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Armazem Gaia

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CetoIsoCaproato

Quando ingerimos whey protein, temos um aumento no cetoisocaproato que perdura por cerca de 4 a 6 horas após a administração da proteina. O que significa isso? O KIC (Ketoisocaproate) é um metabólico da leucina que, após ser desaminada em reações de transaminação, transfere o grupo amino para síntese de aminoácidos a partir de ácidos orgânicos gerados no nosso metabolismo, um exemplo é a geração de glutamato à partir do cetoglutarato. Depois segue o caminho metabólico gerando glutamina e etc. O que significa o aumento do KIC? no meu raciocínio básico significa que o corpo está usando a leucina para síntese de aminoácidos e anabolizando, ou seja, produzindo proteínas e, se houve exercício, produzindo músculo. Padrões adicionais de avaliação seria a uréia plasmática porque marca o catabolismo de nitrogenados, daí o catabolismo de aminoácidos. Outros padrões são as enzimas alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase. Todos interpretados de forma lógica e racional podem dar um perfil de síntese proteica no individuo. Não apenas quando voce está produzindo proteinas, mas também quando voce está recuperando de um trauma hemorragico por exemplo ou quando voce está tentando compensar uma patologia degenerativa com alto catabolismo proteico. By Henry Okigami http://www.sciencehealth.com.br

Triptofano

Esta semana foi publicado um estudo interessante sobre a importância do triptofano na depressão. Na semana passada saiu um artigo legal sobre triptofano e câncer. Bem, parece que não há ligação, mas há uma ligação sim. O câncer ativa a indoleamina dioxigenase, esta ativação pode levar a uma diminuição do triptofano disponivel. Esta ativação se explica porque em momentos onde há estresse oxidativo, o corpo desloca o metabolismo produzindo ácido nicotínico que originará o NADH e o NADPH, moléculas redutoras endógenas importantissimas. Logo, tudo que aumente a inflamação e a tensão oxidativa demandará triptofano, indiretamente demandando mais NADH e NADPH. Daí o caminho óbvio é que o triptofano diminuirá e consequentemente a produção de serotonina também. Eu me pergunto qual a extensão do problema, ocorrerá depressão, talvez irritabilidade, agressividade, enxaqueca. Tudo isso advindo da mudança metabólica no cérebro. Neste momento acredito que um acidente vascular cerebral causará mais necrose. Além disso, o metabolismo de formação de NADH produzira alfa-cetoglutarato que aumentará a produção de glutamato via transaminação, compensando a queda do triptofano que causa depressão, levando a excitabilidade do individuo. Parece racional né? By Henry Okigami http://www.sciencehealth.com.br

Araquidonico e seus descaminhos

A principio todos achamos que o caminho do ácido araquidonico só leva a inflamação. Vamos voltar no caminho do ácido linoleico que leva ao araquidonico. A principio, parece contraditorio, mas o perfil metabolico dos eicosanóides é mais antiinflamatório que inflamatório. O problema é que nós avaliamos o que temos hoje, o que temos hoje é um perfil inflamatório. Vamos ver, a partir do ácido linoleico eu posso fazer o gamalinolenico e depois o dihomogamalinolenico, que metabolizado forma eicosanóides antiinflamatórios. O ácido araquidonico pode seguir vários caminhos, um deles é formar leucotrienos da série 4 e eicosanóides da série 2, próinflamatórios, mas pode ir por lipoxinas e formar eicosanóides antiinflamatórios. O caminho do EPA é parecido, só que ao invés de formar eicosanóides inflamatórios, no caminho seguido pelo ácido araquidonico, forma eicosanóides menos inflamatórios e o outro caminho são resolvinas, que são antiinflamatórias. No caso do DHA o mesmo do EPA. Se analisarmos pela quantidade de eicosanóides antiinflamatórios que formamos, formamos mais eicosanóides antiinflamatórios que proinflamatórios, o problema é o caminho metabólico que se toma, no mundo moderno, desviado claramente para formar eicosanóides proinflamatorios. Devemos tentar corrigir este caminho a partir da dieta e fitoterápicos.

