SUCOS PREMIUM MONA VIE

Armazem Gaia

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pão de coco sem gluten

Ingredientes: - 1 xícara de Polvilho Azedo; - 1 xícara de Farinha de Arroz; - 2 colheres de sopa bem cheias de Farelo de Arroz; - 2 colheres de sopa bem cheias de Farelo de Soja; - 2 colheres de sopa de Semente de Linhaça; - 1 colher de sopa de Gergelim; - 3 colheres de sopa de Açúcar Mascavo; - 1 colher de sobremesa de Sal; - 3 colheres de sopa de Óleo de coco extra virgem; - 3 Ovos inteiros; - 1 envelope de Fermento Rápido para pão. Modo de Preparo: - Coloque tudo em uma vasilha, acrescente água morna aos poucos, até dar o ponto; - A massa pode ser batida, mas não deve ser mole demais; - Coloque a massa na forma e deixa a crescer por 15 a 20 minutos; - Ligue o forno e deixe-o ficar bem quente; - Coloque o pão no forno e deixe o durante uns 30 a 40 minutos até ficar assado.

suco verde com banana verde



Ingredientes:



- 1/2 maçã verde

- 1 xícara de Farinha de Arroz;

- 2 folhas de couve manteiga

- 240 ml de água de coco ou chá branco

- Suco de 1/2 banda de limão

- 1 colher de biomassa de banana verde ou 1/3 de uma banana verde congelada





Modo de Preparo:



- Bata tudo no liquidificador e coe. Sirva com gelo, se preferir.





pate de misso com castanha de caju



Ingredientes:



- Castanhas de caju moída

- Missô

- Um pouco de sakê (licoroso ou vinho branco doce).





Modo de Preparo:



- Misturar formando uma pasta.

- Consumir com palitos de cenoura, nabo, pepino, salsão, etc.





Atum ao Molho de Ervas Finas e Pimenta



Ingredientes:



- 4 postas de atum

- 3 dentes de alho amassados

- 4 colheres de sopa de azeite

- 2 colheres de sopa de suco de limão

- 1 colher de chá de coentro

- 1 colher de chá de endro

- 2 tomates picados

- Pimenta cayenna a gosto

- Sal a gosto .





Modo de Preparo:



Lave as postas de atum em água corrente e seque com uma toalha de papel. Tempere com o sal e os dentes de alho. Misture os demais ingredientes para o molho. Coloque o atum no forno pré-aquecido regado com o molho, os tomates picados e a pimenta durante 20 minutos em temperatura média ou até o peixe cozinhar.





Sorvete de Banana e Cacau (sem adição de açúcar e de gordura)



Ingredientes:



- 2 bananas

- 1 colher de cacau em pó sem açúcar







Modo de Preparo:



Congelar as bananas maduras, com a casca lavada e embrulhadas em papel manteiga, deixando 1 noite ou 4 horas; Retirar a casca e picar a banana congelada; Bater no liquidificador (no pulsar) com o cacau. Consumir imediatamente.







Nota:



Não coloque mais que 4 bananas por vez, pois, caso sobre, o mesmo ter á que ser descartado devido a oxidação.

Tigela de mirtilo



Ingredientes:



- 100g de mirtilo congelado;

- 1 banana;

- 1 colher de chá de mel;

- Granola sem glúten.







Modo de Preparo:



Bata no liquidificador o mirtilo, a banana e o mel, até formar um creme homogêneo.

Sirva em uma tigela e polvilhe com granola.

Dica: O mel pode ser substituído por xarope de agave.









Suco de laranja, maça e farinha de maracujá



Ingredientes:



- 300ml de suco de laranja natural;

- 1 maçã sem semente, com casca;

- 1 colher de sopa de farinha de maracujá;

- 1 colher de sopa de mel;

- Folhas de hortelã.







Modo de Preparo:



Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva em seguida.









sábado, 17 de setembro de 2011

MSG e cefaléia.

Foi publicado um artigo na revista "Cephalalgia" onde foi administrada dose de 75mg a 150mg/kg de glutamato monossódico e foram avaliados vários parametros clínicos e laboratoriais e os pesquisadores concluiram que o suplemento aumentava cefaléia e sensibilidade muscular na região do crâniofacial. Bem, imaginam os pesquisadores que este efeito é causado pela transmissão glutamatérgica, receptores NMDA que em animais tem demonstrado induzir este efeito. Segundo pesquisa, o glutamato ativa o receptor de gustação do sabor umami, um quinto sabor que o ser humano sente e descoberto por pesquisador japonês. O nível aumentado de glutamato no SNC pode levar a neurotransmissão excitatória e em algumas doenças degenerativas cronicas, induzir a apoptose de células via caspase nove. Fala-se muito sobre a toxicidade do glutamato e do NMDA, porém fala-se pouco na bioquimica do mesmo. 70% do glutamato no nosso corpo é produzido pela transaminação do alfa-cetoglutarato, ou seja, produção endógena. Produção intermediária que levará a produção de glutamina, prolina, citrulina e arginina, aminoácidos importantes para o metabolismo e anabolismo celular. Então do ponto de vista fisiológico nós somos talhados para ingerir glutamato, porém devemos controlar a quantidade. Difícil não? A fisiologia é sábia, a bioquímica também. Imaginem vocês que o sistema endógeno é perfeito e nós alteramos o seu caminho. A partir do alfa-cetoglutarato eu faço o glutamato utilizando os BCAAs. Daí a partir do glutamato eu faço GABA, glutamina ou eu uso como glutamato como neurotransmissor ou na síntese proteica. Dados indicam que a grande fonte de arginina pro nosso corpo é o glutamato, glutamato que também é usado diretamente como fonte de energia em alguns processos, além disso estes produtos fazem a prolina e poliaminas, mecanismos intrincados e todos muito importantes no nosso dia a dia. Mas quando vocês optaram pelo estudo ligado a ciencias biológicas, ninguém avisou que seria fácil né? By prof. Henry Okigami

Mercúrio é tóxico. Livre-se dele!!

O mercúrio é o 3º metal mais tóxico para o organismo, perdendo apenas para o arsênico e o chumbo. É encontrado no ambiente por ter uma liberação constante pela crosta terrestre; fungicidas (metilmercúrio) e inseticidas apresentam também alta concentração, peixes contaminados (maior fonte de mercúrio da dieta - metil-mercúrio – 85% de absorção); lâmpadas fluorescentes, interruptores, termômetros, tatuagens (vermelho), garimpos (para separar o ouro), vacinas – Timerosal; e nos amálgamas dentários (50% mercúrio elementar - há trabalhos impressionantes mostrando a relação das obturações com contaminação por mercúrio). Seu acúmulo tráz consequências: neurotoxicidade (irritabilidade, hiperatividade, depressão, memória recente curta, dificuldade em se concentrar, insônia, vertigens, fadiga e tremor espontâneo).Nefrotoxicidade (lesão renal), toxicidade gastrointestinal (gosto metálico na boca, gengivite, salivação, estomatite e ulcerações), aumento da susceptibilidade a infecções, dores articulares e danos para algumas gândulas e tecidos, especialmente tireóide, próstata, pele e glândulas sudoríparas. Como evitar: reduzir a exposição ao mercúiro (vc agora conhece as principais formas de ficar exposto) e fazer uma dieta sempre de destoxificação, priorizando na dieta fontes de enxofre que transformam o metilmercúrio em mercúrio inorgânico (coma brócolis, couve-flor, repolho, alcachofa, aipo, rabanete, lentilha, gema de ovo e as leguminosas). Obs: a eliminação do mercúrio do corpo não leva dias ou semanas mas anos By prof. Henrique F.Soares

Alho e câncer!

O alho é um tempero muito difundido em nossa culinária brasileira por sua alta capacidade de aromatização. Além de excelente para este aspecto, o alho é um dos, senão o maior preventivo de câncer de mama, a forma neoplásica mais prevalente em mulheres no Brasil, segundo o INCA. E faço a postagem para ajudar a esclarecer que os componentes lipossolúveis do alho são tão ou mais efetivos que os componentes hidrossolúveis, ou seja, cápsula de óleo de alho cru também pode funcionar para quem tiver restrição em comer alho. Redução do estresse oxidativo, estímulo das enzimas detoxificantes de compostos carcinogênicos, indução da apoptose, sinergia no efeito anticancer do ácido graxos omega-3 EPA e redução do efeito pró-câncer do ácido linoleico (omega-6), são os principais mecanismos de ação do alho. Sem contar que o alho reduz os efeitos colaterais dos tratamentos quimioterápicos. Obs: homens, o alho também protege do câncer de próstata. Obs2: vários componentes do alho também estão na cebola, cebolinha, alho-poró, um pouco no azeite e no chá verde. Anticancer Agents Med Chem. 2011 Mar;11(3):249-53. Anticancer effects of garlic and garlic-derived compounds for breast cancer control. Curr Urol Rep. 2009 May;10(3):165-71. Chemoprevention of prostate cancer: what can be recommended to patients? By prof. Henrique F. Soares

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ÓXIDO NÍTRICO. REVISÃO

RESUMO  O óxido nítrico é um mediador gasoso responsável por uma variedade de fenômenos


fisiológicos. A l-arginina é a precursora da síntese do óxido nítrico, na presença de óxido nítricosintase.

