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Armazem Gaia

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Papel da Vitamina D na Função

A vitamina D, através de suas ações no intestino, rins, ossos e glândulas paratireóides, é fundamental para a homeostase (equilíbrio das funções do cálcio) e para o desenvolvimento de um esqueleto saudável. Além disso, receptores dos hormônios da paratireóide podem ser encontrados em quase todos os tecidos do organismo. Na célula muscular esquelética, a vitamina D atua através do mecanismo clássico de ligação a um receptor nuclear e também através da ligação a um receptor de membrana, realizando ações que envolvem o transporte de cálcio, a síntese protéica e a velocidade de contração muscular. Clinicamente, a deficiência de vitamina D, bastante comum em idosos, inclusive em nosso país, tem sido relacionada a um aumento da incidência de quedas, a uma diminuição da força muscular e a uma deterioração do equilíbrio, avaliada pela oscilação do corpo na postura ereta. Por outro lado, tem sido demonstrado que a suplementação associada de cálcio e vitamina D em idosos deficientes contribui para melhoria destes aspectos da função neuro-muscular.

A maior fonte de vitamina D do organismo é sua síntese realizada na pele, catalisada pelas irradiações ultravioletas provenientes da luz solar, sendo que as fontes alimentares contribuem apenas com uma pequena parcela das necessidades diárias. A vitamina D proveniente da síntese em animais é denominada de colecalciferol ou Vitamina D3 e a de origem vegetal é o ergocalciferol ou Vitamina D2. A partir da exposição aos raios ultravioleta B (UVB), presentes na pele humana, ocorre a transformação em vitamina D3. Esta forma não metabolicamente ativa é transportada pela corrente sanguínea até o fígado.

Os primeiros trabalhos sobre as ações da vitamina D no músculo esquelético tratavam do mecanismo intracelular de contração muscular e foram realizados em animais. Mais tarde surgiram estudos clínicos demonstrando a presença de uma miopatia em pacientes com osteomalácia por deficiência grave de vitamina D. Os efeitos da deficiência ou insuficiência de vitamina D nos parâmetros da função neuro-muscular em idosos têm ganhado cada vez mais atenção dos pesquisadores. Um dos primeiros aspectos estudados sobre as ações musculares da vitamina D foi sua participação no transporte ativo do cálcio para o interior do retículo sarcoplasmático ( RS) de coelhos. Na presença de deficiência de vitamina D, este transporte encontra-se reduzido e se normaliza com o pré-tratamento com vitamina D sugerindo que a 1,25(OH)2D seria a responsável pela estimulação do transporte ativo de cálcio para o interior do Retículo sarcoplasmático pela cálcio-ATPase e que a atividade desta enzima seria regulada pela fosforilação de proteínas na membrana do RS estimulada pela 1,25(OH)2D (15).

Outros efeitos da vitamina D na célula muscular esquelética relacionam-se ao metabolismo e à síntese protéica. A adição de calcitriol em cultura de tecido de músculo de ratos deficientes aumentou tanto o conteúdo intracelular de ATP, quanto à síntese protéica e em músculo de coelhos raquíticos o conteúdo de troponina C, uma proteína do complexo actinomiosina com alta afinidade pelo cálcio, encontrava-se diminuída quando comparado ao músculo de animais normais. A função muscular também foi estudada, no qual foram encontradas prolongamentos da fase de relaxamento do músculo de ratos deficientes em vitamina D. Mediante o exposto, observou-se que a deficiência de vitamina D produziu uma redução do transporte ativo de cálcio para o interior do RS, processo fundamental para o relaxamento muscular.