Inibidores da aromatase no câncer de mama: da doença metastática ao tratamento adjuvante

Os tratamentos hormonais continuam a ter papel importante no manejo clínico das pacientes com câncer de mama. Entre os avanços mais recentes, os inibidores da aromatase de terceira geração vêm ocupando lugar de destaque no contexto da doença metastática. A aromatase, presente em diversos tecidos, é responsável pela conversão de andrógenos em estradiol e estrona. Antes da menopausa, a maior parte dos estrógenos femininos se origina nos ovários. Com a insuficiência ovariana, as glândulas supra-renais passam a ser a principal fonte de andrógenos, que são convertidos pela aromatase em estrógenos; esta conversão ocorre em tecidos periféricos como gordura, músculos, fígado e o próprio tumor de mama. A inibição da aromatase é uma estratégia com base racional sólida, e comprovadamente eficaz no sentido de reduzir os níveis séricos de estrógenos em mulheres pós-menopausa. Os inibidores de aromatase de primeira e segunda geração caracterizaram-se por alta toxicidade ou baixa eficácia, quando comparados ao tamoxifeno. No entanto, o tamoxifeno apresenta, além de sua ação antiestrogênica, um efeito pró-estrogênico, responsável por efeitos colaterais, tais quais proliferação do endométrio e fenômenos tromboembólicos. Estudos recentes, discutidos neste artigo, demonstraram a superioridade dos inbidores da aromatase de terceira geração, com relação ao megestrol, no tratamento hormonal de segunda linha do câncer de mama metastático em mulheres pós-menopausa. Além disto, estas drogas têm conquistado papel de destaque no tratamento de primeira linha da doença metastática, no tratamento neo-adjuvante, e no tratamento adjuvante de pacientes com câncer de mama.