Este artigo revê as funções das óxido nítrico-sintases e como o óxido nítrico atua na

permeabilidade vascular e na síndrome de isquemia e reperfusão, assim como possíveis métodos

para sua mensuração.
 
INTRODUÇÃO


Em 1980, FURCHOGOTT E ZAWADZKI

demonstraram que o relaxamento vascular induzido por

acetilcolina foi dependente da presença do endotélio e

evidenciaram que este efeito foi mediado por um fator

humoral lábil, mais tarde conhecido como fator de

relaxamento dependente do endotélio (EDRF).

Em 1987 foi demonstrado que esse fator de

relaxamento derivado do endotélio era um radical livre,

o óxido nítrico (NO). PALMER e col. (1987) sugeriram

que EDRF e óxido nítrico eram indistinguíveis na

atividade biológica, estabilidade química e

susceptibilidade à inibidores ou potencialização e que

ambos tinham sua ação inibida pela hemoglobina e

potencializada por superóxido dismutase. Porém, alguns

autores alegaram que a forma ativa do EDRF não era o

NO, mas um precursor do NO ou um tiol derivado do

NO3. O óxido nítrico foi escolhido como a molécula

do ano de 1992.

O óxido nítrico pode ser um oxidante ou um

redutor dependendo do meio em que ele está e é

rapidamente destruído pelo oxigênio, sendo que sua

oxidação produz nitrito e nitrato. O NO tem o menor

peso molecular de qualquer produto de secreção celular
de mamíferos; sua meia-vida é curta e a especificidade


de suas reações é mínima. O NO é citotóxico e

vasodilatador e modula reações inflamatórias ou

antiinflamatórias, dependendo do tipo celular e do

estímulo.

A molécula do NO tem um elétron não pareado e

reage facilmente com oxigênio, radical superóxido, ou

metais de transição, como ferro, cobalto, manganês

ou cobre. O NO tem alta afinidade com o heme,

encontrado em proteínas intracelulares (óxido nítricosintase,

cicloxigenase e guanilato ciclase) e também

liga-se a grupos -SH, formando tiol; é um gás incolor

e estável, moderadamente solúvel em água e sua meiavida

varia de 3 a 60 segundos, mas pode ser maior

devido ao ambiente do NO, concentração de O2 e O.

Parece que o NO exerce maior efeito na imunidade

inespecífica do que na específica, exibindo atividade

citostática ou citocida contra uma notável amplitude

de microorganismos patogênicos.

PRODUÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO

Várias células utilizam a arginina para sintetizar o

óxido nítrico. Nas células do endotélio vascular, na
presença de oxigênio molecular, o terminal guanidino


nitrogenado da L-arginina produz o radical livre gasoso,

NO, e L-citrulina em um processo catalisado pela enzima

óxido nítrico-sintase.

O NO atravessa o espaço do endotélio para o

músculo liso vascular e estimula diretamente a enzima

guanilato ciclase solúvel e a conseqüente formação de

cGMP (monofosfato cíclico de guanosina) intracelular,

resultando no relaxamento das células da musculatura

lisa vascular.
Quando o cGMP está alto, o cálcio intracelular


aumenta, relaxando a células e a vasodilatação se desenvolve.

A vasodilatação se mantém enquanto a difusão

do NO para a musculatura lisa vascular estiver ocorrendo.

Um aumento no fluxo de NO para a musculatura

lisa vascular provoca maior relaxamento celular e maior

vasodilatação. Se a formação de NO diminui, ocorre

uma vasoconstrição moderada. O efeito vasodilatador

do NO parece ser mantido por estímulos físicos do

fluxo pulsátil e força de cisalhamento nas células

endoteliais vasculares.

O NO também pode ser produzido pelas células

musculares lisas, podendo regular a atividade dessas

células por um mecanismo dependente da GMPc.
A interação do NO com a guanilil ciclase solúvel


provoca muitos efeitos fisiológicos e patofisiológicos.

Entretanto, o NO ou os produtos de sua reação com

oxigênio molecular e radicais superóxido podem modificar

diferentes macromoléculas como proteínas, lipí-

dios e ácidos nucléicos para produzir tanto efeitos

fisiológicos como patofisiológicos . O NO também pode

reagir diretamente com metais de transição.

FUNÇÕES DO ÓXIDO NÍTRICO

O NO medeia vários fenômenos, como vasorrelaxamento

dependente do endotélio, citotoxicidade

mediada por macrófagos, inibição da ativação, adesão

e agregação plaquetária, relaxamento do corpo cavernoso

peniano humano, regulação da pressão sangüínea

basal, depressão sináptica a longo prazo, potencialização

da transmissão sináptica a longo prazo, microcirculação

medular e glomerular e prevenção de piloroespasmo

em estenose pilórica hipertrófica infantil. A atividade

do NO foi relatada em endotélio, cerebelo, nervos não

adrenérgicos não colinérgicos (NANC), macrófagos,

neutrófilos, rins, células epiteliais pulmonares, mucosa

gastrintestinal e miocárdio. O NO também pode

ser responsável pela vasodilatação presente na

angiogênese fisiológica ou patológica, como no caso

de tumores.

No cérebro, o NO participa do aprendizado e da

memória e pode mediar respostas excitatórias a certos

aminoácidos. No trato gastrointestinal, o NO medeia o

relaxamento não adrenérgico não colinérgico da musculatura

longitudinal e circular do esfíncter esofagiano,

estômago, duodeno, intestino delgado e esfíncter anal

interno.

No sistema respiratório, os nervos NANC da musculatura

lisa bronquiolar liberam o NO como mediador

do controle neurogênico da broncodilatação. No sistema

reprodutor, o NO controla o relaxamento da musculatura

lisa do corpo cavernoso peniano e seus vasos sang

üíneos aferentes. Esse relaxamento muscular e vascular

leva à tumescência vascular necessária à ereção.

No sistema circulatório, em particular na coagula-

ção sangüínea, o NO está envolvido com a cascata

fibrinolítica e trombótica associados com dano endotelial,

sendo que as propriedades antitrombóticas do NO

resultam em parte da inibição da adesão e agregação

plaquetária. A deficiência de NO foi associada com

trombose arterial.

Nos vasos sangüíneos, o NO exerce função na

modulação do diâmetro vascular e da resistência vascular

pela sua habilidade em relaxar o músculo liso

vascular. O NO inibe interações de elementos sangüí-

neos circulatórios com a parede do vaso. Uma deficiên-
cia de NO pode promover trombose vascular, restenose,


aterogênese e injúria da reperfusão. A diminuição

da vasodilatação dependente do endotélio pode ser induzida

por hipertensão, diabetes e/ou aterosclerose. O

NO pode ser um inibidor da adesão leucocitária em

microvasos pós-capilares.

Artérias e arteríolas produzem mais NO do que

veias e vênulas, sendo que a vasodilatação provocada

pelo cisalhamento é maior em artérias do que em

arteríolas e vasos resistentes. Nas artérias, porém não

nas veias, há liberação contínua de NO, mantendo o

tônus dilatador.

Em condições fisiológicas, a formação de NO pode

estar acima dos níveis basais quando há aumento do

fluxo sangüíneo e o contato entre sangue e parede está

facilitado. O aumento no fluxo provoca relaxamento

nas células musculares lisas e dilatação do vaso. A

tendência das plaquetas em se aderir à parede vascular,

que poderia ser aumentada pelo cisalhamento, também

é neutralizada pela elevada formação de NO.

Resumidamente, em condições basais, em

indivíduos sadios, há tônus vasodilatador moderado e

constante, causado pelo NO endotelial se difundindo

para as células da musculatura lisa vascular; se a

formação basal de NO cessa, aparecerá vasoconstrição.

A baixa formação de NO (em várias doenças vasculares)

reduz a perfusão tecidual e promove a formação de

trombo, enquanto a alta formação de NO (patológico)

produz vasodilatação pronunciada e choque e com a

redução da atividade plaquetária a homeostase fica

prejudicada.

ÓXIDO NÍTRICO-SINTASE

A óxido nítrico-sintase (NOS) é a enzima respons

ável pela síntese do NO. Três isoformas de NOS são

descritas, sendo uma NOS induzida (iNOS) e duas NOS

constitutivas (cNOS).

As óxido nítrico-sintases estão presentes no citosol,

e são inibidas por análogos da L-arginina e requerem

NADPH, tetrahidrobiopterina (BH4), flavina adenina

dinucleotídeo (FAD), flavina mononucleotídeo (FMN)

e heme como cofatores.

A isoforma I ou óxido nítrico-sintase neuronal

(nNOS) é uma NOS constitutiva, presente em neurô-

nios, células epiteliais, SNC e SNPperiférico, sistema

NANC, mácula densa do rim, medula adrenal, músculo

esquelético, órgão sexual masculino, células b pancre

ática e outros. É cálcio-calmodulina dependente e

regula a transmissão sináptica no SNC; atua na regulação

central da pressão sangüínea, no relaxamento do

músculo liso e na vasodilatação via nervos periféricos.
Também regula o fluxo sangüíneo cerebral local e está


envolvida na formação da memória.

A isoforma II ou óxido nítrico-sintase induzida

(iNOS) é uma NOS induzida por citocinas e

lipopolissacarídeos, no endotélio e musculatura lisa

vascular. Não é regulada por cálcio. Produz grande

quantidade de NO que tem efeito citostático por inibição

de enzimas contendo ferro, também causando

fragmentação de DNA. Atua em parasitas e células

tumorais.