A miopatia produzida por deficiência de vitamina D apresenta quadro clínico característico de dor muscular difusa e fraqueza, dificuldades na marcha e em atividades mais simples como se levantar de uma cadeira, sendo a vitamina D, portanto, importante para manutenção da massa, da força e da velocidade de contração do músculo esquelético. Em humanos, encontraram tempo de contração e relaxamento mais lentos em pacientes com miopatia por deficiência de vitamina D do que em controles normais. Estes achados são condizentes com a biópsia muscular de pacientes com osteomalácia que mostra atrofia de fibras musculares do tipo II, cuja principal característica funcional é a contração rápida. Este mesmo tipo de atrofia muscular foi revertido após 6 meses de tratamento com um análogo sintético da vitamina D, o 1 alfa-hidroxicolecalciferol, que promoveu aumento tanto no número relativo como na área de secção transversa das fibras do tipo II.

A hipovitaminose D caracteriza-se por níveis séricos de 25OHD abaixo do limiar considerado suficiente para manutenção de uma secreção normal de PTH pelas paratiróides. Na deficiência de vitamina D já se evidenciam as alterações histológicas clássicas da osteomalácia e raquitismo, com deficiente mineralização da matriz osteóide, além de aumento acentuados dos níveis de PTH. Nesta situação, a hipocalcemia e hipofosfatemia podem ser manifestas. Dentre os fatores de risco para a hipovitaminose D nesta população podemos destacar a dieta pobre em vitamina D, a baixa exposição solar, a diminuição da eficiência da síntese cutânea, assim como da absorção intestinal, e a redução da atividade da 1α-hidroxilase renal, que acompanham o envelhecimento, além de terapia com anticonvulsivantes e/ou outras drogas que interfiram no metabolismo da vitamina D. Paralelamente à deficiência de vitamina D, os idosos apresentam freqüentemente uma diminuição da massa muscular, causada por
redução tanto no tamanho como no número de fibras musculares, sendo que as fibras do tipo II (contração rápida) são mais afetadas que as fibras do tipo I (contração lenta). Associada a esta perda ocorre também diminuição da força muscular, ambas repercutindo negativamente no desempenho funcional e aumentando o risco de quedas e fraturas nesta população. Existem evidências de que a presença de baixos níveis plasmáticos de vitamina D estaria envolvida na fraqueza muscular associada ao envelhecimento.

Há várias evidências de que a vitamina D participa de dois aspectos importantes da função neuro-muscular: a força muscular e o equilíbrio. Especialmente no que se refere à célula muscular esquelética, sabe-se que a vitamina D atua através de um receptor específico, exercendo ações que envolvem desde a síntese protéica até a cinética de contração muscular, que repercutem na capacidade de realizar movimentos rápidos que evitam uma queda. No entanto, ainda há muito a ser descoberto sobre o papel específico da vitamina D sobre o sistema nervoso central. Pesquisas futuras são necessárias para ratificar os benefícios da suplementação oral de vitamina D sobre a força muscular, oscilação postural e incidência de quedas, tão comuns entre os idosos. Se obtidos resultados positivos, estes poderão nortear a implementação de políticas de saúde para a população geriátrica brasileira, oferecendo uma alternativa barata e eficiente para prevenção das fraturas osteoporóticas.