AROMATASE

Descrição Aromatase é um grupo de enzimas Oxidoredutases endógenas. É encontrada no tecido retículo endoplasmático das células produtoras de estrogênio, incluindo os ovários, placenta, células de Sertoli, células de Leydig, adipócitos e cérebro Função Biológica da Aromatase Hormonios Aromatase catalisa a conversão de andrógenos para estrôgenios (pela desaturação do anel A do esteróide). A excessiva conversão de androgênio para estrogênio é indesejável: - Aromatase catalisa a conversão de androstenodiona para Estrona (no tecido adiposo e nos ossos). - Aromatase catalisa a conversão de algumas das testoteronas livres do corpo em estradiol (atletas de musculção comumente evitam esta conversão) - as transformações realizadas pela aromatase que ocorrem fora da Glândula supra-renal - comumente quer em tecidos gordurosos ( corpo gordo ) quer no cérebro. Alguns atletas de musculação, desejam minimizar a conversão de testosterona para Estradiol. Esta conversão é essencial ajudando na manutenção das funções cerebrais e ajuda prevenção da Doença de Alzheimer no homem (o homem tem mais receptores de estradiol do que receptores de testosterona no cérebro). A conversão excessiva de testosterona em estradiol pela enzima aromatase é indesejável podendo diminuir os níveis endógenos de testosterona para níveis sub-regulares. Sistema Músculo esquelético Aromatase está presente nos osteoblastos (onde catalisa a conversão da androstenodiona para estrona, que subsequentemente ativa os osteoblastos. A Aromatase ajuda na prevenção da osteoporose (catalisando a conversão da androstenodiona para estrona nos ossos). Estas substâcias podem inibir a aromatase Antioxidates Butilato de Hidroxitolueno (BHT). HORMONIOS Melatonina Lignans (antioxidante – produto natural) Coumestrol (considerado fitoterápico) Enterodiol Enterolactone Metairesino Secoisolariciresinol Lipidios Fitosteróis - Beta-sitosterol Minerais Zinco Drogas farmacológicas Inibidores de aromatase Polifenóis Apigenin Biochanin A Chrysin Equol Genisteína pode inibir a atividade da aromatase nos ovários Kaempferol Luteolin Naringenin Quercetina Resveratrol Estas Bebidas/Alimentos/Ervas, podem inibir a Aromatase Bebidas Vinho tinto (devido aos polifenois contidos no vinho tinto) Frutas Mangostão (devido ao Gama-mangostin) Ervas Epilobium Chá verde Lúpulo Urtiga (devido ao Beta-sitosterol e [(10-E,12-Z)-9-hidroxi-10,12-acido octadecadienico] Flor da paixão Pygeum Cogumelos Champignon Branco Sementes Sementes de Uva Efeitos tóxicos do excesso de atividade da Aromatase Sistema Imunitário Poderá implicar no desenvolvimento de: Câncer de mama Câncer de endométrio Sistema Sexual Poderá implicar no desenvolvimento de: Endometriose Hiperplasia de próstata (aromatase é conhecida por estar presente na próstata, onde catalisa a conversão de testosterona para estradiol – atividade do estradiol na próstata estimula o crescimento prostático) Estes fatores podem aumentar a produção da Aromatase Processos de envelhecimento A produção da aromatase aumenta (em homens) no mesmo tempo que a progressão do processo de envelhecimento. Referências: Fowkes, S. Wm. Aromatase inhibition and aging. Smart Life News. 7(1):1-6, 1999. Nawata, H., et al. Aromatase in bone cell: association with osteoporosis in postmenopausal women. J Steroid Biochem Molec Biol. 53(1-2):165-174, 1995. Fowkes, S. Wmf. Q&A: High testosterone from BHT? Smart Life News. 7(10):6-7, 2001. Cos, S., et al. Melatonin modulates aromatase activity in MCF-7 human breast cancer cells. J Pineal Res. 38(2):136-142, 2005. Wang, C., et al. Lignans and flavonoids inhibit aromatase enzyme in human preadipocytes. J Steroid Biochem Mol Biol. 50(3-4):205-212, 1994. Awad, A. B., et al. Phytosterol feeding induces alterations in testosterone metabolism in rat tissues. J Nutr Biochem. 9:712-717, 1988. Sparkman, D. Phytosterols may reduce risk of prostate cancer. Muscular Development. 36(5):34, 1999. Pelissero, C., et al. Effects of flavonoids on aromatase activity, an in vitro study. Biochem Mol Biol. 57(3- 4):215-223, 1996. Eng, E. T., et al. Anti-aromatase chemicals in red wine. Ann N Y Acad Sci. 963:239-246, 2002. Balunas, M. J., et al. Xanthones from the botanical dietary supplement mangosteen (Garcinia mangostana) with aromatase inhibitory activity. Journal of Natural Products. 71(7):1161-1166, 2008. Ducrey, B., et al. Inhibition of 5 alpha-reductase and aromatase by the ellagitannins oenothein A and oenothein B from Epilobium species. Planta Medica. 63(2):111-114, 1997. Monteiro, R., et al. Effect of hop (Humulus lupulus L.) flavonoids on aromatase (estrogen synthase) activity. J Agric Food Chem. 54(8):2938-2943, 2006. Dhawan, K., et al. Prevention of chronic alcohol and nicotine-induced azospermia, sterility and decreased libido, by a novel tri-substituted benzoflavone moiety from Passiflora incarnata Linneaus in healthy male rats. Life Sciences. 71(26):3059-3069, 2002. Hartmann, R. W., et al. Inhibition of 5 alpha-reductase and aromatase by PHL-00801 (Prostatonin), a combination of PY 102 (Pygeum africanum) and UR 102 (Urtica dioica) extracts. Phytomed. 3:121-128, 1996. Grube, B. J., et al. White button mushroom phytochemicals inhibit aromatase activity and breast cancer cell proliferation. Journal of Nutrition. 131(12):3288-3293, 2001. Kijima, I., et al. Grape seed extract is an aromatase inhibitor and a suppressor of aromatase expression. Cancer Research. 66(11):5960-5967, 2006. Matzkin, H., et al. Immunohistochemical evidence of the existence and localization of aromatase in human prostatic tissues. Prostate. 21:309-314, 1992. BPH: the other side of the coin. Life Extension. 5(2):12-15, 1999. Duchaine, D. Ask the guru. Muscle Media. 53:41, 1996. Hyperhealth

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fitoterapia ou tratamento com ervas faz parte da Medicina Alternativa. A Medicina Alternativa compreende tratamentos não ensinados nas escolas médicas e não utilizados em hospitais. A medicina alternativa trata as pessoas de maneira holística, o que significa considerar a pessoa como um todo, envolvendo características físicas, mentais, emocionais e espirituais.