A isoforma III ou óxido nítrico-sintase endotelial

(eNOS) é uma NOS constitutiva e produz NO em

endotélio vascular sob condições basais, mas a força

de cisalhamento produzida pelo fluxo sangüíneo pode

incrementar sua produção. O NO liberado no lúmem

vascular é um potente inibidor de adesão e agregação

plaquetária na parede vascular e também inibe a adesão

de leucócitos ao endotélio vascular, inibe a síntese de

DNA, mitogênese e a proliferação de células da

musculatura lisa vascular e, também é responsável pela

regulação da pressão sangüínea e contratilidade do

músculo cardíaco. Sua expressão é restrita a células

endoteliais vasculares, embora existam relatos da sua

localização no hipocampo, sendo sua expressão em

humanos significantemente suprimida pela hipóxia.

O NO é sintetizado pela ativação da cNOS basal

(em células endoteliais vasculares e neurônios) segundos

a minutos após o aumento na concentração de cálcio

em resposta à ativação de receptores da superfície

celular e mecanismos de transdução de sinal. Sua

síntese não é afetada pela administração de glicocortic

óides. A cNOS apresenta forma monomérica,

é cálcio-calmodulina dependente e tem peso molecular

de 133 kd. É expressa continuamente na ausência de

agentes indutores, com síntese basal de concentração

picomolar.

Ao contrário, a iNOS não depende de cálcio para

ativação, mas a síntese de mRNA da iNOS é necessária

para sua atividade. A NOS induzida não é detectável

em condições basais. LPS ou endotoxinas bacterianas,

junto com citocinas, como TNFa, IL-1b ou IF-g,

induzem a síntese de iNOS, de 2 a 4 horas após a

exposição ao agente. A iNOS requer síntese protéica

para sua expressão e sua atividade persiste por mais de

24 horas. É encontrada sob forma de monômero e

tetrâmero com peso molecular de 130 kd13.

A indução de iNOS pode ser suprimida por TGBb,

IL-4, IL-10 sozinhos ou sinergicamente com macrófagos,

por IL-8 e por glicocorticóides, que inibem a

indução, mas não a atividade das enzimas já induzidas.

Segundo DAVIES e col. (1995), após a indução,

iNOS é ativa por 20 horas e sintetiza NO em
concentrações nanomolares, 1000 vezes maior que


cNOS. A indução da iNOS é responsável pelas

propriedades citotóxicas do NO.

O NO é formado na parede vascular tanto pela

cNOS como pela iNOS. A quantidade de NO produzida

pode determinar se ele é protetório ou tóxico. Embora

pequenas quantidades sejam necessárias para a

homeostasia, grandes quantidades, como aquelas

produzidas na ativação da iNOS são citotóxicas. Porém,

a produção de grandes quantidades de NO pode ser

importante na defesa contra invasores celulares,

tumores celulares e ainda em lesões vasculares com

perda endotelial.

A expressão da iNOS é o resultado de uma resposta

inflamatória localizada ou difusa resultante de uma

infecção ou dano tecidual. Assim, onde a resposta

inflamatória é parte de uma resposta adaptativa (isto é,

infecção ou sepse), a expressão de iNOS é benéfica;

quando a expressão da iNOS é parte da inflamação

anormal (não adaptativa), a expressão de iNOS pode

ser nociva (isto é, doença autoimune). Do lado benéfico,

a expressão da iNOS resulta em inibição do crescimento

de patógenos microbianos. A expressão de iNOS

também parece proteger tecidos de danos em resposta

inflamatória aguda sistêmica, também chamada de

sepse. A vasodilatação resultante da expressão de iNOS

em vasos sangüíneos maximiza a perfusão tecidual em

sepse, embora, se excessiva, a pressão sangüínea possa

tornar-se perigosamente baixa. A expressão de iNOS

em endotoxemia é citoprotetória, inibindo microtrombose

pela prevenção de adesão plaquetária e danos

mediados por radicais. Os efeitos benéficos da express

ão da iNOS podem ser vistos tanto em infecções

localizadas quanto em conseqüências sistêmicas da

infecção. O oposto tem sido relatado em respostas inflamat

órias crônicas localizadas. A síntese de NO dependente

de iNOS por macrófagos no espaço subendotelial

e o potencial para sua inibição por lipoproteínas de baixa

densidade podem ter um impacto na patogênese dos

vasos sangüíneos ateroscleróticos.

A inibição da atividade da iNOS durante sepse pode

aumentar a pressão arterial, mas a inibição da cNOS

endotelial pode acentuar a agregação plaquetária e

aderência de leucócitos ao endotélio resultando em

trombose e dano a tecido normal.

ÓXIDO NÍTRICO E PERMEABILIDADE

VASCULAR

A inibição do NO endógeno pode provocar

aumento da permeablidade vascular, entretanto, a

administração exógena de óxido nítrico não provocou

alteração na permeabilidade microvascular.
A inibição da produção de NO provocou redução


nos níveis de GMPc celular, interrompendo a defosforila

ção dependente de GMPc da cadeia de miosina.

Este evento causou contração das células endoteliais e

um aumento no tamanho das junções celulares interendoteliais

levando a aumento na permeabilidade microvascular.

Além disso, o NO pode ser um importante varredor

fisiológico e/ou inativador do ânion superóxido, um

agente oxidante que pode ativar mastócitos. A inibição

do NO leva aumento no nível de antioxidantes e ativação

de mastócitos que se degranulam e aumentam a

permeabilidade vascular. A degranulação de mastócitos

pode ser inibida pela adição de doadores de NO.

Porém, segundo SALVEMINI e col. (1996), o

NO é um potente vasodilatador e seu envolvimento na

resposta inflamatória pode ter relação com sua habilidade

em aumentar a permeabilidade vascular e o edema

através de mudanças no fluxo sangüíneo local e do

aumento na produção de prostaglandinas pró-

inflamatórias.

ÓXIDO NÍTRICO E ISQUEMIA E

REPERFUSÃO

A isquemia-reperfusão é associada ao aumento no

número de leucócitos aderidos e emigrados, aumento

no extravasamento de albumina, formação de agregados

de plaquetas e leucócitos dentro de vênulas póscapilares

e degranulação dos mastócitos ao redor dos

microvasos mesentéricos. A redução dos níveis de NO

em tecidos após isquemia-reperfusão pode ser devida

à inativação da NOS e inativação do próprio NO pelo

superóxido que é produzido nesses tecidos. Segundo

ANDREWS e col. (1994), a diminuição do NO durante

reperfusão pode ocorrer ou pela destruição do NO pela

sua reação com radicais superóxido gerados na

reperfusão ou pela destruição das células endoteliais,

que são fonte de NO, por radicais livres derivados do

oxigênio gerados na reperfusão.

A disfunção endotelial caracteriza-se por uma

redução marcada na liberação de NO após a reperfusão,

que é seguida por um aumento da aderência de leucó-

citos ao endotélio reperfundido, tornando-se significante

20 minutos após a reperfusão.

Dois potentes inibidores da aderência e ativação

são PGI2 e NO, que são potentes vasodilatadores, mas

também inibem aderência de leucócitos e agem sinergicamente

para inibir a interação entre plaqueta e vaso. A

atividade dessas substâncias é bastante reduzida durante

a reperfusão, onde a disfunção endotelial é manifestada

pela perda da vasodilatação dependente de NO.
O NO apresenta efeitos vasodilatadores benéficos


no sistema microvascular, mas paradoxalmente pode

estar envolvido na produção de radicais citotóxicos. O

NO pode reagir com superóxido e produzir o ânion

peroxinitrito e dióxido de nitrogênio, que podem iniciar

a peroxidação lipídica e potencializar a lesão inflamatória

em células vasculares.

O aumento no nível de superóxido causa adesão

leucocitária, que pode ser prevenida pela adição de óxido

nítrico. O NO age como barreira fisiológica (varre ou

inativa) para ânions superóxido citotóxicos produzidos

continuamente por todas as células. O NO e o super-

óxido parecem regular a aderência de leucócitos ao endot

élio; parecem regular também a ativação e degranula

ção de mastócitos, eventos que promovem adesão

leucocitária. Doadores de NO bloqueiam a liberação de

PAF e de histamina de mastócitos ativados, enquanto o

superóxido promove degranulação de mastócitos

quando a síntese de NO é abolida.

A isquemia-reperfusão do intestino delgado é

caracterizada por aumento da permeabilidade microvascular

e disfunção da barreira mucosa. Neutrófilos e

superóxido derivado dos neutrófilos são os primeiros

mediadores da disfunção mucosa e microvascular que

ocorre após a isquemia e reperfusão. A liberação de

NO ocorre em várias regiões do intestino, como endoté-

lio vascular, células da musculatura lisa, nervos entéricos

(NANC) e células epiteliais. Talvez o NO contribua

como uma molécula protetória e antiinflamatória em

todas as camadas da parede intestinal. Pode-se

observar redução na produção de NO após reperfusão

em intestino delgado de gatos. A administração de

NO mostrou efeito protetório em lesões decorrentes

de isquemia e reperfusão mesentérica.

Em isquemia cerebral, o NO pode mostrar efeitos

benéficos ou neurotóxicos, quando em concentrações

excessivas.