domingo, 25 de julho de 2010

DISTÚRBIOS DO EIXO CÁLCIO – PARATORMÔNIO – VITAMINA D NAS DOENÇAS HEPÁTICAS CRÔNICAS

Pacientes com Doenças Hepáticas Crônicas (DHC) apresentam tendências à diminuição do cálcio e vitamina D e aumento do paratormônio. A dieta inadequada e diminuição da exposição à luz solar alterariam este mecanismo. Outro fator agravante é o tratamento das DHC com glicocorticóides ( na fibrose cística) e ribavarina ( na hepatite C), além da manifestação da osteoporose.
A osteodistrofia Hepática ( OH) é um termo genérico que caracteriza a doença metabólica óssea nos pacientes com DHC. A OH é muito comum nos pacientes com doença colestática ( acomete 83% dos casos, aproximadamente) e nas hepatites virais ( 15 a 35% dos casos).
A osteoporose é mais prevalente em mulheres pós menopausa e nos alcoólatras, assim como também é manifestada quando se faz uso prolongado de corticosteróides, acarretando em ambos os casos, dano profundo na produção de vitamina D e seus metabólitos, alterando o metabolismo de cálcio. O Cálcio se encontra no organismo quase que completamente na matrix óssea. Apenas 1% do cálcio orgânico encontra-se no meio intra e extracelular. As ações do cálcio estão relacionadas com a formação óssea, coagulação sanguìnea e função neuromuscular. O cálcio é absorvido no intestino sob a influência direta da Vitamina D, sendo a fração não absorvida excretada através das fezes. A maior parte da vitamina D é proveniente da conversão da pró vitamina D em pré vitamina D e o restante é obtido via alimentação.
A doença óssea mais comumente associada à hepatopatia alcoólica é a osteopenia e a osteoporose. A osteopenia se manifesta em pacientes elitistas, independente da existência de cirrose alcoólica. Os níveis de magnésio, seja por ingestão inadequada ou aumento da excreção urinária, diminuem os níveis séricos de vitamina D.
Em relação á cirrose biliar primária, esta é uma doença autoimune caracterizada pela colestase e destruição de estruturas vitais do fígado e observou-se que no momento do diagnóstico desta patologia, os pacientes sem o tratamento prévio apresentavam pouca evidência de doença osteometabólica, porém, algumas anormalidades, tais como diminuição da absorção de cálcio poderia levar à doença óssea no futuro.
Na Doença colestática crônica de etiologia tumoral e calculosa, observou-se que houve diminuição na absorção de cálcio no intestino, correlacionando-se com a diminuição da absorção de vitamina D, aumento do paratormônio e maior reabsorção óssea, entretanto, estes dados ainda não são conclusivos.
A fibrose cística apresenta como complicações mais significativas a perda de massa óssea com aumento do risco de fraturas nas vértebras e fêmur, pois o indivíduo apresenta baixo peso, baixa prática de atividade física, uso de glicocorticóides devido as lesões pulmonares, menor formação de massa óssea na infância e adolescência, gravidade da doença, hipogonadismo e distúrbios do metabolismo de cálcio.
Em relação à Hepatite C tratada com ribavarina e interferon, observa-se que parece induzir alterações no eixo Cálcio- Paratormônio- Vitamina D, pois a ribavarina diminui a absorção intestinal de cálcio, diminui o cálcio sérico e aumenta o paratormônio, além de promover alterações diretas nos osteoblastos, ocasionando o hiperparatireoidismo leve, aumentando a reabsorção tubular de cálcio nos rins.
Enfim, em todas doenças listadas neste estudo, evidencia-se tendências à diminuição nos níveis de vitamina D com diminuição da reabsorção intestinal de cálcio. Nos níveis séricos elevados de paratormônio, pode-se encontrar formas graves das DHC, sendo este aumento atribuído à hiperparatireoidismo compensatório á Hipovitaminose D. Observou-se também que a presença de osteoporose nos pacientes com DHC associam-se com aumento nas deformidades ósseas e de fraturas.
Conclui-se neste estudo que a prevenção destas manifestções clínicas consistem na exposição à luz solar, aumento da atividade física sob supervisão criteriosa e controle adequado da doença, além de suplementação adequada de cálcio e vitamina D.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