O tratamento com ervas é muito utilizado em todo mundo, com destaque para os países subdesenvolvidos. São inúmeros os medicamentos fitoterápicos e sua produção está cada vez maior, ocupando importante espaço comercial. Em geral são tratados como produtos dietéticos, fugindo ao controle rigoroso dos serviços de vigilância. São vendidos com a imagem de produtos inofensivos à saúde.

A realidade é bem diferente. A substância derivada de planta não é inócua, bastando lembrar que a maioria dos venenos conhecidos derivam de vegetais. Uma substância pode ser terapêutica em uma determinada dose e venenosa em outra.

A interação de produtos derivados de plantas com medicamentos freqüentemente utilizados, tem sido matéria de grande interesse médico (Lancet 2000; 355: 134-38).

Têm sido observado com freqüência efeitos sinergísticos, isto é, o produto derivado de erva aumentando a ação do medicamento que está sendo utilizado podendo criar problemas de saúde.

O produto natural pode ter uma ação quando analisado em laboratório ("in vitro") e ação diferente no organismo ("in vivo").

Outro problema muito comum é a venda de produtos com rótulo de produto derivado de ervas, mas que contém na sua fórmula também substâncias químicas, como hormônio, cortisona, antiinflamatórios, etc.

Recentemente a Organização Mundial de Saúde criou um centro que vai monitorar, testar e aprovar medicamentos derivados de ervas. Há recomendação para que setores ligados à medicina tradicional colaborem com os setores alternativos. A medicação que realmente seja atuante e produza resultados positivos deve ser prestigiada. Estão sendo analisados produtos peculiares utilizados alternativamente em diferentes países no sentido de se verificar sua eficácia.

Neste artigo analisaremos quatro produtos muito difundidos em nosso meio: "Erva-de-São João", "Ginseng", "Gingko biloba" e "Valeriana".

A Erva de São João, ou HIPÉRICO (hypericum perfuratum), é conhecida há centenas de anos na Europa, sendo considerada no passado como capaz de espantar os maus espíritos (do latim hypericum ). Atualmente é utilizada como antidepressivo, apresentando bons resultados no tratamento da depressão leve.

Durante séculos foi muito utilizada, inicialmente por sua capacidade de cicatrizar feridas, úlceras de pele e queimaduras. Considerada capaz de afastar maus espíritos, foi utilizada no tratamento de inúmeras doenças mentais. Acredita-se que seu nome venha de John King, famoso e muito querido médico inglês, que ficou conhecido por utilizar o hipérico. Era indicada também no tratamento da enurese noturna, doença que acomete preferencialmente crianças. Depois passou a ser conhecida como ansiolítica e útil no tratamento da melancolia. A homeopatia sempre utilizou o hipérico, tendo sido considerado tão importante quanto a arnica, sendo denominada a "arnica dos nervos".

Sua utilização como antidepressivo é recente e foi iniciada na Alemanha.

Recentemente foi submetida a estudo de meta-análise entre grande números de trabalhos europeus e norte-americanos, quando foi comprovada sua ação antidepressiva.

A substância básica é a hipericina e sua dose diária deve ser de 300 mg-1000 mg. A sua ação se deve à inibição da monoamino oxidase (IMAO), enzima que atua sobre os neurotransmissores. Alguns pesquisadores indicam também uma ação na inibição da catecol-metil-transferase (COMT) e outros acreditam que a hipericina tenha ação na recaptação cerebral de serotonina. A ação cicatrizante da erva se deve a uma substância denominada hiperforina, que tem ação bactericida. Sua ação cicatrizante está bem comprovada, sendo sua tintura muito útil no tratamento de feridas e úlceras de pele.

Teria ação antiviral o que daria ao hipérico um espaço para o tratamento da infecção herpética, da gripe e da AIDS, mas esta ação não está comprovada.

Alguns trabalhos aconselham a sua associação com a valeriana, substância sedativa analisada neste trabalho.