Em isquemia e reperfusão do miocárdio, o NO

apresentou efeitos cardioprotetórios e atenuou a disfun-

ção endotelial61 e, segundo SIEGFRIED e col. (1992),

doadores de NO reduziram em um terço a área necrótica

após isquemia e reperfusão do miocárdio, em compara-

ção ao grupo controle.

MENSURAÇÃO DO ÓXIDO NÍTRICO

A mensuração do NO é essencial para o entendimento

da função do NO em diversos processos bioló-

gicos. A medida do NO em espécies biológicas é difícil

pela sua pequena quantidade e pela sua labilidade na

presença de oxigênio.

A presença de NO em sistemas biológicos é freq

üentemente determinada com base no efeito fisioló-
gico, como relaxamento dos vasos sangüíneos, ativação


da guanilil ciclase, aumento na concentração de cGMP,

produção de citrulina ou inibição da agregação plaquet

ária. Também pode ser avaliada usando-se

inibidores da síntese de NO, como análogos da Larginina

ou hemoglobina. Todos esses métodos têm

diferentes graus de especificidade e fornecem informa-

ções indiretas sobre a produção de NO. Apenas a cGMP

ou a concentração de citrulina podem ser usadas para

obter informações quantitativas relacionadas com a

quantidade de produção de NO.

A produção de NO também pode ser determinada

pela mensuração de isótopos estáveis no plasma ou

excretados na urina após administração de arginina

marcada.

A mensuração direta do óxido nítrico in vivo foi

realizada por HUK e col. (1997), que mediram a

liberação do NO em microvasos da musculatura

esquelética de coelhos, durante isquemia e reperfusão.

Microsensores foram usados para medir o NO liberado

em vasos sangüíneos de voluntários sadios e a

concentração de NO cerebral após isquemia e

reperfusão em ratos.

Embora o óxido nítrico seja objeto de muitas

pesquisas e de um grande número de publicações, ainda

existem muitas questões controversas e numerosas

dúvidas que precisam ser esclarecidas.

REFERÊNCIAS

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dieta de baixa caloria

Muito é publicado hoje sobre dieta hipocalórica e sobrevida. Estes estudos são todos baseados em animais como ratos e até mesmo alguns vermes. Mas até onde podemos levar em consideração que a dieta hipocalórica é associada a sobrevida. Nosso corpo foi desenhado para ingerir e armazenar calorias, isso é realidade para o corpo dos animais em geral. Ingerir calorias em excesso para armazena-las faz parte da sobrevivência, mas não da sobrevida. Explico, ao ingerirmos excesso de caloria, nós tendemos a ser mais biossintéticos, começamos a produzir mais glicogenio, mais triglicerídeos, mais proteínas. Este estimulo biossintético é um estímulo que leva a proliferação celular e encurtamento de telomeros, isso é visto em animais também. Quando ingerimos menos calorias, somos menos biossintéticos e adaptamos nosso corpo para usar melhor a caloria e ao mesmo tempo, aumentamos o nivel de algumas enzimas importantes que melhorar o uso de nutrientes para produção de energia, aumentando a eficácia neste ponto, com um nivel mínimo de biossíntese, na verdade o suficiente apenas para manter o turnover. Acredito que a dieta hipocalórica e sobrevida é um conceito errado, o conceito certo seria a da dieta totalmente normocalórica, isso avaliado a nível bioquímico. Devemos ingerir a quantidade exata de alimentos para nossa manutenção, nem mais nem menos. Nos dias de hoje não precisamos acumular energia nem ser biossintéticos, ao fazer isso, aumentamos o risco de doenças e encurtamos os telomeros. Acho que é o momento de rever o conceito de dieta hipocalórica, hipercalórica e normocalorica. A cada momento de nossa vida, nossa dieta deve ser normocalórica para que possamos adaptar o nosso metabolismo. O excesso ou a sobra de energia se converterá em acúmulo que estimula a biossíntese, um caminho interessante para sobrevivência mas não para sobrevida.

Saiba um pouco mais sobre o ovo!

Ovo de galinha ou de aves em geral apresenta grande quantidade de nutrientes e propriedades nutricionais importantes. Clique e veja.Mas eu queria chamar atenção sobre 2 aspectos: as proteínas presentes no ovo e sua possível alergenicidade. Quase 90% das proteínas do ovo se encontram na clara do ovo (conhecida tecnicamente como albúmen). MAs diferentemente do que muitos imaginam, o ovo não contém apenas albumina. O ovo apresenta: Ovalbumina, Ovotransferrina, Ovomucoide, Ovomucina, lisozima, globulina G2 e G3, ovoinibidor, glicoproteina do Ovo, proteína de ligação da tiamina, flavoproteína, macroglobulina do ovo, ovostatina, cistatina e avidina. Várias delas tem propriedade antimicrobiana mas uma coisa sempre me chama atenção. A ovomucóde, cistatina, ovostatina e inibidor do ovo são inidoras de proteases, o que significa dizer que inibem a atividade de enzimas proteolíticas do nosso trato digestório, ou seja, o consumo excessivo pode favorecer a não digestão de proteínas, por consequencia, presença de macromoléculas no intestino e o desencadeamento de processos alérgicos, muito comuns para quem consome ovos. Há um trabalho de 2004 do National Institute of Allergy and Infectious Diseases, que mostra que ovo é o 2º alimento mais alergênico, só perdendo para o leite. Portanto, senhores pais responsáveis pela introdução de novos alimentos, clara de ovo só depois de 1 ano; e senhores consumidores de clara de ovo, albumina em pó e derivados, avaliem os riscos. Procure um bom nutricionista.

você já ouviu falar sobre o alho negro?

O alho negro é da mesma família que o alho comum, Allium sativum. Porém tem caracteristicas organolépticas diferentes, ele é um pouco mais macio, tem um aspecto parecido com goma, e sabor adocicado. Vai muito bem como aceto balsâmico, refogado com azeite extra virgem, um pouco de manteiga para aveludar, puxados na frigideira com alho poró e alho comum fritinho. Mas queria dizer também das suas propriedades nutricionais: trabalho publicado neste ano mostra que este alho é capaz de reduzir o TNF induzido pelas Especies Reativas de Oxigenio (reduz inflamação e estresse oxidativo), reduz as moléculas de adesão (portanto reduz risco de aterosclerose) e reduz NF-KB nas células endoteliais, portanto, reduzindo a disfunção endotelial. O resultado é pressão mais baixa e menos resistência á insulina. Imagina então consumido com azeite e os outros alhos?

Estudos mostram que a musculacao auxilia no tratamento do diabetes e no controle da obesidade

É comum ouvirmos sempre se falar em exercício aeróbio para perda de peso, perda de gordura e ajudar no controle do diabetes. Claro que existe comprovação sobre esses benefícios, mas o exercício anaeróbio é tão bom ou melhor que o aeróbio. O gasto de glicogênio em uma musculação de intensidade moderada é significativo, servindo como gatilho para ativação da AMPK, um sinalizador da translocação do GLUT4, que irá captar glicose, tratando a diabetes. Além disso, o incremento no ganho de massa muscular favorece a manutenção do peso e evita o reganho de peso, oxidando mais gordura. Sem contar que o estresse oxidativo pode ser menor, reduzindo a disfunção mitocondrial e mantendo a taxa de oxidação de gordura ativa por mais tempo. Importante: não é só porque se faz musculação que se fica "musculoso". Há muitas mulheres e homens que apresentam este preconceito para não fazer musculação. Controle dietético e o tipo de treinamento determinarão o "ficar grande" ou não, mas não se pode mais deixar de pensar em musculação, trabalho anabólico anaeróbio nos dias de hoje quando se fala em obesidade e síndrome metabólica!! By professor Henrique Freire Soares
Imaginem que a partir da arginina pela ação da óxido nítrico sintetase (NOS) nós geramos citrulinia e óxido nitrico (usa como cofator a tetrahidrobiopterina e o ferro na enzima), bem a idéia é gerar óxido nitrico que servirá como sinalizante para relaxamento do músculo liso vascular, levando a aumento da luz do vaso e melhorando a perfusão. Além disso, o óxido nítrico também é antiagregante plaquetário e protetor contra aterosclerose. A NOS é estimulada por vários caminhos, polifenóis e estradiol. Estradiol induz então a NOS e automaticamente a perfusão. O estradiol também tem outras atividades, como por exemplo inibir a COMT, que metaboliza grupos catecóis de aminas biogenicas, aumentando a concentração destas na fenda sináptica. O efeito inibidor da COMT pode explicar parte dos efeitos associados a queda do estradiol na mulher, como alteração na função do centro termoregulador, mas também na maior sensibilidade a dor e depressão. Bem, o centro termoregulador do hipotálamo induz a dilatação dos vasos superficiais da pele como primeira fase associada a perda de calor, aí a produção de óxido nitrico será fundamental, mas o estradiol estimula a NOS, estimulando os centro termoregulador e estimulando a NOS o estradiol mantém a perda de calor sob controle, que se descontrola quando a mulher entra na menopausa. Por outro lado, o estradiol também pode ser metabolizado a outros produtos, como o 2-metoxiestradiol, que tem efeito antiinflamatório. Como não poderia deixar de ser, o 2-metoxiestradiol é o estradiol hidroxilado que é metilado. A metilação do estradiol é feita usando o SAME, que é produzido no metabolismo de um carbono, que tem como passo importante o ciclo que usa o ácido fólico e a vitamina B12 e a serina para metilar a homocisteína de volta a metionina. Ácido folico que também é importante em reações de hidroxilação do corpo, hidroxilando o triptofano para 5-hidroxitriptofano, que formará serotonina, que atuará no centro termoregulador do hipotálamo controlando a perda de calor que precisa do óxido nitrico e da NOS, mas também do ácido fólico, mas a serotonina também terá efeito no SNC e sua queda é associada a depressão, maior sensibilidade a dor, queda de endorfinas e também a compulsão por ingestão de carboidratos, que se soma a queda de endorfinas e diminui a sensação de recompensa. A ingestão de carboidratos em niveis elevados aumenta os niveis de insulina, mas também dá uma sensação de recompensa, o que torna o carboidrato prazeiroso, e a insulina desloca os aminoácidos ramificados para o músculo, aumentando a relação triptofano/BCAA, aumentando a entrada de triptofano ao sistema nervoso central. O BCAA, particularmente a leucina estimula a biossíntese proteica via TOR, que usa a glicose na via glicolise anaeróbia gerando piruvato, que por sua vez pode ser transaminado pela ALT para formar alanina. A alanina transamina o fosfoglicerato para formar serina, que será parte do ciclo de um carbono, mas que é um produto que no ciclo de um carbono participara do metabolismo para geração de cisteína. Mas o piruvato também pode ser transformado em lactato que será utilizado como combustível, preferencialmente pelo SNC, por outro lado o piruvato adentrará as mitocondrias fechando o ciclo do ácido tricarboxílico que poderá gerar alfa-cetoglutarato que, transaminado pelo BCAA gerará glutamato e glutamina, a glutamina transitará pelo corpo fornecendo glutamato para reações bioquimicas, como no cérebro, onde o glutamato será fonte de energia, transaminando para cetoglutarato, mas também sendo usado na neurotransmissão glutamatérgica que é estimulada por ácido quinolínico que é gerado pela ação de indoelamina dioxigenase no triptofano, a indoelamina dioxigenase é estimulada por inflamação e progesterona, inflamação que também gera óxido nítrico, porém pela NOS indutível e será responsável pela dilatação das artérias e edema. O glutamato liga no seu receptor e compartilha a ação com co-agonistas, como por exemplo zinco, glicina, d-serina, poliaminas. D-serina é gerada pela ação da serina racemase sobre a serina, que é gerada pelo fosfoglicerato e alanina, ou poliaminas que são geradas derivadas da ornitina. No processo inflamatório, o edema diminui a chegada de oxigenio as celulas, daí as células começam a trabalhar em glicolise anaeróbia, gerando piruvato, ao mesmo tempo, as celulas tem estimulo de mtor, estes dois estímulos levam a biossíntese, a biossíntese é a resposta do corpo a agressão, no caso a inflamação. Tudo muito simples e racional, lógico e interligado. Voces, alunos do curso de bioquimica aprenderão tudo isso, e espero que eu possa ensiná-los com competencia e amor. By Henry Okigami