GLÚTEN E INDIVIDUALIDADE BIOQUÍMICA

A individualidade bioquímica vem sendo tratada com muita atenção. Pesquisas recentes têm introduzido este conceito para o entendimento da grande variedade de distúrbios que afetam à saúde humana. A individualidade bioquímica é a base para a teoria de que a nutrição aplicada com a devida atenção e preocupação acerca das variações genéticas individuais e oferecem solução para muitos problemas de saúde. A combinação do conhecimento da individualidade bioquímica associadas à composição nutricional dos alimentos e das alterações sofridas pelos mesmos durante o processamento permitem uma nutrição adequada ao indivíduo.
Além das necessidades energéticas individuais, há de se considerar o fato de muitos indivíduos apresentarem reações adversas aos alimentos, como as reações de hipersensibilidade alimentar.
De um modo geral, as hipersensibilidades alimentares são classificadas em dois grandes grupos: a alergia alimentar e a intolerância alimentar. O primeiro é caracterizado por ser uma reação do sistema imune, enquanto o segundo pode desencadear vários mecanismos patológicos.
Em relação ao glúten, esta substância é uma rede protéica presente no trigo, na aveia, na cevada e no centeio. Estudos relatam que indivíduos que consomem alimentos fontes de glúten apresentam reações alergênicas que culminam em distenção abdominal, náuseas, diarréia, coceiras, vermelhidão na pele, tosse persistente, rinite e outras complicações. A maior restrição ao consumo do glúten se dá pela manifestação da doença celíaca. A doença celíaca é uma doença que se manifesta no intestino humano e ocorre em indivíduos predispostos genéticamente.
Estudos também verificaram que dentre os sintomas citados, incluem-se flatulência, fadiga, dor nas articulações, má absorção dos nutrientes, gastrite, esofagite, distúrbios hepáticos e da tireóide, danos nas articulações e neurológicos.
O indivíduo com doença celíaca deve evitar o contato, mesmo que via inalação de produtos que contenham trigo, centeio e cevada. Alguns estudos mostram que alguns indivíduos toleram a ingestão de aveia sem sofrer complicações, desde que haja restrição total dos demais alimentos derivados do trigo, centeio e cevada.

DISTÚRBIOS DO SONO: INSÔNIA, APNÉIA OBSTRUTIVA E RONCO

Nós passamos aproximadamente um terço de nossas vidas dormindo, sendo que fatores externos, orgânicos e emocionais interferem diretamente na qualidade do sono. Um indivíduo, uma vez afetado por problemas de insônia, sendo uma noite mau dormida ou um período longo de sono insatisfatório tem prejudicada todas as suas funções fisiológicas, hormonais e psicológicas, interferindo negativamente na produtividade no trabalho, nos afazeres diários e na atividade intelectual, além de reduzido coeficiente de atenção. A insônia é definida como a dificuldade de dormir ou mantê-lo continuamente durante a noite ou até mesmo despertar antes do horário desejado. A ciência utiliza diversas técnicas para minimizar a insônia, sendo que dentre estas, destacam-se o uso de fitoterápicos e alimentos mais leves, principalmente no período que antecede o momento de dormir. No entanto, a insônia pode ser causada por outros fatores, além dos fatores emocionais, ansiedade, psicológicos e patológicos: o ronco e a apnéia obstrutiva, sendo a apnéia obstrutiva ( SAOS), definida como episódios repetitivos de cessação da respiração durante o sono.
A alimentação e os hábitos de vida interferem diretamente na qualidade do sono, pois um indivíduo que não se alimenta corretamente, tem uma vida desrregrada, é etilista ( consome muita bebida alcoólica) e tabagista certamente terá problemas de insônia, principalmente por fazer uso de produtos irritantes e excitatórios do sistema nervoso.
O tratamento da insônia deve ser mediante hábitos adequados de vida, pratica de atividade física regular, consumo de frutas e verduras, beber água regularmente, alimentar-se de 3 em 3 horas, evitar produtos artificiais, embutidos, industrializados, consumir álcool moderadamente e suspender o tabagismo.
A prática fitoterápica também mostra que consumir chás medicinais com poderes sedativos e tranqüilizantes auxiliam no tratamento da insônia. Recomenda-se tomar chás de camomila, melissa, kava kava, capim cidreira, funcho e erva doce para estimular o sono.
Em relação ao ronco, para minimizar os seus efeitos, recomenda-se não dormir de barriga para cima, mas sim de lado, na posição fetal; evitar o consumo de bebidas alcoólicas, evitar o consumo de alimentos indigestos antes de dormir e promover a adequação de peso.