A erva pode provocar problemas gastrointestinais (náuseas, gastrite, cólicas) e fototoxicidade, facilitando o aparecimento da catarata. Observa-se sua interação com antidepressivos recaptadores de serotonina (como a setralina), acentuando sua ação, havendo casos de piora da depressão. Interfere com medicamentos como a digoxina e a teofilina, diminuindo seus efeitos. Diminui a ação de drgas imunossupressoras como a ciclosporina (Lancet 2000, 355,548-549).

O seu uso não está indicado no tratamento de depressão severa.

O GINSENG (panax ginseng) é nativo da Ásia (China) onde é largamente cultivado, sendo a sua raiz a parte de onde é retirado o produto fitoterápico. O nome "panax" vem do grego "panakos" e quer dizer panacéia, isto é, apresenta inúmeras ações terapêuticas, tendo sido considerada pelos chineses uma substância miraculosa, que cura todas as doenças. A palavra ginseng significa "a maravilha do mundo". Posteriormente foi identificada na América do Norte, onde também é nativa e recebe o nome de "garantoquen". A planta chinesa (panax ginseng) é um pouco maior que a norte-americana (panax quinquefolius), mas com as mesmas características.

O chá feito da raiz é um pouco amargo e sem cheiro.

Utilizada para o combate da fadiga, revitalizando as energias, e afastando os sintomas da velhice é considerada como capaz de prolongar a vida, curando doenças dos pulmões e tumores.

O ginseng contém como substância ativa o ginsenosídeo.

É utilizada na China, no tratamento da gastrite, de vômitos e de problemas nervosos.

Sua ação sobre o esgotamento nervoso e o estresse é muito conhecida. Acredita-se que melhore o vigor sexual, o tônus muscular e da pele.

Recentemente foi publicado na imprensa médica (Arch Intern Med. 2000;160:1009-1013) um artigo que revela ser o GINSENG (Panax quinquefolius) útil no controle do Diabetes Mellitus tipo 2. A dose utilizada para o controle do diabetes é de 3 gramas de ginseng, junto com a alimentação, e com isto se consegue diminuir a glicose sanguínea em 20%. Não se sabe como a erva age, havendo uma sugestão que possa retardar a absorção de carboidratos ao nível digestivo, ou mesmo modular a produção de insulina. É importante que se saliente que há medidas muito simples que controlam com segurança o diabetes tipo 2: como a perda de peso, a dieta pobre em carboidratos e principalmente os exercícios físicos.

Pode provocar insônia e irritabilidade, sendo possível desencadear crises de pressão alta.

Acentua a ação do álcool e aumenta o efeito de anticoagulante (dicumarínico).

GINGKO BILOBA

A gingko é extraída de folhas de uma árvore muito comum na Europa e nos Estados Unidos, sendo muito popular na Alemanha, onde tem seu uso aprovado oficialmente. É conhecida há centenas de anos, tendo ampla gama de efeitos, atuando em problemas cardiovasculares, neurológicos e metabólicos.

É uma substância que atua na circulação cerebral, sendo muito utilizada na velhice, com a finalidade de melhorar problemas de memória, dificuldades de concentração e confusão mental. Tem sido utilizada nas fases iniciais da Doença de Alzheimer, no combate aos problemas cognitivos próprios da doença, melhorando o comportamento (The Lancet, 350, 9086,27/10/97). Infelizmente esses resultados são muito discutidos.

Não se sabe bem como age, mas parece ativar a circulação cerebral melhorando o aproveitamento do oxigênio pelas células nervosas.

Tem ação positiva no tratamento das tonturas e do zumbido, principalmente quando devidos à insuficiência circulatória.

Basicamente age como um tônico, sendo útil na terceira idade, podendo inclusive melhorar o desempenho sexual.

A substância ativa é denominada ginkgosídeo, sendo utilizada na dose de 40 mg, três vezes ao dia.

Seus efeitos colaterais se caracterizam por problemas de gastrite. Recentemente foi observado que pode acentuar a ação anticoagulante de dicumarínicos e da aspirina, medicamentos muito utilizados para tratamento de doenças cárdio-vasculares.

A utilização deste produto deve ser criteriosa e sempre com acompanhamento médico. Se a pessoa utiliza outros medicamentos deve sempre procurar saber das possíveis interações.

Deve ser evitado o seu uso em pessoas saudáveis que queiram somente aumentar sua capacidade cerebral.