domingo, 11 de setembro de 2011

Demencia

Demência   Descrição : As demências são estruturas patológicas da personalidade, baseadas num déficit adquirido e definitivo das funções psíquicas intelectuais. Qualquer demência tende a se agravar de maneira progressiva e irreversível, sejam as causas de natureza orgânica ou psicogenética. O DSM-IV, manual diagnóstico e estatístico de distúrbios mentais, diferencia três distúrbios da memória. O delírio é uma alteração da consciência e uma mudança cognitiva, desenvolvida durante um curto período de tempo. A demência caracteriza-se por diversos déficits cognitivos, entre os quais se encontra a deterioração da memória. Nos distúrbios amnésicos, é identificada apenas uma deterioração da memória sem outros distúrbios cognitivos.   Causas : Existem causas de natureza orgânica e psicogenética. Dependendo da origem, as demências são classificadas em primárias e secundárias. Entre as demências primárias, encontram-se: Demência senil: ocorre por lesões destrutivas do parênquima nervoso, tanto das células quanto das fibras, que sofrem atrofia e degeneração Demência pré-senil: caracteriza-se por um processo de dissolução progressiva das funções instrumentais da linguagem, das práxis e dos conhecimentos, como ocorre na doença de Pick e na doença de Alzheimer Demência arteriopática: é provocada por lesões múltiplas da massa cerebral, devidas a processos ateroscleróticos Demência coréica: é uma demência tardia produzida por um distúrbio degenerativo de causas múltiplas Entre as demências secundárias, encontram-se: Demência tumoral: produzida por um tumor cerebral; geralmente é parcial Demência pós-traumática: decorrente de acidentes cranio-cerebrais Demência alcoólica: resultante de formas extremas de intoxicações e psicose alcoólica Demência vesânica: é a fase terminal de um grupo de psicoses tais como a mania, a melancolia, a esquizofrenia e a psicose delirante   Sintomas : Perturbação da atenção: encontra-se ausente ou diminuída a capacidade de concentração Perturbação da memória: observa-se uma ausência de precisão, inexatidão e lentidão das evocações Reflexo das características de desagregação e deterioração da estrutura mental na linguagem mímica, verbal e escrita Oscilação do humor entre a alegria e a depressão (nos casos extremos, da excitação para o estupor) Processo de decadência geral que incide nas funções somáticas   Diagnóstico : O primeiro sintoma que o médico ou a família percebe é a falta de memória. O diagnóstico é feito segundo uma série de perguntas, respondidas pelo próprio paciente e pelos familiares, que procuram avaliar o estado mental do paciente. Isso pode ser complementado com testes neuropsicológicos, para determinar o grau de incapacidade e deterioração intelectual. Paralelamente, o médico pesquisa outras possíveis causas de deterioração mental: a doença tireóidea, a alteração dos níveis dos eletrólitos no sangue, as infecções, o déficit de vitaminas, as intoxicações, a depressão, etc. Além dos exames de sangue de praxe, o médico pode solicitar uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética.   Tratamento : A demência é irreversível. Os pacientes com demência devem ser estimulados com exercícios de reabilitação para estimular novas redes de conexão entre os neurônios. Freqüentemente são utilizados fármacos para controlar o nervosismo e os ataques de ira presentes em certos estágios avançados de demência. O médico deve avaliar, em cada caso, a conveniência desse tipo de medicação, pois apresenta graves efeitos colaterais. A manutenção de um ambiente familiar ajuda a pessoa com demência a conservar a sua orientação. Uma agenda bem grande, uma luz acesa durante a noite, um relógio com números grandes ou um rádio podem ajudar na orientação do doente. As rotinas sistemáticas para o banho, a comida ou o sono também fornecem sensação de estabilidade.