O PAPEL DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL NO TRATAMENTO DAS DISLIPIDEMIAS

As dislipidemias são caracterizadas pela presença de gordura no sangue em quantidades acima do padrão de segurança, fato este que pode acarretar problemas desaúde ao indivíduo, tais como hipertensão arterial, infarto, AVCs, dentre outros.
As dislipidemias são classificadas como primárias ou secundárias, sendo as de causa primária, caracterizadas por serem de causa genética e as secundárias provenientes de alguma doença, uso de medicamentos e hábitos de vida inadequados, obesidade, tabagismo e etilismo.
Dentre as doenças que podem causar dislipidemias, destacam-se o hipotireoidismo, a síndrome nefrótica, a insuficiência renal crônica, a obesidade e hepatopatias. Dentre os medicamentos que podem interferir no aumento do colesterol sérico, citam-se principalmente os anabolizantes e os anticoncepcionais.
N a nossa alimentação, dentre os fatores que interferem no aumento da dislipidemia, citam-se o consumo de gordura saturada ( carnes gordas), gorduras trans ( industrializados, tais como biscoitos e caldos de galinha em cubos), leite em excesso, chocolates, doces, balas e afins. O café também eleva o colesterol devido a presença de algumas substâncias presentes neste produto, porém, a maior parte desta gordura fica retida no filtro, sendo portanto, indispensável utilizar o filtro na preparação do café.
Dentre os alimentos e nutrientes que podem ser úteis na redução do colesterol, citam-se os probióticos, presentes no YAKULT. Também são importantes os alimentos fontes de fibras solúveis, tais como a aveia, o mamão, a ameixa, a linhaça, o alho. A soja é importante, assim como o azeite de oliva extra virgem, as castanhas e o abacate que devem ser consumidos uma vez ao longo do dia em refeições isoladas ou associadas à frutas.

domingo, 4 de julho de 2010

ESTRESSE OXIDATIVO, CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL E INFERTILIDADE MASCULINA

infertilidade masculina é definida como a incapacidade de um indivíduo conceber, ainda que mantendo relações sexuais sem proteção, durante 1 a 2 anos, e sua prevalência varia de forma significante em diferentes partes do mundo. A infertilidade afeta mais pessoas em países em desenvolvimento devido, principalmente às doenças infecciosas que danificam o aparelho reprodutor. Nas últimas décadas, a alteração do estilo de vida, com o aumento do uso de cigarro, o etilismo e a vida desregrada, associada à obesidade, interferiu na fertilidade dos indivíduos, reduzindo a produção de sêmen, sua qualidade e motilidade. A hipótese mais provável desta causa são os contaminantes ambientais e o estresse oxidativo, que por sua vez, apressa uma grande variedade de patologias como baixa concentração de espermatozóide, o PH, sua motilidade e morfologia ( a forma destes).
Em vista do acima exposto, a principais recomendações nutricionais para o tratamento da infertilidade residem na utilização de substâncias antioxidantes e que atuam sobre a cadeia respiratória mitocondrial, visando diminuir os danos celulares e o DNA, além de melhorar o metabolismo energético. O uso de nutrientes como o Selênio, Zinco, Vitamina E, Coenzima Q10, N-acetilcisteína e L-carnitina têm mostrado bons resultados no tratamento destas dinfunções. O Selênio e a N-acetilcisteína são nutrientes que estimulam o sistema antioxidante do organismo, sendo, inclusive a N-acetilcisteína, um poderoso varredor de radicais livres. A L-carnitina tem sido estudada e também pode auxiliar no tratamento da disfunção erétil, além de participar do processo de maturação e do metabolismo dos espermatozóides. A Coenzima Q10 participa como participante crucual no metabolismo energético.

