Glutamina no paciente critico

O paciente crítico se encontra sob risco iminente de morte, caracterizado por hipercatabolismo, vulnerabilidade a infecções, SRIS e déficit energético. Um dos fatores envolvidos no mau prognóstico desses pacientes é a depleção da glutamina (Gln) circulante. Nestes casos, a suplementação de Gln (dose de 0,5 g/kg/d) na nutrição parenteral (NP) tem sido relacionada com a redução de complicações infecciosas, do tempo de internação na UTI e da mortalidade, quando comparada à NP sem a Gln. O mecanismo proposto deste benefício está ligado ao efeito sistêmico antioxidante, à manutenção da integridade da barreira intestinal, indução de proteínas de choque térmico - essenciais para a viabilidade celular sob condições estressantes -, e uso energético e de síntese para células de rápida replicação.

HIPOTÁLAMO TEM A CHAVE DO ENVELHECIMENTO

Cientistas americanos descobriram um centro de comando biológico para o processo de envelhecimento em um pedaço de cérebro do tamanho de uma noz: o hipotálamo. O mecanismo, nas profundezas do cérebro de camundongos, mostrou ainda que pode ser ajustado para encurtar ou alongar a vida dos roedores. Na revista “Nature”, que publicou o estudo, os cientistas descrevem como chegaram ao que parece ser o centro de controle de envelhecimento no organismo. Eles descobriram que um composto químico chamado NF-kB se tornava mais ativo no cérebro de camundongos conforme eles envelheciam. Quando os pesquisadores bloquearam a substância, os camundongos viveram até 1100 dias, enquanto roedores saudáveis vivem entre 600 e mil dias. Quando eles aumentaram o nível de NF-kB, todos os camundongos morreram em 900 dias.

Qual tempo de jejum devo considerar na indicação de nutrição parenteral?

A nutrição parenteral está indicada nos pacientes com trato gastrointestinal não funcionante ou quando a via VO/ Enteral for insuficiente para suprir às necessidades nutricionais do indivíduo adulto em período de cinco a sete dias. Recomenda-se não retardar o início da NP por mais de 48h da admissão hospitalar ou da indicação de terapia nutricional. A espera pela melhora de todos os processos atuantes no fisiologismo e nos mecanismos absortivos do trato gastrointestinal pode ser um fator agravante do quadro clínico. Nos pacientes desnutridos severos a NPT deve ser iniciada assim que o paciente apresentar condições clínicas e hemodinâmicas.

Um pouco de bioquímica

O piruvato gerado pela glicólise anaerobia é metabolizado a acetil ou acetato para se ligar a acetil-CoA para girar o ciclo do ácido tricarboxílico. Bem, se não entrar, ele será convertido a lactato por efeito da desidrogenase lática. O legal, legal mesmo é que o lactato pode ser captado pelo neurônio ou cardiomiócito (entre os mais importantes) e sofrer a ação de um subtipo diferente de desidrogenase lática e formar o piruvato. Neste caminho, forma-se um NADH. O piruvato ao ser convertido a acetil ou acetato, também forma um NADH via oxidação do dihidrolipoato para o lipoato. A vantagem? Molécula redutora e ao mesmo tempo, substrato para a fosforilação oxidativa. Proteção antioxidante e geração de ATP, o que protege melhor dois órgãos nobres, coração e cérebro, que são dois órgãos que gastam muito ATP e geram muito estresse oxidativo.

Cisteina

Quando estudarmos cisteína, vamos ver que a cisteína estimula a captação de glicose pela célula. Imaginem vocês o porque disso? Bem a captação da glicose e sua metabolização vai gerar intermediários metabólicos interessantes no metabolismo da própria cisteína. A glicina é gerada a partir da serina e do fosfoglicerato, que é gerado pela glicose no caminho da glicólise anaeróbia. Bem, isso é um pedaço do processo, o outro é que o caminho da glicólise anaerobia também leva ao caminho do ácido tricarboxílico, que gera ceto-glutarato, que transaminado pelo BCAA gera o glutamato. Glicina, glutamato, cisteína lembram a vocês algo? Glutationa, a molécula antioxidante mais importante do nosso corpo. Mas as coincidências não para aí, analise o fato de que a glicina por si é detoxificante de moléculas derivadas do benzeno. Escrito pelo prof.Henry Okigami

ATP: GERAÇÃO DE ENERGIA

As vezes não conseguimos analisar a importância da opção metabólica por gerar ATP sem consumo de oxigênio. Simples, a hipóxia gera inibição de algumas enzimas associadas ao metabolismo oxidativo e estimula enzimas da glicólise anaeróbia. A célula reage fazendo menos ATP, captando a glicose para fazer energia, porém gerando esqueletos de carbono, dos quais saem a alanina, serina, glicina. Da serina produzimos, interagindo com a homocisteína, a cistationina que gera cisteína, que gera glutationa ou taurina, ou é incorporada a proteínas. Mas há outro caminho, a metilação. A serina metila o tetrahidrofolato gerando glicina, que metila o tetrahidrofolato (gerando o metiltetrahidrofolato nos dois passos) e CO2 e H2O, neste caminho todo o ciclo de transmetilação é melhorado e a biossíntese acaba sendo estimulada.

Condimentos antioxidantes parte II

Ainda podemos analisar outros temperos, como a canela que, se contiver o cinamaldeído terá efeito na melhora da resposta a insulina, gengibre que contém os gingerois e shagois, termogenicos e anti-reumático. Outro produto bem recente e muito legal é o cominho, suas sementes tem sido usadas no tratamento de asma. O coentro parece ser o mais promissor, além de ter efeito diminuidor do colesterol, o linalol presente no mesmo e no manjericão doce tem efeito calmante, mas o melhor efeito do coentro é seu efeito anti-inflamatório no tratamento de artrite. Vamos imaginar um tempero para pacientes com osteoatrite ou artrite, coentro, gengibre e curcuma. Chá verde também tem demonstrado efeito antioxidante e anti-inflamatório. Use os temperos e as hortaliças no seu dia a dia, serão armas importantes na saúde do seu paciente. Escrito pelo prof. Henry Okigami

Condimentos antioxidantes parte I

Alguns temperos tem alta atividade antioxidante, o curry, a curcuma ou açafrão são baseados em polifenóis, particularmente com atividade antioxidante e anti-inflamatória. A curcuma, via seus ativos curcuminóides tem alta atividade antioxidante, a curcumina é quelante de metal de transição. Outro tempero excelente é o alho, cujos antioxidantes são baseados em compostos sulfurados, somar alho com curcuma ou curry seria uma ótima associação antioxidante. Se analisarmos mais profundamente, a pimenta negra contém piperina, que inibe o metabolismo de primeira passagem da curcumina, uma boa associação para aproveitar melhor o efeito sistêmico da curcumina seria associar com a pimenta negra. Outro tempero excelente é a pimenta, o gênero Capsicum contém capsaicinóides, que tem atividade termogênica, mas também tem espaço como analgésicos, particularmente em neuropatias quando aplicados topicamente. Escrito pelo prof. Henry Okigami