A preocupação com a diminuição de nosso rendimento, de nossa capacidade intelectual e de nossa memória, o combate à fadiga e ao estresse, são muito comuns em nosso meio. A procura de medicamentos para o tratamento de tais sintomas não deve superar o que é considerado o melhor método terapêutico: a mudança de hábitos, com introdução de atividade física regular, relaxamento e ativação de nossas funções mentais com exercícios e jogos.

VALERIANA

É um produto obtido da raiz de uma planta muito difundida na Europa, a Valeriana officinalis. Foi o principal sedativo usado tanto na Europa como na América, antes da descoberta do barbitúrico, nos anos iniciais do século passado. Caracteristicamente possui um odor forte e desagradável. É sem dúvida um importante sedativo, podendo ser usado como indutor do sono. Pode ser utilizada como calmante durante o dia. Pode ser usada para sedação de crianças.

Não se conhece bem qual a sua substância ativa.

É utilizado na forma de tintura, em gotas ou medidas. A dose recomendada como indutor de sono são 30 gotas de tintura, em água, ao deitar. Existe também em forma de cápsulas.

Como todo sedativo, tem ação depressora sobre o sistema nervoso, podendo provocar depressão. Não causa dependência, sendo menos potente do que os sedativos conhecidos. Pode aumentar a ação do álcool, não devendo ser associada ao mesmo.

Pode não produzir efeito algum.

Ao tratarmos da ansiedade e dos problemas de sono devemos observar outras formas terapêuticas que não a química ou a derivada de plantas. A tensão emocional responde muito bem a técnicas de relaxamento e a psicoterapia corporal, por exemplo. Os problemas de sono em geral são complexos e freqüentemente estão relacionados a graves problemas psicológicos como a depressão, por exemplo. Devemos sempre procurar orientação médica antes de utilizarmos medicamentos. Antes de iniciarmos um tratamento devemos nos submeter a investigação profunda. Em geral há um medicamento ideal para cada pessoa, que deve ser utilizado em dose correta e sempre por um determinado tempo.

É muito comum em nosso meio a utilização de medicamentos sem orientação médica e por longo tempo. Muitas vezes ao se dirigir à consulta médica o paciente esquece de mencionar que está utilizando o produto. Um exemplo disto ocorre com laxantes naturais, muito utilizados e raramente citados. É interessante lembrar que inclusive o uso de pomadas deve ser mencionado.

Ao consultarmos um médico ou nutricionista, ao iniciarmos um tratamento, ao realizarmos um procedimento cirúrgico, devemos informar sempre todos os medicamentos que estão sendo utilizados.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Estudos mostram que cerca de 70% dos brasileiros fazem uso profissional da voz. São professores, palestrantes, operadores de telemarketing, cantores, atores, políticos e locutores que precisam atentar para a forma como falam para não perder a principal ferramenta de trabalho. Alguns cuidados, entre eles nutricionais, são importantes para manter a voz saudável:

# Beba muita água. A hidratação permite que as pregas vocais reverberem com mais facilidade.
# Evite bebidas geladas e cafeinadas durante a utilização da voz. Elas podem desidratar a garganta e ressercar as cordas.
# Evite alimentos gordurosos ou condimentados e derivados do leite. Eles dificultam a digestão e podem afetar a laringe.
# Dê preferência a frutas, especialmente a maçã, que ajuda a limpar a garganta.
# Utilizar romã e gengibre, fundamentais para redução na inflamação das pregas vocais.
# Mel com própolis também é uma boa opção, mas sem exageros. Ambos ajudam a formar uma película (resina) protetora nas cordas vocais.
# Não fume ou exagere na ingestão de bebidas alcoólicas. Esses hábitos irritam a mucosa do trato vocal.
# Evite gritar e fale com intensidade moderada. Preste atenção ao seu comportamento em ambientes barulhentos.
# Evite tossir ou pigarrear. Se o pigarro incomodar, beba um pouco de água.
# Não use calças apertadas na cintura e golas justas no pescoço. Ambas prejudicam a respiração.

A imagem postada mostra dois calos vocais.

Se vc tem alguma outra dica, deixe seu comentário. Um abraço.