sábado, 3 de julho de 2010

O PAPEL DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS PROSTÁTICAS

As doenças prostáticas tem sido um assunto de grande relevância, por ser um problema relacionado À saúde do homem. Dentre as doenças mais comuns, cita-se a prostatite, a hiperplasia benigna da próstata e o câncer de próstata. Na prevenção do câncer de próstata, deve-se evitar o consumo de alimentos pobres em nutrientes, industrializados e alimentos artificiais, além de promover uma adequação de peso. A próstata é uma glândula endócrina que faz parte do sistema reprodutor masculino, cuja principal função é produzir o sêmem.
Conforme citado acima, a dieta pode ser um fator protetor ou desencadeador do câncer de próstata. Uma alimentação com excesso de gorduras de origem animal, carne vermelha, alimentos fontes de cálcio, churrascos e frituras tem sido associados ao aumento no risco de se desenvolver este tipo de câncer. Por outro lado, uma dieta rica em vegetais, frutas, cereais integrais e peixes que são fontes de vitaminas, minerais, fibras vegetais e fitoquímicos têm sido indicada como um fator de proteção para a redução do risco de se desenvolver neoplasias. Sabe-se também que a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento deste câncer, portanto, a manutenção do peso adequadamente minimiza os riscos de desenvolvimento neoplásico.
Dentre os alimentos desencadeadores do câncer, destacam-se o leite, derivados e fontes de cálcio de origem animal, em quantidades excessivas, ou seja, acima de 3 porções ao longo do dia. Em relação á associação entre obesidade e neoplasias prostáticas, bem como as demais doenças relacionadas, observa-se que o tecido adiposo é capaz de armazenar pesticidas lipossolúveis e produzir hormônios androgênicos, que por sua vez, são indutores da proliferação desordenada de células prostáticas, além de ser a obesidade visceral, uma doença que compõem a síndrome metabólica.
Estudos mostram que o consumo de três a seis porções de alimentos fontes de fitoquímicos,dentre estes, o licopeno ( presente no tomate, goiaba, melancia, mamão, morango) maximizam o efeito protetor devido a presença de enzimas antioxidantes que estabilizam o oxogenio singlet, regulação da membrana mitocôndria e nuclear, induzindo as células tumorogênicas da próstata à apoptose. Nestes estudos, observou-se que o consumo deste fitoquímico reduziu os níveis de PSA nos exames de próstata.
Outro micronutriente que participa ativamente como fator protetor nas doenças prostáticas é o selênio, presente nas castanhas em geral. Os ácidos graxos, presentes nos peixes de água marinha também são fatores protetores desta disfunção. O consumo do abacate tem sido incentivado como preventivo da hiperplasia benigna da próstata, devido este alimento ser fonte de tocoferóis,esteróis e carotenóides. O mamão papaia também apresenta substâncias fitoquímicas protetoras da próstata
Em relação aos fitoterápicos, os principais no tratamento da hiperplasia benigna da próstata são a raiz de urtiga, que reduz os sintomas da prostatite e da hiperplasia, aumentando o fluxo urinário e o redução do volume urinário residual e a ameixeira africana, inibidora dos receptores androgênicos da próstata, reduzindo o seu efeito proliferador, reduzindo o crescimento das células destas glândulas.
Conclui-se por meio deste estudo que a maior parte dos nutrientes e compostos bioativos correlacionados e/ou tratamento das doenças prostáticas estão presentes nas dietas mais consumidas nos países orientais que priorizam o consumo de frutas, verduras, cereais integrais, ou seja, fontes de fibras, vitaminas, minerais e compostos bioativos, enquanto o consumo da dieta ocidental tem contribuído para o aparecimento das patologias citadas neste estudo devido ao consumo exagerado e muitas vezes desregrado de carnes vermelhas, leite e derivados, produtos artificiais e industrializados. Deve-se estudar o indivíduo individualmente, respeitando-se as características orgânicas, pois o mesmo nutriente pode ser benéfico para um e maléfico para outro indivíduo, portanto deve-se respeitar o metabolismo fisiológico de cada um.