutrição é mais comum em países em desenvolvimento, mas as dietas desequilibradas ( calorias vazias) também elevam á desnutrição.
A suscetibilidade do individuo ás doenças são influenciadas também pela genética, pois alguns indivíduos apresentam menos efeitos deletérios de uma deficiência nutricional, comparado ao outro. Para testar esstas hipóteses, propõe-se o aumento da vitamina em um individuo e correlaciona-lo com a resposta gênica, envolvendo o metabolismo desta vitamina através da analise da sequencia dos genes e os micronutrientes envolvidos com a obesidade e o DM.
As crianças que participaram deste trabalho eram da zona rural e estavam com deficiência de vit. E, A,C e B6, além de cálcio, acido linoléico, folato e calorias e baixo peso. Foram analisadas o estilo de vida, as concentrações metabólitas antes, durante e depois da intervenção, a atividade física e o estudo tinha como objetivo, fazer uma interface gene-nutrientes.

SELENIO E ( NAC) N-ACETIL CISTEÍNA E INFERTILIDADE NOS HOMENS

Geralmente, 10 a 15% dos casais tem dificuldade com a concepção, sendo relacionado este fato á vários fatores, tais como, oligospermia ou astenospermia, causa de mais da metade dos caso de infertilidade. A infertilidade é um importante problema social, sendo atualmente desenvolvido vários avanços tecnológicos e técnicas na área reprodutiva no tratamento da infertilidade masculina nas mais diversas causas. Estudos em humanos inférteis desenvolvidos nos últimos 10 anos descobriram que a oxidação do DNA do esperma leva à pouca produção de sêmen.
O selênio é um elemento essencial no desenvolvimento testicular, na espermatogênese, na mobilidade e função do espermatozóide. Existem aproximadamente, 25 selenioproteínas em humanos e em animais. As selenioproteínas participam da estrutura do espermatozóide através da GSH-peroxidade. O aumento do oxigênio reativo ( ROS) diminui a fertilidade porque a ROS ataca a membrana do espermatozóide diminuindo a velocidade. O aumento de selênio aumenta a atividade da GSH peroxidase, diminuindo a ROS e aumentando a fertilidade masculina. Entretanto, os efeitos do selênio na fertilidade masculina e na melhora da qualidade do esperma ainda são controversos. Os estudos mostram resultados benéficos através da combinação selênio e vitamina E.
Em estudo desenvolvido, observou-se que 297 microgramas de selênio ao dia durante 3 meses. . A diferença nos resultados se deram por: 1) estudo da fertilidade nos homens nos grupos controle e placebo; 2) análises de sêmen; 3) história andrológica, genital, infecturinária ou varicocele; 4) tabagismo, uso de medicamentos ou exposição ambiental. O estudo foi duplo cego, controle placebo e randomizado, sendo realizado entre fevereiro de 2004 e dezembro de 2006 em homens com´media de idade de 31 anos ( entre 25 e 48 anos) apresentando algum sintoma de infertilidade masculina nos últimos 2 anos. Os pacientes com histórico de câncer foram excluídos. A avaliação incluía exames físicos e avaliação sérica dos hormônios E2, FSH, LH, inhibin B e PRL. Cada fase do estudo durou 4 semanas.
Os resultados apresentados mostraram que a suplementação de 200 microgramas de selênio por 26 semanas melhorou os paramentros do sêmen. A suplementação NAC e Selenio não apresentou efeitos adversos, sugerindo que o selênio e a NAC atendem as necessidades quando ingeridas. A suplementação de doses com selênio, NAC e selênio plus foram modestas. O aumento na produção de espermatozóide, a motilidade e a morfologia foram em 30%, 19% e 26%, respectivamente.
A concentração e atividade da glutationa peroxidase aumenta com o aumento do selênio ingerido. O mecanismo exato no qual o selênio exerce o seu efeito ainda não é esclarecido, mas há várias hipóteses. O selênio forma a glutationa peroxidase e hidroxiperóxido orgânico, diminuindo a formação de radicais livres e de agentes cititóxicos. O aumento sérico de androgenes e a diminuição de LH indicam que os efeitos dietéticos do se ou NAC na qualidade do sêmen dependem dos testes hormonais. Outra hipótese seria a ausência de sódio selenito que quando presente é maléfico. Outro estudo observou uma relação inversa entre a concentração de cádmio e o volume do sêmen que é associado ao estilo de vida.
A NAC é um poderoso varredor e reabastecedor do estoque de glutationa que quando depleltado, atua como antioxidante. O uso convencional do farmacoterápico melhora e mantém o sêmen em níveis normais.
O Se e o NAC é um eficaz, seguro e barato método de combate á infertilidade masculina.