sábado, 3 de setembro de 2011

Tríbulus Terrestris

O Tribulus Terrestris erva natural, comumente conhecida como a videira da punctura (picada ou ferimento feito com punçăo) que tem sido usada durante séculos na Europa para tratamento da impotência e como um estimulante para ajudar a aumentar o impulso e o desempenho sexual. Como apoio atlético, esta potente erva tem sido observada e estudada para realçar a produçăo do LH (hormônio luteinizante) e impulsionar os níveis de testosterona. Este poderoso extrato, como DHEA e Androstenediona, pode ajudar a elevar os níveis de testosterona sem perigo e seus efeitos tęm sido cobiçados pelos atletas búlgaros durante décadas. O Instituto Químico-Farmacęutico em Sofia, na Bulgária, conduziu estudos clínicos com Tribulus Terrestris, que mostraram uma melhoria nas funçőes reprodutoras, incluindo aumento na produçăo de esperma e testosterona em homens. Nas mulheres verificou-se um aumento da concentraçăo de hormônios, incluindo o estradiol, com alteraçăo ligeira da testosterona e melhoria da funçăo reprodutora, libido e ovulaçăo. Um estudo envolvendo indivíduos saudáveis que tomaram 750mg/dia de Tribulus Terrestris, avaliaram as respostas hormonais que revelaram aumentos de LH de 14,38 ml/U/ml para 24,75mI/U/ml. A testosterona livre nos homens também aumentou de 60ng/dl para 84,5ng/dI3. Outro estudo realizado em mais de 200 homens que sofriam de impotęncia, revelou que muitos dos homens experimentaram aumento dos níveis de LH e testosterona, da produçăo de esperma e da sua motilidade. Mecanismo de açăo do Tribulus Terrestris O Tribulus Terrestris provoca vaso dilataçăo na regiăo genital, o que pode explicar os seus efeitos sobre a ereçăo. Pode aumentar ainda a contagem de espermatozóides, bem como a sua motilidade, podendo, por isso, ser um auxiliar precioso para tratar a infertilidade. Em mulheres, diminui os sintomas da frigidez sexual, aumenta a libido e reduz os sintomas da menopausa. Ao aumentar as concentraçőes plasmáticas de testosterona, aumenta também produçăo de músculo como efeito anabólico. A testosterona é vital porque desempenha vários papéis essenciais no nosso organismo, em especial, a síntese de massa muscular, com os conseqüentes ganhos de força. Indicaçőes de uso do Tribulus Terristris " Eficaz no aumento da produçăo de TESTOSTERONA; " Estimulante para aumentar o IMPULSO SEXUAL; (ambos os sexos) " Aumento da FORÇA e MASSA MUSCULAR em atletas; (efeito anabólico) " Diminui a FRIGIDEZ SEXUAL em mulheres; " Aumenta a quantidade e a motilidade de espermatozóides; (fertilidade) " Possui efeito hepatoprotetor; Quais as vantagens em usar Tribulus Terristris Como DHEA e Androstenediona, Tribullus Terrestris pode naturalmente favorecer a produçăo da testosterona. Testosterona é vital porque ela desempenha vários papéis essenciais em nosso corpo, incluindo a construçăo do músculo e força. Atletas estăo usando Tribulus Terrestris para ajudar a garantir que seus níveis deste hormônio natural estejam nos níveis normais em qualquer tempo. Isto pode, portanto, garantir que os níveis de testosterona sejam mantidos completos na plataforma natural e sem o uso de drogas perigosas como os esteróides. Vale ressaltar que esta planta năo é proibida pelo COI (Comitę Olímpico Internacional). Qual a dosagem recomendada de Tribulus Terristris Por enquanto năo existe um guia definitivo sobre a quantidade de Tribulus Terrestris que deverá ser tomada. Há diferentes diretrizes sugeridas por especialistas no campo médico. A mais sugerida é 1500 mg por dia, tomada uniformemente durante todo o dia. Igualmente como qualquer suplemento, cautela deverá ser exercida quando pensar em tomar Tribulus Terrestris. Nos estudos das pesquisas feitas nenhum efeito adverso foi notado proveniente do uso de Tribulus Terrestris. Além disso, em pesquisa adicional, nenhum efeito adverso foi demonstrado sobre o sistema nervoso ou cardiovascular. Até este momento nenhuma toxicidade ou efeito negativo ocorreu quando Tribulus Terrestris é usado como suplemento nutricional. Năo há nenhum indício que mostre conclusivamente qual deveria ser a dosagem ótima e a duraçăo de Tribulus Terrestris. Muitos estudos das pesquisas feitas usaram 1500 mg de Tribulus Terrestris por curto período de tempo. Ao contrário de DHEA e Androstenediona, Tribulus Terrestris năo é produzido pelo corpo, contudo, o uso prolongado poderia "minimizar" seus efeitos e fazę-lo menos potente. O uso a longo prazo e seus efeitos ainda năo foram estudados, portanto, "ciclar" Tribulus Terrestris pode ser vantajoso. Existem diferentes maneiras de "ciclar" que tęm sido usadas como rotina. Estas incluem um ciclo de 3 semanas usando, seguido de outro ciclo de l a 3 semanas sem uso, ou uma dosagem padrăo com ciclo decrescente, tal como 4 a 6 semanas "on" (usando) seguido por 3 a 6 semanas "off" (sem usar). Como é o caso com toda suplementaçăo, a melhor decisăo é a chave do sucesso. Conhecer seu corpo e seus limites é tăo decisivo para a própria suplementaçăo como é para o próprio treinamento. E extremamente importante que o usuário seja orientado pelo profissional nutricionista especializado, pois todo produto ingerido requer cuidados ao ser ingerido, sendo lesivo o seu uso indiscriminadamente.

Analise bioquímica do amor

Como descrever bioquimicamente o amor? O amor cria dependência química, como se nossos neurotransmissores dependessem de algo externo para serem liberados. O amor libera endorfinas e nos recompensa. O amor cura anedonia. O amor diminui a sensação de dor. O amor aumenta a dihidrotestosterona e oxitocina. Aumenta serotonina para as rotinas do dia a dia. A expectativa do amor libera norepinefrina sem liberar antes o cortisol. Dá taquicardia mas não leva a infarto no miocárdio. Aumenta a pressão arterial mas não é pro-aterogênico. Diminui o controle motor das pernas, mas não leva a quedas ou fraturas. Confunde nossas sinapses mas não é doença psiquiátrica. Nos deixa eufóricos mas não alucinados. Enfim... By Henry Okigami

Envelhecimento da pele

Sempre associamos o envelhecimento da pele a rugas. Este fato ocorre porque é o fenômeno mais visível. O envelhecimento da pele é um processo cronico-degenerativo que envolve inúmeros processos bioquimicos e por que não dizer, fisiopatológicos. Abordando de forma simplista, o envelhecimento da pele é uma soma do envelhecimento intrínseco e o extrínseco. O envelhecimento intrínseco é fisiológico, é associado a diminuição da capacidade mitocondrial, diminuição dos hormonios que tem efeito anabolizante na pele, encurtamento de telomeros. O envelhecimento extrínseco é associado aos fatores como radiação solar, poluição, ozonio. A soma dos dois processos leva ao que definimos de envelhecimento em si. A principal característica alterada é a diminuição da capacidade de retenção de água, causada pela diminuição de proteoglicanas na matriz extracelular. Esta diminuição é causada pela diminuição na síntese da matriz e ao mesmo tempo um aumento no processo de degradação. Durante o processo de envelhecimento, ocorre ativação de metaloproteinases de matriz que levam a um aumento na degradação, e ao mesmo tempo uma diminuição na capacidade de síntese de  matriz, somando os dois, teremos uma menor quantidade de matriz, o que refletirá em menor capacidade de reter água. Ocorrem outros fenomenos como por exemplo a diminuição da função barreira da pele, alteração na atividade de melanócitos, distribuição irregular de melanina, alteração do perfil imune da pele. O uso de produtos antioxidantes associados ao filtro solar tem demonstrado proteger a pele contra o envelhecimento extrínseco (actínico), assim como o uso de substratos para produção de matriz extracelular tem demonstrado benefício na diminuição de rugas finas. By Henry Okigami

Creatina, função energética, metabolismo e suplementação no Esporte

RESUMO O objetivo deste trabalho, foi realizar uma análise do fenômeno de consumo da creatina pelos atletas e aperfeiçoados ao treinamento físico, da necessidade ou não do seu uso e, se possível, das conseqüências desta prática. Para alcançar este objetivo foi necessário estudar as relações entre os sistemas energéticos musculares bem como a sua regulação. Foi preciso também estudar o ciclo da creatina, sua origem endógena, sua metabolização e sua conversão em creatina fosfato. Usamos da metodologia bibliográfica para coletar informações sobre o assunto em questão, utilizando livros e artigos de revistas especializadas. Esta pesquisa nos levou ás seguintes conclusões: a suplementação de creatina na dieta leva ao aumento dos níveis de fosfocreatina muscular em humanos ,entretanto novos experimentos terão que ser realizados, uma vez que a suplementação com creatina interfere com a regulação de vias metabólicas. Palavras-chave: Creatina, metabolismo, suplementação. Creatine, energetic function, metabolisme, supplementation on sports Abstract The purpose of the present work was to analyze the ingestion of creatine by athletes and otheraffectionates of physical exercise, to discuss its necessity and, if possible, to predict some of its consequences.In order to accomplish this purpose it was necessary to study  the relationships between the energetic systems in the muscles as well as their regulation. It proved also to be necessary to investigate the creatine cycle, its endogenous origin, its metabolization and its conversion into creatine-phosphate. We used a bibliographic methodology for collecting informations about the subject in books and in articles of specialized journals.This research lead us to the following conclusions: diet supplementation with  creatine leads to increased levels of phosphocreatine in the muscle of humans; however, new in vivo experiments are highly desirable, because it is known that creatine interferes with the regulation of certain metabolic pathways. Key  Words: creatine, metabolisme, supplementation Introdução A creatina é um composto orgânico derivado de aminoácidos. Uma vez dentro das células, é convertida em fosfocreatina e utilizada como reserva de energia, principalmente nas células do músculo esquelético. Nos últimos anos contudo, este composto tem sido  usado na dieta, com o objetivo de melhorar a performance e aumentar a massa muscular.  A ingestão de grandes quantidades de creatina, sem a conclusão de estudos que comprovem os benefício reais ou ainda, a ausência de  riscos á saúde, é no mínimo temerária. A prática de atividade física tornou-se uma constante em nossos  tempos, sendo observada  nas mais diversas camadas da sociedade e nas mais variadas faixas etárias. Esta posição de destaque, por sua vez, faz crescer ainda mais o número de interessados na prática destas  atividades. é claro que isto vem gerando, cada vez mais, um culto ao físico. Principalmente entre os jovens, a valorização de um corpo atlético gera, muitas vezes, a necessidade de lançar mão de todo e qualquer recurso disponível para ter uma boa aparência e uma boa performance. Acredita-se, que certas substâncias possam fazer com que o organismo responda com uma  maior  velocidade, diminuindo o tempo e o esforço necessários para se chegar ao resultado final ,a melhor forma física.Uma destas substâncias é a creatina. Segundo Mujika & Padilla(1997) a creatina é "um suplemento muito popular  entre praticantes de vários esportes e principalmente frequentadores de academias de ginástica, onde os maiores consumidores são os praticantes da musculação, que tomam esse suplemento mas não sabem nem ao menos para que serve". O que nos levou a propor estudar a creatina foi o fato de termos observado o quase total desconhecimento que, pessoas do nosso círculo, na sua maioria jovens, usuários da creatina têm sobre esta substância. Alguns a imaginam o "viagra do esportista" outros a julgam totalmente inócua. Nós mesmos, ao sermos abordados sobre o assunto, constatamos a nossa ignorância. A partir daí, começamos a colher informações e nosdeparamos com as mais divergentes opiniões., resolvemos, fazer deste ,o tema da nossa monografia a qual deu origem a esse artigo. FONTES DE ENERGIA MUSCULAR Os seres vivos, entre eles o homem, se caracterizam por essa complexa capacidade de converter diferentes tipos de energia presentes no ambiente, mas somente a energia química presente nas moléculas que compõem nossa dieta alimentar podem ser utilizadas como uma fonte de energia corporal. Dependendo da intensidade e da duração do exercício, assim como da aptidão do participante, as relações dos sistemas corporais para a transferência de energia diferem acentuadamente. Entre esses sistemas podemos destacar: o sistema fosfagênico, que inclui o ATP e a fosfocreatina; sistema do glicogênio-ácido lático e sistema aeróbico. Página seguinte 