NUTRIGENÔMICA: NUTRIÇÃO MOLECULAR NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS

Até o presente momento, as pesquisas em nutrição concentram-se em deficiências e prejuízos á saúde. A nutrigenômica aumenta a nossa compreensão de como os nutrientes modulam a expressão gênica, influenciando no metabolismo celular e o equilíbrio orgânico. As expectativas em torno da nutrigenômica são imensos, mas o progresso é lento. Uma única experiencia com a nutrigenômica pode nos fornecer uma enorme quantidade de dados, e deve-se aperfeiçoar o conhecimento para extrair ao máximo a informação biológica dos dados.
Para otimizar os resultados da nutrigenômica, recomenda-se interagir as diversas áreas biomédicas para melhorias das pesquisas e a personalização das dietas, ou seja, dieta individualizada conforme a necessidade de cada indivíduo, identificando o principio ativo do alimento, garantindo eficácia do resultado.
Um alvo importante da nutrigenômica é estudar as influências do genoma na nutrição focando o tratamento contra o stress metabólico, a sindrome metabólica, a inflamação, a resistência insulínica e o stress visando prevenir a manifestação da doença e promover saúde, além de poder complementar a terapia farmacológica. As diversas tecnologias são complementares no tipo de informação que geram, dentre estes, a metaboloma, a proteoma, a transcriptomica e o sistema biológico.
A proteômica estuda a estrutura, o nível de expressão, a localização celular e a bioquímica protéica. A metabolômica estuda os processos metabólicos em nível endógeno e exógeno, bem como auxiliar a reduzir e\ou impedir o início e o impacto do DMII, DCV e alguns tipos de CA, além de promover a saúde e o bem estar através dos alimentos em um futuro próximo.
Deve-se , portanto, evoluir o conhecimento e as pesquisas para compreender a interação do nutriente com o genoma humano em nível molecular e a conexão entre a dieta e a manifestação externa dos genes, ou seja, o fenótipo.

CALCIO DIETÉTICO E SUPLEMENTAÇÃO

A prevenção da osteoporose deve se iniciar na infância, ou seja, a primeira fase da vida, pois a perda de massa óssea é o maior determinante de uma complicação na vida adulta. A influência genética interfere em 70 a 80% dos casos, sendo que os fatores ambientais representam 20%, tais como a nutrição e a atividade física. O estilo de vida do indivíduo durante o período de crescimento é extremamente importante no que diz respeito ao risco de fraturas na fase adulta porque a redução de 10% de massa óssea em adultos está associada com, no mínimo o dobro do risco de fraturas.
Os resultados dos exames observacionais envolvendo a associação entre cálcio ingerido e a massa óssea durante o crescimento são contraditórios. Estudos tem mostrado aumento da massa óssea durante a infância e adolescência. O efeito da suplementação de cálcio aumenta a massa óssea, mas depende do consumo habitual de cálcio ingerido na dieta, então, a suplementação afeta principalmente os indivíduos com baixas concentrações de cálcio. Nenhum estudo avaliou a relação entre entrada de cálcio dietético e suplementação no aumento do osso.
O estudo foi feito com 1231 garotas com 12 anos com desvio padrão de 6 meses para cima e para baixo na Dinamarca através do QFCA ( questionário de freqüência de consumo alimentar) e um recordatório alimentar de ingesta de cálcio e foi medido o peso, altura e a idade. Houve desistência de 608 garotas. Dois grupos foram divididos: o grupo A estava entre os percentil 40 e 60 e o grupo B estava no percentil 20. O peso estava entre 36 e 56kg, com média de 45kg e a altura estava entre 146 e 165cm, com média de 158cm.
As garotas foram suplementadas com 500mg de cálcio nos grupos A e B, o grupo C recebeu carbonato de cálcio e o grupo P recebeu placebo contendo celulose durante 1 ano. No segundo ano, os participantes receberam 500mg de cálcio ao dia, assim como receberam placebo com 250 mg de cálcio, consumida junto com as refeições á noite a partir do terceiro mês. Após 1 ano, as meninas foram avaliadas no peso, altura e desenvolvimento puberal. Os registros ocorreram entre novembro e junho.
Os resultados foram inconsistentes. Muitos estudos tem demonstrado uma associação positiva entre o cálcio ingerido e a densidade mineral óssea e densidade mineral corpórea. Os estudos mostraram efeito na massa óssea durante a intervenção, no qual foram usados diferentes sais de cálcio á base de carbonato, citrato e outras combinações. Os estudos no qual foram usados o cálcio fosfato extraído do leite mostrou efeito na massa óssea referente á densidade óssea.
A resposta limitada ao cálcio suplementado indica que o nível de entrada de cálcio não é uma causa determinante para o osso ser saudável e não indica uma necessidade para a mudança de recomendação de cálcio para 900 mg durante a puberdade. Entretanto, o cálcio suplementado na infância resulta em massa óssea mais consistente que somente pode ser mostrado em estudos longitudinais durante muitos anos.