  A capacidade Cardiorrepiratória no futsal A formação de equipes de futsal - 1ª parte A metodologia dos aspectos técnicos e táticos Estresse em atletas de futebol feminino Futsal de improvisação e futsal tático   A capacidade cardiorrespiratória no futsal   Ailson Santana ailsonsantana@hotmail.com Licenciado em Educação Física pela UFBa Pós graduado em Fisiologia do Exercício Preparador Físico e Fisiologista da Seleção Baiana de Futsal - Adulto masculino Coordenador do Artemquadra http://www.artemquadra.hpg.com.br/  

A capacidade cardiorrespiratória no futsal   Ailson Santana ailsonsantana@hotmail.com Licenciado em Educação Física pela UFBa Pós graduado em Fisiologia do Exercício Preparador Físico e Fisiologista da Seleção Baiana de Futsal - Adulto masculino Coordenador do Artemquadra http://www.artemquadra.hpg.com.br/     A capacidade cardiorrespiratória é de fundamental importância para as atividades desportivas independentemente do seu caráter (recreativo ou de rendimento). O sistema cardiorrespiratório é a essência do metabolismo humano, predominantemente aeróbico, presente na maioria das modalidades desportivas, quando não no momento da execução do gesto desportivo, insere-se na recuperação do esforço desprendido. A utilização ou não do metabolismo aeróbico depende da fonte energética solicitada na execução do gesto desportivo característico da modalidade, da duração do esforço para a execução e da duração da competição (prova ou partida). Estes requisitos farão que o organismo solicite prioritariamente a via metabólica (fonte energética) necessária, podendo se a fosfagênica (ATP-CP), a glicolitica anaeróbica lática ou a aeróbica. Vias energéticas Duração do exercício Disponibilidade de energia Fosfagênica (ATP-CP) Até 6 segundos Imediata Glicolitica (ATP-CP + ácido lático) Até 3 minutos Curto prazo Aeróbico Acima de 3 minutos Longo prazo Adaptado de Mc ARDLE, KATCH E KATCH, 1998.   Metabolicamente o futsal pode ser caracterizado como uma modalidade de solicitação mista, mas com predominância anaeróbica lática. Fato que pode ser comprovado pela elevada concentração de acido lático na corrente sanguínea dos atletas, algo em torno de 4 a 6mmol, após uma partida. Porém muitos técnicos e preparadores físicos atribuem ao futsal um caráter predominante aeróbico pela primazia dada ao treino aeróbico por muitos deles no período de preparação. Mas isto ocorre pelo desconhecimento da real razão do porque de se trabalhar a capacidade cardiorrespiratória, no período de pré-temporada no futsal. O treinamento de ênfase cardiorrespiratória é realizado com vista ao aprimoramento da capacidade do organismo de recuperação das reservas energéticas principalmente as de glicogênio, fosfato de creatina (creatinofosfato) e ATP. Além da reciclagem do acido lático (lactato) no fígado para síntese de glicogênio, com vistas à utilização para produção do ATP.   Avaliação da capacidade cardiorrespiratória   Existem diversos testes e protocolos para predição da capacidade cardiorrespiratória, utilizando meios variados para tal fim. Os mais comuns para esportes coletivos são os de pista, bicicleta e esteira. Atualmente podemos encontrar também os laboratoriais, empregados nos grandes centros esportivos dotados de laboratórios de fisiologia do exercício. Dentre estes podemos destacar os de esteira ou bicicleta com o uso do espirômetro, para medição e analise dos gases expirados pelos avaliados. As classificações dos resultados obtidos nos testes variam de autor para autor, mas guardam entre si semelhanças classificatórias. Marins e GIANNICHI (1998), citam o teste de 2400 metros de Cooper, como perfeitamente adequado a atletas, principalmente para modalidades de jogos com bola. A principal unidade para mensuração da capacidade cardiorrespiratória é o VO2 max., autores como Pollock e Wilmore afirmam não ser possível estabelecer um nível especifico da capacidade aeróbica para fins de saúde. Se para a promoção de saúde que é menos complexa, não podemos estabelecer um nível, imagine para um desporto de solicitação metabólica próxima dos limites dos sistemas funcionais do individuo (atleta). Alguns fisiologistas entre eles o doutor Turíbio Leite afirmam que a limitação do VO2 max. parece ser o volume sistólico (volume ejetado pelo coração) na maioria dos indivíduos. "O valor do VO2 max. expressa quantitativamente a capacidade individual para ressíntese aeróbica do ATP. (...) A capacidade para alcançar um VO2 max. alto comporta um significado fisiológico importante além do seu papel em apoio do metabolismo energético constante, pois uma alta capacidade aeróbica requer a resposta integrada e de alto nível dos sistemas fisiológicos de apoio (os principais fatores fisiológicos implicados são ventilação pulmonar, concentração de hemoglobina, volume sanguíneo e fluxo sanguíneo periférico, além do debito cardíaco.)" (Mc ARDLE, KATCH E KATCH, 1998).   A avaliação da capacidade cardiorrespiratória no futsal   Devido à ausência de estudo e testes específicos para avaliação da capacidade aeróbica no futsal, convencionou-se o a aplicação do teste de Cooper (12 minutos) e similares com o uso de tabelas de laboratórios de fisiologia do exercício nacionais e estrangeiros com maior ênfase para os últimos. Mas mesmo com o uso das tabelas continuamos sem uma referencia para predizer o que seria um nível ideal de capacidade cardiorrespiratória para os atletas de futsal. Uma maneira fácil de fazer a avaliação do VO2 max. dos atletas seria avaliá-los no inicio das atividades de preparação para a temporada e depois comparar os valores com os obtidos em uma posterior avaliação no final do período preparatório, buscando sempre encontrar um aumento dos valores encontrados nas duas avaliações. Mas o principal obstáculo para obtenção de elevados níveis de aptidão cardiorrespiratória, tem sido a não observância do desenvolvimento desta no período correto do processo de maturação do organismo do atleta. Muitas vezes os profissionais responsáveis pela iniciação só se preocupam no que tange os aspectos técnicos e esquecem os físicos. A faixa etária ideal para que comecemos a trabalhar a capacidade aeróbica é entre 16 a 20 anos, segundo MELLEROWICZ e MELLER (1987) nos homens ela atinge seu valor máximo entre 18 e 22 anos e 16 a 20 anos nas mulheres. O correto seria buscamos o desenvolvimento da capacidade cardiorrespiratória dos atletas nessas faixas etárias, alcançarmos os valore máximos e só nos preocuparmos em mantê-las no decorrer da carreira desportiva deles. Ao invés do que normalmente ocorre no nosso país que só nos preocupamos com a capacidade aeróbica de um dado atleta do grupo quando o mesmo não se adapta a uma filosofia tática que o obriga a desempenhar as suas máximas condições fisiológicas. Não esperto que este panorama mude em um curto espaço de tempo, mas espero com este artigo suscitar questionamentos dos profissionais responsáveis pela preparação física dos salonistas.   Bibliografia consultada:   FERNANDES, José Luis. Treinamento desportivo: procedimentos – organizações - métodos. E.P.U. São Paulo, 1981. GHORAYEB, Nabil. BARROS NETO, Turíbio Leite. O Exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. Editora Atheneu, São Paulo, 1999. McARDLE, William D. KATCH, Frank I. KATCH, Victor L. Fisiologia humana – energia, nutrição e desempenho humano. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 1998. 4ª edição. MELLEROWICZ, H. MELLER, W. Treinamento físico: bases e princípios fisiológicos. E.P.U. São Paulo. 1987. 2ª edição. POLLOCK, Michael L. WILMORE, Jack H. Exercícios na saúde e na doença – avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. Editora medica e cientifica, Rio de janeiro, 1993. 2ª edição.
Como discutido no artigo anterior, o organismo humano necessita receber um suprimento de energia contínuo e de maneira ininterrupta. Essa energia presente nos alimentos não pode ser transferida diretamente para realização do trabalho biológico, tornando-se acessível, na forma química, através do ATP. Em média, um indivíduo que contém uma massa muscular de cerca de 30 kg, a quantidade total dos fosfagênios de alta energia (ATP e CP) é suficiente para a manutenção de um exercício físico máximo por apenas 5 a 6 segundos. Durante esse tipo de exercício, a produção de energia pelos músculos ativos pode chegar a ser cerca de 70 vezes maior, quando comparado a um exercício menos intenso, e até 100 vezes maior, quando comparado ao estado de repouso. Dessa forma, a liberação de energia dos estoques de ATP e CP, de maneira rápida e imediata, para a realização de atividades físicas (como 25m de natação, saltos, 100 metros de corrida, e levantamento de pesos), é limitada. Se tomarmos como exemplo a corrida de 100 m, cujo o tempo de realização é de cerca de 10 segundos, a velocidade máxima de corrida será mantida por um período de até 5 a 6 segundos, sendo que após esse período, será acionado o sistema glicolítico de fornecimento de energia, a fim de regenerar o ATP gasto. Esse sistema de transferência de energia é mais lento que o dos fosfagênios, fazendo com que a velocidade de corrida diminua a partir do 6º segundo de prova. Dessa forma, a quantidade de fosfagênios armazenados na musculatura determina um melhor ou pior desempenho, estando esse dado de acordo com o fato de que o vencedor costuma ser aquele que reduz menos ou consegue manter sua velocidade nos últimos segundos de prova. Deve ser ressaltado que alguns pesquisadores acreditam que o sistema dos fosfagênios é capaz de contribuir, em grande proporção, por um período de até 20 segundos de atividade intensa. Partindo-se dessa hipótese, não seria espantoso acreditarmos que atletas mais treinados e com uma massa muscular bem desenvolvida, comportariam um estoque maior de CP nessa musculatura, consequentemente podendo regenerar o ATP em quantidades adequada, além de fornecer a energia requerida de forma veloz o suficiente. Na verdade, todos os tipos de atividade física necessitam de energia proveniente dos fosfagênios, e isso se dá principalmente nos momentos iniciais do exercício, porém, muitas contam quase exclusivamente com esse tipo de transferência de energia para sua realização, como por exemplo: beisebol, futebol americano, vôlei. Além da formação de ATP pela quebra da CP, o músculo esquelético também pode utilizar outras vias para produção de ATP, como por exemplo: a via glicolítica (anaeróbia e aeróbia) - formação de ATP via degradação de glicose e glicogênio, na presença ou ausência de oxigênio; via ou sistema oxidativo - formação de ATP através de processos celulares de oxidação. A formação do ATP através da via CP e glicolítica anaeróbia, não envolve a utilização de oxigênio e são chamadas de vias anaeróbias. Já a formação do ATP pelos processos oxidativos, que envolvem a utilização de oxigênio, é denominado de metabolismo aeróbio. Esse último envolve a oxidação de glicose e glicogênio na presença de oxigênio, como também, a oxidação de gorduras e proteínas. Via glicolítica Anaeróbia Com a continuidade do exercício, já que o fornecimento de energia derivado dos fosfagênios são limitados, a atividade física é mantida pela energia vinda dos estoques de glicogênio muscular e glicose, que são utilizados para fosforilação do ADP durante a glicogenólise ou glicólise (degradação do glicogênio e glicose, respectivamente) anaeróbia, o que resulta na formação de lactato. Sem o adequado suprimento ou utilização de oxigênio todas as moléculas de hidrogênio serão transformadas de piruvato para lactato. Piruvato + 2H Lactato A formação de lactato é de prima importância para o metabolismo anaeróbio pois, permite uma contínua e rápida produção do ATP, através da via glicolítica anaeróbia. A energia anaeróbia para ressíntese de ATP fornecida pela degradação da glicose e do glicogênio muscular, através da via glicolítica, pode ser vista como uma "reserva de combustível" que é ativada quando a razão oferta de oxigênio/utilização for igual a 1.0, como ocorre, por exemplo, durante a última fase de uma corrida de 1,5km, onde o indivíduo aumenta e acelera seus passos. A produção anaeróbia do ATP permanece crucial durante, por exemplo, corridas de 400m ou 100m de natação, ou ainda, durante esportes que incluem tiros curtos como futebol. Essas atividades requerem uma rápida transferência de energia que excede o suprimento pelos estoques de fosfagênios. Se a intensidade máxima do exercício diminuir, como ocorre com a aumento da duração da atividade física, o acúmulo de lactato diminui correspondentemente. Embora a produção de energia pela via glicolítica anaeróbia seja rápida, apenas uma quantidade relativamente pequena de ATP é formado por essa via. Por outro lado, o metabolismo aeróbio fornece uma contribuição maior na transferência de energia para formação do ATP, particularmente quando a duração do exercício se estende por mais de 2 a 3 minutos. Sistema Oxidativo ou Fosforilação Oxidativa A medida que o exercício se prolonga a produção de energia derivada do metabolismo anaeróbio vai gradativamente sendo menos importante, dando lugar aos processos oxidativos. Além disso, com o aumento da duração do exercício ocorre um aumento da demanda metabólica que deverá ser suprida pelos processos aeróbios de produção de energia. A mitocôndria é uma organela que está localizada dentro da célula muscular, e é o principal sítio de produção de energia durante exercícios prolongados, aproximadamente acima de 2 a 3 minutos de atividade física. A degradação de carboidratos e gorduras através dos processos oxidativos, dentro das mitocôndrias, servem como importantes substratos para a ressíntese do ATP. Porém, existe uma importância relativa na utilização de carboidratos ou gorduras, como fonte energética, que irá depender da intensidade e duração do exercício. Se o exercício físico for realizado por um tempo prolongado, mas executado numa intensidade baixa (até aproximadamente 60% do consumo máximo de oxigênio), a principal fonte de energia utilizada será os ácidos graxos livres (gorduras). A medida que a intensidade do exercício aumenta (acima de 60% do VO2máx a contribuição da glicólise aeróbia (oxidação da glicose através dos processos oxidativos, dependentes de O2) como fonte energética também aumenta. Nessa situação, a demanda desse substrato de seus estoques musculares e na corrente sanguínea se encontram, também, aumentadas. Dessa forma, o conteúdo de glicogênio muscular e glicogênio hepático (que mantém a concentração de glicose no sangue constante) se tornam um fator limitante para a manutenção da intensidade do exercício, já que os seus estoques são limitados. A importância da glicose sanguínea durante o exercício tem sido amplamente estudada, sendo que o aparecimento da hipoglicemia pode limitar o exercício prolongado (endurance). Se houver uma diminuição do glicogênio muscular, a concentração de ácidos graxos livres no sangue aumenta 5 a 6 vezes os seus valores de repouso, e a musculatura passa a oxidar maiores quantidade de gorduras como fonte de energia a fim de regenerar o ATP. É sabido que a produção de ácido láctico pelas células musculares interfere com a mobilização de ácidos graxos livres (AGL) dos seus estoques (tecido adiposo) durante o exercício. Com o aumento da intensidade do exercício, onde ocorre um acúmulo de ácido láctico, a utilização de AGL como fonte de energia parece ser inibida. Contudo, se o exercício se prolongar, o ácido láctico irá ser utilizado como substrato energético pelos músculos e outros tecidos e, toma lugar novamente a oxidação de gorduras como principal fonte energética. Após o treinamento é observado um concentração menor de lactato, a qual tem sido atribuída a um menor déficit de oxigênio, assim como, a uma rápida metabolização do lactato produzido. Contudo, valores elevados de lactato são freqüentemente observados após corridas de longa distância. Isso demonstra a importante participação da via glicolítica, em corredores de longa distância, para o sprint final característico desse tipo de prova. A quantidade relativa da utilização de carboidratos e gorduras utilizados durante competições e treinamentos depende, em parte, do nível de treinamento dos atletas. É sabido que a fadiga e a redução da capacidade de trabalho estão intimamente associados com o esgotamento dos estoques de glicogênio hepático e muscular. Com o aumento da capacidade de utilização de gorduras e a conseqüente diminuição da utilização de glicogênio e glicose, como ocorre em atletas bem treinados e adaptados ao exercício de endurance, ocorre o efeito chamado de glycogen-sparing, o qual poderia adiar a fadiga e proporcionar uma tolerância maior ao exercício. Fica evidente, até o momento, que durante os diferentes tipos de exercício, diferentes sistemas energéticos estão atuando simultaneamente com a finalidade de regenerar o ATP para a manutenção do fornecimento de energia para o trabalho muscular. No entanto, dependendo da intensidade e duração do exercício, a contribuição relativa de cada um desses sistemas pode ocorrer com uma contribuição maior de uma via, e menor de outra. Dessa forma, fica fácil enxergar-mos de que maneira a creatina poderia contribuir como um agente ergogênico para melhorar a performance. Assim, o efeito da suplementação de creatina como agente ergogênico na performance física, e os riscos associados à suplementação serão discutidos no próximo artigo (creatina parte-3). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS McCAFFERTY, W.B.; HORVATH, S.M. Specificity of Exercise and Specificity of Training: A Subcellular Review. The Research Quarterly, 48(2): 358-371, 1995. POWERS, S.K.; HOWLEY, E.T. Execise Physiology: Theory and Application to Fitness and Performance. WCB/McGraw-Hill, USA. 2000. Williams, M.H.; Kreider, R.B.; Branch, J.D. Creatine - the power supplement. Human Kinetics, USA., 1999.  

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

GLA - Prímula e borragem também podem ser antiinflamatórios

Apesar do grande destaque para os ácidos graxos da série w-3, é sempre importante destacar que a partir da série w-6 também é possível produzir eicosanóides antiinflamatórios. As prostaglandinas da série 1 podem ser formadas a partir do DGLA, ácido graxo oriundo do GLA (ácido gama linolênico) encontrado nos óleos de prímula ou prímola, borragem e na groselha negra. Entre seus efeitos estão o de redução na proliferação de células musculares lisas na formação da capa fibrosa da placa aterosclerótica, indução da apoptose de células tumorais, redução na inflamação de células epiteliais (ótimo em casos de doenças como dermatites ee doenças autoimunes como vitiligo e psoríase), e redução dos sintomas da tensão pré-menstrual.